Resenhas - On The Road

yvnvitx 30/01/2022

On The Road, de Jack Kerouac
Clássico absoluto da literatura norte americana, On The Road foi escrito por Jack Kerouac, autor com descendência franco-canadense, o livro é semi autobiográfico, pois conta de forma romantizada as aventuras do autor (na trama ilustrado pelo personagem Sal Paradise) e seu amigo Neal Cassady (aqui Dean Moriarty) pelas estradas norte-americana.

O livro foi responsável por uma das maiores explosões contraculturais da história do ocidente, pois foi um dos pontos de partida para a introdução da filosofia beat em solo estadunidense. A geracão beat é o nome dado aos adeptos a um modo de vida mais desapegado aos bens materiais, nômade e hedonista.

Confesso que fui com muita sede ao pote quando comecei a ler o livro e acabei achando um pouco decepcionante, pois é uma leitura meio corrida, são relatos muito crus e por vezes repetitivos, as idas e vindas da dupla Sal e Dean pode ser cansativa para o leitor. As passagens mais memoráveis para mim foram as de quando Sal estava de casal com Terry, a mexicana, as passagens com Old Bull Lee, as aventuras em Frisco com Remi Boncoeur e com certeza, o México.

Apesar de ser um livro pedante em alguns momentos, On The Road é muito inspirador e icônico, me deixou com vontade de sair por aí adoidado pegando rabeira em trem, dormindo em rodoviária e pedindo carona.

PS: A tradução e posfácio do Eduardo Bueno são incríveis, dá pra sentir quanto amor o tradutor sente pelo livro, obrigado Eduardo e Thanks, Jack!

Bruno.Fernandes 18/01/2022

Cativante e inspirador!
Mergulhado em possibilidades, acompanhado de um louco pela vida, a melancolia das highways, o frescor da juventude, a excitação dos pubs, dos carangos, do jazz, dos beats! Livro fabuloso e saudosista de um tempo sem volta, sem limites! Bravo!!

Agnaldo 12/01/2022

Amizades da estrada
São uns verdadeiros loucos por aventuras e pensando na época em que se passou, só posso sonhar e imaginar como deve ser divertido, doido e corajoso passar por todos os perrengues e aventuras de cruzar o país com estranhos ou com amigos malucos. E a todo momento a história nós mostra a essência do ser humano e quão imperfeitos somos. O autor colocou muito dele nesse livro e fica nítido quão rico em detalhes a história ficou. É um livro maravilhoso.

Renato 06/01/2022

Experimentando a Liberdade
Amigos, sem nenhum projeto de vida, saem pelas estradas cruzando várias vezes o país apenas pelo prazer de experimentar a liberdade, conhecer lugares e pessoas, parando aqui e ali apenas o suficiente para curtir a noite, a boa música, muita bebida, sexo e drogas. As vezes um trabalho qualquer para encher o tanque, ou pequenos furtos pra encher o estômago. A falta de objetivos não parece ser um incômodo, pelo contrário, parece ser o próprio objetivo, não se prender a nada nem a ninguem. Ao mesmo tempo tudo é melancólico; as relações não se consolidam, ressentimentos e abandonos, e paira a sensação de que algo mais estável e mais sólido os esperam nalguma esquina no futuro. Em retrospectiva, tornou-se um livro que influenciou toda uma juventude transgressora dos costumes a partir dos anos 60 e abriu espaço para uma forma de narrativa solta e frenética que parece tão sem objetivo quanto os próprios personagens.

Andre Galli 27/12/2021

?On The Road?, A Bíblia da Geração Beat
Escrito por Jack Kerouac, ?On the Road? foi lançado nos Estados Unidos da América, em 1957. É considerado a Bíblia da Geração Beat.

O livro conta a história de dois amigos, Sal Paradise e Dean Moriarty, que cruzam os Estados Unidos através das estradas, relatando seus encontros, desencontros e descobertas.

mari 03/12/2021

massa
gosto muito dessa filosofiazinha [*****]. fico apaixonada pelas pessoas sujas q andam de trem enquanto visto pijama com alfazema na casa de minha vó.

uzelotto 05/11/2021

Com certeza, um dos livros que mais me influenciou esse ano (2021). A necessidade de uma jornada pela vida, experimentando tudo que nos cerca, suas filosofias e contradições, é algo que havia em mim e foi esclarecido durante a leitura desse livro. Viver intensamente. Sem dúvida, Kerouac foi uma alma rara.

