O sonho de um homem ridículo

O sonho de um homem ridículo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O sonho de um homem ridículo


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Leandro.Bonizi 07/06/2024

Nesta edição, a obra compõe a menor parte do livro: há o prefácio e diversos posfácios, que me ajudaram a compreender a história do livro. São reflexões filosóficas abrangentes, aparentemente de forma espontânea e um tanto vagas. Por não ser um livro formal de filosofia, com começo, meio, fim, conclusão, etc., não absorvi radimente tudo que o autor quis dizer, mas num dos posfácios diz que ele sintetizou tudo que ele defende em sua vasta obra neste pequeno livro. Reflexões profundas que atingem o cerne da existência. Seguem alguns trechos:

"Quanto mais eu estudava, mais eu aprendia que era ridículo. De maneira que, para mim, foi como se todo o meu estudo universitário só tivesse existido, no fim das contas, para me provar e explicar, à medida que me aprofundava nele, que eu era ridículo. Tal como no estudo, aconteceu na vida"

"Fico sentado e nem penso, fico assim, com uns pensamentos vagando, e dou liberdade a eles"

"Quem governa os sonhos, aparentemente, não é a razão, e sim o desejo, não é a cabeça, e sim o coração, e, no entanto, que coisas engenhosíssimas minha razão não realizava durante um sonho!"

"Só sei que o motivo do pecado original fui eu"

"(...) ansiavam pelo tormento e diziam que a Verdade só é alcançada através do tormento. Foi então que, entre eles, surgiu a ciência"

"Surgiu a escravidão, surgiu até a escravidão voluntária: os fracos submetiam-se de bom grado aos mais fortes,só para que aqueles os ajudassem a oprimir os ainda mais fracos que eles próprios"

"Surgiram religiões que cultuavam o nada e a autodestruição em nome de uma serenidade eterna na nulidade"

"(...) e esses humanos proclamaram que sofrimento é beleza, pois é apenas no sofrimento que existe senso"

"E, entretanto, todos, afinal, caminham em direção à mesmíssima coisa, pelo menos todos aspiram à mesmíssima coisa, do sábio até o último dos bandidos, só que por caminhos diferentes"

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Guilherme Dehon 04/06/2024

O Sonho de um Homem Ridículo...
Um conto interessante, intenso, profundo, intimista (porém, um tanto confuso e complexo - para minha limitada capacidade intelectual de interpretação), sobre um homem que a princípio, por não se considerar praticamente um nada, resolve suicidar-se, mas se vê em determinada situação, que trás uma reviravolta imensa em sua maneira de pensar e viver...
Dostoiévski insere na sua obra, vários símbolos cristãos que fazem um paralelo interessante com a situações vivenciadas pelo Homem Ridículo...

Provavelmente lerei outra vez!
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Matheus656 03/06/2024

Escritor genial
Ótimo livro, assim como noites brancas. Apesar de ser curto, o livro trás algumas questões para se pensar.
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Gabi.Costa 01/06/2024

Que piração
Uma grande de uma piração e é perfeito igual todos os outros. Tenho algumas muitas divergências no quesito religioso mas o livro é esplêndido e entrega tudo mesmo sendo super curto.
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deysi 31/05/2024

Primeiro do Dostóievski
"Acreditar que o mundo pode ser acolhedor, justo e verdadeiro seria ingenuidade juvenil ou sabedoria ancestral que se perdeu?"

Que leitura boa!! É triste pensar que infelizmente nunca chegaremos a uma realidade da qual o homem ridículo sonhou, mas vale a reflexão sobre.

"O principal é amar os outros como a si mesmo, isso é que é o principal, e só isso, não precisa de rigorosamente mais nada..."
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Luiz111 30/05/2024

Complexo.
É um livro complexo, no começo não é fácil de entender, mas em um certo momento você se pega imerso no sonho do personagem. Me interessei pela obra por ser de Dostoiévski (já li Crime e Castigo), pretendo ler outros livros do autor.
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ana rafaella 27/05/2024

Sou uma mulher ridícula?
Ou apenas quero amar inigualavelmente a dor e a tristeza? Não sei.
Estou a espera de um sonho, um delírio febril ou de uma alucinação.
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llRods 27/05/2024

Não possuo as suas crenças, mas desejo a sua inquietação
Estava bem empolgado para ler este livro. Tinha acabado de ler Noites Brancas, do mesmo autor, e fique entusiasmado para ler mais, então comecei com expectativas altas.
Como todos os livros da Antofágica, começamos com um ótimo texto de apresentação, e este, meio revoltado, do jeito que eu gosto:

?O que é mesmo ridículo é que sejamos tão neuróticos, carentes, doentes e apegados às antigas tradições de predação, opressão, discriminação, instrumentalização, objetificação e ostentação. O que poderíamos de repente aprender e pronto: ser - e que nunca vem. E o tempo passa, e o sofrimento se alastra, e a gente pasta??

