Livre Para Voar

Livre Para Voar Ziauddin Yousafzai




Resenhas - Livre Para Voar


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Van 23/12/2020

A ideia de globalização surge, de maneira simplificada, da necessidade de aproximar os povos com o intuito de um melhor desenvolvimento. Contudo, ao invés dessa aproximação propiciar harmonia, hoje, o que vemos é um realce das nossas diferenças e que comumente têm sido resolvidas através de conflitos violentos com uso de armas de fogo.

Em meio a tantos conflitos, há também histórias de lutas e resistências que quando descobertas servem para acalentar os corações cansados que almejam uma sociedade melhor e inspirar as pessoas a buscarem esse caminho. É o caso de Ziauddin Yousafzai, que nos apresenta um pouco de sua jornada no livro Livre Para Voar.

Lançado no Brasil pela editora Companhia das Letras, Livre Para Voar é uma obra biográfica/histórica na qual Ziauddin nos conta como foi crescer em uma sociedade patriarcal do Paquistão e como a educação foi importante para que ele refletisse sobre os costumes e passasse a desejar uma transformação social, mudança essa a qual ele iniciou no próprio modo de agir.
“Acredito que todas as crianças aprendem com o que fazemos, não com o que ensinamos… É assim que acredito que se dá a transformação social. Ela começa por nós.”
Yousafzai, ainda, narra fatos que vivenciou/presenciou e utiliza de sua relação familiar para nos convidar a levantarmos nossa voz frente as injustiças que presenciamos no intuito de construir uma sociedade mais igualitária e com oportunidades para todos. Afinal, ele acredita que “a educação não se resume a aprender fatos e fazer provas. As melhores escolas são aquelas onde se libera o potencial de todos os estudantes…”

Para um pedagogo, como eu, Livre Para Voar é um deleite. A cada página do livro nota-se a sensibilidade e o cuidado que Ziauddin Yousafzai teve com seus familiares, que de certa forma foram os mestres que o ajudaram a ir revendo suas próprias opiniões e remodelasse sua forma de viver. Além disso, fiquei feliz em perceber que as dificuldades encontradas pelo autor em sua trajetória na área educacional, não o fizeram desistir. Mas, sim, continuar com determinação, motivação e perseverança em buscar a educação como um meio de dar voz, principalmente, as meninas que são constantemente marginalizadas por uma cultura patriarcal e que aos poucos iam deixando seus próprios sonhos pelo caminho. Fiquei muito comovido ao revisitar o atentado sofrido por Malala, filha do autor, e perceber como esse ato de violência terminou a fortalecendo para que continuasse na luta pelo direito à educação das meninas.

Em tempos de “líderes” megalomaníacos que celebram a ditadura, que tentam separar famílias com um muro, que cometem verdadeiros genocídios e que roubam da população; Ziauddin Yousafzai é uma inspiração para um mundo que clama por equilibro e a renovação da esperança de todos aqueles que ainda acreditam na humanidade. Sejamos todos Livres Para Voar.

site: http://aartedelervan.blogspot.com/2019/12/resenha-livre-para-voar-ziauddin.html
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brubs 07/07/2020

O livro é narrado pelo pai de Malala, que conta a história da vida dela e da família, de como eles lutaram pela educação das meninas. Uma história emocionante
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Sremo 14/05/2020

Incrível
O livro é sobre o pai da Malala, uma pessoa incrível que com toda certeza foi a base principal pra que ela chegasse ao prêmio Nobel da Paz.
Estou encantada com Ziauddin Yousafzai.
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Cibele 11/05/2020

A mudança pela educação
Sob a ótica de seu pai, a história de Malala ganha novos detalhes, além de ser possível compreender a visão revolucionária (considerando sua construção social e o meio em que vivia) de Ziaudin sobre a educação.
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Jasmim Brito 13/03/2020

