Por que eu não converso mais com pessoas brancas sobre raça

Por que eu não converso mais com pessoas brancas sobre raça Reni Eddo-Lodge




Resenhas - Porque eu não converso mais com pessoas brancas sobre raça


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Luis952 17/04/2024

Meu resumo | Sobre letramento racial: aquilo que não nos ensinam na escola 🔥💛
Https://medium.com/@lhsantos89/vai-leno-por-que-n%C3%A3o-falo-mais-com-pessoas-brancas-sobre-ra%C3%A7a-lodge-ffa98b1eb011
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Luiza 11/03/2024

A autora fala sobre o racismo de forma muito sincera e acessível, o que torna o livro bem recomendável para o público em geral, inclusive para aqueles menos versados sobre o assunto.

Gostei do primeiro capítulo em que são contadas diversas histórias de perseguições sofridas pela comunidade negra no Reino Unido ao longo das décadas, pois explicita o padrão histórico e institucional do racismo no país e permite perceber incontáveis paralelos com a situação e história dos negros aqui no Brasil. Também gostei muito do Capítulo 4 "Medo de um planeta negro".

O livro aborda vários tópicos que, vez ou outra, voltam a ser assuntos do momento na mídia e política, como ações afirmativas e cotas, representação de negros no audiovisual, privilégio branco, racismo reverso e brutalidade policial. Achei isso legal, pois são tópicos rotativos que são explorados pelos conservadores sempre quando querem gerar ódio ou pânico moral em seus eleitores e, no livro, a autora dá o seu contraponto para esses argumentos mais sensíveis e polêmicos.

Uma ideia que me marcou na leitura foi o apontamento de que há um silenciamento social das pessoas negras que querem expressar seus sentimentos ou falar sobre sua experiência com o racismo nas conversas do dia-a-dia. A autora conta como pessoas que ela tinha relação próxima reagiram de forma muito negativa quando ela deu uma opinião sobre raça que de alguma forma tirava o interlocutor de uma posição confortável e então ela entendeu que falar de raça é um assunto perigoso, mesmo com amigos ou família. Falar de raça traz consequências reais, seja distanciamento de parentes ou perder ofertas de emprego.

A autora faz algumas afirmações contraditórias, que me deixaram na dúvida se ela de fato acha possível transformar as estruturas de poder que sustentam o racismo e o machismo ou se ela vê as soluções para esses problemas como "utópicas" e apenas busca amenizar a situação com seu trabalho. Fiquei com a impressão de que ela mesma não sabe.

Achei a tradução problemática em muitos momentos, aconteceu de encontrar frases que não faziam sentido ou termos inadequados e isso me incomodou durante a leitura.

Destaco a citação:
"Dizemos a nós mesmos que o racismo é sobre valores morais, quando, em vez disso, é sobre a estratégia de sobrevivência do poder sistêmico. Quando setores da população votam nos representantes e nos esforços políticos que explicitamente usam o racismo como uma ferramenta de campanha, dizemos a nós mesmos que grandes seções do eleitorado simplesmente não podem ser racistas, pois isso os transformaria em monstros sem coração. Entretanto, isso não é sobre pessoas boas e más."
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Lika Poetisa 29/01/2024

Extremamente necessário
Li esse livro com um mix de emoções. Senti uma pancada no estômago diversas vezes, subiu um ódio em outras, deu vontade de chorar - de tristeza, pela injustiça, de raiva - e ao mesmo tempo fiquei feliz por ler e conhecer o lado da Reni e a essência que ela quis passar com esse título. Fiz diversas anotações, quero muito reler no futuro, anotando todas as referências, casos, nomes citados, quero estudar mais a respeito porque o livro me mostrou um mundo de reflexões sobre o racismo que nem eu mesma talvez nem tivesse noção.

