Memorial Açoriano:

O presente ensaio é uma amostra de uma pesquisa exploratória sobre a chamada “Matriz Étnica do Gaúcho”, envolvendo dados genealógicos específicos, ocorridos durante o século XVIII. Os dados aqui apresentados, entretanto, fazem parte de um trabalho maior, de coleta de informações localizadas nos assentamentos de batismos, casamentos e óbitos existentes na época. O início do povoamento no Rio Grande do Sul, além do índio, já reduzido em número, apresenta a contribuição significativa do português, paulista, paranaense, catarinense, açoriano e do negro.

O castelhano aparece com número reduzido de famílias, limitando-se a alguns poucos na região da fronteira e em número inferior aqueles luso-brasileiros oriundos do Rio de Janeiro. Para o quadrante espacial e temporal selecionado para este momento, foram localizados registros de 41.950 pessoas, nascidas ou não no Estado. Representando, então uma amostra representativa da população que estava presente entre 1738 e 1800, período em que foram localizados os documentos disponíveis. A intenção deste ensaio é demonstrar que o povoamento açoriano foi muito significativo, em número, e pelo espaço geográfico ocupado em território gaúcho.

Relacionamos alguns sobrenomes de casais presentes no RS no século XVIII: Abreu, Aguiar, Albernaz, Álvares, Amaral, Andrade, Anjos, Ávila, Azevedo, Baptista, Barreto, Bernardes, Bezerra, Bittencourt, Borba, Borges, Brum, Caetano, Candeias, Cardoso, Castro, Coelho, Cordeiro, Correa, Costa, Cunha, Dias, Dornelles, Duarte, Dutra, Fagundes, Faria, Fernandes, Ferreira, Fonseca, Fortes, Fraga, Furtado, Garcia, Gomes, Leal, Leite, Leão, Lemos, Lopes Lucas, Lima, Machado, Martins, Medeiros, Mello, Mendonça, Menezes, Moura, Neto, Neves, Nogueira, Peixoto, Pereira, Pimentel, Pinto, Pires, Quadros, Rezende, Rodrigues, Rocha, Rosa, Santos, Silva, Serpa, Silva, Silveira, Soares, Souto, Souza, Vargas, Velho, Vieira, Xavier entre outros.

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