Luiza Helena (@balaiodebabados) 07/05/2020Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/Chegamos ao quatro livro da série A Biblioteca Invisível. Com uma trama rápida e com muita ação, A Trama Perdida se tornou o meu favorito até então.
Não canso jamais de elogiar Irene Winters. Já chega ser um tanto chato toda resenha ficar repetindo o quanto amo sua inteligência, sensatez e raciocínio rápido. Nesse volume, ela cai de paraquedas no meio de uma competição entre dragões e a bibliotecária consegue articular planos para resolver toda a situação.
Neste livro, toda a história se passa em uma Nova York dos anos 20. Nas descrições rápidas da autora, somos ambientados em todo o glamour e colorido da cidade na época, assim como Irene. Acho bem legal a autora não ficar presa somente a um pano de fundo na série. Nos EUA, os anos 20 foi marcado de gangues e máfias disputando território, assim como A Lei Seca; e claro que esses detalhes não poderiam faltar e é justamente o que promove parte da ação do livro.
Aqui, Genevieve se aprofunda mais na política dos dragões. A Biblioteca é tida como neutra de interferir em qualquer situação, seja envolvendo dragões ou feéricos, mas um jogo de conspiração e chantagem faz com essa fama da instituição seja maculada. Irene já é um nome famoso e, por sua associação com Kai, ela se vê sendo um peão em um jogo mortal.
Apesar do vilão-mor, Alberich, ter sido deixado um pouco de lado, gostei muito desse foco nos dragões. Sabemos que eles são mais ligados a mundos onde a ordem e a lógica prevalece. Assim como qualquer corte e reino, temos essas picuinhas entre os reis e rainhas, questões políticas de como proceder e não proceder no território de outro e por aí vai... Desde o início da série, vemos como Irene teme o que sua associação com Kai pode gerar para a neutralidade d'A Biblioteca e aqui vemos um pouco dessas consequências.
Inclusive, Irene e Kai são aqueles tipos de personagens que se continuar somente na amizade, irá nos agradar bastante. O relacionamento deles é bastante desenvolvido na lealdade, confiança e no conhecimento que um sempre estará ali pelo outro, para o que der e vier. Desde o primeiro livro vemos como os dois são atraídos um pelo outro. Por Irene estar em uma posição de superior a Kai (visto que ele foi designado como aprendiz dela), ela não dá vazão a essa atração, porém em nenhum momento ela se deixa entrar em negação em relação ao que sente por Kai. Já ele, bem.. qualquer oportunidade de verbalizar seu interesse na bibliotecária é bem vinda.
Essa questão do romance sempre foi trabalhada em segundo plano. Não temos nenhuma declaração muito ativa, mas todas as ações de Irene e Kai reflete o quanto se importam um com o outro e o que sentem. Por isso o acontecido aqui não me foi de muita surpresa; inclusive já não aguentava mais a espera.
Terminei A Trama Perdida sedenta pela continuação, mas ainda não temos previsão de quando a Morro Branco irá lançar em terras brasileiras.
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