Reparação

Reparação Ian McEwan




Resenhas - Reparação


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Luhhh ^___^ 12/02/2015

Um livro de memórias...
Ouvia falar tão bem desse livro que acabei pegando para ler e não me arrependi. 5 estrelinhas e um coração para essa obra =D

A culpa é uma das coisas mais horríveis que um ser humano pode ter, ela corrói a alma e adoece a pessoa:
"A culpa refinava os métodos de tortura que ela se infligia,eterno, um rosário que ela passaria o resto da vida dedilhando".
Esse sentimento foi muito bem representando pelo Ian McEwan no romance. A pequena e inocente Briony ao ver uma cena, na sua cabeça fantasiosa, já elaborou toda uma história e deu como verdade absoluta. Disso, vai gerar uma confusão sem tamanho que afetará a vida de muitas pessoas, principalmente, o casal da história.

Enfim, na dúvida, é importante não espalhar fofocas por aí, quando não sabemos ao certo das coisas. E, sim, crianças mentem também! Por essa razão, a precaução para apurar os fatos é importante.

A parte narrativa sobre a 2ª Guerra Mundial é estupenda, consegue mostrar todo o horror que é uma guerra - nada romântico.

"Nunca tinha visto homens chorando antes. De início, ficou chocada, mas em menos de uma hora se acostumou. Por outro lado, o estoicismo dos soldados a deixava atônita, por vezes até horrorizada.Homens que acabavam de sofrer amputações sentiam-se compelidos a fazer piadas terríveis. Como é que eu vou poder chutar a minha patroa agora, hein ?"

Um livro de memórias, que nos faz mergulhar na vida dos personagens e pensar que algumas coisas não valem a pena serem levadas para o resto da vida, já outras devem ser resolvidas para evitar o sentimento da culpa.
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julianemc 01/03/2015

Vale a pena ler!
No começo achei que a leitura não rendia(e a Bryone era muito chatinha). Mas com o desenrolar da historia, é impossível não se prender ao enredo. Maravilhoso! Bom para repensar o preço das nossas ações e das consequências.
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Tiago sem H - @brigadaparalela 18/04/2015

Lançado em 2001, Reparação é um romance escrito pelo autor britânico Ian McEwan e sua importância para a literatura contemporânea é tamanha, que o livro está na listagem da maioria dos desafios literários americanos e ingleses, rendeu ao autor diversos prêmios do meio e está na listagem dos 100 melhores livros do período de 1983-2008.

A obra é dividida em três partes e um epílogo e talvez a parte mais densa em matéria de escrita esteja justamente na apresentação dos personagens. Não que a escrita seja complicada, não é isso. Acontece que o autor utiliza do discurso indireto livre para compor essa parte, ou seja, temos um narrador que nos apresenta a história do ponto de vista dele e em certos momentos sua narrativa se mistura com os pensamentos dos personagens a ponto de não sabermos quem está falando. Essa técnica permite ao leitor ir a fundo nos pensamentos mais ocultos dos personagens em questão.

Nesse primeiro período da trama, somos apresentados a Briony, uma criança com cerca de 13 anos que nutre o sonho de ser escritora e consequentemente possui uma imaginação muito rica. Após ter sua peça teatral frustada pela participação dos primos, a garota fica desolada. Depois de presenciar situações e conversas aleatórias envolvendo sua irmã e o filho da empregada, Briony ao seu modo de pensar, acaba juntando as peças e formula uma nova história na sua cabeça, da forma como ela entende, meio que para suprir a falta da peça teatral. Essa nova história será o estopim para um trauma que ela levará para toda vida e que é o cerne da trama. Outro ponto interessante dessa primeira parte, é que o autor também se preocupou em mostrar todo o costume da época (1935), onde por mais que as mulheres se esforçassem academicamente, nunca que elas poderiam ficar na frente dos homens.

