Lu Reis 22/12/2020Esse é um daqueles livros que você gosta e ao concluir a leitura pensa (presunçosamente) em cada pessoa intolerante que conhece e que deveria ler também e quem sabe tirar proveito e aprender com essas reflexões.
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Aqui, Mario Sergio Cortella e Monja Coen provocam o leitor acerca dos vícios e virtudes, sobre ser bom, sobre ter empatia, sobre apego e desapego. Entre os autores há uma troca de conhecimento e generosidade. Eles se respeitam, mas também se questionam, buscam saber mais sobre o campo de conhecimento um do outro, discordam, concordam, e dividem com o leitor as bases de suas formações.
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O livro nos leva a refletir sobre o outro como nosso semelhante e a intolerância cada vez mais presente em nosso cotidiano. Além disso, nos traz questionamentos tais como: de que adianta ser bom num mundo tão corrupto e injusto? Como somos quando ninguém está nos vendo? Como posso transformar vício em virtude? É possível perdoar sempre ou há atitudes imperdoáveis? Há um limite para a pratica virtuosa? – Cortella e Monja Coen conseguem trazer a filosofia e a espiritualidade para uma conversa muito acolhedora sobre aquilo que eleva a vida (as virtudes) e o que desafia a ética (os vícios).
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Considero que foi para mim, uma leitura interessante, de muita informação e valor em relação a temas diversos. Vale ressaltar que acompanhar o raciocínio dos autores requer tempo para a assimilação, mas isso não é ruim, penso que seja uma oportunidade para estimular o leitor no autoconhecimento.
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Concluo essa pequena resenha lembrando que, como mostram os autores ao longo de todo o texto, entre virtudes e vícios construímos a nossa história.