Nica 28/03/2012 Depois de ter lido e resenhado aqui A Rainha Vermelha de Philippa Gregory, trago a resenha de A Rainha Branca, este sim, o primeiro livro da trilogia Guerra dos Primos desta escritora que só tem recebido elogios e prêmios por sua literatura voltada aos períodos históricos. Dos três livros dessa trilogia de Philippa Gregory, nenhum ainda foi publicado no Brasil, adquiri esses dois através da Livraria Cultura, mas constam que sejam da editora portuguesa Civilização. O terceiro volume da trilogia, A Senhora dos Rios, acaba de ser lançado em Portugal por essa mesma editora.
Para quem não sabe, a Guerra dos Primos é historicamente conhecida como Guerra das Duas Rosas, período de lutas que durou 30 anos e tinha como objetivo o domínio do trono inglês entre 1455 a 1585. Duas famílias com ramificações de decentes entre si, portanto, parentes, dividiam-se em duas facções: A Casa de Lancaster, que tinha como ícone e bandeira uma rosa vermelha e a Casa de York, que tinha como ícone e bandeira uma rosa branca. Daí o nome dos livros, pois neste período de guerra, as duas casas alternavam-se na luta pelo trono. E são exatamente essas duas mulheres fortes que contam a história, a qual Philippa Gregory, baseada principalmente em fato históricos e rumores, ou até lenda já que se trata de uma época tão distante, enriqueceu os pontos obscuros e velados com explicações e justificativas que ela própria inventou. São também estas duas mulheres fortes e poderosas que terão pela união de seus filhos, o fim dessa sangrenta guerra e o início da Dinastia Tudor.
O que mais me chamou atenção no livro, se é que eu posso dizer que algo me chamou mais atenção que outro, já que tudo nesses livros são essencialmente envolventes, foi o fato das duas rainhas rivais contarem a mesma história, a mesma guerra, as perdas, as vitórias, cada uma contando sob o seu próprio ponto de vista. Quando eu li Rainha Branca eu já conhecia a guerra e muitas das intrigas através da Rainha Vermelha, pois os fatos principais de ambas são os mesmos, o que muda é a perspectiva da protagonista.
Aqui, em Rainha Branca, temos Isabel Woodville uma jovem lindíssima, que não fazia parte da realeza, viúva, mãe de dois filhos pequenos e que veio se transformar na primeira Rainha da Inglaterra na Dinastia dos York, por conseguir seduzir e se casar em segredo com o rei Eduardo IV. Este ponto da história é recheado de magia, pois segundo a lenda, Isabel era descendente de Melusina, uma deusa das águas (como uma sereia) e possuía poderes sobrenaturais como uma bruxa. O momento do primeiro encontro entre Isabel e o rei, no meio da mata e depois todos os artifícios que ela utilizou para seduzi-lo é contado por ambas, as rainhas, nos dois livros, e faz gosto em compará-los. O fato é que, com magia ou sem magia, Isabel casou-se com o rei e teve oito filhos, contando com os dois que já tinha, ficaram dez. Era uma mulher forte, uma verdadeira procriadora. No entanto, seu nome nunca será esquecido nos livros de história da Inglaterra por ela ter sida a primeira rainha de York, por ser a matriarca da Dinastia dos Tudor, mas principalmente por ser mãe dos dois príncipes que desapareceram na Torre de Londres. Até hoje não se sabe o que realmente aconteceu - se morrerem de acidente ou doença, se os mataram. Aqui temos um ponto da história em aberto, pois não há documento algum que prove que eles tenham sido mortos na torre, pois seus corpos nunca foram encontrados. O que se sabe é que depois da morte do rei, seus os dois filhos homens, herdeiros do trono, foram levados presos para a torre por seu tio, Ricardo III, para que não houvesse descendentes de seu irmão Eduardo IV.
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