Este livro analisa a racionalidade da ação dos grupos conservadores do status quo em Pernambuco entre o final da década de 1950 e início dos anos de 1960. Ao fazer tal estudo procura-se oferecer outro modo de entender parte do pensamento político que circulou no Brasil na segunda metade do século XX. Tenta-se desenhar um movimento que contribuiu no estabelecimento e validade da dinâmica de uma ditadura militar, mas não simplesmente por meio da violência física e flagrante. Busca-se identificar as refinadas estratégias que instituíram e tornaram socialmente aceita, para uma crescente rede social, uma realidade povoada pelas ideias de medo e intranquilidade, bem como pelo caráter salvador do golpe civil e militar de 1964.