Dayane 03/10/2011
Tem mais estrelas para eu dar para este livro Skoob????
Como é bom quando você senta para ler meia horinha e sem nem ao menos se dar conta, anoiteceu, passaram-se horas e você sequer mudou de posição... quem ler este livro garanto que viverá esta experiência.
Aliás, este livro é leitura obrigatória, porque é lindo, tocante, forte, inteligente...
Derek Craven é um membro da burguesia inglesa, ou seja, muito dinheiro e nenhum título. Desperezado pelos nobres por seu passado obscuro e totalmente apartado de suas origens, ele é um homem solitário, auto-suficiente e libertino confesso.
A fortuna construída em uma casa de jogos exclusívissima, teve origem em uma vida não muito honrada. Derek, filho de prostituta e criado na sarjeta já roubou, já se prostituiu, roubou cadávares para estudantes de medicina, limpou chaminés... ou seja, todas as indignidades que existiam para um ser humano na época, Derek já havia vivido.
Sara por outro, vivia de uma maneira prosaica, simples, sem afetações, mas muito confortável e bem amparada, pois vivia no campo. Era considerada uma solteirona, pois chegou a idade de 25 anos sem marido, escrevendo livros para ganhar a vida.
Essa coisa de escrever novelas, tornou Sara uma mulher sem medos ou convenções. Ela andava entre os pobres, as prostitutas para saber o que escrever sobre eles, como usar adequadamente a linguagem deles. Em uma de suas pesquisas na noite de Londres ela salva Derek de um atentado e ali nasce uma grande atração.
Derek a combaterá com unhas, dentes e coração, mas a obstinação de Sara dobrará este homem duro.
Trechos emocionantes:
Uma sábia frase da Sara que pode explicar um pouco de seu temperamento-
"– Faz muito tempo aprendi a não explicar coisas às pessoas. Isto os induz a pensar que têm direito a tudo que faço."
Derek, sobre Sara, para a melhor amiga dele -
" – A senhorita Fielding é de um povoado no campo. Um lugar chamado Greenwood Corners. Ela não sabe nada sobre os homens ou sobre a cidade. Perambula pelos piores subúrbios de Londres, para ela, todos os problemas se solucionam com 'por favor' e ' obrigado'. Não acredita que qualquer a roubaria ou violaria ... Por que não seria cortês. Sabe por que permiti vir ao clube e colocar o nariz por aqui? Porque se não o fizesse, ela visitaria cada casa de jogo clandestino e se acotovelaria com cada ladrão e cada maldito assassino que alguma vez moveu um cotovelo sobre uma toalha de mesa. – Ele começou a esquentar – se com o assunto, a nota despreocupada desapareceu de sua voz. – E quase está comprometida. Deus sabe que tipo de homem a deixaria perambular por Londres sozinha, a não ser que seja seu plano para desfazer – se dela! O idiota! Eu gostaria de lhe dizer o que acontece com as mulheres que andam pela cidade com pistolas em suas bolsas!...
– Derek. – Havia um estranho sorriso em seu rosto. – Está mostrando seu sotaque pobre.
Ele fechou a boca bruscamente.
– Isso só acontece, – murmurou Lily – quando está excitado ou zangado por algo.
– Nunca me zango.
– OH, certamente que não. – respondeu ela, espetando com um olhar penetrante.
Derek não gostou de sua expressão, o ar de superioridade das mulheres quando sentiam que sabiam algo que um homem era muito estúpido para entender."
Derek, se apaixonando:
" Escapou da biblioteca, esquecendo todas suas coisas, inclusive sua bolsa. Derek olhou a pequena bolsa de renda e esperou que ela voltasse. Depois que passou um minuto, soube que voltaria para pegar mais tarde, quando não houvesse nenhuma possibilidade de enfrentar – se com ele. Ele recolheu a bolsa e se sentou totalmente sobre a mesa, balançando uma perna despreocupadamente.
Afrouxou a corda de seda e olhou dentro. Uns poucos bilhetes de uma libra ... O pequeno caderno e o lápis... A pistola. Derek sorriu ironicamente e abriu mais profundamente a bolsa até que encontrou umas moedas e um lenço. Extraindo o lenço de linho cuidadosamente engomado, sustentou – o ante seu rosto. Procurou o aroma de perfume ou de água de rosas, mas não havia nada.
Alojadas no fundo da bolsa estavam os óculos reposto. Derek os examinou minuciosamente, as lentes redondas, a finos aros de aço, os pequenos. Deu uma olhada através delas às palavras que ela tinha escrito. Depois de dobrar os óculos, os colocou no bolso de seu casaco e fechou a bolsa. Quando Sara descobrisse que faltavam os óculos, assumiria que as teria deixado em algum lugar, como frequentemente fazia. Era o primeiro ato de roubo que tinha cometido em dez anos. Mas tinha que os ter. Desejava possuir um pedaço dela."
Sara volta para o povoado passado o tempo da pesquisa, depois de um tempo uma das prostitutas da casa de jogo a vai procurar para contar algo desconcertante-
" – Ele veio a minha cama. Disse – me que não dissesse nada, não importa o que ele dissesse ou fizesse. Então O Sr. Craven baixou o abajur e me abraçou contra ele... – Tabitha afastou seu olhar enquanto seguia. Sara se congelou no lugar. – "me deixe te abraçar, Sara", disse, ' necessito – te, Sara '... Durante toda a noite ele fingiu que eu era você. É porque nos parecemos. É por isso que ele fez. – Ela deu de ombros com um pouco de vergonha. – Ele foi delicado e doce, também. Pela manha partiu sem uma palavra, mas ainda tinha esse olhar terrível em seus olhos..."
