Os anos

Os anos Annie Ernaux




Resenhas - Os anos


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Victoria55 04/06/2024

Melhor autobiografia que já li. A autora consegue contar parte da história da França através de sua experiência pessoal. Incrível
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Marina 27/05/2024

Em seu maior livro, Annie Ernaux refaz toda a sua história através de fotos, lembranças e eventos pontuais. Desde a infância até o presente, com seus 60 e poucos anos, ela retrata o seu cotidiano e tenta fazer um paralelo com os eventos políticos, sociais, culturais que acontecem a sua volta. O quanto as mudanças do século XX impactaram a sua vida ou não.
Confesso que demorei pra me sentir dentro do livro e da história. Estranhei um pouco o uso da terceira pessoa para contar a sua história e também fiquei um pouco perdida com os acontecimentos locais da França que eu não tenho conhecimento e portanto não despertava identificação. A partir dos relatos dos anos 1980, as coisas fizeram mais sentido para mim e aproveitei mais a leitura.
Apesar de sempre achar os livros dela muito curtos, acho que é nesse formato que ela concentra a sua maior força.
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Bru 26/05/2024

Incrível!!
Um dos melhores livros que já li!! esse livro transmite uma proximidade tão forte com a história, além da própria Ernaux, de um jeito tão bonito! mexeu demais comigo, amei de verdade ??
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Silvia Schiefler 25/05/2024

?? Literatura francesa! De leitura simples e agradável, Os Anos são nada menos que autobiografia de Annie Ernaux, onde através da observação de algumas de suas fotos ela relata a passagem do tempo em sua vida mesclando com fatos da história e evolução do mundo. A chave de acesso para o livro está em não ignorar os traços pessoais da grande História, em abraçar sua parcela no termo "impessoal" e a    partir daí reconhecê-lo como uma expressão do privado misturado à coletividade. O conceito de impessoal deixa de ser a ausência do pessoal e se manifesta como a negação de uma pessoalidade presente. Mais do que o caráter privativo das experiências, Ernaux se dispõe a conservar o coletivo que elas reservam, assumindo a voz de um eu equânime, capaz de recolher sentimentos que traduzam bem o espírito dos tempos ? ou do chamado Tempo eterno, o presente infinito. Annie parece querer prender o tempo em palavras para que ele não desapareça... Muito interessante a narrativa! Annie Ernaux recebeu o Prêmio Nobel de Literatura
em 2022. Recomendo! #leituras2024 #44/2024
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taypyx 21/05/2024

"Todas as imagens irão desaparecer"
(...)
"Salvar qualquer coisa do tempo onde não voltaremos a estar"
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Gabi 18/05/2024

A forma como Ernaux escreve é diferente.
Em Os anos ela consegue ser ainda mais peculiar.
São fragmentos, imagens, pequenas histórias e fatos históricos desde a sua infância até os dias de hoje.
No começo as coisas parecem soltas, sem fazer muito sentido, até porque são muitos referenciais da França, mas quando começa a chegar próximo dos nossos primeiros anos de vida, a leitura vai se ajeitando. Por conta disso, imagino que cada um tenha uma experiência diferente com esse livro, fazendo essa escritora sustentar tão bem o prêmio Nobel recebido em 2022.
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Isabelle.Jaguszewski 07/05/2024

O melhor livro que li esse ano
Annie é realmente uma das vozes mais potentes do nosso tempo. a forma com a qual ela descreve acontecimentos históricos e entrelaça com a sutileza da literatura é única e uma das mais incríveis que já tive o prazer de ler.
não é um livro pra qualquer pessoa gostar. parte de uma premissa com certo conhecimento em história, geografia e pensamento crítico acentuado.
se tornou um dos meus livros preferidos da vida e com toda certeza o melhor que li esse ano de ficção.
todo o enredo é muito bem montado, a escrita é perfeita e combina tanto com as memórias que venho tentando montar com meus avós e tantas pessoas que eu amo -tempo de qualidade, conhecendo a vida e sabendo suas histórias.
que alegria poder viver no mesmo tempo e espaço que Ernaux.
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Drika.Zimmermann 30/04/2024

Desconforto... ???
Os Anos é como se fosse o apanhado final de todos os livros de Annie Ernaux.

