O conto da aia

O conto da aia Margaret Atwood




Resenhas - A história da aia


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letscia 20/05/2024

57 (2024) melhor sempre significa pior para alguns.
"Éramos as pessoas que não estavam nos jornais. Vivíamos nos espaços brancos não preenchidos nas margens da matéria impressa. Isso nos dava mais liberdade. Vivíamos nas lacunas entre as matérias."
A princípio, uma distopia comum, a fundo, uma obra que exige todo o seu estômago. Admiro todos os que conseguiram ler de uma vez só, pois essa façanha foi completamente fora de cogitação para mim. A cada vez que eu terminava um capítulo, era uma luta continuar. O Conto da Aia é denso e muito pesado. Não achei a escrita prolixa, na verdade, as divagações e quebras de cronologia foram o que fortaleceram a narração e o suspense, dando um quê de obra-prima literária que tanto agrada o leitor - e por vezes incomoda, quando mal feito, o que não foi o caso aqui.
Offred não é a protagonista clichê de uma distopia convencional, aquela corajosa que vai se colocar nas trincheiras pelo bem da sociedade. A personagem é muito humana, sente medo, raiva, impotência e, principalmente, fraqueza, rendição ao sistema que a matou aos poucos, tirando até a última centelha de sua esperança, tirando o seu nome, tornando-a propriedade de outro. Quando lhe dão escolhas degradantes como a prostituição, a vida em uma zona de radiação ou o "abuso controlado" na casa de comandantes, - um eufemismo à palavra que a plataforma censuraria - até a escolha mais miserável parece como a luz no fim do túnel, algo a se prender. Uma coisa é clara: ela odiava a vida de aia e nunca tentou esconder do ouvinte. Digo apenas que, de certa forma, ela também não lutava contra a correnteza, não era uma mayday, não era nada do tipo de aia que se rebelaria, tornando-se uma mártir. E Offred deixa isso muito claro nos momentos finais.
Trata-se, então, de um regime extremamente perigoso. Não havia chances de controlar aquele povo que conhecia o passado, mas as futuras gerações nunca teriam um comparativo viável. Os filmes davam conta do recado quando o assunto era alastrar medo generalizado. Calar a voz dos revoltados a partir de uma segregação social - como a casta das não mulheres -, transformar os inimigos políticos em "coisa", atribuindo-lhes crimes nefastos e tornando as mulheres analfabetas, tirando-lhes a arma do conhecimento, criou um potencial assustador de uma possível futura nação completamente carente de direitos humanos básicos.
A autora foi muito sábia na construção do ambiente. Os pequenos detalhes - como o fato das lojas terem sinalizações ao invés de nomes, já que as mulheres não podiam ler - foram levados bem ao pé da letra, como tudo em Gilead. A manipulação da mídia e o silêncio das outras nações foram algo que, sem sombra de dúvidas, intensificaram o controle desse regime e impregnaram a trama de críticas sociais ótimas que refratam no mundo em que vivemos, ainda que em um grau menos caricato.
Em suma, é um livro com tópicos interessantes e que traz ao leitor um universo bem formulado. Não posso deixar de frisar que, ao mesmo tempo, foi um desafio chegar ao final. A trama tem qualidade, mas é sórdida e, consequentemente, foge bastante daquilo que gosto de ler - preferência que nem sempre inclui apenas histórias leves, mas sim histórias que não contêm abusos tão gráficos e explícitos. O vestibular mais uma vez me tirou da zona de conforto, posso finalmente dizer apenas que foi uma experiência.
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Antonio566 20/05/2024

A história distópica apresenta os Estados Unidos dirigido por um regime teocrático(religioso) em que as mulheres perdem seus direitos de cidadãs e passam a viver sobre um novo estilo de vida. A protagonista faz parte do grupo das Aias, mulheres enviadas para famílias em que a esposa não pode ter filhos, sendo está a missão das Aias. Acontece que nossa protagonista foi forçada a abandonar sua filha, seu marido e sua antiga vida para ser parte do novo sistema do país e agora não faz a mínima ideia de como reconquistar sua vida de volta. É um livro que traz muita tensão durante a leitura e nos faz refletir sobre questões de poder e a influência dos gêneros.
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karoline.nalesso 19/05/2024