Quando eles se reencontram em Londres-
" – me escute. – Tudo o que podia fazer era jogar sua última carta. Sua voz tremeu com a emoção. – Não pode mudar a verdade. Pode atuar como se fosse surdo e cego, pode te afastar de mim para sempre, mas a verdade ainda estará ali, e não pode fazê – la desaparecer. Amo – te. – Ela sentiu que um tremor involuntário o transpassava. – Amo – te. – repetiu. – Não minta a ambos fingindo que te parte por meu bem. Tudo que fará é nos negar a ambos uma possibilidade de felicidade. Desejo – te todos os dias e todas as noites, mas ao menos tenho a consciência tranquila. Não te oculto nada, por medo ou orgulho. – Ela sentiu a tensão incrível de seus músculos, como se ele estivesse esculpido em mármore. – Por uma vez tenha a coragem de não fugir. – sussurrou. – Fica comigo. Deixe – me te amar, Derek.
Permaneceu de pé ali congelado pela derrota, com todo o calor e a promessa dela em seus braços... E não podia permitir – se tomar o que lhe oferecia. Ele nunca havia se sentido tão sem valor, tão farsante. Possivelmente durante um dia, uma semana, poderia ser o que ela queria. Mas não durante mais tempo. Ele tinha vendido sua honra, sua consciência, seu corpo, algo que podia utilizar para escapar à sorte na vida. E agora, com toda sua grande fortuna, não podia voltar a comprar o que tinha sacrificado. Se fosse capaz de chorar, o teria feito. Em troca sentiu a frieza paralizadora estendendo – se por seu corpo, enchendo a região onde seu coração deveria ter estado."
Quando eles se amam pela primeira vez-
" Estendendo a mão sob a prega da blusa, Derek encontrou a cintura de suas calcinhas e as abaixaram até os tornozelos, seguindo suas meias. Suas mãos percorreram suas pernas nuas, seus dedos se inundaram nos ocos atrás de seus joelhos, subindo por suas coxas até suas nádegas. Ela não parava de mover – se intranquila, mas permitiu a carícia... Até que sentiu sua boca invadindo a parte superior de sua perna, sua língua cruzando sua pele em um ardente roçar. Atirando bruscamente sobre ele com uma incoerente gagueira, retrocedeu até que sentiu a beira da cama contra seus quadris. O olhou surpreendida com os olhos arregalados.
Durante um momento Derek conheceu uma consternação igual à sua. Tinha a assustado. Maldita seja, pensou... E se perguntou pela primeira vez em sua vida como fazer amor como um cavalheiro."
A mais linda cena de amor-
"– Às vezes, sussurrou. – estou tão profundamente dentro de você que posso sentir seu útero... E ainda assim não estou perto. Quero compartilhar cada fôlego ... Cada pulsar de seu coração.
Sara tremeu quando de repente o sentiu mover – se contra ela, entrando nela com uma investida que esticou sua deliciosa estreiteza. Derek embalou sua cabeça em ambos as mãos, sua boca quente sobre seu pescoço.
– Às vezes, – murmurou. – quero lhe castigar um pouco.
– por quê? – gemeu por suas carícias decididas, sua cabeça caiu ao travesseiro. Suas mãos apertaram seus ombros, mantendo – a fixa enquanto empurrava em seu centro.
– Por me fazer te desejar até que me doa. Pela forma em que me acorda á noite somente para verte dormir. – Sua expressão era intensa e apaixonada em cima dela, seus olhos verdes vivamente duros. – Desejo – te mais cada vez que estou com você. É uma febre que nunca me abandona. Não posso estar sozinho sem me perguntar onde está, quando posso lhe ter outra vez..."
Quando ele pensa que a perdeu e depois descobre que não -
"Mas de repente as profundidades verdes se transbordaram, e ela compreendeu com assombro que não era raiva ... Era o terror profundo da alma. Ele não se moveu, nem sequer piscou, por medo de que ela desaparecesse.
– Derek? – disse com decisão.
– Não me deixe. – sussurrou.
Sara foi até ele, recolhendo as saias e tropeçando com sua pressa.
– Estou bem. OH, por favor, não esteja assim! Alcançando – o, rodeou – lhe com seus braços e se agarrou a ele com toda sua força. – Tudo está bem."
Enfim... o Derek é o cara!!! Alguém que desceu até a lama, mas se refez inteiramente, só faltando receber um coração, este só realmente bateu e foi feliz quando ele encontrou em Sara, abrigo e refúgio
Para encerrar, uma música do Frejat que espelha muito bem os sentimentos de Derek:
Eu procuro um amor
Que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei...
Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida
Eu quero esquecer...
Procuro um amor
Que seja bom prá mim
Vou procurar
Eu vou até o fim...
E eu vou tratá-la bem
Prá que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos...
Pode ser que eu gagueje
Sem saber o que falar
Mas eu disfarço
E não saio sem ela de lá...
O livro é LINDO, LINDO, LINDO, LINDO E LINDO!
LEIA, LEIA, LEIA, LEIA E LEIA!!!!!!!!!!!!!!