Resenhas - 1984

LucasReck 02/02/2024

Um clássico super atual.
Um dos melhores livros da história, publicado pela primeira vez em 1949, permanece extremamente atual. A obra fictícia faz com que entremos de cabeça nessa distopia futurística, sentido tudo o que o Winston Smith (personagem principal) sente, e adentrando em todos os ambientes junto a ele. Isso se dá pela escrita incrível do George Orwell.
Livro que trata de política de forma brilhante e brutal, de uma forma que não sai da cabeça, nos trazendo várias reflexões.

Fabio Shiva 13/07/2019

Duplipensar
Finalizei hoje, em chocado e atônito silêncio, a terceira leitura de “1984” de George Orwell. Li pela primeira vez essa obra-prima do horror e do caos na década de 1990, para a matéria de Ciência Política da Faculdade de Comunicação Social, a fim de estudar as características do totalitarismo e a manipulação das massas pela mídia. Depois li uma segunda vez, na década de 2000, como tributo pessoal ao gênio literário de George Orwell, um de meus autores favoritos. E agora, ao ler pela terceira vez, ao final da década de 2010, posso concluir, assombrado: o Brasil está cada vez mais perto de “1984”!

Cito como exemplo dessa constatação a pavorosa técnica do “duplipensar”, que no livro aparece como alicerce de uma sombria ditadura futurista:

“Saber e não saber, ter consciência da completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade.”

Se eu lesse essa citação sem saber de onde veio, pensaria que se trata de uma lúcida e minuciosa análise das estratégias utilizadas pelo atual governo brasileiro...

Outra triste percepção advinda dessa leitura diz respeito à apatia e inércia do povo, que permite e autoriza incontáveis males. Cito novamente o livro, mas poderia estar falando de nossa sociedade brasileira:

“Não se revoltarão enquanto não se tornarem conscientes e não se tornarão conscientes enquanto não se rebelarem.”

“1984” dá seguimento a uma série de leituras que tenho feito e que vem demonstrando como o mal supremo é o totalitarismo. O nazismo alemão e o comunismo russo, como afirma claramente Orwell em seu poderoso libelo, são facetas do mesmo e terrível Mal. Isso me fez refletir como estão equivocados aqueles que querem dividir a sociedade entre “direita” e “esquerda”. Além de ser uma divisão pra lá de obsoleta e inútil, não expressa a verdade sobre as pessoas e suas convicções. Se é para dividir, penso ser mais apropriado classificar as pessoas em duas categorias básicas:

1) Pessoas que defendem seus próprios direitos.
2) Pessoas que defendem os direitos de todos.

Assim temos, para expressar apenas alguns exemplos:

1) Pessoas que defendem sua própria religião, etnia e sexualidade como sendo a “correta” e todas as outras como sendo “erradas”.
2) Pessoas que defendem todas as manifestações religiosas, etnias e opções sexuais como igualmente merecedoras de respeito.

O mais sombrio nessa divisão é que as pessoas da categoria 1 cedo ou tarde começam a desumanizar as pessoas da categoria 2, a fim de justificar práticas de violência progressiva. E assim chegamos ao ápice da violência, que é a tortura, que encontra nas páginas de “1984” uma descrição que chega a ser poética em sua hediondez:

“O que acontece aqui dura para sempre. (...) Havemos de te esmagar até ao ponto onde não se volta. Vão-te acontecer coisas das quais não te poderás restabelecer, nem que vivesses mil anos. Nunca mais poderás sentir sensações humanas comuns. Tudo estará morto dentro de ti. Nunca mais serás capaz de sentir amor, ou amizade, ou alegria de viver, riso, curiosidade, coragem, ou integridade. Ficarás oco. Havemos de te espremer, deixar-te vazio, e então saberemos como te encher.”

Essa passagem foi escrita em 1948, mas infelizmente representa boa parte da população brasileira da atualidade, que consciente ou inconscientemente ainda apoia um presidente que declaradamente é a favor da tortura. Esse talvez seja o Brasil que imaginam para seus filhos:

“Se queres uma imagem do futuro, pensa numa bota a pisar um rosto humano, para sempre.”