Esse livro é contado pelo pai da Malala e é dividido em capítulos que fala sobre o mesmo, sua esposa, o atentando de Malala, sobre os seus filhos e sobre a própria Malala. O livro é narrado com fatos sobre a vida e sobre os acontecimentos que o marcaram, isso contado de forma clara e com frases inspiradoras, principalmente sobre a sua visão sobre a educação para as meninas. Super indico o livro.
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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 05/02/2020

Um livro para pais, mas também para jovens guerreiros
Livre para voar já nos impacta no título. Não só pela beleza da imagem, mas porque qualquer um que conheça minimamente a realidade de onde vêm Malala e Ziauddin Yousafzai, sabe que “liberdade” não é uma palavra muito comum. Menos ainda se dirigida a uma mulher.
Ao longo desta obra (que é bem curta, na verdade), conhecemos um pouco mais o pai de Malala — Ziauddin Yousafazai — e, por meio de suas histórias, acabamos conhecendo mais a fundo também sua família e sua cultura.
Ainda que Ziauddin só tenha vindo a conhecer essa palavra muitos anos depois, não podemos deixar de pensar em feminismo ao ler essa obra. Principalmente porque, quando falamos sobre esse assunto, tendemos a desconsiderar qualquer opinião ou palpite masculino, afinal, essa não é “a causa deles”, o lugar de fala deles.
Com a narrativa de Ziauddin, porém, temos de reconhecer que algumas lutas serão impossíveis sem os homens. Se ele não fosse quem é, se não tivesse conseguido refletir sobre a própria forma como foi criado, a Malala que conhecemos hoje não existiria. Ela seria apenas mais uma menina do Paquistão, dona de casa, que viveria em função de seu marido.
Já deu para imaginar que esse livro, apesar de curto, é bem denso, certo? Certíssimo! De maneira leve vamos conhecendo mais a fundo o Paquistão e as consequências das ações do Talibã. De maneira não tão leve, vamos acompanhando a jornada de um pai que luta pela igualda feminina e, mais que isso, que incentiva sua filha a erguer a voz em uma sociedade onde mulheres sequer são consideradas parte da família.
Esse foi um livro que, enquanto lia, queria comentar com todo mundo, mas, ao mesmo tempo, não conseguia comentar com ninguém, pois precisava absorver cada linha dele. Um livro que eu queria abraçar forte, ao mesmo tempo que precisava desse abraço para poder ler as suas páginas.
Livre para voar é excelente para pais que querem refletir sobre a maneira como educam seus filhos, ou então para aqueles pais que se sentem sozinhos, travando batalhas grande demais. Ziauddin Yousafzai só sentiu medo do que estava fazendo, da mudança que estava construindo, quando ameaçaram (e atingiram) seu calcanhar de Aquiles: Malala, sua adorada filha.

site: https://blogdastatianices.wordpress.com/2020/02/05/livre-para-voar/
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Michele 09/01/2020

História de vida emocionante, porém identifiquei algumas falhas sobre a visão dele em relação a família e filhos ... acho que tenho tenho outros pensamentos...
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Tamires 21/11/2019

Livre para voar, de Ziauddin Yousafzai
Quando eu li Eu sou Malala, de Malala Yousafzai (Companhia das Letras, 2013), fiquei com a amarga impressão de que todos os males que a jovem ganhadora do Nobel da Paz sofreu, incluindo um atentado que quase lhe tirou a vida em 2012, era culpa da religião islâmica. Cheguei a estranhar o fato de que ela não perdeu a religiosidade, apesar de tudo. Pensei que ela devia “se livrar daquilo”, mas em sua narrativa e ações pelo mundo, Malala se manteve firme aos seus princípios. Apesar das restrições de sua cultura, apesar do extremismo do talibã.
Anos depois, no entanto, observo com mais respeito a crença de Malala. Não posso julgar a religiosidade desta menina com a minha visão ocidentalizada e que pouco conhece o islamismo. Não posso julgá-la nem mesmo em comparação a minha própria concepção de religiosidade. Mas consigo entender e admirar a jornada dessa jovem ativista pela educação que com seu pai, Ziauddin Yousafzai, ousou sonhar e lutar para que não só ela tivesse acesso à educação, mas todas as meninas pudessem ser reconhecidas e respeitadas da mesma forma que os meninos sempre foram.