É essencial que todos leiam e compartilhem a palavra, mesmo a história sendo com dados do Reino Unido, não é muito diferente da realidade aqui no Brasil e no resto do mundo, infelizmente. Todo mundo, independentemente da raça, precisa ler e entender de vez o real significado do racismo e como fazer para mudar o pensamento nas pessoas que acham que isso "não existe" ou que é "vitimismo".
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Delano Delfino 12/01/2024

Este é um livro importantíssimo que levanta discussões sérias sobre privilégios e minorias. Porque cabe sempre ao oprimido a obrigação de ensinar e sensibilizar o opressor? Enquanto este o olha com cara de deboche e desmerece a sua vivência?
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Tim 28/12/2023

Também não discuto raça com pessoas brancas
Estou há muitos meses evitando ler este livro. Toda vez que leio um livro sobre raça, seja ele acadêmico ou não-ficção, eu perco a esperança de um dia viver sem o racismo. Torno-me extremamente negativo em relação aos problemas desse câncer social e acredito que a tendência é piorar, pois as discussões em andamento criam uma falsa sensação de progresso. Eu não acredito nisso.

Este livro é um balde de água fria com vários dados, numa perspectiva britânica, mas ainda assim, um reflexo das experiências brasileiras. Como o livro é recheado de experiencias de pessoas negras, vou contar uma.

Minha última experiência profissional me ensinou que não adianta discutir sobre raça com pessoas brancas, pois elas sempre vão duvidar do que você está falando, vão tratá-lo como um vitimista, mas vão fingir compreender. Tive uma gerente extremamente tóxica e abusiva, que usou toda a minha história contra mim, que em um momento de fragilidade, acabei me abrindo muito para ela.

Quando tentava iniciar uma discussão sobre como me sentia ou sobre o que estava acontecendo e me ferindo, detalhes sobre o meu trabalho eram jogados na minha cara. Uma vez, ao conversar com um dos donos sobre isso, ele disse que lidar com ela fazia parte do trabalho, mas quando eu agia como ela, a demissão era constantemente ameaçada.

Odeio os temas "racismo institucional e estrutural" porque não sei defini-los de forma simples e porque são banalizados, mas este livro traz exemplos absurdos que refletem exatamente o que acontecia comigo no ambiente de trabalho.

"Estrutural é muitas vezes a única maneira de capturar o que passa despercebido - as sobrancelhas silenciosamente levantadas, os preconceitos implícitos, julgamentos precipitados feitos baseados na percepção de competência."

??Julgamentos precipitados feitos baseados na percepção de competência.? Era o que usavam contra mim quando os questionava, mas por estar muito grato pela oportunidade, acabava me retratando diante da minha própria insignificância. Quando fui dispensado, pude perceber o desdém na maneira como agiram comigo; foi cruel e até hoje ainda me pego pensando nisso.

Nesse mesmo ambiente, todos se declaravam anti-racistas, mas uma coisa que este livro me mostrou é que "esperar que o trabalhador branco ajude a acabar com o prejuízo para o negro é pedir que ele se oponha aos seus próprios interesses."

Então, no fim, eles não queriam lidar com um problema que era fácil de ser resolvido e optaram por me demitir, pois perder tempo ensinando ou dando oportunidades a quem não aceita em silêncio, e é atravessado por questões pessoais relacionadas ao racismo, era menos interessante do que ter dinheiro para viajar pela Europa e países árabes, enriquecer e não ter noção de
um problema maior do que o próprio umbigo...

É por isso que eu também não discuto raça com pessoas brancas.
David 28/12/2023minha estante
Pesado! Obrigado por compartilhar.




