Vox

Vox Christina Dalcher




Resenhas - Vox


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Esdras 17/11/2020

"Todas aquelas casas são prisões e dentro delas existem celas na forma de cozinhas, lavanderias e quartos..."
Um pouco diferente da forma padrão, essa distopia apresenta um protagonista que está prestes a fazer 44 anos. Só isso já pode fazer com que alguns torçam o nariz. Eu super gostei desse diferencial.
Em VOX, sob comando de um novo governo, as mulheres só têm direito a falar 100 palavras por dia e são punidas com choques se essa cota for ultrapassada. São proibidas de trabalhar e tudo o mais.
A Jeane nunca esteve nem um pouco de acordo com isso e o que a gente vê é uma mulher que se encontra totalmente estressada e revoltada. Num primeiro momento o jeito dela causa um pouco de impacto mas, colocando as coisas na balança, fica claro que o seu agir não é para menos. Além do que diz respeito ao governo, ela ainda passa por problemas familiares. Então, sim, a mulher está com os nervos à flor da pele e isso voa sem controle para o leitor.
As idéias do governo são totalmente absurdas e imaginar isso, por um momento sequer, num mundo real é completamente enlouquecedor. No papel elas causam revolta.
A Jean espelha muito bem esse sentimento.

“- Você não tem nada a ver com isso, mãe. A decisão é do meu pai.
Talvez tenha sido o que aconteceu na Alemanha com os nazistas, na Bósnia com os sérvios, em Ruanda com os hutus. Às vezes eu refletia sobre isso, sobre como as crianças podem se transformar em monstros, como aprendem que matar é certo e a opressão é justa, como em uma única geração o mundo pode mudar tanto até ficar irreconhecível.”

O livro tem uma pegada política muito forte e esparra sem delongas as discriminações e desvantagens das mulheres em diversos aspectos sociais, políticos e econômicos. Inclusive no poder de qualquer decisão dentro do próprio lar. São situações descontroladamente incômodas. Em alguns momentos a narrativa se torna agressiva.
Porém, de uma maneira geral e no que se refere ao “contador”, eu achei que a autora poderia ser mais expansiva. O cenário e as personagens femininas foram limitados então não fica muito visual o impacto que isso causa nessa sociedade ou mesmo dentro das outras casas. A gente fica a supor e imaginar diversas alternativas e situações.
Mas a ideia do livro, por si só, já é super interessante então isso me deixou bem curioso sobre o desenvolvimento, juntamente com os conflitos familiares que dividem o peso da história.
O problema mesmo foi quando a Jean recebeu “a proposta”. A partir daí a história ganhou outro tom e por vezes nem parecia mais a mesma. A autora perdeu um pouco o propósito e não soube manter a história no mesmo patamar e isso se refletiu claramente na Jean que tomava atitudes tão inconsequentes para o “momento”.
O soro soa importante para a trama mas todo o desenvolvimento acerca dele nessa parte da história eu não achei legal. Achei tudo muito corrido.
O final foi muito aberto e morno para um problema que era tão grande.
Apesar dos pesares, tem muita coisa pra se refletir nessa história.

“- Estamos a um passo de voltar a pré-história, meninas. Pensem nisso. Pensem onde vocês vão estar, onde suas filhas vão estar, quando os tribunais atrasarem os relógios. (…) Pensem em acordar um dia e descobrir que não têm voz em nada.” pág. 16
Fernando Lafaiete 17/11/2020minha estante
Tenho ressalvas também, mas achei esse livro bom. Ele levanta discussões muito bacanas mesmo. E feliz de ver você escrevendo resenha. :)


Esdras 17/11/2020minha estante
A temática é super interessante e importante mesmo. :D


Fernando Lafaiete 17/11/2020minha estante
Skoob dando problema e não aparecendo os comentários... :/


Esdras 17/11/2020minha estante
Um dia quero escrever resenhas como você, Fernando. :D


Fernando Lafaiete 17/11/2020minha estante
kkkk... Eu gostei bastante das que já li suas. S2


ROBERTO468 17/11/2020minha estante
A parte final da proposta para mim foi o declínio de tudo que a autora construiu.
O contexto não é tão claro, queria ver mais esse reflexo na sociedade.
A autora não soube desenvolver esse final. Fiquei chateado com isso.
Leia " O conto da aia " tem o mesmo propósito, mas é extremamente perfeito em tudo.


Esdras 17/11/2020minha estante
Ela tinha a faca e o queijo nas mãos, mas...
Já quero ler O conto de Aia


Fernando Lafaiete 17/11/2020minha estante
O Conto da Aia é realmente excepcional!