“1984” é aqui. “1984” não é aqui.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/07/1984-george-orwell.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio

jdelisiario 10/07/2020

Sem palavras para descrever
Minha percepção da leitura desse livro é como se estivesse subindo uma montanha. Quando cheguei no seu ápice, desci rolando montanha a baixo, misturando todas as sensações possíveis entre a angústia e o ódio... Terminada a história, entrei nos apêndices, por onde passei lentamente, como se estivesse me arrastando em pântano nodoso. Acredito que seja pelo impacto do fim... Odiei o final, mas a obra é brilhante! #leituraTerapia #indico

flavia.risso 17/05/2021

O governo é cruel
A leitura é densa, demorei a compreender do que o livro se tratava, que época sofrida, onde nem o direito de ir e vir eram liberados, a lavagem cerebral que o partido realiza nos cidadãos é absurda, no final Winston que odiava com toda sua força sofreu tanta dor e lavagem que isso fez ele amar o Grande Irmão, achei bem interessante e sem dúvidas Orwell é um ótimo escritor

Gabi.Pera 31/08/2016

Brilhante
Genial! Um dos melhores livros que já li!

Ana 01/05/2021

1984
Achei uma leitura muito pesada, tive que dar um tempo na leitura várias vezes, mas muito bem escrito e colocado as situações e possibilidades de regimes totalitários, desde uma mudança na linguagem, uso de tecnologia, mídia, controle psicologico e comportamental, utilização de torturas e alterações na história visando um controle de massas. Um super classico que faz pensar e que não pode deixar de ser lido.

Abelita.Azevedo 02/02/2024

2+2=5
Esse livro é assustadoramente atual
Será uma previsão?

Contrariando quem acha chato e arrastado não achei a leitura difícil

Apesar de saber que o final não seria feliz fiquei mais e mais curiosa pra saber se alguém faria pelo menos um arranhão ao grande irmão e ao partido

É arrasador o final
É isso que eles querem
Ignorância e Força

Caique.Nascimento 14/06/2018

Proibido ser Indivíduo
Este livro é perfeito para entender o quão danoso é um estado totalitário e coletivista.
Acho que nunca li algo tão perfeito.
Deve-se entender que, nos dias atuais, quando se fala como uma pessoa, não se trata de apenas uma, mas no minimo dezenas. Acredito que George Orwell não fazia ideia de que falaria com gerações.
Não se deve desapontar um homem tanto assim.
"Nos encontraremos onde não há treva"
Posso compreende-lo, em cada pensamento, na transição da admiração ao ódio, da curta memória do povo, do duplipensar, que parece obra de ficção, mas faz todo sentido nos dias atuais.
Bem, "se existe esperança, ela vive com os proles! "
Magnífico!

leonoragss 01/04/2024

Achei que esse livro era só sobre o Big brother monitorando todo mundo e acabou, não sabia que falaria muito mais do que isso.
Que livro perfeito, não sei porquê enrolei tanto tempo pra ler; depois da ?parte II? a história se desenrola tão bem que você fica preso, e ao mesmo tempo curioso pra saber o que vai acontecer, no meu caso fiquei curiosa para saber se iam descobrir o Winston e a Júlia (de fato descobriram).
Me deu tanta agonia sobre como o partido fazia lavagem cerebral em todos, para acreditarem/apoiarem tudo que eles faziam, e confirmar que 2+2=5; fiquei todo tempo com um sentimento de aperto quando descreviam as casas, os prédios, e a prisão que o Winston ficou quando foi pego; não sei se a escrita foi feita com essa intenção, mas me senti vigiada por esse olhão.
Resumindo, nem tenho elogios para esse livro, é ótimo para quando você pensar ?Será que o governo faria isso?? Sim, eles fariam.
?Liberdade pra mim, é a liberdade de dizer que 2+2=4.?

Gabi.Ferreira 28/06/2021

2 + 2 = 5?
Segundo livro de George Orwell que eu tenho o imenso prazer de ler, me surpreendeu demais. Traz uma contextualização EXTREMAMENTE atual, mesmo tendo sido publicado em 1949. Que obra! O final me deixou reflexiva demais, e não cheguei numa conlcusão do que realmente aconteceu, para que ele "amasse o Grande Irmão". Ele cedeu a tortura? Ou estava esperando ser fuzilado, depois de ter se "purificado" para o Partido? Tantas citações lindíssimas, tantas reflexões sobre a nossa liberdade de expressão e o porquê não nos revoltamos com o que vemos na política. Um lindo livro, de leitura mais que essencial para todo ser humano que quer construir um pouco mais do seu senso crítico.