Sofrido, interessante e bizarro.
Eu já tinha lido esse livro em 2017, para minha aula de literatura inglesa. Na época eu era adolescente e não entendi muito bem grande parte da história. Agora, com essa releitura, confesso que ainda sim achei a escrita difícil em alguns momentos, mas creio que isso se deva ao fato da história ser cheia de detalhes. Parece que você lê tanto mas não sai do lugar, sabe?
Sem contar o PESO e o SOFRIMENTO que foi pra mim, como mulher, ler tudo o que as Aias passavam. Acho que por isso também demorei mais para finalizar.
Fiquei mais intrigada a partir do capítulo ?A casa Jezebel?, pq a partir dali passei a enxergar uma ?esperança? para Offred.
O final me deixou MUITO impactada, ainda mais quando li as notas históricas.

A leitura vale a pena, mas somente se você estiver disposto(a) a uma história com muitos detalhes e pesada na grande parte dos capítulos.
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Evellin4 19/05/2024

Aia
A história é ótima, mas a forma como ela se desenvolve é confusa demais, porém criei apego pelo livro e eu gostei do final em aberto.
Carol Martins 03/06/2024minha estante
Também tive problemas com a forma que a Margareth desenvolveu a história, o final em aberto me deixou meio ansiosa kkk.




Sofi 18/05/2024

O conto da aia
Assustador de tão bom. Fiquei e choque ao descobrir que foi uma história real, que hoje é considerada distopia. Distopias não deveriam acontecer... Acho que o que mais impressiona é o toque íntimo que impede que a história fique distante e impessoal. Ansiosa pra ler os testamentos!
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Thayfx 18/05/2024

Direitos
O que mais me chamou atenção, foi o fato, de que poderia realmente existir esse tipo de governo. Não faz muito tempo as mulheres não tinha direitos, nem eram vistas como cidadãs, e pensar que isso poderia realmente voltar a acontecer sem dúvidas é aterrorizante.
Acredito que esse livro deveria ser obrigatório para todos.
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Letícia Serrão 18/05/2024

Excelente!
Vale a pena ser lido.
A primeira vez que tentei lê-lo achei a personagem um pouco chato e larguei o livro. Na segunda tentativa deu certo e ainda bem por isso.
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leituraselle 18/05/2024

Eu queria ler esse livro a bastante tempo, mas não esperava que ele fosse ser tão bom assim.
Apesar de tratar de temas delicados e ser um livro pesado de ler, por conta da temática, a história tomou rumos que eu simplesmente não esperava.
A cada página eu ficava mais impressiona com a escrita, super envolvente, da autora e ficava ansioso por descobrir cada vez mais sobre a história e sobre os personagens.
O final desse livro que pegou de surpresa e foi simplesmente SENSACIONAL. Recomendo essa leitura, deixando avisado que é um tema pesado.
Ansiosa para descobrir se a série é tão boa quando o livro!
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Bruna1173 17/05/2024

Um livro excelente
O livro é muito bem escrito e te deixa interessado na história sempre. A autora escreve de uma maneira que parece muito verídica o que acaba te deixando angustiado e revoltado com o que acontece. Gostaria de saber mais sobre o regime que é imposto no livro mas isso não torna o livro menos mau. Amei o livro e quero muito ler o outro.
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Joaquim 16/05/2024

Essa criação de Atwood é uma obra que me fez refletir sobre o que é ser mulher e os papéis sociais incumbidos a estas.
Crítica muito pertinente ao patriarcado e a rivalidade feminina, assim como ao autoritarismo que elimina a liberdade dos indivíduos.
Ceder ao regime é se abandonar, é excluir sua individualidade, o mesmo que deixar de existir - o que não é o mesmo que morrer.
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EduardaCGP 16/05/2024

Surpreendente
Comecei a ler esse livro, mas de forma muito reticente. Tinha ouvido comentários sobre a série e não sentia a mínima vontade de assistir e ler, mas em um clube do livro ele foi um dos escolhidos.
Que grata supresa, eu adorei o livro!
A forma de escrita da autora e/ou da personagem é por vezes complicada, quando traz devaneios em meio ao presente momento, mas não mudou em nada a minha avaliação.
Distópico e surpreendentemente palpável e factível.