Fernando Lafaiete 26/03/2020

Vox: A árdua missão de ser mulher!
******************************NÃO contém spoiler******************************

Quando paramos para refletir sobre o papel da mulher na sociedade a qual ela faz parte, analisando principalmente seus movimentos sociais, políticos e expressivos, percebemos o quanto elas ainda lutam para não serem silenciadas. Se pra mim como homem já é complexo refletir e me colocar em tal posição empática, fico a pensar o quão difícil é ser mulher em um mundo que tenta a todo custo rebaixá-las, levando muitas vezes em consideração seus gêneros em detrimento de suas reais capacidades, sejam elas físicas ou cognitivas.  Por mais que muitas mudanças já tenham ocorrido desde que a palavra feminismo foi criada em 1837 pelo filósofo e socialista francês Charles Fourier; é inegável ainda hoje a existência de resistências sociais e políticas, quando o assunto é a posição e importância da mulher na sociedade.

Tratarmos o feminismo como um tema de interesse exclusivamente feminino, é um erro perigoso que devemos evitar cometermos. Como trata-se de movimentos sociais, políticos e filosóficos que visam os direitos equânimes e o empoderamento feminino através da libertação da mulher como indivíduo, os resultados de tais lutas irão impactar a todos, independente de seus cromossomos. Portanto, não devemos permitir que sejamos dominados pela inércia quando nos depararmos com injustiças de gênero. Devemos impedir que o tão sonhado progresso não ocorra, tornando-se apenas sombra do passado, originando no regresso que nos levará para o caos social de gênero.  A luta pela igualdade deve ser de todos e  não apenas das mulheres.

Obras como "Vox" de Christina Dalcher se torna em tempos sombrios leituras incômodas, mas necessárias. Nos mostra uma realidade ficcional não tão distante de se tornar a nossa realidade. Considerado por muitos o novo "O Conto da Aia", o romance supracitado apresenta um mundo onde o maior pecado que uma mulher pode cometer é falar. Para impedir que atos pecaminosos como esses sejam cometidos além da conta, as mulheres são submetidas a situações absurdas de submissão, perdendo por completo seus direitos e sendo obrigadas a utilizarem em seus pulsos contadores de palavras que as permite falar unicamente 100 palavras por dia. Se para as mulheres tais situações já passam de qualquer limite do aceitável, imaginem como não é para as mulheres trans ou para os homossexuais nesse mundo claustrofóbico, misógino e preconceituoso.

"Como mulheres, devemos manter o silêncio e obedecer. Se precisarmos saber algo, perguntemos aos nossos maridos na intimidade do lar, porque é vergonhoso uma mulher questionar a liderança do homem, ordenada por Deus."

"Mulher não deve ir às urnas, mas tem uma esfera própria, de incrível responsabilidade e importância. Ela é a guardiã do lar, nomeada por Deus... Ela deve ter total consciência de que sua posição  de esposa e mãe, e de anjo do lar, é a tarefa mais santa, mais responsável e régia designada para os mortais; e descartar qualquer ambição de algo mais elevado, já que não existe nada tão elevado para os mortais."

Ler a obra de Dalcher me deixou muito pensativo e necessitado de mudanças mais frenéticas. Todavia, tenho consciência que esta é uma luta diária; e que devemos libertar mentes ao mesmo tempo que libertamos a sociedade desse mundo construído por sistemas patriarcais. O livro não é perfeito, mas é tão bom quanto a aclamada obra de Margareth Atwood. Sua primeira metade me agradou mais que a segunda. Achei os momentos finais deveras corridos e repletos de situações convenientes demais. Mas a pergunta que ainda permanece comigo (e que o livro ressuscitou em meu ser) e que irei refletir ao longo da vida é: Como é ser mulher nesse mundo dominado pelo machismo estrutural?

Finalizo dizendo que o lugar de fala quando a pauta é feminismo é delas, mas nada nos impede de sermos aliados ativos que colaboram para que tal luta ocorra e para que os resultados sejam benéficos para todos. Já dizia Angela Davis: " Precisamos nos esforçar para "erguermos enquanto subimos." Em outras palavras, devemos subir de modo a garantir que todas as nossas irmãs e irmãos subam conosco."
ROBERTO468 26/03/2020minha estante
Ótima resenha, concordo com tudo. O final realmente deixa a desejar.
A mensagem do livro é fantástica. Só não consegui compreender a protagonista, as suas escolhas são excêntricas.
E não consigo nem pensar em viver numa sociedade em que vc só possa falar apenas 100 palavras por dia. Brutal


Fernando Lafaiete 26/03/2020minha estante
De fato vi e ouvi muita gente reclamando da protagonista. Confesso que minha relação com ela foi menos conflitante do que imaginei que seria. A adorei em muitos momentos e fiquei pensativo em outros. Contudo, apesar desse porém, achei esse livro muito bom (com ressalvas) e muito necessário. O Conto da Aia ainda é em minha percepção muito mais brutal; mas ambos se conversam e se complementam de forma excepcional. Eu em um mundo desse estaria em campos de concentração sendo castigado por ser quem sou. O que mais me assusta é saber que muito da ficção pode vir a se tornar realidade se o curso da história continuar indo pelo caminho que vai.


