Atenção

Atenção Alex Castro




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Moitta 21/03/2019

Minhas notas do livro
Quando nos sentimos tentadas a subir no atraente pedestal do conhecimento, para assim distribuir sábios conselhos à pobre ralé lá debaixo, podemos apelar para um truque mental semelhante: listar nossas dúvidas, visualizar nossas lacunas, corporificar nossa ignorância.

E, de qualquer modo, mesmo que consigamos refrear nossos impulsos intrusivos e egoicos, será sempre uma vitória efêmera: na próxima frase, na próxima interação, na próxima pessoa, no próximo pedido de conselho, zera tudo e precisaremos, mais uma vez conscientemente, ativamente, habitar o não conhecimento.

Quando nos tornamos pessoas adultas, nossa mente é como um computador que veio de fábrica com vários programas pré-instalados. Não é nem que todos esses programas sejam lixo, mas também não é que sejam bons só porque foram instalados por pessoas em quem teoricamente confiamos (mães, professoras, amigas etc.) ou porque têm o aval da tradição e do costume.

Onde termina a omissão e começa a invasão? Essas são questões políticas que encaramos todos os dias, tanto em nossas relações humanas, quanto em nossas relações diplomáticas. Cada vez que estoura uma guerra civil ou acontece um massacre genocida, a comunidade internacional enfrenta o mesmo dilema moral que qualquer pessoa diante do relacionamento abusivo de uma amiga.

Nossa sociedade é governada por uma tirânica ditadora, constantemente julgando, criticando, oprimindo todas as suas súditas. É ela que decide que “ninguém pode namorar catorze anos sem casar” e que “toda mulher casada deve ter bebê”. Que temos que ser pessoas heterossexuais, monogâmicas, religiosas. Que precisamos ter casa própria, automóvel na garagem, emprego em tempo integral. Essa tirana, entretanto, não possui existência concreta. Ela não tem como fisicamente impor sua vontade sobre nós. Para exercer sua opressão, ela precisa converter suas súditas oprimidas em opressoras policiais do senso comum, ao mesmo tempo vítimas e algozes, eternamente julgando e condenando umas às outras, sempre implementando suas regras, seus julgamentos, suas leis. A 10a prática de atenção é conscientemente deixarmos de trabalhar para a polícia secreta dessa tirana.

Reconhecer o direito das outras pessoas de viverem livres da opressão de nossas opiniões invasivas também é uma maneira de agir politicamente no mundo.

Na caixa de ferramentas mental que utilizamos para solucionar os problemas da vida, temos ferramentas de confronto, de conciliação, de conserto. Lá no fundo da caixa, porém, raramente nos lembramos de uma das ferramentas mais menosprezadas: aceitar a realidade e nos adaptar a ela.

Ser uma boa hóspede é praticamente uma antologia das práticas de atenção: estar presente com nossas anfitriãs de maneira aberta e acolhedora; manter um olhar generoso para com elas, quase sempre tão diferentes de nós; ver em totalidade suas casas, seus objetos, suas regras; ouvir com atenção plena suas histórias e suas vivências; desapegar do Eu, de nossas vontades e de nossas manias, do nosso “jeito certo” de agir; praticar o não conhecimento e nunca presumir nada sobre elas ou sobre como suas casas funcionam; exercer a não opinião sobre sua intimidade e sobre suas regras. Ser uma boa hóspede, em suma, é aceitar a realidade e deixar de ser a constante, sempre uma das mais completas práticas de atenção.

Todas presumem que somos uma constante, e o universo, variável. Afinal, nunca ter gostado, jamais vir a gostar de ruído é uma parte permanente e imutável da essência primordial de Francisco. Diante da enormidade desse fato, naturalmente, só lhe resta mudar o mundo. Mas uma quinta solução para o problema de Francisco seria: 5. modificar-se, se transformando no tipo de pessoa que não se incomoda com esses ruídos. Vivemos em uma sociedade tão egocêntrica e autocentrada que raramente ocorre à maioria das pessoas que uma maneira de resolver qualquer problema é escolhendo tornar-se o tipo de pessoa para quem aquele problema não é um problema.

