On the Road

On the Road Jack Kerouac




Resenhas - On The Road


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Maria290 17/08/2021

É uma viagem!
Li este livro por recomendação do meu pai e achei maravilhoso!!!! Me fez querer viajar junto com Sal e Dean! Foram muitas emoções, chorei, ri, refleti... Foi um livro, de fato, maravilhoso e que penso que todo jovem precisa ler para sentir pelo menos um gostinho da liberdade que é retratada na história...
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Hildeberto 15/08/2021

ISSO!
Há muita coisa interessante para ler, mas em poucos livros eu encontrei ISSO que existe em "On the Road" e não sei descrever. É como se Jack Kerouac houvesse transformado a vida em palavras, e fôssemos levados em uma viagem pelas profundezas do nosso ser em busca de algo aparentemente sem sentindo, mas que ao mesmo tempo guarda um senso mais profundo que não pode ser compreendido, apenas vivenciado. E é exatamente ISSO! O livro dá a sensação de estar em contato com uma realidade mística, e sempre que eu o largava e voltava à rotina, o mundo parecia apenas um simulacro profano. A linguagem fluída e espontânea de Kerouac contribuí muito para esses efeitos, e a tradução de Eduardo Bueno consegue preservar muito bem esse espírito na tradução brasileira (e a edição de bolso é muito apropriada para o conteúdo).

O enredo consiste basicamente nas viagens através dos Estados Unidos de Sal Paradise e Dean Moriarty, sujeito com uma personalidade bem problemática. Em um nível puramente racional, chega até a ser banal; mas nem a literatura nem a vida se resumem a um plano cartesiano, e o que dá valor as coisas e nos torna humanos é justamente ISSO.

"On the Road" é um livro a ser lido, sem dúvidas.

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Diego 10/08/2021

A bíblia da geração beat é uma ode à liberdade (e de certa forma ao hedonismo)
Comecemos pelo inevitável contexto do livro. "On The Road" é uma obra do pós-guerra norte-americano, fruto de um mundo diferente. Havia uma certa rigidez "careta" nesse mundo todo certinho do final dos anos 1940 e início dos 1950 que escritores como Jack Kerouac procuraram quebrar. E essencialmente é disso que se trata o movimento beat (raiz da contracultura e embrião dos hippies) -- liberdade de estilo e de forma de vida em meio a uma sociedade quadrada.

O livro trata das viagens de Sal Paradise e seu inseparável amigo Dean Moriarty pelas estradas dos Estados Unidos (Leste à Oeste e depois o contrário, várias vezes no texto!). Sendo que no final eles vão parar até no México...

O que acontece com os personagens ao longo da estrada é a questão principal do livro. Qual a motivação deles ao simplesmente abandonar suas vidas em Nova Iorque para se aventurar pelo sul? Por que essa vontade de se "desenraizar"? E ao longo da jornada eles conhecem garotas, deixam-se envolver e logo depois caem na estrada de novo. Especificamente: Dean Moriarty no livro tem Camille e Marylou (namorada e amante). Depois ele ainda arruma outra, Inez... E assim ele segue a vida, sem se fixar nem em um lugar e nem com alguém.

Há momentos de puro hedonismo nos personagens, quando se entregam à noitadas de jazz, bebidas e festas, entrecortadas com altos papos filosóficos (ou tentativas hilárias disso -- como os diálogos ininteligíveis de Dean Moriarty e Carlo Marx). A tudo isso observamos de carona com nosso protagonista/narrador, Sal Paradise, a quem atribuímos logo de cara estranha subserviência e quase idolatria ao amigo Dean. Dean é o profeta da estrada e Sam o seu mais próximo apóstolo.

A história toda é sobre estar na estrada.

Ao verificarmos que os personagens parecem não se fixar em lugar nenhum (mesmo quando querem muito, como é o caso quando decidem ir ao México), vemos que é justamente a mensagem principal de Kerouac aqui. A estrada é o que importa. Não pare; siga em frente.

Em literatura você sempre estará em maus lençóis se interpretar alguma história sem se abrir para possíveis metáforas, associações e alegorias. Caso você analise Sal e Dean com olhar frio e pragmático, enxergará somente dois vagabundos sem era e nem beira no mundo. Ok... Mas se você pensar no que representa a estrada e o que representa estar disposto a sempre seguir nela, talvez vejamos nesses personagens uma coragem diante do desafio da vida. Pode ser só divagação minha, mas procuro sempre ver as entrelinhas de qualquer romance.

Na conclusão da resenha, um ponto sobre o estilo kerouaquiano: a prosa espontânea. E a associação automática que se faz é com o jazz. Claro, óbvio! Um jazzista e seu instrumento fazendo uma jam session com a máquina de escrever; isso é Jack Kerouac. A prosa soa deste jeito. É uma avalanche melódica e hipnótica. Lindo.
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Juliana (Ju/Jubs) 22/07/2021

No começo eu pensei que fosse gostar do livro, porque a escrita é bem gostosa e informal. Mas o não dá pra ignorar que as mulheres são tratadas como lixo, inclusive adolescentes de 15 anos, e o caminhão de homofobia que em nenhum cenário é minimamente aceitável.

