Cisquinhole 28/07/2023
A SUTIL ARTE DE UMA VIDA MELHOR
Continuando a saga das segundas chances, me surpreendi e, realmente, a gente não está preparado para alguns livros, e eu demorei um pouco para estar para esse.
Quando nos deparamos com o título já achamos que vai ser uma banalidade, não se importar com nada, ser livre e hablar o que quiser. Ser y ser, viver y viver. Querer y fazer; no entanto, é completamente o contrário, prazer, A Sutil Arte de Ligar o 🤬 #$%!& , mas você precisará ler, para entender profundamente o próprio título, sua visão vai mudar de um jeito.
Achei incrível que o Manson não endeusou uma liberdade de pah pah pah, mas sim "Depois de tantos anos intensos, a maior lição que tirei da minha aventura foi que a liberdade absoluta, por si só, não significa nada."(pg. 124), mas também não endeusou, de todo, uma vida simples e calma. Manson traz uma visão dos dois mundos e como podemos ser tão frágeis na vida, porque somos humanos e perdas nos mudam, assim como ganhos.
Pude refletir sobre a revolução em nossas vidas, no processo diário, em tudo que precisamos fazer, dar de cara com o Panda da Desilusão pode ser um desafio e tanto, mas e daí? A gente precisa, para termos uma chance de nos conhecermos. E refleti muito com o trecho "Por que você se importa por eu ter morrido se ainda tem tabto medo de viver?"(pg.143) e isso foi um esbofeteamento sem igual em mim.
A obra também nos faz pensar sobre as desilusões e o que elas podem ser, em como precisamos entender que não somos especiais, como estamos sempre fazendo escolhas e mais uma imensidão de coisas. Finalizo com um dos meus trechos favoritos:
"A autoconsciência é um cebola: cheia de camadas e quando mais você descasca, mais provável é que comece a chorar em momentos inadequados"(pg.58).