E então o livro começa? e me desaponta. Na maior parte da historia eu não estava entendendo a viagem. O começo é pesado, parecia preparar pra algo tenso, mas quando vêm o sonho, não encontrei muito sentido. Não dava muito a entender qual era o ponto, onde ele queria chegar com aquilo. Era só a confirmação de um mundo ruim e, no sonho, um mundo utópico, quase um paraíso bíblico. Até que o mundo dos sonhos é corrompido, e nessa hora tudo fez sentido.

O ser humano foi corrompido pelo ciúme, pelo desejo, foi virando cada vez mais individualista, egocêntrico, e aos poucos, aquele mundo se transformou no nosso. É uma critica à perda dos valores do sentimento, colocando a ciência no lugar ao enxergar ela de forma distorcida.

Não me entenda mal, pessoalmente acredito que a ciência é nosso passado, presente e futuro, mas ela não está acima de tudo, e é assim que interpreto esse livro. O conhecimento das leis da felicidade não está e nunca estará acima da própria felicidade, tão pouco a consciência da vida está acima da própria vida. O conhecimento é apenas uma das ferramentas para a construção de uma vida feliz.
Mas isso não adiantara de nada se olharmos só pra dentro, pro eu. Não é a toa que existe a frase ?A ignorância é uma benção?.
É no coletivo que mudamos o mundo, olhando e amando. Fazer o bem sem ver a quem. É clichê, mas é fato, e muitos teimam em achar que é só uma frase de efeito, logo ?não farei pois o outro não fará?. Por isso vivemos essa distopia, tão bem descrita por Dostoiévski.

Sei que o texto foi escrito por uma visão cristã, da qual discordo de muitas formas, mas, como diz Celso Frateschi no texto complementar:

"Não possuo as suas crenças, mas desejo a sua inquietação. Busco no seu sonho, ridículo como todos os sonhos, aquilo que rejuvenesce e religa a velhice do contemporâneo ao imaginário da infância da humanidade.?
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liv 27/05/2024

Como é possível um escritor russo do século 19 fazer tanto sentido pra uma garota de 16 anos ????
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Coquidré 26/05/2024

A escrita, as ideias e a forma de condução do Dostoiévski são primordiais. Livros essenciais para a leitura e para desenvolver um olhar mais crítico ao que nos assola.

O Sonho de um Homem Ridículo é um livro curto mas que deixa marcas eternas. É o livro que indico para começar a ler esse grande autor
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Julli. 25/05/2024

Inferno, purgatório e céu
Segundo livro que leio de Dostoiévski (meu primeiro foi Noites Brancas) e em ambos o protagonista se relaciona com dois personagens principais: a cidade, companheira cotidiana, e uma figura feminina, que muda o rumo de sua vida.
Achei interessante como o autor criou um mundo para nem tão diferente assim do nosso para ser seu mundo ideal. E é exatamente isso que o personagem vai responder no final do livro: o que então eu posso fazer para aproximar esse mundo real do meu mundo dos sonhos?
Senti que ele passou pelo inferno dos pensamentos suicidas e, na tentativa de expiação de seus erros ao acordar e saber "a verdade", vai trilhando seu caminho ao céu.
Fiquei com vontade de pesquisar a relação do autor com as religiões.
Muito bom conto! Recomendo.

PS: Na edição da Antofágica, achei o texto de apresentação e os textos de posfácio bastantes complexos (exceto o texto sobre a criação da ilustração), isto é, eram nível de escrita para estudiosos de literatura, o que não é o meu caso, compreendi pouco.
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MaGiaC 24/05/2024

You may say I'm a dreamer, but I'm not the only one
"Eu sou um homem ridículo. Agora eles me chamam de louco. Isso seria uma promoção se eu não continuasse sendo para eles tão ridículo quanto antes. Mas agora já nem me zango, agora todos eles são queridos para mim, e até quando riem de mim [...]

dostoiévski e seu jeito único de envolver o leitor na melancolia patética do protagonista
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julia5908 21/05/2024

Com toda a sinceridade, eu comecei querendo devorar o livro, ai eu dei uma desmotivada e depois terminei de uma vez.

livros que retraram a espiritualidade, o místico, o mundo das ideias, num geral não me prendem ou sequer me interessam. uso o alquimista como exemplo pra isso. mas teve algo nesse que eu achei muito bonito.

passou-se a mensagem de um homem que se afastou de deus e perdeu a fé na humanidade, e perdeu a própria vontade de viver. aí em um sonho foi mostrado o paraíso e como é um mundo sem pecados e más intenções.

não sou uma pessoa religiosa, mas, boa parte da visão do homem sonhador é a minha também. mas discordo muito quando o mesmo menospreza a tristeza. isso é um sentimento humano, é normal, é bom sentir a tristeza pq sem ela não saberíamos o que é a felicidade.

enfim, gostei do livro, foi bem rápido e fácil de entender, mas dostoievski tem livros bem mais interessantes, pelo menos pra mim
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