A segunda parte da história é ambientada durante a Segunda Guerra Mundial e agora, temos a narrativa pelo ponto de vista de um dos personagens. Podemos acompanhar mais precisamente a forma de como esse personagem luta para voltar para casa em meio aos bombardeios e mortes. As mortes...então, por temos a narrativa em primeira pessoa, o autor irá descrever para o leitor a guerra do ponto de vista do soldado. Os sentimentos que ele tem de medo, de bravura ou de saudade, o leitor será fortemente impelido a sentir. Essa etapa ela é marcada por flashbacks e podemos entender melhor os acontecimentos após o crime ocorrido na primeira etapa da trama e o que aconteceu para que esse personagem fosse enviado para a guerra. As lembranças são mostradas de uma forma tão coesa, nos momentos certos e dão um ar de realismo gigantesco para o livro.

Já na terceira parte do livro temos a narrativa pelo ponto de vista de outra personagem, ainda no período de guerra, só que dessa vez, o cenário muda para um hospital que recebe os feridos dos conflitos. Se as cenas dos campos eram pesadas, elas não chegam nem aos pés das fortes cenas mostradas nos hospitais. O autor não mede esforços para nos apresentar os resultados crus da guerra e além de descrever todo o cotidiano das enfermeiras durante uma grande guerra, também descreve com maestria as feridas e perdas dos soldados. Uma das cenas mais chocantes e mais tristes de todo livre está justamente nessa etapa. É de partir o coração acompanharmos esses tratamentos dos feridos.

Optei por não dizer qual era o crime ocorrido e quais personagens narram as partes finais, por que mesmo que a essência da obra não esteja nesse ponto, acredito que a descoberta é um charme a mais que o livro possui e seria totalmente desnecessário tirar esse atrativo de vocês.

Reparação é um livro tocante, bonito e fantástico que merece todas as ovações feitas pelo mundo literário. Não é um livro feliz, é um livro que aborda traumas familiares, mentiras e sobretudo remorsos. Nunca havia lido nada do autor e certamente irei procurar por outras de suas obras e para não quebrar a corrente que gira entorno dos leitores de Reparação, a obra entrou fácil para os meus livros favoritos da vida.

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/2015/04/desafio-literario-do-skoob-2015-04.html
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fernanda.alves. 10/05/2015

Existe mesmo uma reparação?
Confesso que demorei para escrever essa resenha, mas não foi por preguiça. Quer sinceridade? Estava sem saber o que dizer! O final desse livro me deixou sem ar, sem saber muito o que pensar. Mas vamos começar pelo princípio, né? O autor usa os detalhes como uma importante arma para te jogar dentro da história. É possível enxergar cenário e personagens com exatidão. Uns podem achar que o texto fica arrastado, eu gostei. A trama é aparentemente previsível, mas é na distração que estão contidos os maiores sustos. Quando você acha que já sabe tudo, não sabe nada. E o final? Na verdade, continuo sem saber muito o que pensar. Resumindo, recomendo muito!
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Tiago 21/05/2015

Um pouco de Virgínia Woolf e Jane Austen praticados num autor único
O que esse livro fez comigo?!
É preciso que eu tenta cuidado com as palavras para que eu não seja muito hiperbólico, mas Ian McEwan é para sempre um de meus atores prediletos. Para quem se extasiou com As Ondas, de Virgínia Woolf, ou quem delira com o fluxo de consciência dela, vai sentir algo próximo do que eu senti em Reparação. A imensidade, a profundidade de cada personagem guiados pela escrita de McEwan, que eu não conseguiria descrever de outro modo senão como "estar bebendo um copo d'água", de tão prazeroso e único que é, são fascinantes. Entendo agora porque ele é um dos autores prediletos de um amigo que, assim como eu, tem a titia Virgínia Woolf na lista das prediletas. Em Reparação, McEwan une dois principais aspectos do estilo Best Seller, que é o foco no enredo mais aquilo que encontramos nos grandes autores clássicos, que é a riqueza dos personagens criados sob uma narrativa marcante. Ler Virgínia Woolf antes de ler Reparação é como misturar duas drogas muito fortes e que te sensibilizam extremamente. Os mesmos dedos que escreveram Reparação, com toda a delicadeza vão até nosso coração e o aperta aos poucos, prende-o até a última página. No último parágrafo você se percebe prendendo o fôlego, e se por acaso a lágrimas não tiverem jorrado fisicamente, toda a dor e a delicadeza do livro vão pesar dentro do peito, assim como estão aqui, agora, pesando dentro dentro de mim.
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andré 27/05/2015