ROBERTO468 26/03/2020minha estante
Sim. Triste viver num mundo que não aceita as diferenças.
Obs : Adoro teu site sobre resenhas. Sempre estou lá. Abraços


Fernando Lafaiete 26/03/2020minha estante
Fico feliz de saber. Muito obrigado! S2


NightPhoenixBooks 27/03/2020minha estante
Como sempre uma resenha fantástica Fernando! Apesar do desfecho, acho que esse livro levanta muitas questões importantes que acabamos por deixar de lado, já que vivemos relativamente confortáveis. Mas é sempre assim: nada como um choque de realidade para começar uma revolução.


Fernando Lafaiete 27/03/2020minha estante
Obrigado pelo comentário Marisa. Eu também acho essencial a leitura de livros como esse. Precisamos refletir sobre certas questões para não permitimos que absurdos como os que ocorrem Vox, se tornem a nossa realidade.


Fernando Lafaiete 27/03/2020minha estante
Obrigado pelo comentário Marisa. Eu também acho essencial a leitura de livros como esse. Precisamos refletir sobre certas questões para não permitimos que absurdos como os que ocorrem em Vox, se tornem a nossa realidade.




Jey Canavezes 02/05/2021

Bem ok.
O livro traz um tema interessante, mas seu desenvolvimento é muito enfadonho. Não consegui me importar muito com a protagonista e desisti várias vezes da leitura. Porém sempre que eu retomava os capítulos eram tão rápidos e tão pequenos que eu lia muito rápido acabava chegando cada vez mais perto do final.

O evento que leva ai desfecho do livro é muito bom, mas a conclusão foi muito mixuruca... fui tapeada.

Vale pela discussão levantada...
shamil.le 02/05/2021minha estante
Pelo amor de Deus me explica o que aconteceu com o marido dela, até agora não entendi


Jey Canavezes 02/05/2021minha estante
Eu também não é entendi nada. Mas juntando as peças dessa péssima narrativa final eu concluo que: o Morgan deixou um aviso de que o Patrick era um traidor então quando ele chegou na reunião já tinham preparado uma armadilha, ele fugiu e foi baleado. Eu consegui concluir isso, mas ficou muito mal explicado.


shamil.le 02/05/2021minha estante
Aaah sim, faz sentido... eu reli aquela parte um monte de vezes e fiquei: ???


Jey Canavezes 02/05/2021minha estante
Eu reli agora para te responder porque na hora nem dei atenção. Já estava chateada porque não era o que eu esperava hauhauahha


Lucas Rey 04/05/2021minha estante
Como a narrativa é em primeira pessoa, não tinha como ser diferente. Esse "problema" do final se repete muitas vezes ao longo do livro. O final em si, eu até gostei, mas o livro como um todo possui defeitos demais. Minha nota também foi 3,5.


Jey Canavezes 10/05/2021minha estante
Eu entendi o que a autora propôs no final, eu só queria que a protagonista fosse um pouquinho além sabe? Tipo sei lá... tacar fogo em alguma coisa. Eu entendo porque não aconteceu? Sim, mas que eu queria ver alguma coisa explodindo nesse livro, eu queria ahsuahsuash




Crisna @tinyowl.reads 16/04/2019

Eu que nunca acho um livro ruim, achei!
No final do texto tem spoilers caso alguém queira entender alguns dos pontos que eu considerei confusos, eles estão sinalizados.

Vox tem um sério problema de continuidade. Parece uma obra mal costurada, sem coesão. Os personagens são irritantes, as mulheres são estereotipadas, mas o problema mesmo era que eu ficava perdida. O tempo inteiro parecia que faltava alguma coisa, ou que algo desnecessário estava ali, que a ordem do texto estava errada ou talvez fosse só o tempo dos acontecimentos que parecia não bater. Fora que tudo é muito fácil. As coisas simplesmente acontecem, não há conflitos reais na narrativa. O livro é muito ruim, não fosse a premissa ser boa teria sido uma estrela só, porque a construção foi péssima.