Malala fala muito sobre a vida do pai em seu livro, mas em Livre para voar conhecemos um pouco mais de Ziauddin nas palavras do próprio, com a colaboração da jornalista e escritora Louise Carpenter. E se antes eu já o admirava, agora fiquei ainda mais fã de Ziauddin e quero seguir, de alguma maneira, os seus passos! Livre para voar é um livro extremamente necessário, um relato honesto de um pai que teve e têm dificuldades como todos os pais e cuidadores, mas sempre procura o caminho da compreensão e do amor para lidar com sua família.

Ziauddin percebeu desde bem jovem que as mulheres em sua cultura eram muito menosprezadas, tratadas como uma espécie de sub-criaturas que não mereciam nem registro de seus nascimentos, tamanho o infortúnio para uma família ter mais mulheres que homens, por exemplo. A própria mãe de Malala, Toor Pekai, não teve um registro formal de seu nascimento, portanto eles não podem ter certeza da idade correta que ela tem. Os pais de Malala cresceram em uma sociedade em que mulheres não podiam sequer olhar nos olhos dos homens, ou sair desacompanhadas, ou ainda comer bons pedaços de carne (os melhores eram destinados aos homens ou meninos, se houvessem), nem serem servidas. Cruel ou injusta (ou as duas coisas), era essa a sociedade em que eles cresceram. Mas Ziauddin, antes mesmo de se casar, sabia que seria diferente. Ele QUERIA ser diferente. Essa foi a chave que inspirou, inclusive, outros homens de sua própria família e continua inspirando várias pessoas mundo afora.

“Venho de um país onde fui servido por mulheres durante a vida inteira. Venho de uma família em que meu gênero me fazia especial. Mas eu não queria ser especial por essa razão.”

“Quando penso nos feitos de Malala, penso também nas outras mulheres de minha vida a quem amei, mulheres como minha prima e minhas irmãs, que não pude proteger da crueldade e da injustiça da sociedade. Tive de presenciar a injustiça em suas vidas para prometer que minha família seguiria outro caminho. Essas outras mulheres, tias, primas de segundo grau e avós de Malala, passaram a vida sonhando os sonhos de outras pessoas e obedecendo aos desejos de outras pessoas. Penso em todo o potencial que traziam dentro de si. Mas esse potencial ficou inexplorado, subestimado, desconhecido. Ninguém queria acreditar nele.”

“Realmente acredito que as normas sociais são grilhões que nos escravizam. Acostumamo-nos a essa escravidão e então, quando rompemos os grilhões, a primeira sensação de liberdade pode assustar, mas, quando começamos a senti-la, percebemos na alma como é gratificante.”

Livre para voar é uma leitura rápida, que retoma e recorda alguns fatos sobre a família Yousafzai e seu ativismo pela educação. Desta forma, pode ser lido facilmente por aqueles que não leram Eu sou Malala (recomendo que o façam, pois também é ótimo). O título faz alusão ao que Ziauddin diz ter feito em como pai, em sua família: quebrar a tesoura. Ele diz que as meninas são como os pássaros que têm as asas cortadas tão rentes à carne que fica impossível o simples ato de voar. Tão impossível que os pássaros nesta condição logo desistem, pois “entendem” que não são capazes. Ele não queria isso para a sua filha, então “quebrou a tesoura”. Malala, assim como os irmãos, seriam livres para voar.