?Tudo o que é silenciado clamará para ser ouvido ainda que silenciosamente.?
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Isaias 14/05/2024

Conheci esse universo pela série em 2018 e ainda fico em choque quando lembro de algumas cenas que foram bem marcantes, intragáveis até hoje. A série por mais que seja fiel ao livro, ler as barbaridades que ocorriam com elas consegue ser mais difícil do que assistir a própria série. Não senti que a leitura foi muito fluída, demorava muito pra acabar uma página mas conseguiu me prender até o final.
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Andrea.Karli 13/05/2024

Leitura que me deixou chocada e com muitas reflexões
Eu sempre quis ter esse livro, depois de ter visto um pouco da série com certeza alcançou e ultrapassou minhas expectativas demais. A história em si é bem angustiante em minha leitura, pois o modo com a Offred conta, a protagonista desse livro, é bem triste e ao mesmo tempo revoltante o que fazem com as mulheres na República de Gilead, no qual o Estado é teocrático e totalitário. Aqui nesse enredo, podemos ver como a personagem passeia pelo passado e o presente, em como a vida das mulheres, principalmente, era bem diferente da que se tem na República. O exemplo principal são as roupas vermelhas longas com o véu branco em sua cabeça que tampa a visão ao redor e também serve para denominar o que ela é: AIA. Uma AIA, nesse governo, serve somente para a PROCRIAÇÃO, depois que uma catástrofe nuclear tornou estéril um grande número de pessoas.
Estar nesse posto é bom o suficiente para não ser uma NÃO-MULHER, as quais incluem homossexuais, viúvas, adúlteras, feministas e as estéreis, que são colocadas forçadamente em trabalhos nas terríveis colônias, locais onde o nível de radiação é bastante alto. Além disso tudo, há o Muro, um lugar onde os criminosos são mortos em praça pública para servirem de exemplo.
Nessa leitura, tive várias reflexões sobre o controle do corpo feminino e até mesmo a culpabilização das mulheres, por quase tudo que acontecia antes da República de Gilead, bem exposto nesse livro. Apesar de ter sido escrito em 1985, ainda se mantém atual demais. Por isso, recomendo muito essa leitura e ainda tem a continuação do livro, chamado OS TESTAMENTOS, o qual já penso em ler e descobrir mais sobre o que acontece com a protagonista.
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Gabriela.Steindorf 13/05/2024

Se torna cada vez mais atual
Surreal pensar que essa história se passa daqui cerca de 10 anos e que a razão pra todo o caos humanitário realmente está se encaminhando pra alguns pontos que Atwood discute no epílogo.

O conto da aia já é uma história mais do que conhecida mundo afora então não vou perder tempo falando sobre sinopse e a genialidade da escrita. O clima de tensão e ressentimento constante, uma mulher presa ao seu papel de vaso, descrevendo toda a loucura que se instaurou a vista de todo mundo. É uma ÓTIMA reflexão.

Mas preciso dizer, pela primeira (e talvez única) vez na vida, que a série é ainda melhor do que o livro. Digo isso baseado somente na primeira temporada. A série foi ainda mais ousada, ainda mais cruel e perturbadora do que a autora já havia sido. No livro Ofglen é muito mais comedida do que na série e quando ela vai começar a participar de alguma espécie de revolução, o livro acaba.

Finalizei todas as temporadas disponíveis e o livro na mesma semana e fiquei ORFÃ dessa história. Preciso urgentemente ler Os testamentos!
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