Spoilers:
Alguns exemplos de momentos que me deixaram confusa: quando Jean chega a vizinha está sendo levada de maca até a ambulância e Patrick já sabe tudo que aconteceu. O marido da vizinha deixou a própria esposa sozinha ou recebeu Patrick em casa enquanto aguardava o socorro e contou a história toda a ele? Steven foge. Mesmo assim Jean vai trabalhar e ainda sai com o amante? Aliás toda a saída é esquisita, ninguém tem hora pra entrar e sair do laboratório? Jean ver Del ser preso e fala como se não soubesse nada da família dele, nem sabe se Sharon foi presa. Com quem Sonia estava então? A menina não ia pra fazenda? Jean foi pro trabalho e deixou ela com quem? E a morte do Patrick, alguém entendeu? Que tipo de pessoa vai operar o cérebro de um chimpanzé e de um humano e não deixa eles sedados o suficiente pelo processo todo? A Lin e o Lourenzo sabem língua de sinais? Não que seja impossível, mas nossa, que conveniente! Eu podia passar horas aqui...
Mialle @mialleverso 16/04/2019minha estante
Hahahahahahahaha mas vc foi sabendo


Crisna @tinyowl.reads 17/04/2019minha estante
Fui, mas não imaginei que era tão ruim!


Bruna.Santos 13/06/2019minha estante
Esses questionamentos me representaram. Muitacoisa sem resposta....


Crisna @tinyowl.reads 14/06/2019minha estante
Pois é, tinha tudo pra ser bom e foi uma decepção!


Lauri 02/07/2019minha estante
Terminei de ler faz pouco tempo e vim correndo para ver se só eu que não tinha gostado tanto assim. Mas percebi que muita gente não gostou tanto quanto eu . Mas a sua resenha foi o mais próximo com o que achei também.
Eu realmente achei que seria um dos melhores livros do ano, mas foi decepcionante.
Eu achei aquele romance , tão, mas tão desnecessário, sabe ?
Enfim, achei um pouco confuso em algumas partes . E acho muito injusto ser comparado com Conto da Aia que , aí sim é um livro maravilhoso.




elle carmo 26/05/2021

boa ideia, má execução
a leitura flui bem, vai te puxando de capítulo pra capítulo e até me tirou de uma ressaca. o tema do livro foi o que mais me chamou atenção, porém o desenvolvimento dele não é tão bom assim. a trama é artificial, não te faz se sentir dentro da história. sem contar que tudo aconteceu muito rápido.

uma coisa que percebi foi que muitas pessoas não conseguiram se conectar com a personagem principal e eu compartilho desse sentimento. tanto que cheguei até a esquecer o nome dela. eu achava que não tinha muito como errar numa narrativa em primeira pessoa, mas nessa história não acho uma boa escolha, pois tinha muitas coisas acontecendo nos bastidores, que um narrador onisciente faria tudo de um jeito mais emocionante.

gostei que a realidade não foi tão distorcida, mas me deu um certo desconforto, pois fez-me sentir que isso poderia acontecer daqui a alguns anos.

meu personagem favorito foi o marido, as atitudes deles foram admiráveis, e por mais que eu tenha visto alguém dizer que um homem ter sido o "herói" isso diminuía o discurso feminista da autora, não concordo.

primeiro, porque o plano final foi obra de um conjunto de pessoas e não só pelo marido, e segundo, os apoiadores do feminismo é composto tanto por mulheres como por homens. o plano final é uma imagem perfeita de uma experiência feminista, homens e mulheres trabalhando juntos pra melhorar a sociedade.

a leitura vale a reflexão pelo assunto levantado, mas a execução de tudo não é lá aquelas coisas.
isa 27/05/2021minha estante
Nossa, concordo com todos os seus pontos. Eu também não suportava a personagem principal, isso porque não conseguia suportar a ideia dela estar livre e ter conseguido receber todos os direitos (que até então foram abolidos na vida das mulheres) em boa parte do livro, sendo que a proposta inicial seria do leitor imergir em todo esse cenário caótico de como o patriarcado afeta na vida dela e de todas as mulheres e vê-la lutar contra, sabe? Mas, no final do livro, vimos que ela não fez NADA, absolutamente nada. Apenas xingou o marido (que fez mais coisas que ela), bateu no filho e morreu de amores pelo seu amante italiano.

Simplesmente péssimo.


elle carmo 27/05/2021minha estante
exatamente, tinha tanta coisa pra ser explorada! um narrador em terceira pessoa teria sido certeiro, falando sobre as aflições das mulheres nesse contexto, a fuga do filho indo atrás da namorada, o que o marido sentiu ao saber da traição, os planos dele e do grupo secreto, mais sobre a família na fazenda... o esqueleto é ótimo, e foi por isso que ainda consegui dar algumas estrelas, mas a história precisava de mais carne e músculo ?????