Um dos pontos mais interessantes desta leitura foi Ziauddin falando sobre feminismo. Hoje ele reconhece que é um ativista também pelo feminismo, essa palavra que ele conheceu apenas recentemente, mas que já estava, de certa forma, entranhada em sua luta pela educação das meninas. No entanto, esse é um assunto que a família Yousafzai não discute repetidamente em casa, não há nenhum tipo de doutrinação. Ele não diz que os meninos precisam respeitar Malala, ou que precisam agir desta ou de outra forma com a mãe deles. O feminismo da família Yousafzai está nas ações. É prática do dia a dia de Ziauddin respeitar a esposa e a filha como iguais, como tem que ser. E os meninos cresceram em meio a essa rotina, absorvendo esse comportamento. É o tipo de atitude que devemos ter, todos nós, ao invés de manter o discurso apenas da porta para fora, não acham? Não que já tenhamos falado o suficiente, mas talvez devêssemos ser mais como os Yousafzai e simplesmente viver aquilo que pregamos.

Ziauddin fala, ainda, das dificuldades que teve em ser um pai liberal no ocidente; do amor à poesia e sobre aprender a ficar nos bastidores, observando e torcendo pelos filhos em seu momento de levantar voo. Gostei de saber mais sobre Toor Pekai, “a ativista silenciosa”, neste livro. Ziauddin dedica o terceiro capítulo para falar sobre sua “esposa e melhor amiga”. Livre para voar é uma ótima leitura, um livro simplesmente inspirador!

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-livre-para-voar-a-jornada-de-um-pai-e-a-luta-pela-igualdade-de-ziauddin-yousafzai/
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Thiarlley 17/10/2019

A luta de um pai pela liberdade de expressão de sua fiha!
Quando recebi o exemplar de Livre para Voar, confesso que torci um pouco o nariz, pois a ideia de enaltecer um homem como responsável da jornada e grandiosidade de uma mulher, para mim, reforça um pouco o machismo que ainda vivemos nos dias de hoje. Porém, o que mais aprendemos é a não julgar um livro pela capa. Neste caso, a não julgar uma história pelo que se parece. E, pelo contexto que Malala esteve inserida desde o nascimento, vivendo no Paquistão, a figura de seu pai fora crucial para que ela tivesse consciência de que era livre – livre para lutar pelos próprios direitos, principalmente, pela educação de meninas e mulheres paquistanesas.

Livre para Voar, com prefácio de Malala Yousafzai e contribuição da jornalista inglesa Louise Carpenter, fora lançado em fevereiro de 2019 pela editora Companhia das Letras e apresenta a trajetória de Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, conhecia por sua luta pela educação de meninas e mulheres no Paquistão e fundadora do Fundo Malala. Uma das coisas que mais me chamou a atenção neste livro fora a frase na contracapa, onde Ziauddin diz “Sempre que alguém me pergunta como Malala chegou a ser o que é, costumo responder: ‘Pergunte-me não o que fiz, mas o que não fiz. Não cortei suas asas’”. O que gosto nessa frase é justamente a liberdade implícita que ela carrega; muitas de nós não alcançamos nossos objetivos por sermos impedidas de chegarmos até ele. E o motivo, muitas vezes, é por sermos mulheres.

Como pai de uma menina engajada na própria educação, Ziuaddin nos apresenta seu contexto, sua criação e como chegara ao papel de pai apoiador de uma ativista. Uma das coisas mais importantes fora a sua visão, desde os primeiros anos de vida, do quanto o cotidiano paquistanês era injusto para com as mulheres. Tendo um irmão e cinco irmãs, sua família nunca prestara atenção nas habilidades, desejos e anseios de suas irmãs, preocupando-se com ele e com seu irmão – deveriam ter uma boa educação para que pudesse ascender na vida. Suas irmãs, todavia, deveriam esperar, casarem-se com homens influentes e dedicar suas vidas ao seu marido e filhos. Não havia nada de errado nisso, entretanto, Ziauddin acreditava que mereciam mais. Mereciam o direito de escolha.

