Mandiitas 22/01/2011
Jogos do Amor - Elizabeth Chandler
Digam, garotas, o que vocês fariam se sua melhor amiga só se interessasse pelos caras com quem você saí? E pior do que apenas se interessar, se ela saísse com todos os caras que você já namorou? O que vocês fariam?
Carly vive esse dilema desde que sua amiga Heather transgrediu de garotinha tímida à uma loira dançarina de ballet, com um corpo esbelto e longos cabelos loiros. Carly nunca foi uma garota tão linda a ponto de despertar o interesse de todos os caras. Pelo menos não tão deslumbrante quanto Heather. Com seus cabelos ruivos e sempre desordenados, a garota sardenta não entende o que leva sua amiga a se interessar apenas pelos caras com quem ela já namorou. Porém, isso nunca havia sido problema para Carly, pois ela nunca gostou verdadeiramente de alguém. Não até encontrar um cara como Luke. Um egocêntrico atleta de seu antigo colégio estava treinando para as Olimpiadas no local em que ela estava trabalhando como monitora de um acampamento infantil! E dessa vez Carly não poderia jamais perder o tão cobiçado garoto de olhos verdes e um corpo esbelto para Heather. Não mesmo. Seguindo essa linha de raciocínio, Carly decide encontrar um par perfeito para amiga. Não por simples altruismo, mas sim na intenção de encontrar alguém que despertasse um sentimento suficiente na mesma para que ela não quisesse correr atrás de Luke. E ela encontra essa pessoa.
Jack, com seus cabelos castanhos e olhos azuis escuros, também está trabalhando como monitor e músico, no acampamento de verão. Seu jeitinho sarcástico e implicante tira, em muitas vezes, a paciência de Carly e ela não consegue enxergar o quão interessado ele está nela, submetendo o garoto aos seus estúpidos joguinhos de conquista. E ela acaba conseguindo o que quer. Jack está com Heather agora. E sua amiga está feliz. Mas uma pergunta sempre lhe vem a mente: por que será, então, que ela se sente tão infeliz?
Jack não é, exatamente, um cara completamente fofo, mas em suas simples atitudes ele consegue cativar o leitor e deixá-lo intrigado quanto as suas verdadeiras intenções com Carly e Heather. Dá para se confundir com ele.
E Carly não é uma garota idiota, mas diria que a achei bastante egoísta. Na intenção de conseguir o que queria, ela não parou para se importar com os sentimentos de Heather (mesmo que ela seja uma vaca) e nem com Jack. Era apenas ela e o que ela queria. E após uma desilusão com Luke ela percebeu que não se deve deixar pelas aparências. E o pior de tudo: que era tarde demais. Porém, diferentemente de várias histórias, a protagonista não se tranca em um quarto ou se deixa abater de maneira praticamente mortal. Com a ajuda de sua irmã super bem humorada Jollie (sério, ela é uma fofa e super engraçada!), que mesmo esperando um bebê não deixa de ser uma criança, Carly não fica na fossa. Ainda mais porque ela não é disso. A garota vive sua vida tranquilamente, evitando situações que acha que deve evitar e passando por outras que irá colocar seu coração à prova.
Gostei da maneira que a autora desenvolveu a trama, colocando não só a maneira como os garotos podem afetar uma amizade - assim provando se ela é verdadeira ou não - como também relatando o companherismo entre irmãos (mesmo com seus barracos usuais) e que, às vezes, confiamos demais em quem não merece. Porque, convenhamos, Heather não é nem de longe uma amiga verdadeira. Tem um jeito falso e competitivo. Sério, que melhor amiga fica sempre dando em cima dos caras que você namora? Achei interessante a forma como esse tema foi abordado.
Mas a Elizabeth relatou o principal: o feitiço sempre vira contra o feitiçeiro. Quando você menos espera. Afinal, quem pode mandar no coração?