Nelson 26/09/2023

"Conversar sobre racismo é como apertar um botão..."
Acho que faltou profundidade sobre alguns tópicos, embora reconheça que esse livro seja mais recomendado a quem está no início de letramento racial. Outro incômodo: vários erros de concordância verbal, nominal e de ortografia da edição física, além de trechos que não pareciam bem traduzidos. Fora isso, interessante a abordagens de temas que podem ser espinhosos, como o racismo existente nos movimentos ditos progressistas e nos seus aliados, resistentes a reconheceram o privilégio branco, a branquitude e o racismo estrutural.
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Lua Gleyce 15/01/2023

Saia da bolha
Durante a leitura, em muitos momentos, me senti desconfortável pelo modo que a escritora narrou algumas situações que vivenciou ao falar sobre raça com pessoas brancas. Parei e refleti o motivo desse estranhamento e percebi que estava me sentindo "julgada" e constatei que é exatamente esse o objetivo do livro: tirar as pessoas brancas das suas bolhas para começarem a enxergar raça, rever os privilégios, ser ativamente antiracista.
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Cris 31/12/2022

Catártico
"Quanto mais eu me torno eu mesma, menos confortável eles se sentem ao meu redor."
Comecei a ler esse livro novembro de 2019 e desde então tenho lido ele aos "pedaços". Respirava fundo a cada trecho.
Tem que ter coragem mesmo para escrever um livro dessa contundência. Máximo respeito para a Reni Eddo-Lodge e para todos que colocam a cara pra bater nesse longo e extenuante debate sobre raça e classe, racismo, privilégio branco...
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Viviane @resenhasdaviviane 10/11/2022

Por que eu não converso mais com pessoas brancas sobre raça
Esse é um dos livros essenciais para as pessoas que estão estudando sobre "ser negro", porque a autora apresentas muitas informações que eu nunca tinha escutado antes sobre os negros na Grã-Bretanha. Quero muito me aprofundar nos estudos sobre racismo estrutural, um tema recorrente no livro.

Durante a leitura, fui fazendo um resumo de cada capítulo e marcando as partes mais importantes para não esquecer. Com uma escrita fluída e apresentando fatos que aconteceram na vida real, Reni Eddo-Lodge, nos mostra a realidade da vida dos negros desde o começo quando foram escravizados e enviados para as colônias (para não escurecer suas lindas cidades) até os dias atuais.

Dividido em sete capítulos, são abordados ostemas: história, sistema, privilégio branco, feminismo negro, feminismo branco, Interseccionalidade, raça, classe e racismo reverso, sempre em tom de discussão e apresentando um fato ou notícia que aconteceu com ela ou amigos. Outro ponto interessante, é a visão de um supremacista branco que foi inserido por meio de uma entrevista.
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Jéssica Maria 01/04/2022