Além do bem e do mal
A narrativa é densa e se desdobra sobre si mesma, ou seja, usando um discurso indireto livre (quase não se encontram falas), onde um narrador em terceira pessoa (na maior parte do livro) quase reproduz o fluxo de pensamento dos personagens. Além disso, é importante destacar, a ação que o livro narra acontece mais em função de explicar o psicológico do personagem, que em função do enredo em si, o que faz com que Reparação seja, antes de mais nada, um estudo psicológico humano, do qual se conclui que estamos todos além do bem e do mal, sendo movidos por uma busca cujo sentido escapa, em algum momento, de todos nós.
Todos os personagens são desprovidos de maniqueísmo, ao ponto que odiar ou amar completamente qualquer um deles é impossível. Essa sensação de que o mais importante é o psicológico é reforçada pela estrutura do livro, dividida em três partes, sendo que a primeira parte, aquela que se refere a infância e ao crime de Briony, é mais longa, justamente porque é a que mais explica e situa os personagens (um recurso que nosso Machado adorava usar), por isso a narrativa é mais lenta também. No final do livro, você irá notar que muitas coisas aparentemente aleatórias, como uma peça escrita pela protagonista lá na infância, possui uma ligação direta com a história, o que dá ao livro aquela sensação de obra bem acabada, elaborada nos mínimos detalhes para ser uma obra-prima.

(Toda resenha no blog)

site: http://ocorreiodasletras.blogspot.com.br/2015/05/alem-do-bem-e-do-mal-resenha-de.html
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Tamires 05/11/2015

Sensacional
Entre os melhores da vida, me fez sentir um mar de sentimentos diferentes.
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Nat 05/11/2015

É a história de uma menina, Briony, que vê o desenrolar da paixão de sua irmã por um amigo de infância e isso a deixa meio “perturbada” – a ponto de inventar que ele é o responsável por um estupro. Essa invenção muda a vida de todos na casa, inclusive a dela. Gostei do início e do final do livro, não muito do meio. E eu esperava mais do momento de confronto, anos depois da mentira, quando os três se encontram. Fui com muita expectativa, pois o livro (e principalmente o autor) foi indicado por várias pessoas, e talvez por isso fiquei decepcionada. A escrita do Ian é boa, mas o livro não me envolveu. Mas pretendo dar uma nova chance a ele.
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Larissa Wilde 21/08/2016

Avassalador em todos os aspectos!
Uma história arrebatadora e extremamente imersiva. Escrita maravilhosa, personagens bem desenvolvidos, o leitor não consegue sair do livro sem julgamento. A história comove e mexe com a consciência deixando um estranho vazio ao final da leitura.
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Maria1691 15/09/2016

Reparação, de Ian McEwan
Este livro é dividido em três partes: Na primeira, vamos conhecer Briony Tallis, uma garota de 13 anos, que sonha em ser escritora um dia, e já escreve algumas peças desde os 10 anos.

Essa história começa quando Briony está escrevendo uma peça para o irmão mais velho que está para chegar da faculdade; mas isso muda quando seus primos Lola e os gêmeos Pierrot e Pierre chegam para passar uma temporada na casa; ela fica muito chateada com a presença deles e decide se isolar da família.

Quando ela vai até seu quarto para evitar contato com qualquer um da família, e olha pela janela, assiste a uma cena muito estranha: Cecilia tirando a roupa, na frente de Robbie, filho da empregada da casa e protegido seu pai que lhe pagou todos os estudos inclusive um curso em Cambridge, onde passou com um diploma de primeira classe, enquanto Cecilia passou com um de terceira classe, mergulhando na fonte em frente a casa para resgatar um pedaço de vaso que acabou quebrando enquanto eles discutiam...

