Paulo Silas 11/06/2023O livro é, como o título deixa bem claro, uma introdução à base da filosofia da linguagem, abordando alguns autores e correntes dessa disciplina filosófica de forma sintetizada de modo que o leitor possa ter um apanhado geral sobre as questões que são tratadas, problematizadas e trabalhadas nessa matéria. Como consta na contracapa da obra, o que é explorado nas páginas do livro é "a natureza, a estrutura e as relações que a linguagem estabelece com outras áreas", tendo-se assim uma exposição resumida da temática em alguns sentidos.
Dividido em seis capítulos, o livro se estrutura de modo a seguir uma ordem pedagógica própria: no primeiro, a ideia de 'signo' é explanada a partir de diversas apropriações históricas; no segundo, a filosofia da linguagem no século XX é abordada a partir das proposições de Frege; no terceiro, a teoria das descrições definidas é explorada, apresentando-se ainda os pontos e contrapontos de Russel, Meinong e Strawson; no quarto, a crítica à teoria ortodoxa da referência é explicada a partir de autores como Donnellan e Kripke; no quinto, a teoria pragmática da linguagem é abordada pelas propostas de Wittgenstein e Quine; no sexto e último capítulo, apontamentos sobre linguagem e ideologia a partir de Habermas são feitos.
Ressaltando a importância de se estudar a natureza, a estrutura e as relações que a linguagem estabelece com outras áreas, o autor registra na introdução que se deve "ir além do estudo das técnicas de retórica e dialética, procurando investigar o que é, para uma expressão linguística,ter um significado, o que é um significado, quais são as relações entre pensamento e significação, ideologia e significação e como significados intervêm na comunicação". Daí ser salutar o estudo do conteúdo da obra, aos iniciados ou não na matéria, que oferece uma boa síntese das principais questões abordadas pela filosofia da linguagem.