William LGZ 23/06/2022

Indispensável
Um clássico que deveria ser leitura obrigatória para todo mundo, que adiei tanto para ler mas que por fim pude comprovar que é de fato uma grande obra-prima.

Apesar de um pouco monótono pela maior parte do seu desenrolar, o autor conseguiu transmitir de diversas e variadas formas os horrores do seu regime totalitário distópico para depois nos chocar ainda mais em sua eletrizante reta final.

Como dito no início, é um livro que recomendo à todos e acredito que, mesmo que desagrade com seu ritmo lento e situações desagradáveis, é essencial que seja lido para que mais mentes sejam abertas e blindadas contra esses tipos de práticas apresentadas nele.

Debora 22/11/2020

Uma leitura assustadora (mas importante)
Há muitos anos queria ler 1984, mas só agora consegui, em uma leitura conjunta. Esperar tanto de uma obra quase sempre gera algumas decepções.
Contudo, em 1984, a história conseguiu superar minhas expectativas ainda assim, não só pela escrita boa e fluida de Orwell, mas também por sua coragem em publicar um livro tão desesperançoso (sim, é uma grande qualidade). Por que, em 1984, o Partido e o Grande Irmão são tão proeminentes e controladores que não sobra espaço para o mínimo passo em falso.
E esta narrativa é conduzida por um romance que, em si, é bobo e implausível, até...
O que me incomoda, então? Uma parte do livro que me parece muito datada, com a crença irrestrita do autor na superioridade do progresso técnico e suas possibilidades, o que, sabemos hoje, não é bem assim.

Giovannaa1 29/01/2021

2+2=4?
"O partido não se interessa pelo ato em si: é só o pensamento que nos preocupa"

1984 é forte, fantástico e necessário!

Não foi uma leitura fácil, mas mesmo assim, me surpreendeu prendendo minha atenção do início ao fim, me deixando ansiosa e apreensiva. Orwell era, sem dúvidas, inteligente e um grande escritor.

Acredito ser um dos melhores livros que já li!

Markarroni 10/07/2019

Mais assustador que muito livro de terror
Orwell, um ex-marxista intensamente desapontado com o rumo que o comunismo estava tomando, assistiu chocado quando a grande experiência soviética foi reduzida a um estado totalitário e repressivo igual a Itália fascista ou a Alemanha nazista. Ele percebeu que a ideologia em um estado autoritário é apenas uma distração, e que o ponto de controle é mais controle e mais tortura, o objetivo de todas essas ideologias fracassadas era moldar um mundo em que as pessoas não possuíssem autonomia.

Foi a partir dessas experiências e percepções, que ele nos presenteou com 1984. Imagine ter a sua vida controlada pelo Estado: trabalho, o que você come e bebe, com quem você se relaciona, suas conversas, seus pensamentos! A obra é sombria e visionária. Não sei se a intenção dele foi chocar. Tendo sido ou não, conseguiu.

A linguagem é modificada para reduzir a capacidade de comunicação, o passado é reescrito diariamente. Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado. Não há verdade real. A verdade é o que o Estado diz que é: preto é branco, 2 + 2 = 5. Mas aí você pergunta: “Como um governo assim consegue se manter de pé?”. A resposta é: através de tortura, intimidação, violência e lavagem cerebral.

No entanto, nem tudo são flores. Os personagens são desinteressantes e você só se preocupa com eles por causa da terrível situação a qual eles vivem. A crítica político-social é tão forte, que às vezes parece ser mais um ensaio do que um romance. Há também algumas pequenas falhas no enredo, porém, nada que diminua a engenhosidade orwelliana.

Qualquer que seja a atual encarnação do “Big Brother”, o objetivo é sempre o mesmo: uma nação de fanáticos, todos com o mesmo pensamento limitado e gritando os mesmos slogans.

site: https://www.instagram.com/leitor.nerd/

Thamyris 24/01/2021

Poder não é um meio, mas um fim.
Esse livro está bem fora da minha zona de conforto literária, e esse livro me fez descobrir o quão bom é a gente descobrir novos gêneros e autores.