A 12a prática de atenção é apenas dar-se conta da existência da opção de não sermos sempre os sujeitos, de não sermos sempre as constantes, de aceitarmos a realidade como ela é. Ao considerar possíveis soluções para um dilema, podemos nos perguntar: de que maneira poderíamos resolver essa questão nos tornando o tipo de pessoa para quem esse problema não é um problema? Como boiar até que a correnteza se dissipe? Muitas vezes, talvez na maioria das vezes, não será a melhor solução. Mas, agora, ao menos, sabemos que existe. Está lá, em nossa caixinha de ferramentas.

Mas, se culpa é paralisante, falar de responsabilidade é energizante.

Sermos pessoas privilegiadas não faz de nós as vilãs, as monstras, as inimigas. Não significa que somos culpadas pelos crimes da nossa sociedade outrofóbica. Mas significa que, como beneficiárias desses crimes, temos a responsabilidade de nos tornar parte da solução e não do problema.

Se o privilégio é invisível por definição, a única maneira de percebê-lo é se abrindo para as experiências e relatos das pessoas que o enxergam, das pessoas que sentem a dor da sua ausência. Por isso, quando uma outra pessoa estiver relatando preconceitos que nunca sofremos e nunca sofreremos, a única reação aceitável é ouvir e acolher.

A outra pessoa deve ser tratada não como eu gostaria de ser tratada, mas como ela merece, precisa, deseja ser tratada. E como vamos saber como essa tal outra pessoa merece, precisa, deseja ser tratada? O primeiro passo é sair de mim mesma e deixar de me usar como parâmetro normativo do comportamento humano. Essa é a parte fácil. Depois, preciso abrir os olhos e os ouvidos (na verdade, o corpo inteiro) e reconhecer que existem outras pessoas no mundo, todas bem diferentes de mim, e que o único jeito de perceber o quão diferentes elas são é enxergando-as, escutando-as, conhecendo-as, com atenção plena e empatia verdadeira.

Empatia é estar dentro de outra pessoa, sentir o que ela sente, pensar o que ela pensa.

Empatia vem do grego “em” + “pathos” (sentimento), ou seja, é um penetrar, uma jornada. Entrar em outra pessoa é como visitar um país estrangeiro: temos que passar pela imigração e pela alfândega, caminhando com cuidado, de pergunta em pergunta, de sentimento em sentimento.[45] E, a cada passo, vamos exercitando todas as práticas de atenção: tentamos manter um olhar generoso e ver na sua totalidade essa pessoa, cultivamos o silêncio para poder ouvi-la com atenção plena, nossa postura de não conhecimento e de não certeza nos leva a abraçar a não opinião e a aceitar a realidade.

Assim como não dá para conhecer uma época sem conhecer sua história, não dá para conhecer uma pessoa sem conhecer sua vida.

O nosso Eu não existe, não importa. Não temos opinião: não nos comparamos a ela, não julgamos suas ações, não pensamos no que teríamos feito em seu lugar. Só entramos na prática, quando muito, vista através de seus olhos, de sua visão de mundo, de sua biografia. Como ela nos vê? O que sabe de nós? Como interpreta nossas ações ou palavras a partir de seu ponto de vista?

Para decidir quais objetos do futuro manter, uma boa regra é 60/60: se conseguimos repor o objeto em menos de sessenta minutos, ou por menos de sessenta reais, então, não é um objeto que valha a pena carregar pela vida ou guardar no armário, tirar o pó ou trazer na mudança.