elle carmo 27/05/2021minha estante
um livro que explora muito bem essas coisas é "todo dia" do david levithan, recomendo


isa 27/05/2021minha estante
Exatamente! Confesso que o único motivo de eu ter dado 1 estrela foi pela proposta da autora. Mas é realmente uma pena que ela não tenha conseguido atingir uma execução boa, principalmente acerca das pautas e da crítica do governo.
Adorei o fato de você ter me recomendado um livro, fico muito grata por isso! Algumas pessoas me disseram sobre o quão bom era e estou ansiosa para ler, o problema é que preciso terminar os meus aqui da estante hahahaha. Mas, assim que der, lerei sim! :)


elle carmo 27/05/2021minha estante
Por nada. Sei bem como é, tenho um monte também. Segue a fila aí, boa sorte kkk




@heloizz_13 12/04/2021

Esse livro, me deu um misto de sentimentos e a maioria deles foi bem negativa. Passei bastante raiva e tinha momentos que eu tinha que parar de ler para dar uma respirada de tanto ódio. Mas, ele é bem envolvente e você se ver quereremos saber o que vai acontecer o mais rápido possível.

Agora o final me pegou de jeito, achei super apressado, poderia ter dado muito mais história, mass além disso achei uma história muito boa de se ler.
shamil.le 18/04/2021minha estante
Você entendeu o que realmente aconteceu com o Patrick? Eu n entendi, socorro kkkk


@heloizz_13 20/04/2021minha estante
Mulherrrrrr até agora eu fico tipo ?????! Quando eu lembro
Pq mano foi muito do nada, ficou um embaralhado de informação e acabou não explicando nada do q aconteceu


shamil.le 20/04/2021minha estante
Meu Deus sim, to sem entender até agorab


@heloizz_13 20/04/2021minha estante
Kkkkkkk horrível aquela explicação




Meu Vício em Livros 29/10/2018

Revoltante e impactante
VOX te mostra, entre outras atrocidades, o que é um mundo onde uma mulher não pode ler. Isto sim é macabro! Isto sim é o Halloween da vida real pra mim! Chocante! Literalmente, chocante! Eu não saberia lidar!

Os meus livros estariam trancados em um baú no sótão juntamente com o meu Kindle, com as chaves em um cofre só aberto pelo marido assim como a caixa de correio. Nem livro de receita é permitido gente, vocês tem noção?

Escrever e receber cartas, usar linguagem não verbal, trabalhar, decidir a educação dos filhos? PROIBIDO PARA MULHERES! Neste governo, as mulheres não servem para nada além de gerar filhos e cuidar da casa e do marido.

O problema aqui vai além de só poder falar 100 palavras por dia, são vários fatores que ferem os direitos das mulheres. As consequências desta violência é assustadora!

Revoltante e impactante! Narrado pelo ponto de vista da Jean, o enredo é tão viciante que você vai ler em um piscar de olhos!
Celina 29/10/2018minha estante
Me lembrou o Conto da Aia.


Meu Vício em Livros 29/10/2018minha estante
É a comparação da sinopse.


Meu Vício em Livros 30/10/2018minha estante
disseram que é mais leve, não li Aia ainda.


Celina 30/10/2018minha estante
Aia gostei mais da série de tv primeira temporada. Vale a pena ver.




AliJu 05/02/2024

Vox, porque veio com tanto para me decepcionar?
O plot principal e o posicionamento são muitos bons, partindo disso eu imaginei a ótima leitura que Vox poderia ser. E até foi em alguns pontos, mas não tem justificativa para a enrolação no começo e a correria do final.

Parece que a Christina Dalcher se tocou quando já estava lá nos seus 70% prontos que ela tinha pouco ?tempo?/paginas para desenvolver todo o resto da história, e então encaixou o que deveria ser metade do livro em 1/3 dele ou menos.

O que chega a parecer que houveram 2 escritores (não houveram), pois a primeira parte há detalhes que seriam até desnecessários, como a cor do medidor, enquanto no final ficamos sem muitas explicações e tudo parece ter passado como um flash.

Talvez ela devesse ter dividido a ideia em uma série de 2 ou 3 livros, ou somente fazer o livro maior e também reduzir o começo. Mas eu terminei de ler com a sensação de que houve um grande potencial não atingido.

Não é um livro que eu não recomendo, acho que vale a pena sim ler. Só não crie expectativas.
MairêCarrion 05/02/2024minha estante
Estava querendo ler esse livro, bom saber dessas informações


AliJu 05/02/2024minha estante
Não é ruim de tudo, eu não me arrependi de ler, só que nunca mais toco nele kkkkk


Nara_Thais 09/02/2024minha estante
Ainda quero ler mas gostei da resenha pra diminuir a expectativa


BrunoAle 10/02/2024minha estante
O final do livro parece que foi tão corrido que meu Deus, parecia que ela tava chegando num limite de palavras e teve que escrever tudo de uma vez?