Will 12/10/2021

Uma bela viagem de Jack...i
Para usufruir melhor de On the Road, sinto que devo fazer algumas recomendações: ao embarcar nessa, deixe questionamentos morais, valores pré concebidos e também o entusiasmo exagerado pelo significado da obra. Curta a viagem sem grandes preocupações, sinta o vento no rosto que a liberdade proporciona e deixe os quilômetros rodarem.
Confesso que muitas vezes me imaginei atravessando o país sem um destino exato, e pude sentir isso durante a leitura. Em alguns momentos, Jack Kerouac acelera ao máximo rodando uma infinitude de cidades em um curto número de páginas, e em outros, estaciona e nos brinda com ótimos momentos, sejam eles peculiares, modestos, insanos ou até um pouco sórdidos. Acabei por perceber que enquanto os personagens de On the road cruzam esse mundo rico das rodovias, eu sou parte da paisagem delas e também minha história se funde, como alguém que nasceu, trabalha e vive toda a sua vida em uma rodovia.
Personagens interessantes, complexos, despidos de um roteiro tradicional, o que faz jus á um livro símbolo da geração beat (denominação que o próprio Jack detestou e acredito que continuaria detestando.
Dean Moriarty é fascinante. Imprevisível, amado, odiado, questionável, mas nunca esquecido. Coloco no hall de personagens impossíveis de se esquecer, do qual poderia divagar por muito tempo e também traçar um paralelo com um tipo raro de pessoas, que cria um fascínio perigoso que pode evoluir para uma idolatria inquestionável nos personagens ao seu redor. Nos seus devaneios de profeta do fim dos tempos, não pude deixar de imaginar um Charles Manson.
Enfim, ótima experiência. Um livro leve, rejuvenescedor, que me captou com o passar das páginas, o que fez com que acabasse acelerando forte nas páginas finais, incapaz de antecipar o que me aguardava no final dessa calorosa estrada.

Pedro.Machado 01/10/2021

Transgressão, lirismo e loucura.
?Não é verdade que você começa a vida como uma criancinha crédula sob a proteção paterna? E então chega o dia da indiferença, em que o cara descobre que é um desgraçado, um miserável, fraco, cego e nu, e com aparência de um fantasma fatigado e fatídico avança trêmulo por uma vida de pesadelo.?

Kézia 28/09/2021

".. amontoada mais uma vez na beira da calçada; tínhamos um percurso muito maior pela frente. Mas estava tudo bem, a estrada é a vida."

Caio 07/09/2021

Um livro emocionante. Amo a forma frenética, simples e poética do Kerouac de narrar. É tão cheia de vida e transporta toda a emoção de uma cena como se você estivesse vendo uma foto e chorando. As imagens que ele pinta são de uma América desolada e cansada do período pós guerra e recheada de questões relevantes até os dias de hoje. Um livro que trata muito bem do tema da liberdade, a mais completa liberdade e todas as emoções e visões que a acompanham.
Na história, temos Sal, um jovem de Nova Jersey que decide cruzar os Estados Unidos em busca de novas experiências com seus amigos estranhos. O principal e mais notável deles é Dean Moriarty que chama muito a atenção de Sal. Ele é o santo vagabundo. Acho impressionante como consegue ser um babaca mas ao mesmo tempo conseguimos compreender seu lado, não totalmente, mas saber que ele faz o que faz por ter total convicção e por não ter aonde ir. Enfim. Por se tratar de uma viagem insana e praticamente infindável, como numa verdadeira viagem, o gosto da história fica nos detalhes das aventuras e na excitação trazida por cada imagem, isso me emociona. Tudo isso unido ao talento de Kerouac em criar uma narrativa poética interessantíssima faz desse livro uma obra prima transgressora e necessária. Meu personagem favorito é Carlo Marx. O final não poderia ser diferente, o único final possível, emocionante e inevitável para um livro transgressor e atemporal.

Andre.S 03/09/2021

Um livro icônico e essencial, documento de uma época e de uma geração. Tem momentos muito bons e momentos chatos e arrastados. Mas um bom livro. Para reler daqui um tempo.

Isabela.Norberto 01/09/2021

Um bom livro ?
Único motivo de não ganhar 5 estrelas é que em alguns momentos a leitura foi bem arrastada e eu tive um pouco de dificuldade em pegar o ritmo. Porém, quando a coisa começou a fluir, me senti tanto dentro da história que até sonhei estar viajando. O livro todo é uma loucura e é preciso estar bem atenta para não se perder nas informações. No fim, me emocionei e fiquei bem tocada com a forma como Sal termina a narrativa.

Uiny 25/08/2021

A premissa do livro é muito boa e, obviamente, reconheço o impacto que essa obra causou no seu tempo.

Contudo, a leitura não estava fluindo, ver um homem (talvez não tão jovem como o livro quer mostrar) fazendo mil coisas inconsequentes em 100 páginas e sendo aplaudido por isso por ser homem e americano, simplesmente não deu pra continuar.

Homem Sério 22/08/2021

Me leva.
Passado de manco em manco com carinho e paixão, trocado entre um cachimbo e um vagabundo, fumando e flutuando nas ruas do Rio, tendo conversas entre grades e árvores, respirando a comida e os gostos de Botafogo, a cada esquina um cinema, a cada praia um amor. Kerouac, me ensina a ser mendigo?