um debate muito bom, mas uma leitura muito desgastante
Comecei essa leitura no início de 2021 e finalizo agora, 15 meses depois, porque é um livro que pede pausas e reflexões.
Qualquer pessoa não branca já sentiu na pele que, para branquitude, as experiências de vida das pessoas brancas soam como universais. Essa ideia de “não ver raça”, que ouvimos ser dita por aí tão frequentemente, reforça a estrutura injusta e racista da sociedade. Precisamos sim ver raça, precisamos ver quem se beneficia da sua raça e quem é impactado negativamente por causa da sua raça, da sua classe e do seu gênero.
Logo, não se trata de uma leitura fácil. Ela é acompanhada de dor e de uma sensação de amargor na boca. Incomoda bastante, principalmente se você não é uma pessoa branca, ver como nossas vidas foram negligenciadas.
O livro é dividido em alguns capítulos: Histórias; O Sistema; O que é privilégio branco?; Medo de um planeta negro; A Questão do feminismo; Raça e classe; Não há justiça, há apenas nós.
O capítulo que trata da história foi bem maçante pra mim. É interessante ver que os ingleses, assim como os estadunidenses, não têm muita noção de história e geografia. No entanto, é ruim ver que essa “falta de conhecimento” nega às pessoas negras, durante a sua formação, o conhecimento de sua história. Me causou também um sentimento de aversão à Europa, porque senti muita vontade de pular esse capítulo, por sentir que eles pulariam se estivessem lendo algo que falasse da nossa história.
Já o capítulo que trata do privilégio branco me inflamou bastante. A autora demonstra como o racismo é muito mais que um preconceito pessoal, é sobre estar na posição de afetar negativamente as chances de vida de outras pessoas. Isto posto, ela escancara que o racismo não está apenas no coração de pessoas más. As pessoas brancas que não são ativamente racistas precisam confrontar sua própria cumplicidade na existência contínua do racismo, pois o racismo não é um incidente isolado, é sobre o mundo em que você vive e seu ambiente.
O capítulo seguinte, sobre o medo de um planeta negro me deu a sensação de ler sobre um tema muito importante, mas, ao mesmo tempo, me senti perdendo tempo, porque a análise é muito focada na Grã-Bretanha.
Já o capítulo sobre o feminismo traz diversas questões bastante importantes, pois lembra que a branquitude é uma posição política, e que se faz necessária desafiá-la em espaços feministas. É um capítulo que fala de um feminismo que não se satisfaz com a ideia de igualdade, mas que luta pela liberdade de todas as pessoas que foram marginalizadas econômica, social e culturalmente por um sistema ideológico que foi projetado para que elas fracassem.
No capítulo sobre raça e classe, a autora rebate os argumentos que querem considerar apenas classe como um aspecto válido, que inclusive já ouvi de pessoas da esquerda, que esquecem que não há qualquer quantidade de privilégio de classe, dinheiro ou educação que proteja uma pessoa negra do racismo. O racismo é tão violento que mesmo que se você trabalhar muito e der o seu melhor irão debater se isso aconteceu por causa da sua raça ou apesar da sua raça.
Apesar de gostar bastante do conteúdo, foi bastante desgastante pra mim a forma que o debate foi apresentado. Talvez por conta da complexidade do tema, ou da forma que o texto foi escrito, com muitos exemplos ingleses e um vai e vem que não é do meu fluxo natural, mas não foi uma leitura fluida, por isso precisou de muito tempo para ser concretizada.
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carolmc_ 07/01/2022

Vá além do título
Segundo a autora, muitos acharam o título do livro ?segregador?, uma vez que ?somos todos iguais?, mas bem sabemos como é a realidade. Leia e entenda o que ela quis dizer com essa afirmação tão forte. Se os brancos quiserem realmente fazer parte da luta contra o racismo tem que deixar de achar pior serem chamados de racistas (às vezes sem saber, devido ao racismo estrutural) do que o próprio racismo.
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Graci 28/12/2021

Livro essencial para compreender as problemáticas do racismo até em situações sutis. Muito além disso, para entender a importância de ser antirracista e parar de esperar que as pessoas pretas expliquem suas dores e lutas.
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I. de Rohan @izabelderohan 14/12/2021

Toda a pessoa branca deveria ler esse livro.

A autora diz que foi muito rechaçada pelo que escreveu, mas eu acho um tanto quanto leve a culpa que ela atribui a pessoas brancas. Claro que me fez sentir mal (o que deveria), mas é um livro bem mais leve do que o que o título induz. O que é bom, porque faz muita gente branca continuar a ler (por se sentir menos culpado).

Tenha em mente que é, principalmente, sobre a questão racial do Reino Unido e as questões não podem ser todas contempladas pela questão racial brasileira, mas temos muitos pontos em comum, como pontos sobre o privilégio branco e o feminismo branco.
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Larissa Tabosa 02/12/2021

Livro absolutamente necessário!
Uma leitura que realmente vale a pena sobre o tema.
Em diversas partes me vi questionando muitas das minhas palavras e ações.
Leiam!
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jambarbosa 26/05/2021

Maravilhoso!
Leitura extremamente necessária para todos aqueles que querem aprender e entender sobre racismo, privilégio branco, feminismo, raça e poder, dentre outros, temas tão importantes na sociedade atual. Sem dúvida, um livro que vale muito a pena ser lido.
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