Dairy Queen

Dairy Queen Catherine Gilbert Murdock




Resenhas - Dairy Queen


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Nii. 08/09/2011

It's been a long time since a YA surprised me like 'Dairy Queen' =)
Esse é um livro com ótimas críticas e premiações. E a história faz jus a tudo isso. Envolvente do começo ao fim, porque a história da D.J é forte, de trabalho duro, delicada, emocionante. Uma mistura maravilhosa que me fez ficar acordada até altas horas com vontade de saber mais um pouquinho e só mais um pouquinho do que a D.J estava pensando.

Eu amo a comodidade e familiaridade dos YA, é legal para descontrair às vezes, mas gosto de encontrar uma história diferente de vez em quando. ‘Dairy Queen’ está entre esses diferentes que eu topo por ai.

O ambiente é a fazenda da família Schwenk. A D.J recebeu a responsabilidade de cuidar dela depois que o pai ficou impossibilitado. Então tudo o que tem que ser feito está a cargo dela. O irmão menor, Curtis, ajuda também já que os dois irmãos mais velhos saíram de casa. E para cuidar da fazenda D.J tem que larga tudo e isso incluí o basquete que ela tanto gostava. Mas não é só a fazenda o problema na vida de D.J...

Esse livro toca principalmente na relação familiar, tem um romance que é tratado de forma sutil pela autora, mas não é o ponto alto do livro. A relação com o pai, que ficou viciado em cozinhar, com a mãe, que trabalha o dia todo e quase não tem tempo para os filhos, com o Curtis, que quase não falar e também com os irmãos mais velhos, Bill e Will, que saíram de casa por causa de uma briga com o pai e cortaram o contato com a família e a falta de diálogo entre eles, são as problemáticas de ‘Dairy Queen’.

O livro é narrado pela D.J como se fosse uma conversa com o leitor. Ela questiona o leitor em algumas partes ou mesmo faz alguns comentários que dão essa idéia de conversa, como por exemplo ‘eu sei o que vocês está pensando... ’e outras coisas do tipo.

O crescimento da personagem formou uma narração maravilhosa. A D.J encanta tanto pela coragem e responsabilidade quanto pela ingenuidade e disposição em sempre querer ser melhor. E tudo isso é exemplificado muito bem quando ela cuida da fazenda abrindo mão de uma vida normal de adolescente e descobre que o futebol é a paixão da sua vida.

Os personagens secundários são igualmente maravilhosos. O pai e a fixação por cozinhar, a mãe distante, a melhor amiga com quem ela não conversa sobre tudo, o pessoal do time de futebol, a Kari,até mesmo o Curtis que quase não fala nada e a cadela da D.j contribuíram para torna a história completa e única. E mesmo o romance não sendo tão central, a amizade entre D.J e Brian foi importante para esse viajem de autoconhecimento da D.J.

O livro tem um humor natural, principalmente nas referências as vacas. A D.J passa um tempo meio paranóica imaginando se ela se comporta como uma assim como o Brian acusou, mas para mim foi meio triste também. Eu acho que o excesso de responsabilidade que a D.J tinha e toda a falta de grana na família, principalmente, deixa o livro com um ar mais triste. Eu morri de pena dela e ficava totalmente fula com os pais dela. =x

Minha alegria foi ainda maior em saber que ‘Dairy Queen’ não é a única oportunidade de fazer parte do mundo da família Schwenk. Já estou ansiosa pra ler ‘The Off Season’ e ‘Front and Center’! Cheguem logo pelo amor de Deus.

‘Maybe Curtis should try flunking English’… Não poderia terminar melhor! =) LEIA!{♥}
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Léka 07/02/2011

Dairy Queen é literatura YA em sua melhor forma.
Dairy Queen (em português e numa tradução livre, “Rainha dos Laticínios” ou “Rainha do Leite”) é o primeiro livro de uma série de três, composta ainda por The Off Season e Front and Center, respectivamente. Infelizmente, nenhum deles foi publicado no Brasil e, até onde sei, a série ainda não teve seus direitos adquiridos por uma editora nacional. O que, repito, é realmente uma pena.

Já sabia que Dairy Queen havia sido considerado o melhor livro para jovens adultos de 2006, na premiação do respeitadíssimo ALA (America’s Library Association). O que eu não sabia quando este paperback com capa despretensiosa chegou em minhas mãos era que eu estaria lendo um dos livros que entraria para a minha lista de favoritos de todos os tempos.

A estória de Dairy Queen gira, como o resumo acima deixa claro, ao redor de D.J Schwenk, no verão em que ela completa 16 anos. E nossa protagonista não está nada feliz. Para começar, seu pai machucou o quadril e, com seus irmãos mais velhos na universidade e sua mãe em dois empregos, todo o trabalho da fazenda da família sobra para D.J. E não é pouco trabalho. Com isso, D.J mal tem tempo para estudar e está praticamente reprovada em inglês, além de ter que largar os esportes que praticava no colégio por falta de tempo. Como nada é tão ruim que não possa piorar, o treinador do time rival da escola de D.J e grande amigo de seu pai envia o quarterback do time, Brian Nelson, para ajudar D.J com o trabalho da fazenda durante o verão, de modo que ele ganhe condicionamento físico. Mas D.J odeia Brian, que também odeia D.J. E isso inicia um longo verão para ambos, o qual, para desgosto mútuo, eles terão de passar na companhia um do outro.

Bem, chega de resumo e vamos aos fatos: Dairy Queen é um livro, antes de tudo, sobre aprendizado, amadurecimento e auto-conhecimento; sobre descobrir quem você é quem você gostaria de ser. É leve, divertido e com interações impagáveis entre as personagens.

Ao mesmo tempo, a autora soube abordar, de modo realista e sem exageros dramáticos, a dificuldade que temos em nos comunicar uns com os outros (e o impacto que isso pode ter, por exemplo, sobre a estrutura de muitas famílias), bem como questões de gênero (ou "como convenções socias retrógradas e machistas tentam dizer às mulheres o que elas deveriam estar fazendo"). Tudo isso no interior de Wisconsin e com muitas vacas no plano de fundo. Muitas mesmo. E esportes!

Claro, há romance (e dos mais legais, sem gente obsessiva e situações medonhas, como ficar observando o objeto de afeição dormir sem que ele saiba). Mas não é esse o foco principal do livro, não é o que você leva dele.

As personagens são realistas e seu desenvolvimento pode ser notado de modo claro e verossímil ao longo das quase 300 páginas do livro. A protagonista, D.J Schwenk é uma garota comum (mesmo, e não no estilo “sou comum, mas todos me amam e me acham linda”), nem exatamente bonita ou inteligente e com dificuldade em se comunicar, mas muito boa em esportes e que sabe trabalhar duro. Por outro lado, Brian Nelson é um garoto rico, mimado e preguiçoso, mas com boas habilidades de comunicação e que, na verdade, precisa de apenas um empurrão para começar a trabalhar duro. E por serem de certo modo o oposto um do outro, as interações entre ambos rendem as melhores cenas do livro.

Enfim, Dairy Queen é um daqueles livros que você lê numa sentada e termina com um sorriso bobo no rosto. Catherine Murdock escreve maravilhosamente bem e me fez elevar, mais uma vez, meu patamar para os livros do gênero (embora, tecnicamente, YA não seja um gênero, mas enfim).
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