No Paquistão, as mulheres não devem ter seus rostos e nomes expostos. São conhecidas como “filhas de” e depois como “esposas de” ou “mães de”. Uma coisa tão simples para nós ocidentais, sermos conhecidas por nossos nomes, termos a chance de expor nossos rostos em redes sociais e nas ruas ser tão abominado e negado para outras mulheres. Ziauddin tem o cuidado de dizer o nome de todas as mulheres importantes em sua vida, como sua mãe, sua madrasta, irmãs, esposa e filha, sempre demonstrando sua importância e singularidade como pessoa, como mulher, como ser humano. Toor Pekai, sua esposa e mãe de Malala, é citada diversas vezes, principalmente por ter papel fundamental na criação de Malala e no desenvolvimento de Ziauddin como ser humano livre das amarras do machismo e patriarcado tão forte e cruel no Paquistão.

"Sempre que o velho Ziauddin aflorava em nosso casamento, era Toor Pekai quem o repelia. Por exemplo, no primeiro mês depois das bodas, enquanto ainda estávamos em Shangla, disse a ela que meu amigo vinha nos visitar. O pashtun* tradicional não costuma permitir que os amigos conheçam sua esposa. É algo raro de acontecer. Eu estava contente que Toor Pekai iria ver meu amigo. Ela o conhecia porque fazia parte da comunidade, mas não o encontrara como minha esposa. Quando lhe falei da visita, ela disse que ia se maquiar para se fazer apresentável. Reagi institivamente: “E por que você haveria de se arrumar para ele?”. Era o pashtun em mim.Mas ela me enfrentou e disse: “É meu direito usar maquiagem. E aqui é minha casa também. Se você não se sente à vontade como isso, então por que trazer seu amigo?”. Fiquei envergonhado. “Desculpe”, disse. “Você tem razão”."

Ziauddin diz ainda que conheceu a palavra “feminista” no ocidente. E apresenta que tivera uma vida pensando nas injustiças vivenciadas pelas mulheres, mas nunca pensara nessa palavra. Logo, sempre fora feminista. Muitos homens ocidentais se deixam levar por ideais extremistas e por situações isoladas para criarem uma aversão pela palavra “feminista”. Entretanto, se você acredita que as mulheres têm o direito de ir e vir, de trabalhar, de estudar, de dizerem não, de viverem como bem quiserem, de permanecerem vivas após um término, de existirem por elas mesmas, então sim, você é feminista.

A leitura de Livre para Voar se faz crucial, principalmente para homens, pais, filhos, esposos, namorados, amigos, a fim de que compreendam seus papéis em sociedade como podem contribuir para que as mulheres que amam possam viver com a liberdade que ainda lutam. Garantir que as mulheres recebam salários iguais, que possam caminhar sem medo de um estupro, almejarem (ou não) um casamento, desejarem (ou não) filhos, é um dever de todos.

O caminho para os homens já veio feito e pavimentado. Ajudem-nos a construir o nosso, a fim de um mundo mais justo e igualitário, revendo os próprios conceitos, padrões e atitudes em sociedade.

site: http://www.apenasfugindo.com/2019/07/resenha-livre-para-voar-ziauddin-yousafzai.html
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Letuza 20/06/2019

Sobre educação
Em tempos de desvalorização da educação, ler um livro como esse é um raio de esperança. Ziauddin Yousafzai é educador, pai de Malala e era dono e diretor de uma escola em Mingora, Paquistão. Sempre lutou pelo direito das meninas de seu país. No Paquistão as meninas não são registradas, não são chamadas pelo nome, não podem estudar, sair sozinhas... são criadas para casar e servir aos homens. Ziauddin sempre foi contra isso e junto com sua filha Malala faz uma campanha mundial para que meninas possam estudar!
No livro ele conta sobre sua infância, como mudou sua mentalidade patriarcal, fala da criação de seus filhos e de seu casamento, além é claro, de sua luta pela educação!
Um livro lindo, cheio de emoção, com exemplos maravilhosos de humildade, amor pela família e pela educação! Recomendo fortemente a leitura, principalmente por pais e mães, e claro, por quem valoriza a educação!
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Guynaciria 14/05/2019

