Anelise 28/02/2024
Resenha: A Dama Branca
A Dama Branca conta a história de Alexia Harper, que foi tirada de sua antiga casa por seu pai quando tinha 5 anos de idade. Foi tudo tão de reprente que ela não entendeu e passou os anos seguintes pensando que a mãe a rejeitou e ela seguiu a sua vida, passando por toda a infância e adolescência junto do pai, da madrasta (que se tornou a mãe de coração) e um irmão menor.
Alexia se tornou uma menina mimada, muito certinha e perfeitinha; querida pelos amigos e pela família. Tudo seguiu dando certo para ela, tanto que ela chegou ao final do ensino médio e estava bastante animada com a sua viagem para o Caribe em comemoração e quem sabe fosse para a faculdade depois.
Porém, tudo começa a dar errado já na festa de formatura, quando ela acaba bebendo e não se lembrando de nada. E o mais grave: do nada seu pai fala que o destino da viagem de Alex. Ela vai viajar para o lugar onde nasceu e se reencontrar com a mãe, que faz anos que sequer se importou com ela.
Revoltada, protestando (e depois de quebrar globos de vidro na parede), acaba que ela viajar para Mantle, encontrando-se com sua mãe Agatha e sua nova família, com Claúdios, Arya e Kiam. E tudo o que ela mais quer é entender a razão de toda essa "palhaçada".
Nesse começo, Lexi começa a ter atritos com praticamente todo mundo. A pessoa com que ela se dá melhor é Arya, que é a irmãzinha mais nova da Kiam. Todos eles colocam Lexi numa redoma e a proíbem de sair sem companhia.
Ficamos até umas quase 100 páginas sem entender muito bem o que está acontecendo, até que ela sai para correr sozinha e acaba sendo atacada por uma sereia. E simplesmente somos jogados de uma vez em todo o enredo da história, com uma explicação bem longa e expositiva sobre o Lado Fantástico, sobre as Damas, sobre os dons da Lexi e tudo o mais. Confesso que eu fiquei perdida igual a personagem! (Sem contar que ser tão expositivo assim acaba se tornando um pouco massante!)
A partir dai que a história se desenvolve mais, com Lexi - que é o novo apelido de Alexia - descobrindo ser a Dama Branca, aprendendo a usar seus dons, conhecendo as outras damas e sabendo qual é a missão importante que ela deve cumprir. Impedir que o grande Zarak domine ambos os mundos: o Puro (dos humanos) e o Fantástico (o mágico).
Tirando alguns problemas de ritmo, porque a história demora um cadinho para começar oficialmente, eu amei o livro! Acho que fui uma das poucas pessoas que não teve raiva da Lexi, na real, entendi muito do que ela estava passando. Vivia sua vida em paz e foi simplesmente jogada com uma responsabilidade que ela não fazia ideia até então.
Todos os personagens são muito cativantes e tem suas nuances e características, mesmo que em alguns momentos fossem muitos apresentados ao mesmo tempo e eu fico perdida. Destaque para a Cálica, que é simplesmente a maioral! Amo inclusive a relação de troca de farpas entre Kiam e Lexi, que fica real num amor e ódio... E pior que o Kiam tem como função protegê-la.
Adorei toda a mitologia que a autora criou, a divisão dos mundos, usar o termo "dom" em vez de "magia" e de que eles são passados para as sucessoras! A forma como a protagonista vai mudando e se encaixando nesse novo mundo que descobre, mas ainda continua sendo em alguns momentos aquela menina de antes de tudo isso acontecer.
O climax do livro é muito bem feito e eu vibrei muito que a Lexi foi bem "pokas ideias" com o vilão, entregando uma das melhores cenas e o gancho para o segundo volume, pois suas atitudes despertaram dons nunca vistos numa Dama Branca.
O livro é muito bem escrito e de leitura fácil, então você vai passando as páginas e ficando presa e curiosa para saber o que acontecer e quando você vai ver, o livro acabou. Fiquei querendo mais sobre Farmedia, as Damas, o Lado Puro e o que vai acontecer com a Chama Negra da Lexi.
Ainda bem que já tem a continuação para eu poder continuar!
No mais, A Dama Branca é uma ótima pedida para quem gosta de uma fantasia com grandes dons, criaturas mágicas, reinos e um quase enemies to lovers.
site: https://zodiacane.blogspot.com/2024/02/resenha-101-dama-branca.html