Koko

Koko Peter Straub




Resenhas - Koko


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Clio0 21/03/2012

A primeira vez que ouvi falar de Straub foi lendo um livro que ele escreveu em conjunto com Stephen King (O Talismã) e me surpreendi como os estilos casavam, como não havia nada que desse a menor indicação de desequilíbrio na história ou no estilo.

Agora eu sei por quê: Peter Straub é a versão light do autor supracitado.

Isso não faz dele um escritor ruim, o problema se dá pela semelhança com o estilo de King que evidencia a falha de não conseguir emocionar como ele. Seus personagens são bem construídos, mas são previsíveis. O tema é terrível, mas não é perturbador. A história é bem narrada, mas não dá medo.

Koko é um livro sobre como fortes traumas emocionais, como uma guerra, podem criar diversos tipos de psicose, da auto-ilusão à violência do assassino serial.

Embora em nenhum momento se duvide das reações ou motivações dos personagens, são todos comuns demais, meio distantes. Não provocam grandes simpatias ou antipatias.

Assim, há história e personagens bons, no entanto falta aquele estilo especial que faz com que os bons livros de terror impeçam o leitor de dormir tranquilamente à noite.
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Flavio Assunção 03/08/2011

Após ler o excelente "Os Mortos Vivos", resolvi partir para mais um livro do autor. De fato existem poucas opções em português, então não foi difícil chegar a "Koko". O livro acompanha a vida de quatro veteranos do Vietnã: Michael Pool, Conor Linklater, Harry Beevers e Tina Pumo. Todos eles acreditam que um ex-combatente é responsável por uma série de assassinatos que vêm ocorrendo no sudeste asiático, já que o assassino coloca nas bocas das vítimas uma carta de baralho escrita com o nome Koko, que era bastante usado na guerra para denominar a morte de um inimigo. Assim, o grupo parte em busca de capturar o serial killer antes da polícia, para que, com isso, consigam fama e dinheiro.

Decepcionante do início ao fim, "Koko" não tem de longe a trama amarrada e tensa como aconteceu em "Os Mortos Vivos". Em dado momento sentimos que mostrar ao leitor a desestruturação psicológica por parte dos personagens é mais importante do que o desenvolvimento da história em si. São páginas e mais páginas de pura enrolação.

O livro até possui algumas qualidades. Straub consegue, por exemplo, transportar o leitor para a guerra, sentindo através dos personagens como se fizessemos parte dela. Mas apenas isso não é suficiente e não seria difícil o leitor mais impaciente largar a obra na metade.

Ao contrário de "Os Mortos Vivos", "Koko" não mexe com elementos sobrenaturais. É mais um romance policial disfarçado, mais dramático e mais sangrento que o normal. No final das contas, o leitor sentirá que poderia ter deixado na livraria.
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Fabio Shiva 08/08/2010

“Eu acredito que é possível e mesmo recomendável tocar o blues em tudo.”
Acho que a essência desta história está na citação que Straub utilizou para abrir o livro:

“Eu acredito que é possível e mesmo recomendável tocar o blues em tudo.”
Frank Morgan, saxofonista

O blues de Peter Straub é o horror, gênero literário no qual ele se tornou um dos modernos autores americanos mais conhecidos, juntamente com Stephen King e Clive Barker. E o tema sobre o qual Straub exercita suas escalas terroríficas, em “Koko”, é a guerra do Vietnã.

Quatro veteranos do Vietnã resolvem se reencontrar quase vinte anos após o fim da guerra quando uma série de assassinatos começa a ocorrer. O modo como os assassinatos são executados é idêntico a um macabro ritual que o pelotão desses veteranos realizava: as orelhas e os olhos das vítimas são arrancados, e uma carta de baralho com a palavra “Koko” é enfiada em suas bocas. Tanto tempo depois, Koko estava de volta. Como localizá-lo? Como impedi-lo de continuar matando? Essa busca, como os veteranos descobrirão, reserva algumas surpresas...

Achei o livro interessante. Não chega a ser uma história de terror, e sim de suspense, uma vez que o elemento sobrenatural quase não faz parte da história. Straub é um autor com um belo domínio da narrativa e o desejo de ser original. Isso proporciona bons momentos de diversão e também uma boa oportunidade de aprendizado sobre “truques” da escrita (tais como inserir uma explicação que conserta um furo no roteiro que aparece bem antes na trama).

Ainda que não se trate de uma obra-prima, “Koko” possui ótimas passagens e certamente não falhará em manter o leitor grudado na leitura.

(10.02.08)
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