Resenha Completa em:

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2016/09/reparacao-de-ian-mcewan.html
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Vitor Silos @vitus_livrus 22/12/2016

Às vezes a reparação vem tarde demais....
Alguns meses atrás tive curiosidade de ler algo do Ian McEwan, mas não sabia por qual começar, até que achei essa edição de Reparação em um sebo e decidi matar essa curiosidade. Nunca ví o filme e sabia pouquíssimo da história, na verdade só sabia que em algum momento a Segunda Guerra Mundial aparecia. Gostei muito do livro, impressionante a escrita do Ian, ele consegue descrever coisas banais ,que acontecem diariamente e não damos conta, com uma riqueza de detalhes, que faz com que tudo seja importante. E realmente tudo é importante, pois qualquer ação por mais simples que seja, pode desencadear algo bem diferente mais para a frente.
A história começa bem simples, a preparação de uma peça pela menina sonhadora Briony Tallis, a irmã mais velha Cecilia Tallis causando em uma fonte e a chegada de três primos mais a chegada do irmão com um amigo. O livro é dividido em partes que focam principalmente em Briony, Cecilia e Robbie (o filho da empregada, "adotado" pela família Tallis).
A palavra Reparação permeia todo o livro, por causa de uma acusação de Briony, que desencadeia toda a história do livro e o final é arrebatador, muito real, triste e verdadeiro.
Primeiro livro do Ian que leio e já quero ler todos, se ele mantêm essa escrita nos outros, já virou um dos meus escritores preferido! rs
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

O filme levou-me ao livro. Não é a ordem ideal, mas é o que acontece muitas vezes quando assistimos adaptações cinematográficas de obras literárias. Não cairei no mérito chato e pedante de que “o livro é melhor do que o filme”. Considero “Desejo e Reparação” uma obra-prima e surpreendeu-me muito a fidelidade com que foi transposta a obra de Ian McEwan para a tela grande. Visto nesta ordem inversa (em que o assistir antecede o ler), “Reparação” surgiu como um necessário e iluminador complemento ao filme. Através do livro nos aprofundamos mais na psicologia de Briony, Cecília e Robbie, o leitor entende mais o subtexto de suas ações e gestos. O verão de 1935 foi marcado pelo calor excessivo e por um erro que teve consequências drásticas na vida desses personagens. Briony é uma jovem de 13 anos, escritora principiante e criativa, que finaliza a redação de uma peça a qual desejaria apresentar ao seu irmão que estava voltando de viagem. Este ano marca também o contato de Briony com as complexidades da vida adulta (que reserva algo além da maniqueísta percepção de bons e maus de suas estórias) através de sua irmã Cecília e Robbie, empregado da família que teve os estudos custeados pelo pai delas. Briony nota algo diferente entre os dois quando os observa de sua janela e tira suas próprias conclusões precipitadas a respeito do caráter de Robbie (causada pela leitura de uma carta dele para Cecília e pelo flagrante dos dois juntos numa biblioteca, ambas situações carregadas de sexualidade), o que culmina na acusação de estupro de sua prima Lola, fazendo-o ser preso.
Quais são as consequências de atitude dela? Saberemos nas próximas páginas, onde Robbie está na França, cinco anos depois, agora como soldado aliado durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, Cecília tornou-se uma enfermeira e Briony também, numa maneira de expiar a culpa que só com a chegada da maturidade tem feito com que ela entendesse a gravidade de sua acusação naquele verão de 1935. O autor utiliza-se do fluxo de consciência para que o leitor também se imiscua nos pensamentos destes personagens, entender-lhes as motivações contadas no romance. Existem erros que nunca serão consertados, a reparação de Briony não mudará os fatos, o passado, mas ela usará a ficção (cujas fronteiras com a realidade de seu passado não sabemos ao certo o quanto se fez de interferência) para se redimir do erro ou dar um final mais digno para os dois amantes que tiveram suas vidas transformadas por causa dela.

site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2015/01/na-estante-31-reparacao-ian-mcewan.html
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Daniel 14/02/2017

