Dolble 24/11/2023
A vidinha preciosa de Scott Pilgrim (1)
Minha primeira impressão, de fato, com esse mundo de HQs ocidentais (sem contar umas HQs irrelevantes que li a décadas atrás), Scott Pilgrim é e ao mesmo tempo foi minha porta de entrada para esse tão vasto mundo das Comics (mesmo sendo resumido a Marvel e DC no mundão), então, por nunca presenciar tal tipo de obra, talvez possa ser BEEEEEM leigo na minha resenha, mas, é a MINHA resenha... espero que entendam.
Primeiro, darei meu parecer do porque eu decidi ler Scott Pilgrim, bem, eu já havia consumido o filme a um bom tempo (gostei bastante) e vi que a série animada estava prestes a ser publicada pela netflix, imaginando que a série seria uma adaptação do universo das HQs por completo (deixando de cortar cenas, como no filme), eu pensei em ler, para conseguir analisar, por completo, a adaptação. Mas aí... a série animada finalmente lança... e não tem quase nada haver com a HQ, o que me fez mais ainda consumir a obra original, então cá estou, para ler Scott Pilgrim des do começo.
A quadrinização dos painéis é bem gostosinha e simples de ler, ela opta por algo mais simples e menos embolado mesmo, quase como se fosse um Mangá mesmo, porém, com mais jogos de painéis e coisas que quebram um pouco a ordem dos painéis, sendo bem criativo algumas vezes. A quadrinização faz com que Scott Pilgrim seja algo bem tranquilo de ler e com uma leitura rápida até demais (você termina querendo bem mais), no geral, simples, mas MUITO funcional.
A história é um besteirol adolescente por completo, e eu amo isso! Esses conflitos completamente sem pé nem cabeça e esse ar adolescente que a obra exala é simplesmente refrescante demais e te deixa com uma emoção de felicidade e dá realmente vontade de sair e viver a vida como um adolescente pode viver, Scott Pilgrim não se importa em abordar temas sérios ou deixar o leitor tocado, ele quer ser divertido, e ele sabe muito bem como fazer isso.
Os diálogos eu diria que são no ponto, para uma obra mais simples em questões narrativas, não precisa de uma preparação pro futuro ou coisas tão específicas no roteiro, claro que isso seria bem interessante de se ver em uma obra que aparenta ser simples do início ao fim, mas, se não houvesse, eu não me importaria nem um pouco, por mim continuava assim até o fim, só mudando conforme os conflitos. Os personagens são bem interessantes e cada um tem seus núcleos e seus "esteriótipos" que o encaixam nas diversas situações que eles se intrometem, não tem um trabalho textual em cima do personagem ou um conceito que te faz explodir a cabeça ou amar o personagem para colocar o personagem como foto em todos os seus perfis, mas eles são carismáticos e bem gostáveis, não precisam de algo do tipo para ser bom.
O estilo de arte eu achei realmente bom, esse estilo mais simples, que remete muito a personagens de jogos mesmo, simplesmente casou muito bem com a ideia da HQ e pra mim foi genial o trabalho de arte que o autor fez por cima disso, ele consegue trabalhar muito bem com esse tipo de arte mais simples em seus painéis, para fazer um jogo de quadros ou uma arte muito bela usando a simplicidade que sua arte tem, novamente, ele não usa conceitos super avançados de arte ou é o maior artista da humanidade, mas ele usa tão bem sua criativa, que, não tem como não amar esse estilo dele.
Em suma, tem uma coisa que Scott Pilgrim deixa claro que quer ser até o fim, despretensioso, divertido e criativo, e ele não tem nem medo de exibir isso na nossa cara.