Meu destino é pecar

Meu destino é pecar Nelson Rodrigues




Resenhas - Meu destino é pecar


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Lindalva 18/05/2024

Uma verdadeira novela
Apesar de parecer uma leitura arrastada no início, muitas vezes repetitiva, e da simplicidade dos personagens, dando até mesmo um aspecto de infantilidade no universo em que vivem, é um romance muito interessante, e um perfeito exemplo de leitura para entretenimento. Lendo esse livro consegui imaginar como se sentiam os leitores da primeira publicação, ansiosos, aguardando um novo capítulo ser publicado. E não consigo parar de pensar como era interessante antes da existência da televisão. Na leitura, temos que imaginar, criar em nossa mente a imagem dos personagens, dos ambientes, de tudo, a televisão entrega tudo pronto, não tem magia.
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Senhor Wayne 14/08/2023

Um livro sobre...
A posse do amor que vai, inclusive, além da vida. Nelson Rodrigues retrata os costumes de 1944, o que é muito espantoso. Gostaria inclusive de ver a mulherada de hoje, na pele de Leninha ou Netinha para ver como essa mentalidade atual trabalharia o comportamento de 1944. Indefensável é a forma como as mulheres eram tratadas, porém a narrativa é muito bem construída e cativante. O triste fim de Netinha afogada num lago e o de Guida, escrava de um amor mundano, mostram as amarras da sociedade da época.
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alpaco 29/06/2023

Meu destino é pecar
Uma decepção, esperava muito do Nelson Rodrigues, mas até aí a culpa é minha de criar expectativa. Entretanto, ele não se ajuda, arrisco dizer que o livro é tão capacitista quanto Til, do José de Alencar, ou pior. De qualquer jeito é pior por causa da época. O romântico exagerado desse livro justifica coisas que não foram justificáveis na época em que foi escrita.

Leitura redundante e massante, sem graça nem inovação. Depois de umas cem páginas eu comecei a ler só as falas e trechos soltos porque já dava pra pegar toda a mensagem e ainda não me perdia com repetição. O livro poderia facilmente ter um terço do tamanho.

O excesso de atenção dado para coisas esdrúxulas de formas tão fúteis foram um elemento dos que mais me cansou na leitura. Mas foi interessante que o cansaço que me deu em relação ao valor dado para o beijo e o romance voltaram a me fazer refletir sobre minha possível assexualidade.

Enfim, leitura desnecessária. Talvez não desnecessária de rodo, mas eu poderia ter vivido sem ler. E pra mim essa é uma das piores, se não a pior, sensação que um livro pode deixar com o fim da leitura.
Lucas 12/07/2023minha estante
Rapaz, concordo, estou lendo ele agora, e até o momento, acho a escrita até legal, mas a história é sem graça e não avança... Não tem um amadurecimento de nenhum dos personagens. Não sinto carisma por nenhum


Celia 12/02/2024minha estante
Eu também depois da metade do livro só li os diálogos. Porque cansei de ler os pensamentos dos personagens.
O livro se resume em eu vou morrer, eu quero morrer, me mate, etc.
Um atraso este livro




Marina.Castro.F 16/05/2023

Uma história que prende o leitor
Eu adorei o livro. É um grande ?novelão? e conseguiu me prender, principalmente à medida que o final se aproxima. Tiro um pouco de pontos por algumas inconsistências na historia e por uma visão da época em que foi escrito que me incomodou um pouco. Foi minha primeira experiência com o autor e recomendo muito!
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Sayd 12/01/2023

Obra de arte?
Desde que li a sinopse, fiquei muito cativado pelo que se apresentava, comprei e minhas expectativas foram mais do que surpreendidas positivamente: o enredo, a construção dos personagens, os ganchos existentes na história e a criatividade no Nelson nos faz querer ler capítulo atrás de capítulo até conhecer o desfecho do livro. Magnífico!
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DominicSReynaldo 22/11/2022

O Pecado de Leninha foi amar de mais
Eu fiquei extremamente chocada com o plot Twist final! Nunca em meus sonhos mais altos, eu imaginaria isso!

Obviamente eu disse várias vezes quem eu achei que fosse a Regina, mas nunca achei que estaria certo e errada ao mesmo tempo.

Focando na protagonista, parece que Lena escreve uma carta com os títulos dos capítulos e mostra bem como ela se sente.
Por mais que seja a mais veja, é uma mulher ingênua e só tem sua força de vontade pra lutar contra o mundo. E uma das poucas pessoas boas do livro.
Lídia, Consuelo, a madrasta, Maurício... Como eram pessoas ruins, misericórdia!

90% das coisas que aconteceram, foi pela falta de diálogo da época, ninguém falava nada ou explicava, e esperava que as mulheres seguissem. Mas Leninha era do c# riscado hahahaha

Foi como ler uma novela do "Vale a pena ver de novo"
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Zaqueu 04/11/2022

O pecado está em nós
Segunda leitura que eu tenho de Nelson Rodrigues e com certeza é um dos autores brasileiros que mais vai ter espaço em meus hábitos de leitura.Leitura intrigante e que na grande parte nos deixa preso na história a fim de descobrir o que vai ser o fim dos personagens, brigas,traições,revelações surpreendentes entre outras coisas que só acontece no ambiente de convivência humano.Nelson quebra o politicamente correto e mostra o quanto no nosso mundo "solitário" escondemos paixões e vícios sendo que no fim somos todos pecadores e que sempre estaremos fugindo da dor e procurando prazer.
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Leonardo Bezerra 31/10/2022

Pra um livro de Nelson Rodrigues eu esperava algo mais grandioso. Senti que no contexto do folhetim ele esgotou todas as possibilidades de enredos de uma novela em uma obra só e trouxe a possibilidade disso se tornar repetitivo em suas outras obras.

