Vida dupla

Vida dupla Rajaa Alsanea




Resenhas - Vida dupla


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Biblioteca Álvaro Guerra 24/04/2024

Livro de S. J. Watson, autor do best-seller Antes de dormir Quando Kate é assassinada, a única forma que sua irmã Julia encontra de lidar com o luto é fazer o trabalho da polícia: procurar o assassino. Porém, ao descobrir que a irmã tinha perfis em sites de relacionamentos para conhecer homens e fazer sexo com eles, virtual ou não, o que antes era uma busca por um criminoso se torna uma exploração de suas fantasias sexuais mais secretas. Mas isso coloca em risco seu casamento, sua família e sua própria vida.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520920435
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Lilian 05/05/2023

Costumes
O livro começa bem água com açúcar e parece que vai seu um romance para jovens adultos, mas apresenta os costumes e as demandas das mulheres da Arábia Saudita
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Fernanda 18/07/2021

Quatro jovens universitárias falam sobre amor, sexo, costumes, tradições, desejos e sonhos. Tudo tão corriqueiro que não despertaria o interesse de leitores, certo? Não quando a história é ambientada na Arábia Saudita, país ultraconservador onde prevalece o sistema de tutela masculina, ou seja, as mulheres vivem sob o controle de um homem da família (pai, marido, irmão, tio e até filho) que tem autoridade total sobre a vida delas. Embora recentemente algumas medidas tenham sido abrandadas e alguns direitos tenham sido conquistados, como o de dirigir ou viajar desacompanhadas, isso não impacta a vida da maioria delas, visto que a tradição familiar se sobrepõe aos direitos legais.
A história foi construída através de e-mails enviados pela autora a um grupo de mulheres e evidencia o embate entre o novo e o ancestral, o sonho do amor e a tradição, o desejo de liberdade e o conservadorismo. Saber que essas são histórias de mulheres abastadas, a quem foi dado o direito a ter formação superior, o que pressupõe uma certa flexibilidade nesse universo de restrições às liberdades individuais das mulheres, causa ainda mais incômodo porque remete o pensamento às mulheres sauditas pobres, de pequenas aldeias que parecem pertencer a séculos anteriores. Para além disso, nos faz pensar que, em relação à questão da mulher na sociedade, excetuando traços culturais, temos mais em comum com o que é relatado no livro do que gostamos de imaginar.


site: Estou no Instagram como @viralivros
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Barbara 30/01/2021

É um romance do oriente médio, mas podia ser daqui.
É bem interessante o livro para que nos demos conta de que a relação entre homens e mulheres é opressora não importa a cultura. Talvez nos países islâmicos isso se agrave pq a mulher é uma mera reprodutora, mas analisarmos bem somos tão oprimidas quanto elas quando nos relacionamos com homens. As protagonistas da história passam por coisas que, tirando os garotos religiosos extremos, provavelmente você ou alguma amiga já viveu! Leia! É muito bom e revoltante! ?
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Henrique Fendrich 24/11/2020

O amor, a Arábia Saudita e um clássico inglês
Quem diria que de um país tão restritivo como a Arábia Saudita sairia uma jovem mulher cuja escrita iria me remeter a um dos antigos clássicos da literatura inglesa!

De fato, o que Rajaa Alsanea faz nesse seu livro de estreia me lembrou de “Tom Jones”, obra essencial de Henry Fielding, escrita nos 1700. De certo modo, ela “atualizou” alguns dos métodos de Fielding, afinal, trata-se de obra do século XXI, no qual a internet desempenha um papel fundamental na comunicação (inclusive na Arábia Saudita!).

Assim como na obra do escritor inglês, Rajaa intercala “capítulos metalinguísticos” à história que narra. Essa história é disposta na forma de e-mails, enviados semanalmente a um grupo cada vez maior de sauditas. A cada semana, antes de dar prosseguimento à narrativa, a autora repercute a recepção do e-mail anterior e, a exemplo de Fielding, dialoga com as próprias estratégias usadas para contar a sua história.

O que dá um sabor especial e único a essas intervenções da narradora é o fato de permitir que nós tenhamos contato com o pensamento contemporâneo na Arábia Saudita – falemos a verdade: tudo o que sabemos acerca do país, no caso de sabermos alguma coisa, é apenas um punhado de chavões. No diálogo que faz com os leitores e consigo mesma, podemos entender melhor como exatamente vivem os sauditas.

