A língua exilada

A língua exilada Imre Kertész




Resenhas - A Língua Exilada


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Priscila (@priafonsinha) 21/04/2017

Uma leitura cansativa
Imre Kertész foi laureado com o Nobel de literatura em 2002, ele nasceu na Hungria e como era judeu foi deportado para Auschewitz aos 15 anos, um sobrevivente do Holocausto. E neste livro, que inclui o discurso do recebimento do Nobel, são reunidos 16 ensaios/conferências que ele deu a respeito de temas interessantes sobre Holocausto, judeus, e sobre outros escritores húngaros também sobreviventes dos campos de concentração, como o grande Sándor Márai. Parecia um livro envolvente, porém não sei se foi a tradução ou se é a própria escrita do autor (não posso afirmar pois só li este livro dele) que torna o livro cansativo e com frases um tanto desconexas. Fiquei desiludida em não conseguir absorver como queria, quem sabe uma outra edição seja melhor...
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BibliotecaCCBNB 22/11/2011

A língua exilada' é uma coleção de ensaios permeados pela idéia de que o Holocausto não é um acontecimento restrito aos nazistas e aos judeus - é uma experiência do homem ocidental, um acontecimento de cunho universal, término de um percurso determinado pela história cultural da Europa. Se o filósofo alemão Adorno dizia ser impossível escrever versos após Auschwitz, Kertész afirma que o campo de concentração é um marco zero e que, portanto, nada mais poderia ser escrito sem fazer menção a ele. Segundo o autor, as evidências da aniquilação dos valores que sustentavam uma civilização estão presentes em todas as produções artísticas nascidas das cinzas da Segunda Grande Guerra. O Holocausto continua presente, pois passada a euforia inicial despertada pela queda do Muro de Berlim, em 1989, renasceram na Europa Oriental os velhos nacionalismos e, com eles, a sombra do anti-semitismo. O acerto de contas de Kertész jamais poupa o totalitarismo stalinista. Em um estilo marcado pelo humor amargo da Europa Central, Kertész relembra também os intelectuais que, como Sándor Márai, embora perdessem a língua e os leitores, escolheram o exílio à vida sob a opressão soviética.
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