A verdade que nós criamos
Há uma citação que diz (há quem diga ser de Kafka, mas não tenho certeza) que a literatura é uma expedição à verdade. Fica então a dúvida: mas que verdade? A verdade dos fatos ou a verdade criamos a partir dos fatos?
O enredo de Reparação gira em torno de Briony Tallis, uma garota sonhadora de treze anos que sonha em se tornar escritora. Briony vive na mansão de sua família no interior da Inglaterra, durante o verão de 1935, junto com suas pais e seus irmãos mais velhos, Leon e Cecilia. Guiada por sua visão fantasiosa do mundo e por uma série de equívocos, Briony comete um crime terrível, uma mentira que acaba por destruir a vida de Robbie, um rapaz inteligente, trabalhador, filho da arrumadeira da família e apaixonado por Cecilia, por quem é correspondido. Corroída pelo remorso, Briony procura reparar o erro que cometeu.
Reparação é uma obra genial. A escrita de McEwan é fluida, vigorosa; suas descrições são perfeitas, extremamente detalhistas, com a precisão de quem esculpe uma miniatura. Inicialmente, a trama parece simples, mas aos poucos somos levados a um jogo de luz e sombras, realidade e fantasia, de modo que acabamos iludidos por nossas próprias perspectivas falhas, da mesma forma que os personagens. Somos guiados através de uma profusão de pensamentos, desejos e intenções ocultas, demonstradas de forma sutil através dos atos dos personagens.
Ao final, um final surpreendente, engenhoso e chocante, a obra revela se como um grande trabalho de metalinguagem; a literatura como arma para corrigir nossos erros. Uma obra a acerca das questões morais, do perdão, e da linha tênue que separa a realidade da ficção.
Um grande livro e uma grande lição de vida.
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Aninha 30/03/2017

Julgamento, culpa e...reparação
"Não eram só o mal e as tramoias que tornavam as pessoas infelizes; era a confusão, eram os mal-entendidos; acima de tudo, era a incapacidade de apreender a verdade simples de que as outras pessoas são tão reais quanto nós." (página 37)

Essa trama se desenvolve a partir de um mal-entendido. Ou melhor, de vários, e suas consequências atingem não só os envolvidos, mas toda uma família.

Briony é uma adolescente de 13 anos que escreve pequenas peças teatrais para a família. É a caçula de 3 irmãos: Cecília é dez anos mais velha e Leon é o primogênito, doze anos mais velho que ela. Para quem ama escrever e interpretar, Briony tem uma imaginação supercriativa e apurada.

Um dia, ela presencia algo:
"Briony havia chegado a uma das janelas escancaradas do quarto e certamente viu o que estava diante de seus olhos por alguns segundos antes de registrar o que via (...) O que se apresentava ali fazia sentido..." (pág.35)

Robbie Turner, o filho da faxineira que crescera com eles e tinha praticamente a mesma idade que Cecília, está conversando com ela perto da fonte. De repente, ela tira a roupa, fica com só com a roupa de baixo, e pula na fonte. Depois sai de lá, coloca a roupa, pega um vaso e sai sem conversar com Robbie. Qual seria o motivo disso? O que ela acabara de testemunhar?

A partir daí, com a chegada de primos distantes, do irmão e do amigo dele, a casa fica cheia e outro incidente acontece com o desaparecimento dos primos gêmeos de 9 anos. Briony, então, se vê como a única testemunha de um crime e não tem dúvidas de quem é o culpado. Com a revelação, o caos se instaura e a família é praticamente destruída. Cada um segue sua vida (ou o que restou dela).
Os meses e anos passam e, aos poucos, a culpa vai se instalando na vida de Briony:

"A culpa refinava os métodos de tortura que ela se infligia, enfiando uma a uma as contas dos detalhes num fio eterno, um rosário que ela passaria o resto da vida dedilhando." (pág.131)

É uma história linda, trágica, mágica, que mostra as consequências de atos impensados na vida das pessoas que nos são mais próximas e queridas. É uma história de dor, separação, mas também é de superação, amor e, claro, reparação.

Vale a pena a leitura!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2017/03/reparacao.html
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