O tamanho de qualquer mala de viagem é diretamente proporcional ao medo da pessoa que está viajando:

Eu vivia com medo, sempre travado no passado, sempre receoso do futuro. Passava meus dias cuidando da minha coleção de objetos do passado (sem eles, o que seria do meu passado, das minhas memórias, da minha história?!) e da minha coleção de objetos do futuro (sem eles, o que seria do meu futuro, das minhas potenciais necessidades?!). Espanava e arrumava, cuidava e catalogava, verdadeiro zelador de um museu-prisão inteiramente dedicado aos meus próprios medos. Enquanto isso, minha vida verdadeira, acontecendo ao vivo e no presente, em tecnicolor e dolby surround, passava por mim quase despercebida. Com obrigações assim tão absorventes, como poderia prestar atenção às pessoas à minha volta?

Foi bom enquanto durou. Tudo é bom enquanto dura. Nada dura.

Há dez anos, minha amiga perguntou: — Por quê? Por que viver assim? Demorei uma década para encontrar uma resposta satisfatória: — Porque acumular menos me permitiu ser uma pessoa menos medrosa e mais atenta, menos defensiva e mais generosa. Se a minha atenção não está sendo monopolizada pelo Museu dos meus Medos, então, estou livre para melhor acolher e abraçar, ouvir e aceitar as pessoas à minha volta.

Se situações de escassez concentram nossa atenção, a abundância ilusória leva ao desperdício:

Somente as minhas ações são os meus pertences verdadeiros. Não posso fugir às suas consequências. Minhas ações são o chão que fazem o meu caminho.

Se uma colega de trabalho me ofendeu hoje à tarde no escritório, essa foi uma ação dela sobre mim e, mais dia menos dia, ela vai pagar o preço: afinal, ela me fez sofrer. Mas, se hoje à noite, fritando na cama sozinha com meus pensamentos, ainda estou remoendo esse insulto e mastigando essa ofensa, então essa é uma ação minha sobre mim mesma e o preço já estou pagando agora, em tempo real: eu estou me fazendo sofrer. Mesmo em um universo tão cruel e tão aleatório, meu maior algoz quase sempre sou eu mesma: meus pensamentos obsessivos, minha mente desordenada, meu apego à minha identidade.

Nosso passado (nossa história! nossos traumas! tudo que fez de nós essas pessoas únicas que somos!) e nosso futuro (nossa sonhada aposentadoria! nosso temido câncer! tudo o que ainda vai nos acontecer!) são tão autoevidentemente relevantes, fundamentais, definidores que, na comparação, o presente torna-se um detalhe inconsequente, uma firula desimportante, um capricho tolo. Entretanto, só o presente existe: todo o resto é invenção nossa, sempre criando narrativas cada vez mais elaboradas para nos permitir fazer sentido de nossas vidas. O presente é tudo o que realmente temos. No hoje, é sempre hoje. No agora, é sempre agora. No passado, nem sempre existi. No futuro, em breve não existirei. No presente, estou sempre vivo, sempre existindo, sempre aqui.

O aqui e agora é um eterno para sempre. O para sempre é um eterno aqui e agora.

Praticamos atenção para observar essa falha acontecendo ao vivo dentro de nós. Afinal, assim como Doisneau voltando em busca da foto perfeita, só podemos voltar ao nosso estado natural de atenção se percebemos que saímos dele. Mas, para isso, é necessário, em um ato consciente de vontade, escolher onde queremos depositar nossa atenção e, fazendo frente a todos os apitos sonoros e luminosos do mundo, voltar sempre para lá.

Não somos pessoas cronicamente distraídas por causa de nossos celulares e da internet. Pelo contrário, inventamos os celulares e a internet, do jeito como são hoje, por causa de nossa distração crônica constitutiva. A meditação não é uma técnica milenar, presente em quase todas as culturas desde o início dos tempos, porque “resolve” um problema surgido em 2007. O Buda, assim como eu e você, nasceu em um mundo onde a meditação já era ancestral e, um dia, ele também decidiu sentar, aprender, praticar.