Também como no caso de Fielding, a história de Rajaa é, basicamente, sobre o amor. Na história de Tom Jones, o autor descreveu de forma irônica o que poderia ser entendido como o próprio tema daquela obra: “a tolice do amor e a sabedoria da prostituição legal” – querendo dizer, com isso, o casamento por interesses. Na história das garotas de Riad, trata-se de um embate entre a tolice do amor e a sabedoria da tradição e das convenções culturais.

São quatro garotas universitárias (vocês sabiam que há garotas universitárias na Arábia Saudita?) que vivem às voltas com os problemas do coração. Como os jovens e as jovens de todas as partes do mundo, também elas buscam um parceiro e um companheiro a quem amar e ao lado de quem viver talvez por toda a vida.

Entretanto, ali elas esbarram numa rígida estrutura cultural que faz com que os homens, mesmo aqueles aparentemente mais abertos, sucumbam diante da tradição e, por fim, prefiram atender às disposições familiares do que os seus sentimentos amorosos. Muitos homens da história agem como verdadeiros canalhas, o que, na verdade, aproxima a história do Ocidente. De fato, há muitos comportamentos lamentáveis dos homens ali que nós vemos todos os dias também por aqui.

Como Fielding, o que Rajaa faz é uma defesa do amor face aos preconceitos de uma sociedade. Ao fazer isso, damo-nos conta de que há, mesmo na Arábia Saudita, um grupo de mulheres muito inteligentes, estudiosas, capacitadas, articuladas, progressistas, tão sedentas de amor genuíno como nós e bem mais corajosas que a maior parte dos homens que ali vivem.

Apesar de, na maior parte das vezes, a estrutura da sociedade prevalecer, o comportamento dessas garotas é motivo de esperança não apenas para o país, mas para a própria humanidade, visto que expõem o quanto somos semelhantes em nossa essência, a despeito do estrago que as culturas possam fazer com as nossas cabeças. Vivam as garotas de Riad!

Dito isso, não posso deixar de lamentar o nome escolhido para o livro em português, pois “Vida dupla” faz sugerir um tipo de falsidade não aplicável a essas mulheres, além de não fazer referência ao amor que é o verdadeiro tema do livro. Antes tivessem ficado com o básico “Garotas de Riad”.
Maria 24/11/2020minha estante
Da série "resenhas que nos fazem superlotar a estante " :p


Henrique Fendrich 24/11/2020minha estante
Esse é o objetivo ?


Julia 25/11/2020minha estante
Adorei a resenha! Adorei o livro também. Resolvi ler depois de maratonar os vídeos do canal do YouTube de uma professora de inglês carioca que vai morar na Arábia Saudita, não em Riad, mas no interior, na parte mais conservadora em que tem que usar véu e cobrir o rosto para sair na rua. Infelizmente o canal foi tirado no ar. Eu acrescentaria que também o amor e o casamento que elas buscam é igual o que a gente busca em essência, mas no modelo da cultura delas, seja entrando em conflito com essa cultura ou se conformando a ela! Acho que é o tipo de livro que tinha que estar no currículo escolar.


Henrique Fendrich 26/11/2020minha estante
Concordo! Sem dúvida um livro como esse nas escolas contribuiria para diminuir as diferenças e o nosso desconhecimento sobre as culturas daquela região.




Van_woods 17/02/2020

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Interessante para conhecer outras culturas e perceber que apesar das distâncias geográficas consideráveis em matéria de relacionamentos nos identificamos com as garotas de Riadh.
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Skarlent.Ohara 09/12/2018

Um livro excelente e marcante!!
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Kymhy 06/04/2018

Vida dupla - Rajaa Alsanea
Graças ao advento da internet, quatro mulheres árabes encontraram uma forma de livrar-se de algumas das amarras impostas por sua cultura e viverem de forma mais plena. Se haverá homens chocados? Não tenham a menor dúvida!