Queria Estar Lendo 06/10/2018

Resenha: Vox
O que são 100 palavras em um dia? Nada significante. Algumas frases aleatórias. Pouco mais de um tweet. Imagine que um governo estabelece que você, mulher, não tem o direito de falar mais do que essas 100 palavras por dia - se o fizer, vai ser punida. O tipo de punição que se expande terrivelmente até seu fim. Vox, lançamento da autora Christina Dalcher, é a história sobre um país dominado pela opressão, onde as mulheres foram forçadas a se calar.

Este ARC foi cedido em cortesia pela Editora Arqueiro. As quotes citadas nesta resenha não estão de acordo com a revisão definitiva, então podem mudar na edição final.

Na trama, os Estados Unidos estão sob um governo extremista; conservador e regido pela religião. Desde a vitória desse presidente, o terrorismo corre solto na perseguição aos Direitos Humanos, mas principalmente às mulheres. Subjugadas pela religião, que prega sua inferioridade diante dos homens, foram obrigadas a se calar. 100 palavras por dia é determinado como suficiente para que elas vivam e se comuniquem. Se falarem uma palavra a mais do que isso, as pulseiras presas aos seus corpos disparam choques como punição; não precisam mais trabalhar ou interagir com as pessoas fora de sua casa e de sua família. Não precisam ter uma voz quando significam tão pouco para a ideologia perigosa do governo.

A Dra. Jean McClellan tem experimentado o inferno. Cientista e fonoaudióloga, ela estudou a fala e as palavras durante toda a sua vida para vê-las arrancadas de seu alcance com brutalidade e repressão. Porém, quando Jean é a única capaz de ajudar o presidente em uma tarefa tida como impossível, quando é estendida a ela uma chance de recuperar suas palavras para, quem sabe, fazer desse acontecimento uma tentativa de rebelião,Jean precisa confrontar sua realidade, sua família e o perigo de erguer a voz em um mundo silenciado pela violência e pelo medo.

"Pensem em expressões como "permissão do cônjuge" e "consentimento paterno". Pensem em acordar um dia e descobrir que não têm voz em nada."

Vox foi uma montanha-russa de emoções do início ao fim. Um livro visceral e desesperador, com uma narrativa frenética e equilibrada. É o tipo de história que te faz virar as páginas ansiosamente, curiosidade e medo trilhando os capítulos por vir. Tal como O Conto da Aia, é uma distopia extremamente atual; fala sobre machismo em sua mais vil e "pura" intenção, que é a de rebaixar as mulheres única e exclusivamente por seu gênero. Fala também da tirania contra outras minorias, do quão nociva e mortífera é a ideia de superioridade. De que alguém se coloque acima de todo o resto unicamente por algumas características que os diferenciam.

Os Puros da história são, em sua maioria, homens. São os detentores da voz, os responsáveis por roubar das mulheres sua liberdade, sua presença no mercado de trabalho e no dia-a-dia. São aqueles que olharam para o louco que pregava tais ideias e o consideraram o salvador da pátria.

"Talvez tenha sido isso que aconteceu na Alemanha com os nazistas, na Bósnia com os sérvios, em Ruanda com os hutus. Às vezes eu refletia sobre isso, sobre como crianças podem se transformar em monstros, como aprendem que matar é certo e a opressão é justa, como em uma única geração o mundo pode muar tanto até ficar irreconhecível. É fácil, penso."

O livro também dá uma amostra de mulheres que escolheram acreditar nas pregações da religião e do governo como o discurso mais sensato, a "única saída". Assim como fala sobre o apoio, também fala sobre o arrependimento que cresceu quando o poder chegou às mãos daquele monstro.

"O que as meninas estudam agora? Um pouco de soma e subtração, ver as horas, saber contar o troco. Contar, claro. Devem aprender a contar até cem."

Parece familiar? A gente conhece, através da História, o poder de um discurso extremista. Vimos o que o nazismo fez com o mundo - o que ainda faz -, as marcas que a Ditadura Militar deixou em nosso país. Vox nada mais é do que um retrato da atualidade; não me surpreenderia nada ver um candidato subindo ao palco e clamando que as mulheres devem ser caladas. Não me surpreenderia nada uma multidão louvando sua candidatura.

Quanto mais próxima da realidade que vivemos, mais assustadora é uma distopia. A leitura de Vox me deu angústia, me deu raiva, me deu vontade de sair gritando 101 palavras, 201, 301 palavras só para ter certeza de que elas ainda me pertenciam. Ler a jornada da Dra. Jean foi uma experiência revoltante e esperançosa; saber seus pensamentos e seu desejo de liberdade, ler seus pequenos atos de rebelião ascendendo a coisas mais notáveis foi aquela faísca de esperança sempre tão presente e necessária em histórias desse tipo.