Nossa consciência é formada por um contínuo de experiências ao qual damos um nome. Por razões práticas, faz sentido distinguir uma pessoa da outra

Tudo é contingente: somos pessoas únicas não porque temos uma pretensa essência metafísica (o Eu!) qualitativamente diferente da essência metafísica das outras entidades que não-são-o-meu-Eu, mas sim porque surgimos a partir de condições únicas e de circunstâncias irrepetíveis.[68] Se o nosso Eu tivesse uma essência, então nossa natureza nunca poderia mudar: o fato de o nosso Eu ser vazio de existência intrínseca é justamente o que nos permite a liberdade de nos reconstruir, recriar, reinventar.

Nossa mão não é alheia à fome do nosso estômago, porque ambos reconhecem fazer parte do mesmo todo, mas somos alheias à fome da pessoa que está ali na calçada, porque não nos reconhecemos como parte do mesmo todo que ela. A desordem existencial devastadora de nossa civilização é ver na fome, no sofrimento, na angústia da outra pessoa um problema alheio a nós. Todas sofremos de Síndrome da Pessoa Alheia.

Quando finalmente enxergamos a miragem do Eu, cuidar das outras pessoas se torna tão natural quanto a mão que automaticamente estanca o sangue da perna que pertence ao mesmo corpo que ela.

A questão não é se eu existo (é claro que eu existo), mas sim que o meu Eu não existe dessa maneira essencial e transcendental como sinto que ele existe, no centro de um universo que gira ao seu redor, observando tudo sempre a partir de sua própria perspectiva.

A afirmação de uma fé nos convida a acreditar ou des-acreditar: a proposta de um método, se acharmos que faz sentido e que pode nos trazer benefícios, nos convida a investigá-lo e vivenciá-lo, testá-lo e corporificá-lo.

O nosso Eu só sabe amar a si próprio: ele foi criado e treinado para premiar quem lhe pode ser útil e punir quem lhe pode ser incômodo. Por isso, não existe como servir e ajudar as outras pessoas a partir de uma perspectiva egoica: o Eu não consegue ser desinteressado, porque nós o inventamos para perseguir nossos (pretensos) interesses a todo custo. É só isso que ele sabe fazer. Quando o Eu ajuda, ele ajuda para parecer uma pessoa boa, para conseguir reconhecimento, para aumentar seu cacife, para ser feliz.

Nós não estamos dentro do nosso corpo olhando para fora: nós somos o universo olhando para si mesmo.

Se afirmamos amar espinafre mas nunca compramos espinafre, nunca colocamos espinafre no prato e, quando o prato vem com espinafre, não comemos… então, não amamos espinafre. Talvez até sinceramente acreditemos que amamos. Talvez até queiramos amar. Mas não amamos. Pelo menos, ainda não. Aquilo que fazemos (não comer espinafre) importa mais do que aquilo que falamos (“amo espinafre!”).

Posso até não ter escolhido ser quem eu sou, mas eu escolho agir como eu ajo.

O que importa é o que fazemos. Por isso, poucos conselhos são mais canalhas do que “seja você mesma”. A maioria dos problemas do mundo veio de pessoas que estavam simplesmente “sendo elas mesmas”. Mais importante do que sermos nós mesmas é sermos quem queremos ser.

O que importa é o que fazemos. Por isso, poucos conselhos são mais canalhas do que “seja você mesma”. A maioria dos problemas do mundo veio de pessoas que estavam simplesmente “sendo elas mesmas”. Mais importante do que sermos nós mesmas é sermos quem queremos ser. Todas as forças do universo nos impelem a nos conformar, a aceitar as regras do mundo, a ceder, a nos moldar. Ser a pessoa que queremos ser é uma luta diária, surda, interna, contra nossos próprios preconceitos, nossas mesquinharias, nossos egoísmos. Ser quem queremos ser é o mínimo que devemos a nós mesmas. Se não somos nem isso, então não somos nada. Decidir ser uma pessoa mais empática, mais atenciosa, mais cuidadosa, entretanto, é fácil. Ser de fato essa pessoa, todos os dias, sistematicamente, é muito mais difícil.