Ziauddin Yousafzai, hoje é mundialmente conhecido como o pai de Malala, a menina que sobreviveu ao ataque terrorista a sua vida, praticado pelo Talibã, numa covarde tentativa de calar a voz de uma criança que lutava em prol da educação feminina em seu país de origem.
Essa curta biografia, nos apresenta a um homem cativante, que cresceu em uma remota vila no Paquistão, um país patriarcal que ainda vê as mulheres como seres não dignos de vários direitos básico, sendo alguns deles a liberdade de escolha, a identidade (ser conhecida pelo próprio nome) e a educação.
Foi importante analisar a vida desse homem desde a infância, para perceber como o seu ativismo em favor da educação e da igualdade de meninos e meninas e impactante em tal sociedade, se levarmos em conta que ele teria que abdicar de vários privilégios que o sistema patriarcal lhe garantia, para que assim pudesse dar o mínimo de direitos a sua filha e a sua esposa.
O livro traz vários momentos emocionantes, um deles e quando o diretor da Universidade de Oxford serve um chá a Malala, um gesto tão simples, mas que quando explicado sobre uma ótica diferente da que estamos acostumados, tornou-se um símbolo de empoderamento feminino.
Também gostei de ler sobre os dramas familiares, que surgiram quando a família foi morar na Inglaterra. Esse homem que em seu país era tão à frente de seu tempo, teve que reavaliar sua base de costumes e educação, e assim perceber que teria que mudar a forma que lidava com os filhos, para que não viesse a perder o respeito que esses lhe dedicavam.
O livro é excelente e eu recomendo a leitura para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a cultura e costumes do Paquistão.

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Thaisa 23/04/2019

Por Thaisa Lima no blog Minha Contracapa
Vocês já sabem que não sou uma pessoa que ama ler biografias. Não me interesso muito em saber como era a vida das pessoas, mas confesso que tenho curiosidade em conhecer a jornada de trabalho de algumas. Quase nunca vocês me verão lendo livros biográficos por aqui… Porém, como para tudo nessa vida existem as exceções, essa regra também cabe para livro biográficos e acabo gostando de alguma. É o caso de Livre para Voar.

Ziauddin Yousafzai é um homem apaixonante. Seu ativismo em prol da igualdade de gêneros e pelo direito à educação para meninos e meninas de forma igual, é algo extremamente inspirador. Até mesmo emocionante de ver. Criado em uma sociedade totalmente patriarcal, um homem acreditar e lutar pela igualdade de gêneros é algo raro de ver.

Uma sociedade acostumada a tratar mulheres como objeto, sem ao menos ter o direito do nome ser mencionado, vivendo prisioneira dentro de casa, sem voz e totalmente dependente de um homem até para sair de casa, é uma força esmagadora contra umas poucas vozes que tentam levantar a bandeira da igualdade. Ziauddin nunca se deixou intimidar por isso e procurou fazer a diferença a partir de sua casa. Pekai (sua esposa) e Malala foram as maiores beneficiadas com a forma de pensar deste ativista.

O livro com uma narrativa que lembra os livros de ficção, nos mostra momentos vividos por essa família, desde a infância de Ziauddin até 6 anos após o atentado sofrido por sua filha Malala. É uma leitura envolvente, inspiradora e comovente. Conseguiu me arrancar lágrimas no final…

Recomendo a leitura para quem quer conhecer mais da cultura do Paquistão e quer conhecer mais da história de Malala, a menina que fez a diferença na vida de milhares de meninas.

site: http://minhacontracapa.com.br/2019/04/livre-para-voar-de-ziauddin-yousafzai/
Elisabete Bastos @betebooks 23/04/2019minha estante
Eu gosto de biografias de pessoas que tiveram importância no mundo. No caso, de Eu. Malala eu gostei muito do ser humano "pai" de Malala. E fico muito feliz que o livro dele é realmente bom. Depois, da sua resenha eu irei comprar o livro. Grata.




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