Amor de Monstro

Amor de Monstro Katherine Dunn




Resenhas - Amor de Monstro


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Paula1735 11/12/2022

Uma família de circo cujo o pai e também dono do circo decide ter filhos com sua esposa, mas ano filhos comuns como qualquer criança. Eles decidem modificar geneticamente a cada um de seus filhos para assim serem aproveitados no circo. Como por exemplo um filho nasceu com barbatanas e nadando como se fosse um peixe. As gêmeas que são siamesas. A mostrar a rotina desta família apesar de ser diferente, todos tem medos , angústia, alegria e tristeza
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Luh 21/05/2021

O lado bom de ser bizarro ( ou não)
Não sei ao certo explicar meu amor por esse livro.
Essa é a segunda vez que leio ele em 2 anos. A sensação é a mesma que tive da primeira vez e isso é muito gostoso.
Essa autora tem uma das melhores escritas que eu já li.
AMO como os personagens dela são únicos e de como eles são descritos.
A história é bem construída e nunca me cansa.
Amo o jeito que ela explora os lados feios e bonitos deles, as ações e os pensamentos.
Enfim, um dos meus livros favoritos da vida
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paulla.costa.779 13/12/2020

Um casal de uma família diferente. Montam um circo de horrores, onde eles selecionaram pessoas com deficiência este este circo. Interessante o livro abordar sobre sobre os deficientes. E as suas limitações diante deste mundo.
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27/11/2015

Esquisito. Nojento. Repugnante. Doido. Asqueroso. Bizarro. Eram palavras que iam surgindo na minha mente ao longo da leitura, mas quem diria que tudo isso junto acabaria se transformando em algo extremamente enternecedor? Amei cada capítulo, cada página. É de uma originalidade sem tamanho. Achei impossível de largar mesmo sentindo um pouco de náusea em certas partes.

É narrado por uma anã albina, corcunda, calva e de olhos rosados. Ela é Olympia, viveu sua vida inteira no circo dos pais, o Binewskis Fabulon, não como atração, mas ajudando nos bastidores. O seu surgimento não foi um acidente ou um erro da natureza, muito pelo contrário, foi forçado e planejado.

Seus pais são fisicamente normais, se apaixonaram trabalhando no circo, o pai, como mestre de cerimônias e a mãe atuando como a mulher que arrancava cabeça de galinhas com os dentes. O circo vai perdendo público aos poucos por falta de anormalidades para chamar atenção, e é aí que Al, o pai, depois de ver rosas modificadas geneticamente, tem a brilhante ideia de engravidar sua mulher e submetê-la a coisas absurdas para fabricar as suas próprias aberrações e assim suprir o circo com mais atrações bizarras. Isso tudo com o consentimento dela, claro. Estamos falando aqui de ingestão de pesticidas, uso de drogas, radiação e qualquer coisa que um ser humano deveria passar longe, ainda mais se for gestante.

Essas experiências darão certo e nascerão crianças deformadas como o planejado: Arturo, que nasce com nadadeiras no lugar de mãos e pés; Iphy e Elly, as gêmeas siamesas; Oly, a nossa narradora e Chick, que quase foi deixado para trás por ser fisicamente normal, até que descobrem que ele tem o poder mais legal de todos: é um paranormal. Esses são os filhos que sobreviveram, os que nasceram mortos ou morreram ainda na infância são guardados em potes de vidro com formol e expostos como parte da atração de circo, mas que ao mesmo tempo são tidos com muito carinho pela família. Esse é um tema bem presente aqui, a união familiar forte deles.

A narrativa vai e vem no tempo, contando como tudo começou, certas peculiaridades de circos, da personalidade de cada um deles, e vem para o presente na qual Oly está vivendo em um apartamento. Separadamente nele vive a mãe sozinha que está praticamente cega, e Miranda, que descobrimos ser a filha de Oly, mas que nem faz ideia disso. Miranda é extremamente bonita, mas também tem algo diferente, ela possui um rabinho que acaba nos levando para outro personagem chave, a Sra.Lick, herdeira de uma fortuna e que defende uma teoria interessante: mulheres bonitas acabam se tornando objetos nas mãos dos homens, e por isso ela sugere inverter esse processo. Como? Com operações estéticas ao inverso, ou seja, com ácidos na cara se a menina for bonita; com mutilação mamária se ela tiver seios fartos e por aí vai. E ela acaba se interessando pelo rabinho da Miranda para desespero de Oly, que se orgulha das anomalias de sua família.

Ao longo da leitura, você vai perceber que todos os personagens que vão surgindo não são lá muito normais mesmo. Os que são normais fisicamente não são mentalmente. Mas em muitos aspectos a gente fica se perguntando também o que é normal e o que não é afinal, porque eles defendem uns argumentos muito interessantes acerca de tudo isso.

A autora também consegue inserir no meio dessa história toda, um culto que vai surgindo em volta do Arturo, chamado de Arturismo. São pessoas que enxergam nele o sentido da vida e da eliminação de todo o sofrimento através da amputação de seus dedos e mais pra frente, dos seus próprios braços e pernas para ficarem como ele.

Definitivamente não é um livro para qualquer um, e também acho que não tem meio termo, ou você ama ou odeia. Eu amei e considero um dos melhores livros que já li até o momento. Mas se você odiar, pelo menos há de confessar que foi um dos mais originais que já leu.
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