A casa dos espíritos

A casa dos espíritos Isabel Allende




Resenhas - A Casa dos Espíritos


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Vania.Cristina 25/06/2023

Se eu fosse um livro, seria esse
Amei do começo ao fim. Conta a história de várias gerações de uma mesma família, num país latino americano. A história é muito próxima da nossa história e o livro, que foi escrito na década de oitenta, continua atual. As personagens femininas são impactantes e trazem pra obra um fascinante realismo mágico. Me pergunto como a autora consegue misturar drama, trajédia, violência e escatologia, com toques de humor e poesia. O livro fala da memória, do tempo, da luta de classes e da ancestralidade. A ideia de destino norteia toda a narrativa, que é linear mas tras deliciosos flashs do futuro. A ação de um indivíduo se soma a de outros, e consequencias são desencadeadas, não importa quanto tempo demorem pra acontecer. Como se o passado e o futuro estivessem simultaneamente no momento presente. Muito interessante!
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Evy 01/10/2020

Que livro meus senhores...
Começo essa resenha com uma pergunta: como pude ficar tanto tempo sem conhecer Isabel Allende? Gratidão às amigas Glaucia e Lúcia por me influenciarem a conhecer essa autora de narrativa forte e cativante.

Neste livro maravilhoso, somos apresentados a três gerações da família Trueba através das protagonistas femininas Clara, Blanca e Alba e do autoritário patriarca da família, Esteban. Impossível não se apaixonar por estes personagens fortes ao longo dessa narrativa incrível que perpassa por questões sociais, econômicas, políticas e de relacionamento humano, como o amor e o ódio.

Muito embora o título do livro dê a entender que leremos uma história sobrenatural, e ainda que este tema não abandone jamais a narrativa, principalmente através da personagem Clara que desde pequena demonstrou uma sensibilidade e clarividência, não é o foco central dessa saga familiar. Allende contextualiza a narrativa com a história do Chile que culmina num golpe de Estado em 1973, instalando a ditadura.

E é justamente nesse ponto, nas últimas cem páginas do livro, que está toda a grandiosidade e beleza dessa história que vai sendo aos poucos construída desde as páginas iniciais. Impossível não ler com lágrimas nos olhos, não sofrer as dores e agruras de uma ditadura militar narrada tão brilhantemente por Allende com detalhes e reflexões que nos atingem de uma forma avassaladora.

Livro que foi pra lista dos favoritos com certeza e que recomendo demais a leitura!
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Reginaldo Pereira 06/01/2024

História, fantasia e realidade: todas em sua plenitude
A obra acabou há alguns minutos atrás, mas a tristeza ainda persiste enquanto escrevo esta resenha. A sensação é de ter terminado um livro de 2.000, 3.000 páginas, tamanho é o peso dos acontecimentos que a autora descreveu de forma tão contundente, suave e perfeita. A sensação de ?êxtase melancólica? é o que torna um livro presente em nós pra sempre? e é esse o caso.

A história de três gerações de mulheres incríveis, cada uma diferente da outra, mas todas admiráveis, no início me fez lembrar - e muito até! - os ?Cem Anos? de Gabo. E por mais que isso possa ser um grande elogio, foi como sentir uma sensação de certo plágio! Mas isso passou muito rápido, e a história se tornou única, forte, grandiosa e, acima de tudo, verdadeira (inclusive em suas nuances de horror).

Acho que Isabel conseguiu descrever todos os sentimentos possíveis nas menos de 500 páginas que compõem esta obra: desde o amor, a família, a amizade e a paixão, até a inveja, a raiva (né, Senador Trueba!) e a vingança. E tudo isso tendo como pano de fundo a fantasia espiritual e a realidade política (cujo ápice da brutalidade é mostrado através da ditadura).

Todos os muitos personagens da família Del Valle-Trueba trazem consigo um carisma especial, mas destaco os meus preferidos como Clara (a eterna!!) e Jaime, um de seus filhos. E ainda assim uma série deles me vêm à cabeça de forma tão gostosa que se torna difícil não escolher a todos como marcantes!

Enfim, uma leitura que deixa marcas, pois nos faz refletir sobre a vida, sobre o tempo, sobre a espiritualidade que o ser humano não compreende e sobre a maldade que o homem é capaz de criar sem necessidade.

Foi uma incrível e inspiradora leitura! Tomara que começar o ano assim possa ser um bom presságio para as próximas que ainda virão! Talvez sejam obras assim que despertam futuros grandes escritores, pois, na minha humilde capacidade, não tenho vontade de parar de escrever esta resenha? mas sim ganas de seguir escrevendo! Só que pra isso, acho que precisarei de um ?caderno de anotar a vida?!
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Carolina.Gomes 02/01/2021

Maravilhoso! Inesquecível! Arrebatador e emocionante! Isabel Allende em sua primeira obra já escreveu com letras de ouro seu nome na história da literatura. Suas personagens são maravilhosas! Sua narrativa é belíssima. É ler para se apaixonar!
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Pandora 15/08/2022

O jornalista Dirceu Fernandes Lopes nos disse uma vez durante uma aula na faculdade que bastava que escrevêssemos UM bom texto. Deste, viriam outros. Nesta estreia de sua literatura, há 40 anos, Isabel Allende não só criou este romance magnífico, como escreveu muitos outros livros que a consagraram como a escritora viva de língua espanhola mais lida no mundo.