"- Tenha cuidado, querida. Você tem muito mais a perder do que sua voz."

Achei Jean uma protagonista sensata e coesa. Madura e bem desenvolvida. É uma cidadã que, num passado, foi apática à política e ao chamado à luta das feministas e agora vê a consequência do seu silêncio. É uma sobrevivente da opressão e da tirania. Uma guerreira que riu e se deliciou ao ver que a única esperança do homem que tirou sua voz estava em suas mãos. Uma mãe. Uma filha. Uma cientista. Uma mulher.

Sua relação com o marido, Patrick - uma figura sensata, mas cautelosa dentro do cenário político em que vivem - é pautada em um misto de revolta pelo silêncio dele e compreensão pelo cuidado. A relação dela com o cientista Lorenzo foi mais interessante, mas acho que eu estava tão fisgada pela trama política e revolucionária que acabei não me ligando tanto à parte amorosa da história. A familiar prendeu mais minha atenção.

"A insensatez dos homens sempre foi tolerada."

Jane tem três filhos; Steven, o mais velho. Os gêmeos, mais apagados dentro da trama. E Sonia, sua caçula - já punida com a presença da pulseira de choque. Com Steven, os embates são revoltantes. Com Sonia, são desesperadores. Jane confronta vários lados das ideologias extremistas e da doutrinação religiosa que vêm crescendo no país. Steven, um peão das ideias absurdas, me fez revirar os olhos e querer gritar em dezenas de cenas. É o retrato de como se constrói um fascista. Como se faz acreditar que ideais de supremacia são corretos.

Sonia, por outro lado, é a vítima em todo seu cerne. Uma criança que não vê o terror, vendada para a parte ruim de todo aquele cenário, doutrinada a segui-lo à risca para ser recompensada. Se não falar, pode ganhar um sorvete. Se ficar quieta durante todo o dia, vai ser a melhor aluna da turma - o fato de Jane temer pelo que a tortura física faria pela filha bate de frente com o medo de vê-la subjugada pelo sistema.

Além dos filhos, Jane tem grandes momentos de flashbacks, voltando a tempos onde ainda havia liberdade e voz, onde escolheu não ouvir Jackie, sua melhor amiga, ativista feminista, a respeito das atrocidades que o candidato à presidência vinha espalhando. É bastante interessante como a Jane oprimida encara a que desconhecia a opressão; como ela se vê ingênua e cega a coisas que agora são tão óbvias. Como escolheu fechar os olhos a fazer alguma coisa para mudar uma possibilidade - possibilidade essa que agora é a realidade e seu maior pesadelo. Como batia de frente com a Jackie em relação aos protestos e às críticas diárias e como percebeu, da pior maneira, o quanto sua amiga tinha razão.

"- Honestamente, Jacko... Você está ficando histérica.
- Bom, alguém precisa ficar histérica por aqui."

Eu poderia me estender muito mais a respeito dessa história, mas parte da grandiosidade de Vox está no meio do livro. Nas reviravoltas mais do que inesperadas, dos caminhos obscuros e questionadores que a obra toma. Todo o desenvolvimento de Jane em relação ao pedido do presidente e dos rumos que sua aceitação a levam são grandiosos e chocantes.

Uma única ressalva sobre o livro, para mim, fica com o final. Acho que 90% da história estava indo muito bem, mas aqueles 10% do fim soaram um pouco... distantes. A ideia que uma parte da trama me vendeu não batia com o que estava sendo entregue. Não é ruim, longe disso. É conciso e carregado em adrenalina e faz com que você não consiga respirar até entender o que vai acontecer. Aos meus olhos, no entanto, não me convenceu por completo.

A Editora Arqueiro deu um salto grandioso e empoderador ao trazer esse livro para cá e eu só posso agradecê-los e garantir que vou indicar Vox para todo mundo.

"Todas aquelas casas são pequenas prisões, penso, e dentro delas existem celas na forma de cozinhas, lavanderias e quartos."

Vox é uma história sobre as mulheres. As sobreviventes de uma tirania. As vozes forçadas a se calar que encontraram outros meios para se fazer ouvir. É um livro poderoso, inestimável e extremamente necessário nos tempos sombrios que estamos vivenciando; onde a força da voz de um opressor é e sempre vai ser calada pelo grito de milhões de mulheres.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/10/resenha-vox.html
Barbara 12/10/2018minha estante
Que resenha maravilhosa, estou louca pra ler esse livro.