Achei o Sal extremamente estúpido, ele é um cara inteligente, mas ele não tem vontade própria e sempre faz o que os amigos querem. Dean é maluco, não tem outra palavra, ele não tem senso nenhum de responsabilidade ou empatia.

O livro é basicamente sobre homens sendo machistas, completos imbecis, viajando pra lugar nenhum, sem dinheiro, sem responsabilidade e achando que não ter uma casa ou família é de alguma forma viver bem.

Esse livro marcou uma geração, e não duvido, há muitos homens e "amigos" como o Dean, mas de forma alguma isso é bom ou saudável, seja pra eles mesmos, seja para as pessoas ao redor.
Uiny 25/08/2021minha estante
Nossa, eu fiquei com tanto ódio do livro que não escrevi nada, mas você traduziu tudo que senti nessa leitura. A passada de pano pra falta de responsabilidade é enorme, quando nunca se espera isso de mulheres. Cheguei até esse livro pelo livro de uma mulher, a Carol Bensimon, não é incrível, mas já é bem melhor que esse rs


Marydalle 08/10/2021minha estante
Não estou nem na metade da leitura desse livro, mas o ódio já tomou conta ?


Juliana (Ju/Jubs) 08/10/2021minha estante
Mary, não vale a pena, eu só terminei pq detesto abandonar livros, mas foi um sufoco.


Gabriel.Soneghet 13/06/2022minha estante
O mais irônico é que, na vida real, anos depois, os personagens Dean, Carlos e Old Bull se assumiram homossexuais.




joana543 05/07/2021

Parece mesmo um livro escrito em 3 semanas
Meu primeiro contato com a obra foi há muitos anos atrás, quando dei de cara com um trecho do livro numa rede social qualquer. Programei que mais cedo ou mais tarde eu teria de ler On The Road. Gostaria que tivesse sido mais cedo. É bem mais provável que a aura transgressora do livro, e as críticas rasas sobre moral e o sentido das coisas tivessem encantado a Joana de 15 anos.

De certa forma, eu tenho respeito por uma existência que se concentre em nada além das experiências que se absorve no caminho, na estrada, na vida - chame como quiser. Mas tenho minhas questões com o modo como Sal e os garotos fazem isso.

O livro é doido, os caras vivem numa viagem enorme, e em mais de um momento eu senti que estava sóbria demais para entender os debates entre eles. Os amigos do Sal, eruditos ou vagabundos, pareciam todos desencaixados. O que era, de algum modo, reconfortante. Meio incapazes de se encaixar no próprio tempo, na própria vida, ou fazendo isso das formas mais inusitadas possíveis.

Na maior parte do livro, as narrativas de terceiros parecem despropositadas. Não estão ali pra cumprir nenhum papel. Isso muito provavelmente faz parte do estilo de prosa espontânea do autor, mas também faz com que pareça que o Sal é incapaz de absorver qualquer coisa das pessoas com quem ele esbarra por aí. O que, na minha opinião, contraria toda a experiência da vida na estrada.

As descrições minunciosas são cansativas, e sinto que encobrem e distanciam leitor do que seria uma vida fora desse círculo vicioso de preocupações falsas ao qual Dean pensa que estamos presos.

Esse parece mesmo um livro que foi escrito em três semanas. O Dean soa como um cara extremamente problemático e desagradável, mesmo para as pessoas que eram queridas por ele. A forma como ele nunca deixa que o Sal complete suas histórias ou linhas de raciocínio, num impulso egoico de falar de si o tempo todo, me incomodou o livro inteiro. E cada trecho da obra em que eu não precisava ler o nome dele 5 ou 6 vezes a cada parágrafo era um alívio enorme.

A frustração do Sal com as respostas de outros a suas questões existenciais também é irritante, e diz sobre a prepotência com que ele se deixa convencer de que "saca" todas aquelas questões. Fica claro que ele só pergunta tanto na esperança de que alguém lhe diga o que tanto precisa saber. Talvez por isso ele seja tão obcecado pelo Dean, a ponto de se pôr em segundo plano enquanto outra pessoa dirige sua vida.
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alekele_ 22/06/2021

On the road
O livro conta sobre dois amigos que resolveram atravessar os Estados Unidos de carro, inclusive passam pela famosa rota 66.
A narrativa é interessante, porém esperava um pouco mais... Acho que criei uma expectativa enorme. Rs
Mas vale a pena a leitura.
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Desirée 20/06/2021

Frustrada por não ter gostado dessa "bíblia". Talvez a forma como retratam as mulheres nessa linguagem dos anos 40 tenha contribuído, mas reconheço algumas belezas no livro. Levei muito tempo pra conseguir terminar e, ainda assim, sempre que voltava parecia que a história tava no mesmo lugar, com os personagens cruzando o país de leste a oeste.
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Maria Siegloch 18/06/2021

Não gostei
Acho que o que me fez não gostar desse livro foi só ele não fazer o meu estilo de leitura. Achei desgastante e sem graça. Não me cativou em nenhum momento.
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Hono 12/06/2021

Puro Jazz!
Raduan Nassar e Clarice Lispector são dois grandes escritores que usam do fluxo de consciência para seus enredos.

