O fascismo eterno

O fascismo eterno Umberto Eco




Resenhas -


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Vitorugo 23/05/2024

"A cadela do fascismo está sempre no cio." - Bertoldt Brecht
3/5 - BOM

Quando brandavam que no passado recente do Brasil havia fascismo, eu não entendia e até duvidava, pois não conseguia conceber relação entre dois movimentos que julgava tão distintos.

Mas após a leitura desta breve obra, percebo que o fascismo é gênero, da qual sempre se derivam espécie que elegem um líder, contemplam um suposto passado glorioso, culpabiliza determinados grupos por problemas sociais, avesso ao pensamento crítico, contrário as artes, estimulam o conflito, violência, aplica um código de conduta que julga conveniente, se organiza e se estrutura tomado por um nacionalismo ignorante.

Qualquer semelhança com os gritos de "Mito", 08/01/23, viúvas de 64 e anticomunismo à brasileira NÃO é mera coincidência.
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Jessica 23/05/2024

Para quem já entende do assunto
Quem pega esse livro para ler já sabe que foi um discurso feito pelo autor para estudantes americanos (ou deveria saber). Também imagino que não será o primeiro contato com tema (novamente, não deveria ser). O livro é curto, mas é cheio de pequenas referências que, penso eu, não se fará entender por quem não conhece a história. É um bom complemento, e não é difícil de ler (para quem está por dentro da história da segunda guerra, ao menos).
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*Day* 25/04/2024

UM ENSAIO CLARO
O fascismo eterno é mais do que uma conversa com universitários americanos em uma época bem delicada para aquele país. É uma apresentação do Ur-fascismo, modelos de fascismos, com explicações claras e muitas referências.

“O termo fascismo adapta-se a tudo porquê é possível eliminar de um regime fascista um ou mais aspectos e ele continuará sempre a ser reconhecido como fascista. Tirem do fascismo o imperialismo e teremos Franco ou Salazar; tirem o colonialismo e teremos o fascismo balcânico. Acrescentem ao fascismo italiano um anticapitalismo radical (que nunca fascinou Mussolini) e teremos Ezra Pound. Acrescentem o culto da mitologia celta e o misticismo do Graal (completamente estranho ao fascismo oficial) e teremos um dos mais respeitados gurus fascistas, Julius Evola. p.35”

“Pensar é uma forma de castração. Por isso, a cultura é suspeita na medida em que é identificada com atitudes críticas. p.38”

“Os fascismos estão condenados a perder suas guerras, pois são constitucionalmente incapazes de avaliar com objetividade a força do inimigo. p.40”

Um ensaio claro e com um estilo irônico, que mesmo tendo sido escrito a quase 30 anos é incrivelmente atual!

“Morder o ar morder as pedras
Nossa carne não é mais de homens
Morder o ar morder as pedras
Nosso coração não é mais de homens”

Recomendo!
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BeatrizFonseca1 30/03/2024

Pensar é uma forma de castração, nosso dever e' combater as novas roupagens do fascismo, o fascismo é um populismo de quantidade, o lider é uma espécie de tradutor que vai traduzir o que as pessoas querem.
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Helder Cavalcante 28/03/2024

Esclarecedor
Um texto bem escrito, direto, com conceitos claros e elucidativos sobre este mal que continua assombrando o mundo.
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Carol Di Spirito 05/03/2024

Livro curto, mas com muitas reflexões sobre o que está acontecendo atualmente no mundo. Assustador pensar em como o fascismo está impregnado na sociedade.
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samyra 27/02/2024

Um bom manual
O livro cumpre bem seu papel em caracterizar o fascismo, gostei bastante das descrições do autor e achei bastante elucidativas.
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Negi 05/01/2024

Um título que infelizmente não envelheceu mal.
Como diz o título, vivemos em uma realidade onde o fascismo não morreu, mas continua a espreita, com novas roupagens que podem simplesmente fisgar qualquer um de maneira fácil, como por exemplo o Brasil de hoje, mesmo após temos vivido sob um governo fascista durante os anos de 2019~2022 e por sorte ter saído dele, ele não morreu. Continua forte a espera de retomar o poder, como o fascismo é terno, a luta contra o mesmo também é eterna. Pois com o passar o tempo ele se adequa à sociedade em que se estar e por mais que tenha discursos semelhantes à antigos governos fascistas, ele não é o mesmo, pois se fosse, seria fácil identificá-lo, lógico que há aqueles que se assumem fascistas com orgulho, mas esse é uma 'minoria' no meio, pois os fascistas não se acham fascistas, se acham heróis que vão salvar seu país do 'mal' e o heroísmo sempre vai ser tido como belo pois heróis combatem o mal. E é assim que o fascismo sempre ascende, o fascismo é eterno e temos que confrontá-lo eternamente.
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Wania Cris 28/12/2023

Necessário
Em tempos de informações desencontradas, distorcidas e falsas, nada melhor que buscar conhecimento direto de quem sabe e não apenas de quem opina.
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Mayara Valença 27/12/2023

Importante
A obra explica o nascimento do fascismo e nos alerta sobre como ele se reinventa e se perpetua nas diversas sociedades.
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Italo 05/11/2023

Esse livro ainda é fantastico
Eu queria ler o livro para ter certeza de que ele continuava igual - mas, reler um livro nunca é igual a primeira vez. Um livro ruim, como aconteceu comigo quando li Fahrenheit 451, se transforma numa obra prima na releitura. Hoje é meu livro favorito. Todavia, com o Fascismo Eterno, do Eco, foi diferente. Eu li novamente pelo mais puro e sincero prazer de ler.

