A História da Aia

A História da Aia Margaret Atwood




Resenhas - A história da aia


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bela 31/05/2024

Para Mary Webster
?A humanidade é tão adaptável, diria minha mãe. É verdadeiramente espantoso as coisas com que as pessoas conseguem se habituar, desde que existam algumas compensações.?

que livro denso, real!! no início, pode parecer um pouco confuso, mas tudo se esclarece no final. a ficção leva ao extremo um contexto de opressão que, em partes, já existiu. os cenários tornam-se vívidos na mente, assim como as personagens. Moira me cativou, particularmente, assim como Ofglen. gostei de imaginar um bom final para Offred, graças à resistência, o Mayday.

?Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.?
Simone de Beauvoir
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Flavy 31/05/2024

O conto da aia
?Quando o poder é escasso, ter um pouco dele é tentador?

É uma história que me deixou boquiaberta do início ao fim, não conclui a leitura na ano em que iniciei, pois senti que precisava dar uma atenção especial ao que estava nesse livro, e de fato (tanto que preciso ler o segundo agoraaaaa).
É um livro onde a vida sufocante da personagem principal, me deixou igualmente sufocada, consegui me sentir dentro da história, senti a raiva, o medo, a dor de não ser nada, não ser ninguém, de viver como um receptáculo e não um ser humano.
Uma sociedade distópica, de pura e grandíssima religiosidade, com embasamentos distorcidos para fins políticos.
Atwood fez uma obra prima.
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lalisalas 31/05/2024

O Conto da Aia
O Conto da Aia nos conta a história de Offred, uma mulher que foi tirada de sua família para servir ao governo como uma aia.
A narrativa é do ponto de vista da personagem principal e é um livro um pouco difícil e lento de ler, porém a história é cativante e envolvente.
É um livro que nos faz refletir sobre a vida e sobre as coisas que amamos.
"apenas damos valor as coisas depois que perdemos elas"
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Agat(h)a 30/05/2024

Aqui as mulheres sao literalmente objetos, nao tem mae, nao tem nome, nao sao irmas, primas, maes, namoradas, nada. o mais perturbador é ver que a explicaçao pra tudo isso acontecer poderia facilmente ser realidade.
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malucpinheiro 29/05/2024

Será que estamos tão distantes de Gilead?
Crise ambiental, crise social, crise política e econômica. Crescimento do movimento Conservador como uma reação ao medo da Modernidade, e da pluralidade e a insegurança que ela representa. Num mundo com laços fragilizados, o outro se torna objeto, onde a insuficiência dos modelos instituídos nos deixa inseguros diante de tantas escolhas e poucos parâmetros definidos. Além disso, numa estrutura machista e patriarcal, o incômodo de homens (e mulheres) assustados com os progressos das liberdades e ampliação do Direito feminino.

A sexualidade e a reprodução feminina sendo determinada pela sociedade (machista), não por si mesma. No afã de proteger, pais repetem o discurso machista. E é com esse discurso de insegurança e culpabilização das mulheres que Gilead justifica suas medidas opressivas. Quão confusa é a diferença entre a proteção e a prisão! Interessante a perspectiva da autora quanto aos dois tipos de liberdade, liberdade para e liberdade de.

Mulheres confiam em homens sua proteção, pensei em tantas histórias de abusos e outros crimes contra as mulheres perpetrados justamente por tantos homens de confiança. Quem poderá nos defender? Há uma rivalidade feminina tão estimulada, nos ensinando ao não se meter, a julgar e condenar, a não confiar umas nas outras. Uma filosofia ostensivamente imposta no Centro Vermelho de Gilead.

Medo generalizado. Um eficaz sistema de dominação. No fim das contas, uma delicada política de dominação dos corpos femininos e da reprodução humana como meio de política demográfica em determinados meios.

Gilead pode parecer distante para quem não observa ao redor. Tia Lydia avisou que Gilead não
tem fronteira, está dentro de cada um.

É imprescindível conhecer História, saber das coisas que já vivemos, afinal, a Margaret Atwood estabeleceu como critério utilizar somente fatos que realmente aconteceram na nossa história humana, e estar atento ao presente para reconhecer os sinais e refletir sobre os caminhos que tomamos.

Mudanças gradativas ou não, sutis alterações na legislação que passam muitas vezes despercebidas pela grande população. Além de rebeliões, revoluções ou golpes sustentados por consistentes narrativas ideológica que, muitas vezes, apoiados por uma parcela até razoável da sociedade, põem em risco todos nós. Os direitos
não são garantidos. E também se submetem as estruturas de poder. São muitos e grandes os perigos da complacência social, da zona de conforto, especialmente em relação ao declínio das nossas liberdades individuais.

