Clariel

Clariel Garth Nix




Resenhas -


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Alecio Miari 01/12/2022

Ok, o autor me enganou até certo ponto...

Retrocedendo 600 anos dos acontecimentos do livro anterior "Lirael", a história vai nos trazendo o dia a dia dos anos áureos do Old Kingdom onde os mortos estavam contidos a as pessoas normais viviam suas vidinhas sem serem incomodadas.

Uma nata da sociedade começava a ser criada em Belisaere tentando se distanciar daqueles mais humildes e demonstrando que estavam acima de todos. Porém, como sempre a humanidade vai se deixando influenciar pela ganância de riqueza e poder.

É neste cenário que Clariel, uma antiga habitante da floresta (mais ou menos isso, ela vivia em uma cidadezinha afastada com seus pais), é inserida e tem que se adaptar aos costumes esnobes daquela sociedade que ela não faz a mínima questão de compactuar.

Sua força de vontade não é grande o bastante para se rebelar contra tudo aquilo e então ela passa a tentar encontrar caminhos dentro daqueles burocráticos processos que poderiam levá-la de volta à sua amada floresta.

Não é por falta de tentativa que ela falha. Ela vai fazendo acordos com Charter Mages, nobres da alta sociedade, seu primo distante e soldados da guarda para poder sair de todo aquele turbilhão. Mas cada vez parece ser enganada e traída e sempre precisa fazer algo a mais para sair dali.

Sua mãe tá cagando e andando para tudo que não seja relacionado com a arte de manipular ouro, seu pai é um bundão que não tem vontades próprias, sua serviçal parece a Joo Dee (The Last Airbender), seu primo é esforçado mas sem habilidades e meio burrinho. Quando ela finalmente conhece o Abhorsen e sua trupe, fica totalmente desapontada, já que é outro grupo que não está nem aí para o que acontece no reino, só ficam preocupados com as caçadas.

É neste cenário de desolação e solidão que encontra Mogget e o gato artimanho manipulador consegue tecer novos fios para um possível futuro que lhe beneficie. Clariel então é convencida que pode usar criaturas da Free Magic para salvar o reino.

SPOILERS DAQUI PRA BAIXO

Uma máscara de metal é um dos aparatos que ela precisa usar para se proteger das criaturas, mas fica nítido que ela então é "Chlor of the Mask" que causou uma porrada de problemas para Lirael no livro anterior. Este momento é quando você começa a enxergar que ela se deixou levar para o lado da Free Magic por causa da sua inabilidade de forçar sua volta para a floresta que ela tanto queria e por ter sido apanhada em um momento tão frágil, já que ela assistiu seus pais serem mortos.

Ela ainda possuía um pouco de motivação para tentar lutar contra este poder inebriante que poderia beneficiá-la muito, mas a cada passo da jornada ela o abraçava com mais força moldando sua personalidade para um lado totalmente diferente daquilo que acreditava.

A narrativa do autor como sempre é boa e muito fluida e você devora páginas facilmente, porém diversos personagens aparecem e somem sem muita explicação, outros são muito chatos e irrelevantes e outros ainda ficam sem conclusões.

O final do livro então me parece que foi muito acelerado porque já estava ficando muito grande. Mas aí lembro de vários trechos que "enrolação" descrevendo paisagens, cenas inúteis que não agregaram nada e diálogos sem representatividade que poderiam ser facilmente cortados.

O pior para mim foi ler ao final os comentários do autor dizendo que não haveria uma nova história descrevendo a evolução da Chlor of the Mask, desapontane.

O livro é bom e interessante e eu daria 4 estrelas fácil, mas por todos estes aspectos acima não vale 4. Mas também não vale só 3, então fico no 3,65.
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