Questionada numa entrevista que deu há alguns anos ao El País sobre o que existe de mágico no cotidiano respondeu: “A vida é muito misteriosa. Por que estou eu aqui contigo, conversando? Porque há 35 anos escrevi um livro e tudo o que tem acontecido comigo desde então tem um elemento inesperado, Incontrolável, surpreendente, impossível de prever.”

Há muitas coisas sobre as quais eu poderia discorrer a cerca desta narrativa, da escrita apurada e envolvente à elaboração detalhista de personagens e situações ao longo das décadas retratadas neste livro. Allende escreve sobre tradição, família e propriedade, sobre revolução, luta e empoderamento, sobre magia, misticismo e premonição com uma pena precisa e potente. E sim, senhoras e senhores, aos que dizem não gostar de política: aqui vemos como ela norteia nossas vidas; quer ajamos ou não, as consequências vêm para todos.

Outra força da narrativa está nas mulheres: desde o núcleo principal Nívea - Clara - Blanca - Alba até aquelas que de alguma forma se relacionaram com os Trueba: Pancha, Nana, Férula, as irmãs Mora, Amanda, Tránsito Soto, Ana Díaz.

Isabel consegue, também, outra façanha: colocar lado a lado um dos personagens mais detestáveis da literatura, Esteban Trueba, e uma das mais carismáticas, Clara Del Valle. E ainda os casa! É dele a seguinte fala, sobre as atividades políticas da mãe de Clara: “¡Esa señora está mal de la cabeza! Eso sería ir contra la naturaleza. Si las mujeres no saben sumar dos más dos, menos podrán tomar un bisturí. Su función es la maternidad, el hogar. Al paso que van, cualquier día van a querer ser diputados, jueces… ¡Hasta presidente de la República!” - pág. 93. E esta sobre os moradores de sua fazenda: “Nadie me va a quitar de la cabeza la idea de que sido un buen patrón. Cualquiera que hubiera visto Las Tres Marías en los tiempos del abandono y la viera ahora, que es un fundo modelo, tenía que estar de acuerdo conmigo. Por eso no puedo aceptar que mi nieta me venga con el cuento de la lucha de clases, porque si vamos al grano, esos pobres campesinos están mucho peor ahora que hace cincuenta años. Yo era como un padre para ellos. Con la reforma agraria nos jodimos todos.” - pág. 75.

Já Clara é aquela que sentencia uma frase que vai além de seu significado óbvio: “No se puede encontrar a quien no quiere ser encontrado.” - pág. 176. E também a que não cala a verdade: “Pedro Tercero Garcia no há hecho nada que no hayas hecho tú. Tú también te has acostado con mujeres solteras que no son de tu clase. La diferencia es que él lo ha hecho por amor. Y Blanca también. - pág. 259.

E depois de dois capítulos particularmente terríveis, o que dizer do epílogo desta incrível obra-prima? Terminei chorando.

“Este planeta é como um barco em que estamos todos. Temos que remar juntos. Porque se um remar para um lado e outro para o outro, o barco irá virar.” (Isabel Allende)
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Sidney.Santana 16/01/2023

Fantástico!
Simplesmente amei! Como não amar as mulheres desse livro?! Uma história mágica tanto quanto trágica. (Principalmente no momento atual, uma semana depois de uma tentativa deplorável de golpe, que seria cômica se não fosse odiosa e aterradora.)
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Luiza 24/07/2022

Que obra de arte. Em um misto de ficção e realidade, Allende representou a história parcial de uma família e de uma nação, impactando o leitor com a confusão de sentimentos inerente a essência humana. Da ascensão de uma direita conservadora à permanente luta de uma esquerda sonhadora, a história chilena permeia as linhas e entrelinhas da narrativa. É um livro maravilhoso e essencial.
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Eliza.Beth 06/08/2022

Morrer é como nascer: apenas uma mudança
Uma obra de certa forma difícil e pesada de ser lida, porém com alguns toques de magia, humor, amor, ódio.
Muitos temas interessantes e necessários são abordados: questões de classe social, política, ditadura, abusos de todas as formas possíveis, machismo.
As personagens são muito bem construídas, até aqueles q vc só sente ódio, mesmo assim vc consegue perceber como aquele personagem é bem escrito.

A escrita da Allende é bonita e cruel ao mesmo tempo. E foi essa escrita e olhar sensível da autora na escolha da forma de narração e narrador que temos acesso aos pensamentos e sentimentos de Esteban: excelente personagem, péssima pessoa.
E mesmo odiando-o, ainda conseguimos sentir algum tipo de pena ou algo parecido em algumas situações quando temos acesso aos pensamentos dele.
Achei muito interessante pq no fundo de tudo, ainda existe o ser humano, tanto na ficção como na vida real. É um exercício interessante para o leitor, mas não é fácil.