A obra continuou linda, a descrição do Eco continua perfeita. As historias da resistência italiana, os chamados por radio, a analise dos discursos, isso tudo é incrivel. Presenciamos no brasil, há algum tempo, algo parecido - digo da resistência de carlos marighella, onde a comunicação para com o povo era feita por rádio.

A obra continua triste, continua dolorosa, mas continua boa.
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Monique @librioteca 01/11/2023

Trata-se de uma palestra ministrada por Umberto Eco em 1995. Um ensaio curto que explora a persistência do fascismo ao longo da história e suas características "essenciais" que o tornam uma ameaça contínua à sociedade.

Eco, que cresceu sob o regime fascista de Mussolini, inicia seu ensaio abordando a ideia de que o fascismo não é algo que morreu com o fim de regime italiano, mas sim um movimento que pode ressurgir em novas formas, pois se trata, de fato, de uma mentalidade que pode se infiltrar silenciosamente em nossa cultura e política, e se manifestar de maneiras diferentes ao longo do tempo, adaptando-se às realidades contemporâneas. (Pois é!!)

A clareza e o estilo irônico de Eco desviam das teorias políticas complexas e tornam a leitura acessível, apresentando uma série de características que ajudam a reconhecer tendências autoritárias, especialmente em contextos políticos onde o populismo e o nacionalismo estão em ascensão. Um dos conceitos-chave abordados por Eco é a ideia do "Ur-fascismo," que se refere à natureza eterna e maleável do fascismo, onde o autor destaca os seus elementos comuns, como a exaltação da tradição, a rejeição da vida intelectual, a manipulação das massas por meio da retórica vaga, o culto à ação pela ação e a exploração do medo do diferente...

Este ensaio, escrito há mais de 25 anos, continua sendo incrivelmente atual e essencial em seu estado mais puro, e deve ser lido por todos que buscam compreender, e combater, o autoritarismo em todas as suas manifestações. Uma leitura importante... uma chamada para a vigilância constante contra as sementes ameaçadoras do fascismo que permanecem latentes em nossas sociedades, e que podem assumir muitas formas, que nunca devem ser subestimadas. (Sabemos bem disso!!!)
Vania.Cristina 01/11/2023minha estante
Já estava no meu radar, mas sua resenha fez andar na fila. Obrigada


Monique @librioteca 01/11/2023minha estante
Vale à pena, Vania!! É uma leitura rápida, mas muito expressivo. Espero que goste! Beijos




Aladeon 23/10/2023

Para compreender o contexto atual
Uma leitura importante para compreender o fascismo nos dias atuais. Umberto Eco constrói, assim como um grande professor, um discurso de fácil compreensão para nos alertar sobre a presença do fascismo nas variadas camadas sociais e que precisamos estar em constante vigilia diante dos menores indícios
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Douglas Ferrari 16/10/2023

Caracterizador
Texto breve e caracterizador do que é o fascismo, vale a leitura. Sucinto e direto ao assunto, de como o mesmo opera.
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Thiago 05/10/2023

Entender os elementos que formaram o Fascismo ontem e hoje
Nesse curto, porém objetivo ensaio, Umberto Eco mescla partes da sua própria vida em uma infância passada na 2ª Guerra com um estudo social do Fascismo que permeou a Europa nos primórdios do século 20.

Uma das característica de Eco é seu sarcasmo pontual para trazer obviedades ao leitor, e aqui ele faz isso muito bem. No início é até fácil confundir o texto como uma espécie de diário ou texto biográfico de um jovem que passou as agruras da guerra na Itália de Mussolini. Passando pela sua visão da resistência e quando foi que ele realmente começou a tomar ideia da proporção do que significava o movimento fascista.

A seguir é feita uma comparação entre o fascismo, o nazismo e outros movimentos e regimes autoritários. De como é fácil confundir o fascismo com outros regimes semelhantes, mas preservando os detalhes que o fazem ser tão sedutor aos adeptos da extrema direita. E sim, Umberto Eco classifica diretamente o fascismo como sendo ligado a organizações de extrema direita.

Por fim, o texto detalha características fortes e permanentes que fazem ser possível identificar elementos fascistas a qualquer tempo. E a necessidade de manter vigilância e repressão a qualquer movimento que emule os elementos citados e enumerados por ele.
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