Levando em conta que o livro descreve uma República Teocrática, é importante olharmos ao nosso redor, aqui e agora, e refletir com franqueza e profundidade: O que é Deus? O que Ele quer? Deus e a religião são frequentemente instrumentos de manipulação, de dominação, é crucial estarmos alertas! Falsos profetas são os que não falam o que eu quero? Tão complexa essa questão da fé. A fé deve nos conformar ou nos fazer lutar com coragem? Quem pode falar em nome de Deus?

Vista de longe, a padronização, a homogeneização podem até parecer paz. Mas de perto, além da pobreza miserável monotônica, por mais ricos que possam ser, um preço muito alto é pago, há custas de muito sofrimento e, sim, muitos conflitos.
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oieamare 29/05/2024

Ah, poder das releituras...!
Offred é uma mulher, mãe e esposa, mas também uma aia. Depois que a República de Gilead finalmente ascendeu, Offred se tornou um objeto almejado por muitas famílias que não podem ter filhos. É assim que conheci sua história. Em mais uma tentativa de gerar um filho, ela também nos apresenta seu passado, seu presente e os seus pensamentos reflexivos que se mantêm longe das garras do regime.
Agarrando-se às suas memórias, ela tenta não sucumbir ao regime. Mas é de se esperar que hora ou outra ela finalmente entenda o poder que Gilead infringe aos seus.


A primeira vez que li, eu achei as descrições extensas e meio apáticas. Offred na verdade tem uma rotina bem apática, sem liberdade ou algo que possa realmente chamar de seu. Mas lendo pela segunda vez, eu já me vejo um pouco mais sedenta pela história como se nada do que ela falasse realmente saciasse essa minha vontade de imergir naquele tempo.
É claro que senti aquele velho nojo novamente (principalmente quando o Comandante abria a boca para defender o regime), mas também senti como ocorreu a sua queda. Como ela lentamente foi ganhando poder e como isso também significou a sua liberdade. Como as pessoas eram egoístas e como isso salvou algumas delas. Além claro de toda a manipulação que fazia elas não enxergarem tudo aquilo como um estupro (sei o que ela escreveu, mas ainda considero estupro. Escolher entre trabalhar com dejetos químicos ou ser uma aia não dá vazão para não configurar isso como estupro; sem contar o abuso psicológico a que era submetidas DIVERSAS vezes!!!).
Confesso que me emocionei um pouco no final. Mesmo sabendo o que iria acontecer, não pude deixar de sentir um frio na barriga…

Continua sendo um livro bem atemporal, pesado e também angustiante. Por diversos momentos me senti um pouco nervosa porque a queda de Offred estava se aproximando lentamente e realmente desejei que ela não engravidasse. Quem sabe isso mantivesse sua sanidade um pouco mais…
Diferente de antes, senti também que ela foi deixando aos poucos de se apoiar na imagem progressista de sua mãe e na coragem de sua amiga Moira para se apoiar na “segurança” e “confiança” do Comandante e, posteriormente, nos braços do Nick. Nenhuma das opções me parece saudável, mas, como eu disse antes, mudou drasticamente a expectativa de vida dela.
A releitura me fez entender Offred sobre outra perspectiva, um pouco mais humana talvez e menos julgadora. Também me fez entender o poder de ser ter uma voz, de manter a mente sempre ativa e buscar meios de assegurar a sanidade nas mãos. Eu gostaria muito que tivesse uma continuação a partir do momento em que Offred entra naquele carro, mas entendo que ela era só mais uma no meio de uma multidão colorida que, na maior parte dos casos, teve seu tapete puxado sem mais nem menos.
A parte em que ela descreve como os primeiros sinais surgiram tirou o meu tapete também…
xinhaaa 29/05/2024minha estante
Tô doida pra ler esse




Marcella.Spelta 28/05/2024

Muito bom!
Apesar de um início mais lento, a distopia de Margaret Atwood se mostra mais atual do que nunca. A ficção especulativa aborda uma região dos EUA que sofreu um golpe de Estado e se transformou em um governo totalitário e teocrata, e isso é feito através da visão de uma das ?moradoras? desse lugar, a aia Offered.
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Amanda2557 28/05/2024

Escrita sensacional e história marcante
Acompanhar o relato da nossa protagonista - seja qual for seu nome verdadeiro - foi incrível e angustiante.
Uma leitura que te faz sentir na imersão total dessa realidade e acreditar que existe, nas entrelinhas da nossa vida, os preceitos macabros que essas pessoas vivem subjugadas.
Recomendo.
ps: não é um conto de fadas, não espere milagres.
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Carolina2427 28/05/2024

Foi uma ótima leitura, embora um pouco massacre no começo. Recomendo ?os testamentos? pra quem gostou desse livro.
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Juju Do Pix 25/05/2024

"O inferno podemos fazer nós mesmos"
AHAHAHAHAAHAH EU TO MALUCOOOOOOOOOOOO ?????