A única coisa que conta como primeiro passo é efetivamente dar o primeiro passo. Saber que dar o primeiro passo é importantíssimo não é dar o primeiro passo. Pelo contrário, quase sempre é uma maneira de não dar passo algum. Sem compreender a diferença entre aquilo que acontece dentro de nós (sentir, reconhecer, pensar) e aquilo que efetivamente fazemos no mundo (lutar, dar passos etc.), jamais transformaremos a realidade.

“Reconhecer privilégios”, “cultivar empatia”, “despertar consciência” são excelentes chavões para colarmos em cima de fotos do pôr do sol e ganharmos biscoito na internet, mas falta fazer o bolo. Sentirmos tudo isso, e não fazermos nada, é tão patético, tão inútil, tão ridículo, quanto comprar os ingredientes, postar a foto (#fica-vai-ter-bolo) e nunca fazer o bolo. Só um passo é um passo.

“Ter consciência” não é algo para se gabar: é um privilégio que traz consigo responsabilidades.

Quem está “presa” na Prisão Monogamia não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de viver relacionamentos monogâmicos, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, vive relacionamentos monogâmicos por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é viver a Monogamia, mas ignorar a realidade que existe além dela.

Nenhum ato pode ser mais político e mais transformador do que enxergarmos e cuidarmos umas das outras. Cuidado sem atenção, porém, é no mínimo superficial, quase sempre equivocado e às vezes até nocivo. Já atenção sem cuidado, a empatia sem ação efetiva, não passa de um capricho complacente de pessoas privilegiadas.

O que é então outrofobia? Bem, alguns dos maiores problemas sociopolíticos de nossa época, como o machismo e o racismo, a homofobia e a transfobia, o capacitismo e o etarismo, têm origem em uma rejeição fundamental ao Outro, ou seja, à pessoa que é diferente, à pessoa que não sou eu.


E, se o privilégio é invisível por definição, então, a única maneira de percebê-lo é se abrindo para as experiências e relatos das outras pessoas, das pessoas que o enxergam, das pessoas que sentem a dor da sua ausência, ouvindo-as e abraçando-as, aceitando-as e acolhendo-as, sem interpelar nem minimizar. Em outras palavras, dando a elas nossa atenção.

Praticamos atenção não como um autocuidado, mas como um ato político. Praticamos atenção para lutar contra a Outrofobia.

Ao longo desses dezessete anos de escrita profissional, sete livros e diversos artigos publicados, o livro que ainda não consegui terminar foi justamente o mais pedido: o tal livro das Prisões. Eu não conseguia terminá-lo porque o projeto em si transformou a pessoa que eu era e, ao me transformar, também se transformou.

A própria série mudou de nome diversas vezes. Em um primeiro momento, troquei “aulas” por “exercícios”. (Quem sou eu para dar aulas de empatia?) Depois, troquei “empatia” por “atenção”. (Empatia é passiva e paroquial demais, como falo na 20ª prática, Dar o passo.) Finalmente, troquei “exercícios” por “práticas”. (Exercícios são atividades chatas que fazemos por obrigação, práticas são atividades transformadoras que moldam nosso estilo de vida.)

A literatura se justifica pedagogicamente porque ela ensina alteridade. Na adolescência, época formativa e impressionável, fase mais egocêntrica do ser humano, é fundamental a habilidade criativa de ser outras pessoas, de viver outros mundos, de criar outras histórias. Estamos todos acostumados a exercitar músculos e capacidades. Exercitamos os bíceps e exercitamos a memória. Por que não exercitar a empatia? Os exercícios não vão ser fáceis. Como sabem os malhadores, é preciso primeiro levar o músculo ao colapso, para que ele então se regenere e volte mais forte.
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