Primeiro contato com Isabel Allende e a sensação que ficou foi que quero ler outras obras dela.
Recomendadíssimo
Carolina.Gomes 07/08/2022minha estante
?????? Q bom q concordamos nesse tb!




Thayssa.Tannuri 30/04/2023

Que livro! Não tenho palavras... Ter lido em 2023, após termos vivido 4 anos de governo fascista, liderado por um ser ainda mil vezes pior que Esteban Trueba, talvez tenha tornado a experiência mais intensa ainda do que se tivesse lido há uns 10 anos atrás quando comprei... Rs
É incrível acompanhar a história desta família, destas mulheres, deste país (qual?)... Maravilhoso! Amei...
Max 28/11/2023minha estante
Partilho da mesma opinião... beep?




felipefrancica 12/10/2023

Fantástico
Daqueles livros que te fazem mergulhar na história com profundidade. Conheci uma nova autora, Isabel Allende, que me surpreendeu muito. Me lembrou Cem Anos de Solidão, meu livro favorito.

A Casa dos Espíritos aborda a trajetória de uma família, cheia de reviravoltas e carregada de ligações com temas que ainda são atuais. Polarização política, exploração de mão de obra no campo, golpes de estado, feminismo, dentre diversas outras discussões dos nossos tempos.

Adorei e recomendo muito!
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Paulo 15/04/2023

Épico e emocionante
A autora consegue construir uma história brilhante de uma família misturando, em doses exatas, fatos históricos reais com realismo fantástico tendo como fio condutor Esteban Trueba e Clara.
Há tempos que queria ter lido e realmente superou todas as expectativas. Classificaria como leitura obrigatória. Espetacular.
Tamires Durães 15/04/2023minha estante
Esse livro é fantástico mesmo! Meu favorito de 2022 ??


Paulo 15/04/2023minha estante
Sem dúvida. A expectativa era grande e conseguiu superar.


Thamiris.Treigher 16/04/2023minha estante
Inesquecível!




Fabi 14/01/2021

Primeiro livro da Isabel Allende que leio e faz jus a tudo que dizem dela: excelentes escrita e enredo, e olha que é o primeiro livro dela... A saga da família Trueba é bastante envolve e recheada de tragédias geradas em resultado de atitudes erradas do ser humano. Até qdo as pessoas cometem burradas mesmo percebendo que estão equivocadas? Foi difícil concluir a leitura, talvez eu devesse ter lido em outro momento, apesar de conhecer um pouco do enredo pelo filme. A gente acaba se envolvendo e sofrendo muito pelos personagens e passando raiva com outros. Recomendo a leitura, mas respira fundo e esteja num bom momento pra aturar as injustiças.
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aline203 02/07/2022

lindo!
um livro maravilhoso! emocionante, chorei algumas vezes...o relacionamento familiar, o passar das gerações e a política no meio de tudo isso forma uma trama muito bonita e emocionante!
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Bia 20/12/2022

Realismo fantástico é uma arte
É um dos meus gêneros favoritos. Me faz olhar a vida mundana de outra forma. Aqui,
Lemos sobre as paixões, lutas e segredos da família Trueba durante três gerações e um século de transformações violentas. Em um pano de fundo de revolução e ditadura, a autora traz à vida uma família cujos laços privados de amor e ódio são mais complexos e duradouros do que as lealdades políticas que os colocam uns contra os outros. Eu adoro livros que tratam o lado humano de forma tão sensível e crua ao mesmo tempo, sem o dualismo de bom e mau. Personagens (e pessoas) podem nos fazer sentir ódio, repugnância e pena e compaixão.
É uma leitura sem pressa, pra apreciar mesmo.
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Adriana1161 26/07/2022

Fantástico
Pra mim foi uma releitura, mas li a primeira vez em 1985, então não lembrava de muitos detalhes!
É uma história forte, que merece ser lida. Personagens super marcantes, especialmente as mulheres, e o protagonista Esteban Trueba.
Tem um toque de realismo mágico, mas a certa altura do livro isso fica em segundo plano.
Passagens belíssimas, a história é narrada por Esteban e um outro narrador que se baseia no caderno de notas de Clara.
É bastante violento também, e mostra as complexidades das relações humanas.
Os próprios narradores dão "spoilers"da história!
O livro levanta umas questões políticas muito atuais.
“Em poucas horas, o país dividiu-se em dois grupos irreconciliáveis, e a divisão começou a contaminar todas as famílias.”
Personagens: Nívea, Clara, Blanca, Alba, Esteban Trueba, Ferula, Jaime, Nicolás, Miguel, Amanda, Pedro Garcia, Pedro Segundo Garcia, Pedro Terceiro Garcia, Esteban Garcia, Tránsito Soto, Nana, Barrabás, o Poeta (quem quiser saber quem é, só me perguntar!)
Local: Chile - início do século XX, até meados dos anos 1970
@driperini
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