spoiler visualizarnaluzete 11/11/2023
Demorei pra terminar esse, mas finalmente deu certo
Eu acho interessantíssimo os fatos que essa autobiografia aborda, a narração da Eileen sobre a irmã mais velha e o quão difícil foi para ela, para a família e até mesmo para a própria Margaret em lidar com o autismo.
É óbvio que a Margaret não tem culpa, ela nasceu com o transtorno e não escolheu ter ele, mas é inegável que lidar com ele foi uma dificuldade imensa na maior parte da família delas.
A narração da Eileen demonstra que, por mais que ela não tenha mais tanto contato com a irmã, todos os fatos que ela foi submetida na infância ficaram como bagagens na sua vida adulta. Mesmo sem ter contato com Margaret, ela pensa em Margaret o tempo todo.
Eileen se questiona como seria sua vida se nao tivesse que lidar com a sua irmã correndo pela igreja, gritando escandalosamente quando algo sumia, tendo ataques de raiva e chegando a agredir pessoas próximas. E não é que Eileen não ama a irmã, ela ama demais, mas ela entende o certo alívio que ela teve na vida adulta, quando nao precisava mais lidar com choros e berros no cotidiano.
Eileen demonstra na obra coisas que eu, até então, nunca tinha visto alguém retratar: a dificuldade e o ofuscamento causado por alguém muito próximo que possui um transtorno que afeta todos ao seu redor.