Em alguns momentos me senti muito agoniado para que o livro saísse do lugar ou as coisas se resolvessem mais rápido e senti que o final foi feito um tanto quanto às pressas.

Poderia ter sido um livro mais promissor, mas ele não é de todo ruim. Em alguns momentos, como nas revelações dos principais mistérios, ele consegue se destacar.
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Mariah 11/07/2022

Nascimento e Morte: O que <é> o meio?
Este livro só reforçou mais ainda a minha crença de que: quem estuda Nelson Rodrigues nasceu com uma centelha divina especial e enriquecedora a qual traz o Nelson Rodrigues de onde não há Nelson Rodrigues, e isso é até bom. Traz-me tranquilidade pensar em uma possibilidade de Platão em que não só não existe Platão, mas que precisou além de ser criado um nome para provocar uma unidade, uma alternativa em que o existir difere; A de "apesar de existir um Platão", não ser o mesmo Platão enquanto criação de conhecimento de secundários por meio da "análise de Platão". Nelson Rodrigues é brilhante, graças a quem estuda ele. Não precisa fazer sentido óbvio, é um sentido que se esconde nos detalhes... E o sublime provoca novas possibilidades, e novas alternativas, graças a necessidade de busca de quem lê.
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Andreia 03/06/2022

Queria ler alguma obra desse autor e esse livro estava disponível no kindle unlimited. Esse livro foi escrito por Nelson Rodrigues sobre o pseudônimo de Suzana Flag e publicado, primeiramente, em forma de folhetim e, posteriormente, devido ao seu sucesso, em formato de livro.

Nesse livro, conhecemos Leninha que se casa contra sua vontade, com Paulo, um homem rico e viúvo. Após o casamento, os dois partem para a fazenda de Paulo e é lá que a história se desenrola. Somos apresentados a outros membros da família de Paulo, como sua mãe, prima e irmão, sabemos também o que aconteceu com a sua primeira esposa.

Paixões arrebatadoras, sentimentos intensos, traições, intrigas, brigas e muita confusão permeiam o enredo desse livro. O autor tem uma capacidade enorme de envolver o leitor. Assim que acaba um capítulo já queria começar a ler o outro para saber o que ia acontecer. Ao longo da leitura, tive a sensação de estar lendo uma novela da Globo dos anos 2000, na qual o espectador fica na ânsia de saber o que vai acontecer no capítulo seguinte.

Apesar disso, não pude não me incomodar com diversas falas, ações e pensamentos dos personagens. Esse livro foi escrito em 1944 e ele não envelheceu bem. Racismo e machismo são só algumas das problemáticas que encontrei nessa história. Mesmo levando em consideração a época em que foi escrito, não pude não me sentir desconfortável com a leitura de alguns trechos. Porém, como disse, o autor tem uma capacidade enorme de manter o leitor instigado e preso na leitura e li esse livro bem rápido. Para quem deseja conhecer a obra do autor, recomendo a leitura do livro!
Marllon Oliveira 03/03/2023minha estante
Ótima resenha. Mas é como vc disse no final, sobre o livro não ter envelhecido bem em razão do que vc pontou, ao mesmo tempo, ao ver que já se passaram anos, e as condutas, costumes eram diferentes, o importante é evitar os anacronismos, isso atrapalha nosso olhar analítico e deixamos de ter uma visão fidedigna dos fatos.




Fabianne 09/05/2022

Todo mundo odeia a mocinha :-0
Suzana Flag escrevia como homem um romance para mulheres.
Imaginem um livro escrito em 1944 por Nélson Rodrigues sob o pseudônimo de Suzana Flag; numa época que não existia divórcio e as mulheres apaixonavam depois de um beijo a força.
A mocinha (Lena) e a empregada (Nana) são as únicas pessoas que não parecem psicopatas. As duas passam a história sofrendo todo tipo de violências; até mesmo físicas. Os personagens femininos fazem Nazaré Tedesco parecer legal. Os dois masculinos são o pesadelo de qualquer mulher. Esse livro é ótimo para entendermos a expressão ?personagem rodriguiano?.
Necessário também para entendermos que os casamentos forçados e eternos não eram contos de fada. Todo o desastre vinha desse contrato sem fim e sem amor. E depois de beijos forçados, tapas na cara, empurrões e enforcamentos... surgia o amor. Será?
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Emily422 14/08/2021

Nelson Rodrigues escreve certo por linhas tortas
Uma coisa é certa: nessa narrativa parece que toda história aconteceu nos inconscientes dos personagens; tudo se sucedendo em uma fração mínima de segundos em suas imaginações férteis e 'pecadoras'. Mas só pareceu mesmo. Isso quer dizer que toda dança "pecaminosa", novelesca e ensaiadamente trágica, poderia simplesmente se passar em minutos em suas mentes e depois seguir para o fim. Mas não: Nelson Rodrigues escreve certo por linhas tortas!!!
Temos toda sorte de eventos 'meio sem sentido' aqui nessa obra, assim como em um sonho, e que no fim faz todo sentido, e ainda nos deixa feliz quando acordamos do mais estranho delírio da inconsciência.
Fiquei presa nessa história do início ao fim... magnífico! De um modo esquisito, esse livro correspondeu a seu delicioso título profano.
Como no poema do João Doederlein, "[...] Sou o que existe entre o céu e o inferno, sou o resultado do inicio e o que precede o fim. Seria hipocrisia fugir dos meus pecados, se foram deles que nasci."
Assim terminando esse livro que muitos dizem ser um verdadeiro "suco" de Nelson Rodrigues, concluo:
Se humano de fato sou, meu destino é pecar!
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