Lima Neto 07/08/2010
difícil avaliar um livro assim...
é difícil, sempre, avaliar os livros de autores de literatura clássica. seus nomes são muito pesados, digamos assim, e nós já o lemos com um respeito (justíssimo, diga-se de passagem) redobrado. são livros que normalmente não podemos nem devemos ler com os olhos de um leitor do mundo de hoje, apesar de muitas vezes as histórias e os personagens serem atemporais e imortais. com Tchekhov, óbvio, não é diferente. ele é um gênio da literatura russa e mundial do século XIX e de todos os tempos. escreveu obras-primas e é dono de uma escrita ímpar, peculiar, belíssima, clara, simples e direta como nenhum outro escritor jamais teve em toda a história da literatura mundial.
nesse livro em especial, as histórias possuem um ar não do humor como o concebemos hoje em dia, mas sim de uma fina ironia. no livro é comum encontrarmos um ou outro conto "repetido" em outra coletânea de contos do autor.
no entanto, em livros de contos, é sempre mais difícil ainda se fazer uma avaliação precisa, pois temos, sempre, uma história muito boa e em seguida uma que não nos agrada tanto. alguns contos que merecem "5 estrelas" e outros que, na minha opinião, merecem 2 ou três, e por isso, essa "avaliação" que estou dando, de "3 estrelas", possa parecer "estranha", tratando-se de Tchekhov. na verdade, eu procurei analisar o livro como um todo, todos os contos, até se chegar a uma "média". há, como disse, contos dignos de "nota máxima", e outros de nota não tão alta assim.