Kerouac usa do mesmo fluxo, porém, se pudéssemos fazer essa discriminação, ao invés de usar da consciência, ele utiliza do mesmo ímpeto criativo que os compositors como Charlie Parker ou Miles Davis usam para seu jazz.
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Marcel Koury 28/05/2021

"(...) Eles percorriam as ruas juntos, sacando tudo com aquele jeito que tinham nesses primeiros anos, e que mais tarde se tornaria mais amargurado, penetrante e vazio. Mas, nessa época, eles dançavam pelas ruas como piões frenéticos, e eu me arrastava na mesma direção como tenho feito toda a minha vida, sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício, explodindo como constelações em cujo centro fervilhante — pop — pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos 'aaaaaaah!'. (...)"

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A Geração Beat foi um movimento literário que surgiu da vanguardista visão de um grupo de amigos escritores que se conheceram no final de 1944 no West End Bar, em Manhattan, Nova York, dentre eles, Jack Kerouac (1922–1969), Allen Ginsberg (1926–1997) e William S. Burroughs (1914–1997), que, juntos, erigiram um fenômeno cultural que revolucionou a literatura estadunidense.

Para a intelligentsia da época, os beats eram apenas um grupo de jovens antissociais, mas havia um porquê: o termo "beat", cunhado por eles mesmos, significava "derrotado e/ou marginalizado", e incorporava uma contundente atitude de protesto e rebeldia contra a sociedade convencional, que eles, boêmios hedonistas que celebravam o inconformismo e a criatividade espontânea, consideravam absurdamente retrógrada e hipócrita.

Em "On the Road", publicado em 1957, Kerouac cria um novo tipo de prosa poética, que funciona como uma "trilha sonora interna"; um fluxo de consciência free-jazzístico (a música foi de basilar importância para o despertar da consciência cultural do autor), que vai se desvencilhando das palavras e, por conseguinte, das frases e, por extensão, dos blocos de texto, trazendo a linguagem e o ritmo das ruas, mesclando, num anarquismo místico, realidade e onirismo, suplantando o descrédito promovido por burocráticos críticos literários e acinzentadas celebridades acadêmicas (certa vez, questionado sobre o que achava da prolixidade beat, o escritor Truman Capote, outro transgressor da escrita, respondeu de maneira ácida: "Isso não é escrita, é datilografia"), transformando o que era inicialmente aventurescas viagens de carro, entre 1947 e 1950, por todo o território dos Estados Unidos e pelo norte do México, numa busca — com iluminada influência do budismo — por transcendência espiritual.
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Léo 11/05/2021

Feito pedras rolantes
Tem alguns livros que acertam na gente em certos períodos e mudam muito a nossa visão das coisas, pra mim, esse livro foi Na Estrada do Kerouac. É um livro sobre movimentar-se pela única razão de não permanecer parado.
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Ludmila 11/05/2021

Expectativa é uma droga! O livro é legal, vale a pena ler. Mas eu estava esperando tanto que acabei me decpcionando um pouco...
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Gabriel Oliveira 17/04/2021

O livro pós-guerra que virou cult
Quando li esse livro despretensiosamente em meados de 2015/16 não esperava bem o que encontrar. Quando terminei de ler não sabia direito o que tinha encontrado.
É um livro interessantíssimo. Não possui uma trama incrível nem grandes invenções de linguagem. Trata-se de um romance febril, aventureiro, apaixonado. A linguagem espontânea é o ponto forte aqui. E tem o Dean também. Vocês irão se apaixonar por ele.
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Klelber 09/04/2021

Muito bom
Posso estar enganado, mas o livro tem um fundo autobiográfico. Achei muito bacana alguém andar tanto e absorver tanta experiência. O final bem melancólico, do jeito que gosto...
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rayssagurjao 09/04/2021

Geração Beat
O livro escrito por Kerouac, ficou conhecido por ter se tornado um manifesto do movimento "beat". Esse movimento pregava experiências autênticas, um compromisso perigoso com a vida, até com os maiores limites, liberdade dos padrões, marginalidade, drogas, liberdade sexual e aventuras em estradas.

Um movimento para quem não se encaixava na sociedade em praticamente nenhum dos aspectos, no livro a representação fica por conta de Sal Paradise o narrador da história e o "pregador" do movimento Dean Moriaty, é um livro que tem muito da vida do seu próprio autor em uma narrativa inconstante de viagens, caronas, drogas, mulheres e poucas paradas.
Fer 09/04/2021minha estante
ai esse livro me deu uma energia enquanto eu lia, dava vontade de largar tudo e sair viajando kkkkk


rayssagurjao 09/04/2021minha estante
Tem passagens que o sentimento é totalmente esse kkkk




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