Que livro sensacional, meu senhor... Me senti acorrentado nas páginas enquanto lia ???

Margaret Atwood merece ser aplaudida de pé com direito a flores pela forma que ela escreveu "O Conto da Aia", a mulher tava com fogo na caneta a cada pedrada que lançava, simplesmente incrível!!!

Além das inúmeras críticas, não podemos deixar de lado o quão intrigante é a história contada pela Offred, sério, é difícil encontrar um momento de paz na obra onde você consiga parar de ler para raciocinar, ainda mais pela forma como a história é quase que contada de traz para frente, ou do futuro para o passado ???? Todos os acontecimentos no livro são um tapa na cara do leitor, tudo faz você ficar em choque, e isso vai aumentando mais ainda conforme vemos Offred adquirir mais "intimidade" com o leitor, se soltando ainda mais na narrativa e como personagem.

Mas agora falando sério, depois de terminar o livro, entendi a importância dele, assim como "Kim Jiyoung, Nascida em 1982", o livro é um relato de como é ser uma mulher num mundo machista, mas em "O Conto da Aia", as circunstâncias parecem, e são, 10x piores, ainda mais com as leis impostas pelo governo Gilead. Nunca senti tanta angústia dentro de mim lendo um livro como aconteceu em certas partes (Tipo os vídeos do Centro Vermelho ou os últimos capítulos ? Ou tudo que a Offred teve que passar em geral ?)

Foi um livro que me cativou e emocionou muito, tem uma leitura um pouco mais difícil do que o normal mas não é algo que impeça de sentir todo o impacto que a obra tem a oferecer ? E agora preciso URGENTEMENTE ler "Os Testamentos" pra ver se acho a continuidade do final
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Lívia 25/05/2024

Quando o poder é escasso, ter um pouco dele é tentador.
Mais uma distopia de explodir a cabeça! O começo começa arrastado, em virtude da própria vida que a protagonista leva após ser submetida à opressão de um governo totalitário. Conforme a história avança, o clima se torna pesado, ao serem revelados os aspectos mais obscuros dessa sociedade.
É fascinante notar a semelhança e a forma de atuação com os governos totalitários reais: desaparecimento de pessoas, suspensão da Constituição, falta de direitos mínimos, a religião como forma de controle social.
Outro aspecto interessante é o fato de que, aparentemente, aqueles que foram as cabeças do sistema criaram na mente das mulheres uma hierarquia e um poder ilusório, no qual estabelece o controle de membros por pessoas de seu próprio grupo.
Um livro inteligentíssimo, com um final aberto, mas que traz inúmeras possibilidades de conclusões.
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Zerit 25/05/2024

Absurdos avassaladores
A obra pouco se importa com a veracidade do que diz, é nítido nos vários trechos em que os fatos são ditos apenas como uma reconstrução feita, posteriormente, pela protagonista. dito isso, o conto da aia é uma das obras mais incríveis que li em toda minha vida, carregando em suas páginas uma escrita que mistura os pensamentos e a realidade de maneira primorosa.

tudo na obra coopera para envolver o leitor, até mesmo o uso do absurdo é feito de forma visceral. margaret merece todo reconhecimento do mundo por uma obra tão completa. é pura perfeição.
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emy 24/05/2024

Retrato da sociedade por outras lentes
?O conto da Aia? de Margaret Atwood nos narra a estória da república de Gilead, conhecido anteriormente como os Estados Unidos da América. O país agora é um regime teocrático totalitarista que segrega e oprime todas as minorias, principalmente as mulheres. Narrado em primeira pessoa, acompanhamos uma das mulheres oprimidas pelo atual governo em sua terrível única e exclusiva função de procriação. A obra é uma clara crítica a religiosidade extrema da sociedade atual, bem como ao machismo e ao patriarcado, fazendo com que o leitor reflita em seu âmago sobre várias questões voltadas a pautas sociais e de gênero. Um retrato do que poderia vir a acontecer se não nos lembrarmos do passado, valorizarmos o presente e lutarmos pelo futuro. Interessantíssimo o fato de nem mesmo quem lê ou estude saiba o verdadeiro nome de Ofredd, pois essa é a única coisa que ela possui para si. Ademais, essa não é uma leitura fácil ou de simples ?digestão?, demorei dias para finaliza-la. Desse modo, a Atwood não poupa os detalhes macabros e bizarros dessa nova sociedade fanática, o que torna a obra ainda mais identitária ao seu interlocutor, o que justamente imagino que tenha sido o propósito da escritora. Por fim, ?O conto da Aia? permanecerá sendo um clássico atemporal simplesmente por existir, e é bom que permaneça. Um ser sem história é um ser vazio de alma.
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