Resenhas - Maternidades

P. G. S. ZAGO 29/05/2024

Uma ode à não maternidade
Confesso que o título e a capa me desviaram da verdadeira história deste conto corajoso da Thaísa Lima. Achei que seria mais um conto sobre o amor de mãe, mas, na verdade, é uma ode à não-maternidade, explorando os argumentos de uma mulher madura, independente e decidida sobre suas decisão de não ser mãe. Adorei as relações familiares, os alertas sobre relacionamentos abusivos e a premissa de valorizar as próprias escolhas. Assim como é louvável a decisão de se tornar mãe e responsável por outra vida, também o é a de respeitar os próprios limites e optar por não gestar ou adotar. Todas as escolhas devem ser respeitadas, sem julgamentos, porque não existe certo e errado. Uma leitura necessária, pois precisamos ter a liberdade de discutir este assunto! Parabéns à autora!

Sarah.Raphaele 26/02/2020

Uma leitura que te deixa refletindo por dias.
Escrito por Thaisa Lima, “Maternidades” é um conto que nos leva a refletir sobre a romantização da maternidade e o papel da mulher na sociedade.

A narrativa é em primeira pessoa com diálogos bem intercalados. Valquíria, nossa protagonista, é uma cientista conceituada na área da genética. Está realizada com seu trabalho e satisfeita com as escolhas que fez no decorrer de sua vida, mas ainda precisa lidar com dilemas pessoais e familiares. Maurício, até então namorado de Valquíria, é um retrato de uma sociedade machista em sua pior versão: dissimulada.

Acredito que o casamento em nossa vida deve ser algo pensado, ponderado. Relacionamento não sobrevive de emoção, também envolve a razão. Filhos? Mais ainda! Educar um indivíduo exige preparo financeiro, psicológico e emocional. Tenho 23 anos, formada, leciono matemática e gosto da ideia de construir uma carreira sólida. Tenho um noivo incrível que me apoia e compartilha de ideais comigo, um grande parceiro pra vida. Ele sabe que não gosto de cozinhar, então cada prato que eu decido fazer é uma demonstração de amor haha. Desejo a maternidade em seu devido momento, pois ainda há muito o que pretendo fazer com a liberdade (e dinheiro) que um filho tiraria.

Se a autora queria passar alguma mensagem através desse conto, acredito que seja:

A grande maioria das pessoas não compreende quando uma mulher diz que não deseja ser mãe. Isso não a torna menos mulher, nem significa que odeie crianças. Deve ser uma escolha pessoal cuidar exclusivamente de um lar ou dela mesma. Trabalhar dentro ou fora de casa. Ter filhos, animais ou nenhum dos dois. O importante é respeitar a decisão de alguém com ideias diferentes.

Lendocomamih 27/01/2020

Reflexivo!
?São anos sendo julgada, pressionada a casar, incompreendida por pensar diferente e querer coisas diferentes.? ??? ??? ??? ???
?Valquíria é uma cientista conceituada na área da genética, totalmente independente. Foi educada para ser esposa, mãe e dona de casa exemplar, mas esses nunca foram seus objetivos. ??? ??? ??? ???
?Suas convicções a fizeram passar por situações complicadas e uma discussão com seu atual namorado, Maurício, despertou conflitos internos há muito esquecidos. ??? ???
??? ??? ??? ???
?Valquíria tem 36 anos e apesar de amar crianças, nunca desejou ser mãe. Discursões vem a tona depois de um sonho que ela teve que estava grávida de sete meses, assustada ela comete o erro de desabafar com seu namorado Maurício sobre a sensação de carregar um bebê e que se algum dia fosse mãe seria de uma criança adotada. A partir daí vemos sobre o preconceito e a falta de empatia de algumas pessoas.??? ??? ?
??? ??? ???
?Nesse pequeno conto vemos o quanto a nossa sociedade gosta de impor padrão. Mulheres deveria ser criadas apenas para agradar o marido, ser mãe e gerar filhos. Valquíria foi criada para ser exatamente esse tipo de mulher, mas sempre desejou ser independente e lutou para isso. ??? ???
??? ??? ???
?No meu ver o objetivo do conto e nos mostrar que muitas pessoas ainda tem o preconceito de adotar uma criança, que filho tem que ser gerado e ter o mesmo sangue mais todos sabemos que pai e mãe e quem cria e da amor. ??? ???
??? ???
?Valquíria nos mostrar que as vezes temos que passar em cima da nossa família, marido, namorado... e pensarmos na nossa felicidade e não no que as pessoas acha que é certo. Uma leitura rápida que traz grandes reflexões e um enorme aprendizado.

angeskoober 31/05/2019

Um conselho às mulheres.
Maternidades - Thaisa Lima
@thaisagblima / @thaisalimaautora
O conto é forte e com um assunto que gera polêmica: uma mulher que não deseja engravidar.
Para mim, esse conto serviu como um conselho às mulheres, principalmente as que pensam em talvez ter filhos e as que não querem mesmo (meu caso). Valquíria nos mostra que, muitas vezes, temos que passar por cima do que nossa própria família (e amigos, e namorado ou marido...) quer para nós, para "o nosso bem, a nossa felicidade". Cada um sabe o que o fará feliz.
Infelizmente as mulheres ainda recebem olhares reprovadores quando dizem que não desejam ser mães, como se fosse uma obrigação querer isso.
"Maternidades" é o grito de revolta de Valquíria com relação à nossa sociedade machista, que muitas vezes baseia suas crenças e valores em ideias sem sentido ou que não valem para todos, pois cada um acredita em algo e, mesmo assim, às vezes somos meio que forçadas a aceitar crenças e valores que não concordamos.
Parabéns à autora pela mensagem passada, e que possa repercutir na vida de muitas mulheres.

Barbara.Nogueira 31/05/2019

Adorei o conto e o ponto de vista dessa mulher.
Não é segredo que gosto de ler coisas que me faz refletir e este conto fez muito bem isso.

Um conto que de nos mostra a decisão de Valquíria de não ser mãe, como ela mesmo diz: optou por ela mesma. E isso está errado? Isso é egoísmo? CLARO QUE NÃO!
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Mais isso ainda é alvo de muita discussão. O conto nos trás o ponto de vista dessa mulher mega decidida e seus "porquês".
Sem contar no conflito de gerações e de que como hoje as pessoas tentando IMPÔR o ponto de vista ao em vez de dialogar.
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Tbm fl sobre preconceitos e racismo que comigo isso não tem vez.

Adorei o conto e o ponto de vista dessa mulher.