Annie traz nesse livro uma forma muito interessante.

Primeiro ela se refere a ela mesma na terceira pessoa. Como uma autobiografia impessoal.
Segundo ela vem traçando uma linha histórica, acontecimentos políticos, sociais, guerras, disputas, principalmente da França, mas também em caráter mundial. E entre esses apontamentos ela traz a sua vida, lembrando do que passou a partir de acontecimentos históricos.

Não é um livro pra ser a primeira leitura de Annie Ernaux, é quase um fechamento de suas leituras.

Ela traz tudo de uma forma bem direta, sem poupar palavras, sem vergonha, bem direta e crua. Então causa um pouco de incômodo e desconforto em algumas partes. Mas pra quem já conhece a escrita de Annie, sabe que se trata de um subterfúgio dela.

Não foi minha leitura favorita de Ernaux, mas mesmo já sabendo o que aconteceu em sua vida, a forma que ela traça esse paralelo entre a história é muito interessante.
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Caroliny 20/04/2024

Um livro pra ser digerido aos poucos.
Não consegui dar cinco estrelas por um problema meu, que foi conseguir engrenar nele logo de início. Mas é um comentário unânime de leitores de primeira viagem de Anne Ernaux.
Admito que, provavelmente, não foi a melhor escolha de primeiro livro da autora.
Mas depois que você entende a linha de raciocínio, é lindo. A sensibilidade de descrever um cotidiano que mesmo tão longínquo, é muito proximo.
Adorei!
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Ana Laura Duarte 18/04/2024

Annie é arte
Esta é a minha segunda experiência com uma obra de Annie Ernaux, e sinto que a cada vez me apaixono mais por sua escrita. Embora ela compartilhe suas memórias, a autora constrói uma autobiografia que parece despersonalizada, às vezes até ilógica, devido à falta de linearidade. Assim, as memórias dispersas demoram a se encaixar, tornando a leitura desafiadora e, no meu caso, até um pouco lenta, porém profundamente singular. O que mais me fascina em Annie é sua autenticidade e a capacidade de transitar entre o particular e o universal. De certa forma, ler sobre a vida dela é mergulhar em um recorte histórico da sociedade pós-guerra. Sua escrita é deslumbrante e totalmente singular, merecendo todo o reconhecimento que recebe.
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/04/2024

Gostaria de reunir estas múltiplas imagens de si própria, isoladas e em desacordo, um um fio de narrativa, a narrativa de sua existência desde o nascimento, durante a Segunda Guerra Mundial, até hoje. Gostaria que fosse uma existência singular, mas entrelaçada ao movimento de uma geração. No momento de começar a escrita, sempre esbarra nos mesmos problemas: como representar, ao mesmo tempo, a passagem do tempo histórico (com coisas, ideias e costumes se transformando) e o espaço íntimo desta mulher? Como fazer coincidir um panorama de 45 anos e a busca de um eu fora da História, constituído de momentos suspensos, um eu que estava presente nos poemas que ela tentava escrever aos vinte anos."

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/6589733147
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Erich 13/04/2024

Começa simples, é evidente a passagem do tempo sendo narrada. E vai ficando mais forte, é uma epopeia da vida. Vamos sentindo a mudança das décadas, vamos percebendo sob o olhar da personagem o impacto dos fatos e dos anos.

A vida de antes, voltando três anos no máximo [antes do casamento e gravidez], parecia inacreditável, sentiam pena de não terem aproveitado mais. Tinham adentrado no mundo da Preocupação: com a comida, com a roupa, com as doenças infantis.