Tamara 21/10/2018minha estante
Resenha maravilhosa


estante.da.gabi 10/03/2019minha estante
Devorei esta resenha a fim de conseguir encontrar uma opinião sobre o final do livro e finalmente encontrei alguém que percebeu a mesma coisa que eu. O livro é simplesmente genial e não tenho nada mais a acrescentar a esta resenha incrível, mas esse final não me convenceu. Nem um pouco. Meu lado leitor achou legal, mas meu lado crítico não entendeu como as coisas terminaram assim, principalmente para uma distopia. A sorte é que isso não estragou a história e nem tirou a assustadora atualidade da trama do livro, mas eu sei que se acontecesse na vida real, esse fim nunca aconteceria. Idealizado demais.




Andreia.Kohut 13/08/2020

Este livro me deixou meio decepcionada... gostei do enredo e de tudo o que ele podia ter sido... Mas fica muita coisa subentendida.... queria ler mais....
Rayane Lau 13/08/2020minha estante
Também tive essa sensação de que faltava umas 100 páginas para ter um melhor desenvolvimento..


Rayane Lau 13/08/2020minha estante
Esse final "feliz" foi difícil de engolir...


Andreia.Kohut 18/08/2020minha estante
Sim! Verdade! Eu Não leria a continuação, se houvesse.




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Ellen - @anotacoesliterarias 24/06/2019minha estante
Odiei o final...sério que vai ter continuação???


Carolina de Paula 26/06/2019minha estante
Ellen, vai sim, infelizmente! Já está até cadastrado aqui no Skoob: https://www.skoob.com.br/next-after-vox-836699ed841684.html


Ellen - @anotacoesliterarias 28/06/2019minha estante
Poxa, espero que a autora usa mais a Sharon então, pq a Jean é uma personagem muito fraca.




aafantis 09/02/2019

Um livro que nos faz refletir + final fraco
Imagine que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. Aquelas que não possuem homens na família para representá-las vão para um internato, emudecidas para sempre, e quem é LGBT é posto numa prisão até que se "converta" em heterossexual. É nesse cenário distópico que a trama de VOX se passa.

O Estados Unidos passa por uma reforma embasada no fundamentalismo cristão. Mulheres perdem todos os seus direitos para se dedicarem exclusivamente à criação dos filhos e aos deveres do lar. Dentre os direitos perdidos está este tão elementar: a fala.

A premissa do livro é estarrecedora, mas o que causa mais pavor é o quanto esta metáfora se aproxima do mundo em vivemos atualmente.

Embora o livro foque muito na relação amorosa da protagonista (bem mais do que eu gostaria) e a autora ter se perdido um pouco no final, propondo um desfecho corrido e meio sem graça, a mensagem do livro é clara e nos faz refletir: coisas absurdas acontecem justamente por parecerem absurdas demais para acontecerem.

"Não se protesta contra aquilo que você não vê chegando"
Gustavo Barberá 09/02/2019minha estante
Concordo plenamente com você. Final fraco!!!


Leticia Nassinger 10/02/2019minha estante
Achei o mesmo, e ?o romancezinho? que rola tb me perdi ali...


aafantis 10/02/2019minha estante
Comeca muito bem, a temática é extremamente relevante, mas o desenrolar da historia é frustrante. Acho que é porque a autora criou primeiro o conto, daí como fez muito sucesso, resolveu estende-lo para um romance, mas não foi muito bem sucessedida nisso, ao meu ver.




Ju 11/09/2020

Distopia pra começar
O início dessa história, diferente da maior parte das distopias que já li, é bastante fluida. Isso torna ela uma ótima distopia pra quem quer começar a ler o gênero. O fato da autora ter experiência na área q ela conta no livro agrega DEMAIS, no entanto o final me decepcionou no sentido de ser tudo corrido e conveniente demais, mesmo assim a experiência de leitura foi bem gostosa
Dih 14/09/2020minha estante
Acabei de fazer uma resenha, e concordamos sobre como o final é corrido. Falhou muito nesse ponto, mas curti ler.


Ju 14/09/2020minha estante
Concordo totalmente! Talvez estivéssemos esperando um foco mais no mundo distópico como um todo e a autora queria focar na personagem e no romance...


Dih 14/09/2020minha estante
Ainda não li O Conto da Aia, mas assisti a série, e o que mais me empolga é o mundo. Nesse livro eu senti que ela perdeu a mão lá pelos 75%, e não deu espaço pra que a gente visse mais nada do mundo (e nem da Jean se a gente for ser sincera). Um acontecimento importantíssimo e o follow up dele se deram em dois capítulos minúsculos. Senti que a escrita em primeira pessoa limitou esse final, mas existiam recursos pra passar por cima disso.




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Amy 26/10/2020minha estante
Esse final então, extremamente podre


Amy 26/10/2020minha estante
Só não dei 1 estrela pq ganhei esse livro de presente de alguém q me segue aq kkkkk


lilac 26/10/2020minha estante
nossa SIM eu achei uma bosta




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