regifreitas 02/11/2020
BOM ENTRETENIMENTO: UMA DESCONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DA PAIXÃO OCIDENTAL (Gute unterhaltung: eine dekonstruktion der abendländischen passionsgeschichte, 2018), de Byung-Chul Han; tradução Lucas Machado.
Dos livros do filósofo pop da atualidade, este foi o que me demandou mais tempo de leitura. É também o trabalho mais extenso dele lido até agora, embora a demora na leitura se deva mais à complexidade da exposição do que pela quantidade de páginas em si.
Se os outros títulos (NO ENXAME, SOCIEDADE DA TRANSPARÊNCIA e SOCIEDADE DO CANSAÇO) eram marcados pela concisão e iam direto ao assunto, neste Byung-Chul Han traça todo um histórico do desenvolvimento dos conceitos do que é arte e do que é entretenimento ao longo do tempo. Essa oposição em realidade não é nova, e sempre esteve em evidência nas discussões sobre o assunto. Assim, o autor fica constantemente distinguindo o que era visto como arte séria e aquela vista somente pelo viés do entretenimento, o gosto do grande público em contraste com a avaliação da crítica profissional.
Confesso que achei isso bem tedioso, pelo excesso de repetição, sem muita variação, desses conceitos. Muito talvez porque boa parte dos exemplos utilizados pelo sul-coreano vieram da música clássica, assunto que não é muito do meu domínio. Se a discussão também adentrasse e abordasse outras manifestações artísticas talvez o interesse e o aproveitamento da leitura fosse maior.
Leitura do mês de outubro para o Desafio Livros & Sabores: Coreia do Sul.