Barbara Sant 08/04/2012Terça Sobrenatural #09 – J.R. Ward – Amante VingadoOie Gente!
Bom, acabei de terminar a leitura de Amante Vingado e realmente estou sem saber o que escrever.
O livro é… intenso. Realmente, realmente intenso.
Acho que depois do livro do Zsadist, foi o mais emocionalmente exaustivo.
Rhev me ganhou nesse livro. Sim, ele é um traficante de drogas e um homem violento. Sim, eu não acho que o crime seja a saída para situações ruins. Mas o conjunto da obra que é o Rehvenge tornou impossível não ficar encantada pelo macho Alfa que ele é.
Como acontece quando meu eu “Piriguete Literária” aflora, tenho uma confissão a fazer: adicionei o Rehv ao meu harém. Então, podem tirar o olho que esse macho também é meu.
Já tinha o Vishous com toda aquela capa de “eu sou macho alfa, você é fêmea e vai me obedecer”, tem todas aquelas características que tanto que atraem no gênero, mas o Rehv tem algo… diferente. Então, como eu adoro um diferente, adicionei mais esse ao meu grupo de homens exclusivos. Vishous, Roarke, Rehvege, Adam… e mais vários outros. rs
Sabe aquela aura de “menino mau” que deixa qualquer uma arrepiada? Aquele olhar carregado de sensualidade, aquela voz rouca que deixa você arrepiada ou aquele restolho de barba que te deixa encantada?
Pois é, a “presença” do Rehv é mais ou menos assim.
Potente, encantador, sensual e perigoso como o inferno, ele ainda tem um par de poderosas presas que fala com a fêmea dentro de qualquer mulher.
Quando eu percebi a… potência que a Ward tinha dado ao Rehv, fiquei nervosa em como ela criaria a fêmea dele.
Afinal, ela adora criar um contraste extremo: a Virgem e o Viciado, o policial pobre e a aristocrata, a moça de família e o quase sociopata… deu pra entender o padrão?
Aí fiquei me perguntando se ela ia aparecer com uma fêmea toda delicadinha, com medo de tudo e que fosse apenas ser protegida pelo Rehv.
Masss, não! Ela me apareceu com a Ehlena, que, a meu ver, não poderia ter sido mais perfeita para nosso vampirão.
Ela é forte, batalhadora e honesta. Mesmo quando ela toma caminhos errados é tendo boas intenções.
O pai está doente e eles vivem em uma casinha pobre, já que foram enganados por um parente e expulsos da Glymera depois de perderem tudo o que tinham.
Uma coisa que a Ward reforçou nesse livro é que nenhum personagem dela é uma ilha.
Certo, esse livro “é o do Rehv”, mas temos tantas cenas importantes envolvendo outros personagens que seja quem for seu personagem favorito, ele vai aparecer aqui e te divertir ou emocionar um pouquinho.
Agora, vamos falar um pouco sobre o produto final entregue pela Universo dos Livros.
Vocês devem saber que as editoras andam pecando no quesito revisão, certo?
Se antes tínhamos apenas que aguentar as suavizações e os cortes nos textos, agora também temos que conviver com frases mal estruturadas, palavras faltando e parágrafos inteiros sem sentido.
Qual foi a minha desagradável surpresa ao ler Amante Vingado?
Lá estavam os malditos erros novamente.
Na dedicatória feita pela autora, ela diz “With immense gratitude to the readers of The Black Dagger Brotherhood and a shout-out to the Cellies!”
Não sei se alguém aqui frequenta o fórum da Ward, mas Cellies são as frequentadoras assíduas do fórum, um termo carinhoso que ela criou para os Irmãos tratarem as fãs.
Bom, a Universo dos livros traduziu como “os Cellies”. Sim, no masculino.
Quando eu vi isso, sabe qual foi minha reação?
Fechei o livro e deixei-o semanas parado na prateleira.
Estão querendo saber o motivo?
Se na dedicatória, um termo simples e inocente, que tinha um significado não tão importante na trama, tinha sido traduzido errado, o que diabos eu ainda iria encontrar no restante do livro?
A Lil me lembrou do fato de que cada livro da série foi traduzido por uma pessoa. Isso quer dizer que os termos característicos da série são totalmente desconhecidos ao responsável pela tradução dos mesmos.
Manter um tradutor apenas para uma série é, a meu ver, a posição mais correta a ser adotada pela editora.
Os erros que ele teria cometido no primeiro livro não se repetiriam no seguinte. Teríamos tantos problemas a menos se esse simples fato fosse atinado pelos responsáveis.
Esse não foi o único erro que encontrei no texto.
Na página 288, em uma cena super-romântica, onde Rehv e Ehlena estão começando a se conhecer e se entregar ao que estão sentindo, a cena foi completamente estragada pela Universo.
A frase ficou completamente sem sentido:
“-Obrigado – disse Rehv equanto sentada. – A doggen que temos em nossa mansão faz sempre dessa maneira. Aquece o forno a duzentos e quarenta graus e coloca a carne, por meia hora, em seguida, apaga o fogo e deixa a carne repousa. Não se pode abrir a porta para ver como está. Essa é a regra e de que confiar na receita. Duas horas depois?
- O paraíso.”
Perceberam que algumas palavras estão faltando?
Pois é, esqueceram que era a carne que era para ser comida, não as palavras.
Certo, foram somente esses dois erros que eu encontrei, mas até isso para mim é inaceitável.
Se eu for comprar um carro, vou querer a porta riscada ou a pintura lisinha?
Para mim é absolutamente a mesma lógica.
Tenho um amor enorme pelos meus livros, morro de ciúmes deles como se fosse uma parte de mim, mas é um produto pelo qual estou pagando (e pagando caro) e não quero qualquer defeito nele.
Apenas quando as editoras brasileiras aprenderem isso é que vão poder ganhar minha devoção.
Sinceramente, ando pensando em parar de comprar versões de livro em prbr.
Já tenho que aturar editores, donos de editoras ou quem quer que seja o ser responsável pela destruição do trabalho das autoras, agora também vou ter que aturar erros desagradáveis e falta de cuidado com o produto final?
Sinceramente, assim não dá.
Ok, eu tenho sérios problemas com ortografia e gramática.
Tenho uma dificuldade terrível com “s e ss, c, ç” e mais um monte de outras coisas.
Tenha uma estruturação de frase bem diferente do que manda a norma culta e vivo colocando verbos no lugar “errado”.
Mas eu não estou vendendo um produto. Não sou uma editora que, antes de tudo, deve presar pelo bom nome de sua empresa e respeitar seus clientes.
Porque, no frigir dos ovos, é isso que nós, leitores, somos.
E é só reclamando [e reclamando muito] que vamos conseguir fazer isso mudar.
Que os palavrões usados pelas autoras voltem a ser usados, que os termos “vulgares” sejam preservados e que nosso dinheiro seja valorizado.
Porque, se eu quisesse ler um texto infantil e suave, teria feito uma assinatura da Turma da Mônica e ainda leria palavrões em símbolos.
Bom, chega de falar, né?
Acho que deu para ter uma ideia do bom e do ruim que você vai encontrar em “Amante Vingado” e espero que mesmo assim você dê uma chance ao Rehv.
Afinal, ele não tem culpa do resultado final. rs
Bjs!
http://indeath.com.br/2012/01/terca-sobrenatural-09-j-r-ward-amante-vingado/#.T4G-VJmvivs