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-vida-dupla-rajaa-alsanea/
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Joine Farias 28/09/2017

Ótimo
Esse livro nos faz pensar em como as coisas são bem complicadas em determinados lugares do mundo. Nós, que estamos acostumados a viver com nossa aparente liberdade de escolha, não imaginamos como um lugar como o Oriente Médio pode viver desse jeito opressivo. Regras rígidas no que se diz respeito ao sexo feminino e a total falta de liberdade de ambos os sexos. Este livro nos permite compreender melhor o que se passa nesses locais e como as pessoas reagem de formas diferentes às leis islâmicas. Admiro a coragem da autora ao escrever esse livro.
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Carla Martins 06/02/2013

vida dupla
sou louca por livros que contam histórias sobre a vida de mulheres no Oriente Médio. Tenho um monte, já li um monte e sempre que sei de um lançamento, já fico com coceira no bolso. :)

Mas, hoje é a vez de Vida Dupla, que possui um formato completamente diferente dos livros semelhantes existentes no mercado. No livro, os e-mails cumprem um papel importante na narrativa, fazendo os leitores de outras partes do mundo perceberem o abismo que há entre a modernidade típica das novas gerações globalizadas e a cultura secular de seu país. A história foi escrita a partir de 50 emails que eram enviados semanalmente pela autora às integrantes de um grupo de bate-papo online.

O acesso a tanta informação acabou por fomentar a ocidentalização dos mais novos, que puderam experimentar uma vida sem tanta desigualdade entre os sexos. Mesmo assim, os costumes e a cultura tradicionais continuam, na maioria das vezes, a ditar as regras.

Prova disso é o escândalo que o lançamento do livro provocou, em 2005. Isso porque a autora expôs a vida social, a intimidade e os desejos das protagonistas, quatro jovens e ricas sauditas que realmente existem e fazem parte do círculo de maigas de Rajaa. A polêmica no mundo árabe girou em torno da linguagem (extremamente coloquial) utilizada e da reprodução de trocas de e-mails entre amigas.

Minha Opinião

Eu adorei o livro e acabei o exemplar rapidinho. A linguagem é jovial, bem simples, primando sempre pela objetividade e, por isso, não cansa. Diferentemente dos outros livros sobre o oriente Médio, Vida Dupla mostra claramente que, apesar da cultura tradicional e enraizada, as mulheres que chegaram depois do advento da internet, principalmente, buscam seu lugar no mundo como nós fazemos por aqui, têm dignidade, são felizes e lutam pelos seus direitos com a cabeça erguida.

Agora, ao invés de pensar que só existem mulheres tristes, sem dignidade e cheias de sogrimento, sei que elas ainda são a maiorira, mas que já existem mulheres livres, globalizadas, antenadas com a realidade do mundo, primeiros passos para o fim da desigualdade.

Li uma frase que resume bem o livro:

Baseado em histórias reais de colegas da universidade, Vida Dupla fala de sexo antes do casamento, de garotas que se travestem para dirigir carros e personagens regados a álcool - uma ficção pop sobre a distância abissal entre as leis islâmicas e a influência dos hábitos ocidentais.


Cadê a Liberdade de Expressão?

Quando publicado, o livro foi imediatamente banido da Arábia Saudita, mas passou a circular em cópias piratas. (Afe!!!)
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Bit 10/03/2011

'Vida dupla', da escritora Rajaa Alsanea, causou furor quando foi lançado em língua árabe em 2005. A vida social, romântica e sexual, e os desejos e intimidades das protagonistas, quatro jovens e ricas sauditas, provocou polêmica no mundo árabe tanto pelo tema como pela linguagem usada pela autora, bastante coloquial e antenada com a tecnologia - a reprodução de trocas de e-mails entre amigas são freqüentes no texto - para dar voz às personagens. Imediatamente banido da Arábia Saudita, o livro passou a circular em cópias piratas. Agora, o leitor brasileiro pode conferir a narrativa vívida e tocante sobre a vida dessas mulheres, divididas entre os apelos da modernidade e a cultura secular de seu país.


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Autora Dilma Barrozo 28/06/2010

Misão cumprida
Um daqueles livros que nos permitem conhecer um pouco mais da cultura da Arábia Saudita.
Neste caso, especificamente, os relatos de uma adolescente, via Internet, nos conduzem à (triste) realidade da mulher naquela sociedade. Esse é, sem sombra de dúvida, um livro destinado a informar o público jovem.
Assim sendo, ele cumpre a sua missão. Apenas isso.
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