Adriana 02/10/2012Sempre que termino de ler um livro, volto-me para a pilha de obras esperando sua vez e inicia-se um pequeno dilema: qual pegar agora? Sou do tipo de leitor realmente viciado: não consigo ficar sem nenhum livro para ler, me passa uma sensação de vazio tremendo. Por isso, sempre que termino, vou direto a esta decisão e já engato outro livro. Depois de ler Garotas de Vidro, estava precisando de algo mais leve e me ocorreu que fazia bastante tempo que não lia um chick-lit. Este é um dos meus gêneros literários favoritos, mas ultimamente não tinha conseguido pegar nenhum para ler até porque, estou com poucos exemplares em casa. Na mesma hora, surgiu O Bom Partido no meu campo de visão. Não tive mais dúvidas: o escolhido foi você!!!!
Eu já tive contato com a escrita de Carly Phillips em duas oportunidades: a primeiraem Totalmente Demais (resenhado AQUI) e a segunda com o primeiro livro desta série, chamado O Solteirão. Para quem não sabe, a trilogia dos Irmãos Chandler é composta por: O Solteirão, O Bom Partido e O Canalha. O Bom Partido foi um achado, justamente o segundo volume, que era o que eu queria, estava em promoção por R$ 9,90 na Saraiva.com no dia em que estava fechando uma compra. Como sempre acontece, clique vai, clique vem, acabei adicionando-o ao carrinho e cá estamos. Depois de uns 3 meses mofando na fila, finalmente o livro teve a oportunidade de me entreter por algumas horas.
Rick Chandler é um ótimo partido na cidadezinha de Yorkshire Falls. Ainda mais depois que sua mãe lançou uma campanha para todas as mulheres solteiras da cidade: peguem este homem e me dêem netos. Só que Rick não quer nem saber de casamento. Depois de uma primeira tentativa desastrosa, ele decidiu preservar seu coração. A diversão que ele sentia com as investidas das mulheres da cidadezinha começou a morrer quando ele viu quão longe elas iriam para fisgá-lo. Sendo policial, Rick estava acostumado a atender diversos chamados, mas nunca imaginou que pudesse se deparar até mesmo com mulheres seminuas que só o requisitavam para serviços “extra campo”.
Foi com o espírito pronto para mais uma destas situações que ele partiu ára mais um chamado, desta vez de uma mulher com o carro enguiçado na rodovia. Porém, a criatividade sem limites o surpreendeu desta vez. Uma noiva pronta para subir ao altar o esperava. Realmente o policial Rick pensou que, desta vez, as mulheres haviam superado todos os escrúpulos na tentativa de colocar uma aliança em seu dedo.
Entretanto, a noiva em questão era uma velha conhecida dos Chandler, sobrinha de uma das vizinhas mais queridas, que havia falecido recentemente. E ela não estava nem um pouco interessada em casamento, aliás, estava inclusive “fugindo” de um quando seu carro enguiçou.
Assim, temos formado o par romântico do livro e seguimos dando boas risadas com os dois. Raina Chandler, a mãe de Rick, é quem mais confere graça a história, fato que já vem de O Solteirão. O livro é bem rapidinho de se ler, porque logo que entramos na história, queremos descobrir o final e ver os “pombinhos” juntos.
Com uma boa dose de drama familiar Carly Phillips consegue fazer com que o leitor se identifique com muitas situações. Mesmo assim, senti falta de algo no livro. Achei muitos dos fatos extremamente improváveis de acontecerem e uma coisa que geralmente não me incomoda nos demais chick-lits, neste me afastou: a facilidade como tudo é resolvido. O casal sempre é perfeito um para o outro, os problemas dos dois sempre se resolvem facilmente, as brigas e dificuldades são superadas em um piscar de olhos, etc.
Para mim, faltou veracidade nesta obra de Phillips, coisa que encontrei muito mais em Totalmente Demais e O Solteirão. Talvez seja apenas uma falta de química entre mim e o casal, mas o livro não conseguiu passar de 3 estrelinhas na minha avaliação.
Ainda assim, estou louca para ler O Canalha, lançado ano passado pela Essência e que fecha a trilogia. Para os amantes de chick-lit, esta é uma série que eu recomendo, mas atenção: se você é do tipo de leitor que procura mais que entretenimento, pode se decepcionar!
Resenha em http://mundodaleitura.net/?p=4343