Felipe Greco sabe contar os segredos grudados no asfalto da cidade grande, ou grafitados nas paredes. Como a história de Xexéu, comovente porque é a mesma de tantos outros que caem em um mundo que pode ser grande e muito bonito, mas também pode ficar pequeno, do tamanho de uma cela ou de uma gaveta no necrotério, como diz Débora, uma personagem que também caminha por esses labirintos. Xexéu quer se livrar das lembranças para poder andar mais depressa. Nunca consegue. Como se fosse uma mosca, vai se enredando em todo tipo de teia até, como ele mesmo sabe, virar papa de aranha.