Considerávamos as opiniões e os conselhos que eles davam como simples informação. Nós nunca iríamos envelhecer.



Chega um momento do livro que simplesmente me perdi em mim mesmo, pois parece trazer uma compreensão maior da vida à nossa volta. As gerações que nos precederam, as gerações que nos sucederão.

Mais um livro da Annie Ernaux que vale a pena ser lido. Um livro que nos ajuda a pensar na realidade à nossa volta e em nós mesmos.

No decurso da existência pessoal, a História não significava nada.


O esquecimento jogava por terra a luta das mulheres, única memória que não tinha sido relembrada.


Ao ver e ouvir os filhos se tornarem adultos, nos perguntávamos o que nos ligava a eles. Não era o sangue e nem os genes, mas ter compartilhado o presente em milhares dias passados juntos, [...] uma quantidade sem fim de experiências em comum sem marcas conscientes.


Tudo isso menos para reconhecer a amnésia coletiva do que para criticar o poder da imprensa sobre o imaginário das pessoas. O desaparecimento do passado mais recente era chocante



O fato da trajetória ser de 1940 até o século XXI, faz com que conjuntamente vejamos a evolução trazida pela modernidade.

A alegria despertada pelo rádio era totalmente inédita, com ele podíamos estar a sós sem estar e dispor à vontade do barulho e da diversidade do mundo.


Queriam nos ensinar, mas não aceitavam que ensinássemos nada, deixando transparecer que, para eles, nosso conhecimento das coisas tinha menos sintonia com o mundo que o conhecimento dos mais jovens
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talvezthiago 09/04/2024

"Restará somente o silêncio, sem palavra alguma para nomeá-lo"
Terminei a leitura de Os anos, de Annie Ernaux, com a sensação de ter um pedaço de mim arrancado pelo último ponto final. Perdi o eu que só existiu durante a leitura. Que só chorou e sorriu durante a leitura.

O livro é tão bom.
Mas tão bom.
Que se torna frustrante rememorá-lo: é como se algo sempre fosse fugir à lembrança e tornar a apreensão da obra incompleta. É como se a apreensão verdadeira da obra, em verdade, só se fizesse possível no instante preciso da leitura da última palavra. E nunca mais.

E mesmo as incompletudes: tantas compreensões súbitas do mundo e de mim que já não me são conhecidas agora. Que se perderam no fundo da minha memória. Porém, e esta é a dádiva da literatura, reverberarão — e já reverberam — em quem eu sou.

Como diz Ernaux: “Milhares de palavras vão sumir de repente, palavras que serviram para nomear coisas, rostos de pessoas, ações e sentimentos. Palavras que serviram para organizar o mundo, disparar o coração e umedecer o sexo.”

Porém, como diz Drummond: “De tudo fica um pouco.”


site: https://medium.com/@thiago-oliveira
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Meria Martell 26/03/2024

Fui atrás pq indicaram em um grupo de leitura, e achei legal ler uma ganhadora do Nobel de literatura. Achei bom, o livro tem uma mensagem bonita sobre a impertinência das coisas, sobre a velocidade em que o tempo passa, e em como isso vai alterando a sociedade em todos os seus pilares, maaaas achei arrastado. Não sei se não me adaptei à escrita da autora. Talvez não soube ler, pois ela é elogiadíssima.
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Duda Rejas 19/03/2024

Um belíssimo registro de memórias!
Eu não sou muito fã de biografias ou autobiografias, mas a forma como Annie se coloca em 3ª pessoa faz a gente ter a sensação de que estamos assistindo à sua vida. Ela coloca sua vida em paralelo com a História do mundo, e nos leva em uma viagem pelo tempo. Minha única ressalva é a quantidade imensa de menções a coisas que podem ser desconhecidas para a maioria das pessoas (como foi pra mim), tornando o livro um pouco inacessível e complicado de entender em determinados momentos.
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