Luiz595 08/08/2023
Anti-Heroismo, por mais personagens assim
Depois de terminar o livro eu percebi que a capa e contra capa esboçam exatamente sobre o que é a história: Violência, dominância, guerra e princípios.
Phasma é uma personagem muito bem desenvolvida, com uma moralidade ambígua, princípios muito bem concretizados e voltados à sobrevivência. Tudo o que ela conhece é hostilidade, agressividade, poder.
O livro tem uma estrutura de narração muito bem montada, estilo "The Usual Suspects" onde uma espiã da resistência é interrogada e precisa contar uma história pra nós.
Star Wars sempre foi muito infantil quanto a violência, nunca assisti nenhum filme que explorasse o mundo criado na franquia em seus piores lados, os piores desastres que poderiam acontecer a alguém.
Esse livro faz isso com atos bem importantes, colocou uma pulga atrás da minha orelha e usou da ficção científica de um jeito chocante.
Apesar de ter algumas conveniências de roteiro, principalmente nos atos finais, eu fiquei muito satisfeito em acompanhar essa personagem que é tão secundária nessa trilogia da Disney.
O final é empolgante, o começo é intrigante, o desenvolvimento te causa curiosidade pra saber como ela se fez o soldado brutal de hoje.
A forma com que todos os outros personagens discutem sobre a Phasma, contam histórias e vão moldando a imagem dela a partir de seus próprios julgamentos só corroboram para essa imagem de lenda que ela passa.
É bastante semelhante com John Wick nesse quesito, onde todos tem a consciência que essa personagem é foda, e fazem questão de te explicar o porquê.
Mais personagens ambíguos precisam ser criados, eles tem uma aura de liberdade e quebra de regras bastante cativante a princípio, e eu gostei de ter isso num universo que gosto.
Eles precisam urgentemente criar uma obra voltada ao horror no universo de Star Wars.