Isaias Junior 10/05/2022
Eva Evergreen, the marketing witch
O livro sem dúvida nenhuma faz diversas referências a cultura pop (Studio Ghibli em peso), especialmente uma releitura da Kiki, personagens de animes que são fracos e melhora depois de muito treino (obs. A própria autora em um vídeo compara a Eva com o Midoriya de BNHA), e de certa forma uma brincadeira com o conceito de “bruxa moderna”.
A leitura é leve, um verdadeiro livro de leitura rápida, levemente arrastado da metade até a chegada dos eventos para o final do livro. Senti que a autora esqueceu de focar um pouco no desenvolvimento do personagem, que até a própria Eva fica na dúvida se ela melhorou ou não. A construção para o final foi interessante, e o gancho realmente foi muito bem construído para o segundo livro.
Outro fato recorrente no livro, que me deixou chateado, é o fato de que qualquer coisa que acontecia, a autora fazia questão de mostrar que a personagem chorava. Praticamente a Eva tinha duas ou três emoções, e a predominante era o choro.
Foi sem dúvida um livro leve de ler, leitura para sair da ressaca literária, para a gente sentir uma leve nostalgia com um universo magico e um personagem suficientemente construído para encantar os novos leitores (crianças e adolescentes já que o livro é um middle grade book), e os jovens nostálgicos ressacados (eu mesmo).
Enfim, o tempo de leitura é valido, muito gostosinho de ler, mas discordo levemente do marketing pesado que fizeram (em especial na gringa) e na comparação com Harry Potter.
O livro é fofo, é bonzinho e é isso.
Os. Queria atribuir duas estrelas e meia, mas não temos então entre duas ou três, fica melhor duas.