CarolDamaso 20/09/2021
É ASSIM QUE SE TERMINA UMA SÉRIE!
Oioi gente, tudo bem? Aqui quem fala é ela, a cadelinha de A Escola do Bem e do Mal! OK, agora falando sério. Hoje eu estou aqui para resenhar esse livro (lindo por sinal), o último volume de uma das séries da minha vida, A Escola do Bem e do Mal.
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Três palavras: chorei, chorei muito. Eu acho todos os livros dessa série lindos, cheirosos e perfeitos, PORÉM ESSE AQUI É DIFERENTE. Isso aqui precisa ser admitido, eu nunca chorei com um livro de EBM/SGE quando eu li pela primeira vez, porém esse aqui precisa de um alerta lencinho na capa, sério. Eu não sei se eu que sou muito emocionada ou se esse é só o meu apego emocional falando. Se o quinto livro fez a gente duvidar de TUDO, TUDO que falavam, então esse sentimento é bem maior, porque chegou num momento que eu só tentava ligar os pontos, amarrar as cordas, MAIS NÃO FUNCIONAVA, NÃO ENCAIXAVA, NÃO AMARRAVA, então eu passei a duvidar de tudo que falavam, pra chegar num outro plot e CHUTAR MINHA CARA, E AMARRAR TUDO NA CORDA MAIS PERFEITA QUE EU JÁ VI!!!! Além disso, a cada merda que dava, eles tinham um plano PERFEITO e de rachar a bunda, que era totalmente IMPREVISÍVEL! Olha, tá no livro né, "Os leitores são imprevisíveis."
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Ok, sobre plots, já que tocamos nesse assunto, vamos falar sobre plots então! Sério, A Escola do Bem e do Mal CHUTA A Rainha Vermelha, e eu não tô nem brincando. O Soman e a Victoria são amigos, então se prepare pra chorar por causa de vilão e plot de criação, eeeeeeee (bônus: são tudo do vale, grazadeus, só choro por vilão se for assim). Ah, e pelos dois serem amigos, podem esperar uma coisa linda chamada: mortes frias, só isso que digo. Sério, a cada sla, 3 capítulos tinha um plot que saia do Kindle e chutava minha cara, eu ficava em choque e começava a discutir com o livro, até que eu cheguei a conclusão de que o plot tava sempre na nossa cara, porque tudo, tudo é amarradinho, tudo tá ligado, "passado é presente e presente é passado", esse é o maior spoiler que o livro da sem querer querendo, PORQUE OS PERSONAGENS TÃO TODOS LIGADOS, O PASSADO DELES É O PRESENTE E O PRESENTE DELES É O PASSADO DOS OUTROS, AAAAAAAAAAAA SÉRIO! Eu acho que nunca vou ler plots e personagens tão bons--
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Tocamos no assunto de personagens, ok, vamos falar sobre eles agora. Experiência própria, nos quatro primeiros livros você quer chutar todos eles da escada, eu entendo, é normal, essa é a intenção, é proposital. Só que ai chegamos no quinto livro e nesse. UMA CONSTRUÇÃO DE PERSONAGEM DE OUTRO MUNDO! A autoaceitação, o crescimento, o autodescobrimento, lindo, lindo, lindo, lindo, EU AMO ESSES PERSONAGENS. Cada um, com seus traumas, com suas personalidades exclusivas e fascinantes, eu tenho um amor tão grande por todos eles, sério. Até do vilão eu gosto, a moral dele é duvidosa? Sim. Acho os motivos dele bons? Com certeza (querer trazer de volta o namorado é um bom motivo sim, inclusive chorei, odeio gay trevoso q não pode ser feliz e q nega amar aquela pessoa por ser "errado").
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Falando sobre representatividade, tanto racial quanto LGBTQIAP+, ESSE LIVRO TEM SOBRANDO. Tem muita representatividade, mas um ponto que PRECISA ser ressaltado é a falta de personagens de outros tons de pele e raças. Tá, tem a Nicola (negra) e a Reena (árabe), SOQ ELAS MAL TEM IMPORTÂNCIA NA HISTÓRIA! Bem, enquanto a diversidade racial nos falta, a diversidade de gênero e sexualidade corre solta rapaz. William e Bodgen, meus xuxus, Hester e Anadil, minhas lindas, eu dou o mundo pra vocês se vocês me pedirem, quando teve a última interação do coven com elas eu comecei a chorar tanto, mais tanto, Aric e Japeth, uns gays traumatizados bad guy que eu shippo PRA CRL, sofri por eles, Tedros, UM ÍCONE BIIIIIII, Agatha, a maior pansexual quebradora de tabus que temos, sério, eu amo mto eles.
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Sobre a última página: chorei, chorei muito, não vou me recuperar nesse século nem ferrando (inclusive cheguei a conclusão que o Samsara tá na capa. Sim, tá! Essa praia ali atrás é igualzinha, tipo???), a última frase me fez chorar que nem uma condenada as 6 da manhã, porém, FATO!
Acho que nunca vou estar preparada para superar essa série. Essa série foi o meu primeiro contato com diversidade LGBTQ, como relacionamento abusivo e as consequências dele nas vítimas desse abuso, o famoso Daddy Issues e Family Issues e a insegurança que ele causa nas pessoas, ao quão herdar um título pode ser difícil e traumático para uma pessoa, de um jeito mais leve, já que a série em si é +11. E também foi a primeira vez que eu sofri com vilão.
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A gente tira tantas lições dessa série, sério. Uma das mais lindas sem dúvidas, é sobre o tipo de amor mais puro desse livro, o amor da Sophie e da Agatha. As meninas, minhas meninas, que eu acompanhei durante esses seis livros, suas desavenças, suas brigas, suas constantes tentativas de se matarem, que levou a um ponto onde essa amizade cresceu ainda mais, uma amizade que tocou meu coração, um amor puro e verdadeiro, que eu tenho certeza que nenhum namorado ou namorada pode corromper. Outra coisa que eu AMEI AMEI AMEI, foi que esse livro RACHA, CHUTA, QUEBRA, MOE todos os conceitos de que Bem e Mal não podem trabalhar juntos. Podem sim, claro que podem. Eles são até mais fortes juntos. O Bem e o Mal se aceitam como iguais nesse livro, uma coisa já dita no terceiro, sério, eu amo PRA CARAMBA.
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Sério, não me arrependo nada em ter comprado esse trambolho de 600 páginas. Eu demorei quase 4 meses pra ler, MAS EU NÃO ME ARREPENDO NEM UM POUCO! É um livro lindo de ser lido, um crescimento lindo de se acompanhar, e mesmo que o inglês tenha me atrapalhado um pouco, e até me desmotivando um pouquinho, eu não me arrependo. Me sinto honrada de ter acompanhado essa jornada linda de todos esses personagens, com um aperto no coração por ter que deixa-los ir, porém de coração quentinho por essa série, por esses amigos que eu ganhei nas páginas, esses amigos que eu ganhei nesse meu novo Conto de Fadas preferido, onde o Bem não precisa ser totalmente do Bem, e o Mal não precisa ser totalmente do Mal.
Essa foi a resenha, e até a próxima!!
Classificação indicativa by vozes da cabeça da Carol: +10/+11
Indicação de música pra quem quer um pouco da vibe do livro: Fairytale - Alexander Rybak
"Don't you see... The work is done."