Resenhas - Mente Assassina

Shi9 08/04/2024

Foi um livro que achei aleatoriamente, queria algo que envolvesse crime. Até foi interessante, mas não me surpreendeu. Poderia ter um final mais chocante. Apesar disso, li até o fim e recomendo.

Fabio Shiva 23/11/2023

QUEM MATOU O ENTUSIASMO PELA LEITURA? O ASSASSINO É... A EXPECTATIVA!
Confesso logo no início: se não gostei tanto de “Mente Assassina”, muito provavelmente é porque tenho P. D. James em tão alta conta que devo ter criado demasiada expectativa.

Pois a história é bem interessante, um romance policial de 1963 ambientado em uma clínica psiquiátrica para pacientes abastados, com tratamentos que variam dos “convencionais” eletrochoques e sessões de LSD a práticas menos ortodoxas como a psicanálise e a arteterapia. Uma funcionária da clínica aparece brutalmente assassinada, com requintes de cinismo. Como as entradas e saídas são rigidamente controladas, o assassino só pode ser uma das pessoas que estavam na lista da clínica quando o crime foi cometido. Cabe ao policial poeta, Adam Dalgliesh, desvendar o mistério.

Ao fazer uma rápida pesquisa agora, para descobrir a data de publicação de “Mente Assassina” (“A Mind to Murder”, que traz um trocadilho intraduzível no original em inglês, podendo ser tanto a opção do título em português quanto algo como “uma mente para ser assassinada”), descobri que esse é nada menos que o segundo livro escrito por Phyllis Dorothy James. O segundo de uma longa e esplêndida carreira, com alguns dos mais impactantes romances policiais que eu já li. Contudo esses livros que me marcaram tanto trazem justamente algo que vai além do mero jogo detetivesco do romance policial, com nuances de sombrio existencialismo que lembram um pouco Virginia Woolf... Esses elementos fascinantes da prosa de P. D. James, que não se espera encontrar em uma história policial, mais improváveis ainda seriam em seus primeiros livros.

Daí a elevada expectativa que criei com essa leitura ter redundado em alguma frustração. Mas tenho que dizer que a frustração só foi sentida mesmo no final da história, na cena da revelação, que achei meio armengada e bem pouco satisfatória. Pois essa é uma característica curiosa do romance policial: só sabemos se é bom mesmo quando chegamos ao fim.

Para os interessados em conhecer a obra de P. D. James, coloco a seguir os links das resenhas de outros livros dela que eu li, e que recomendo que sejam lidos antes desse “Mente Assassina”, que em 1995 ganhou uma versão em filme televisivo (https://youtu.be/48DeeD6ZHaw?si=BbgcHC87R9--956B).

UM GOSTO POR MORTE – P. D. James
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2012/06/um-gosto-por-morte-p-d-james.html

A MÁSCARA DA CAVEIRA – P. D. James
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2012/10/a-mascara-da-caveira-p-d-james.html

SALA DOS HOMICÍDIOS – P. D. James
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2013/01/sala-dos-homicidios-p-d-james.html

ARMADILHAS E DESEJOS – P. D. James
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2013/06/armadilhas-e-desejos-p-d-james.html

SANGUE INOCENTE – P. D. James
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2011/08/sangue-inocente-p-d-james.html

PACIENTE PARTICULAR – P. D. James
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2013/05/paciente-particular-p-d-james.html

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/11/quem-matou-o-entusiasmo-pela-leitura-o.html




site: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/

Siqueira 08/06/2023

Boa leitura
Uma história sem muitas surpresas, em alguns momentos forçado nos detalhes deixando a leitura lenta e cansativa

Tami 02/08/2021

Investigação policial básica (resenha sem spoilers + resumo do livro)
Este foi o primeiro livro que li da P.D. James e, quando recebi emprestado, fui alertada de que esse não era o melhor da série.
O livro foi publicado em 1963 e além de ser o segundo da série, é o segundo escrito pela autora. Ele reflete bem o estilo da época, um livro policial leve.

Pessoalmente, não gosto quando temos uma série de personagens sendo apresentados logo de cara, que é o que acontece nesse livro. O assassinato se dá nas primeiras páginas e logo em seguida o detetive chega à clinica para entrevistar todos os suspeitos. Desta forma temos um número considerável de personagens sendo apresentados em poucas páginas, bem como toda a sua movimentação no momento do crime - algo fundamental para a história. Acho muita informação de uma só vez e, sinceramente, tenho bastante dificuldade em decorar quem fez o que (e quem se relaciona com quem).

Como comentei, o livro reflete bem o estilo da época em que foi escrito (63) e por isso tem uma história mais lenta do que estamos acostumados hoje. Prefiro livros mais dinâmicos, principalemente aqueles onde há a urgência de descobrir o assassino antes que ele aja novamente. Nesta história se tem praticamente uma certeza de que o assassino não irá atacar de novo, então falta essa motivação extra.

Não é um livro ruim mas não é um livro que recomendaria. Atualmente temos outros mais interessantes para serem lidos neste mesmo estilo.


+++ RESUMO DO LIVRO COM SPOILERS +++


A srta. Enid Bolam é assassinada dentro da Clínica Steen. Ela recebeu um telefonema logo antes de ser assassinada e avisou que havia descoberto algo muito importante e precisava conversar com o sr. Lauder, do Comitê Administrativo Hospitalar. Ela é solteira e tem uma boa herança para deixar, e havia solicitado a alteração do seu testamento no dia anterior.

Quando vai visitar Peter Nagle (porteiro), Dalgliesh percebe que ele tem objetivos que não condizem com o salário que recebe.

Junto com o diretor médico (dr. Etherege) Dalgliesh avalia os cartões dos pacientes e seleciona aqueles que poderiam ser chantageados. Encontram um que estava sendo chantageado e que havia ligado no dia do assassinato e falado com a srta. Bolam.

Jennifer Priddy é uma jovem de família simples, que já foi casada e hoje namora com Nagle. Nagle está pronto para viajar para Paris, para uma bolsa de artes que vai receber, e vê que pode se livrar de Priddy. Ele arma o assassinato dela simulando um suicídio. Antes de conseguir sair da clínica, onde deixou Priddy para morrer, o detetive chega.

Lá descobre Nagle era o responsável pela chantagem, mas quem matou Enid foi sua prima Marion Bolam (que também trabalha na clínica). Nagle aproveitou o fato de ter visto o assassinato para chantagear também Marion. Marion tinha interesse no testamento da prima, que deixaria o dinheiro para ela e para a mãe, doente.

AmadosLivros 22/11/2014

Resenha no blog Amados Livros
Não deixe de conferir nossa opinião sobre este livro no nosso blog! E lá também tem muitos outros livros legais!
Dê uma passadinha lá! ;D
Confira no link abaixo!

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2012/07/mente-assassina_24.html

Gláucia 02/06/2014

Mente Assassina - P.D. James
Meu primeiro livro da autora que já estava a fim de conhecer há algum tempo. Gostei do estilo, achei um pouco próximo dos policiais tradicionais onde a narrativa é focada na investigação, feita pelo detetive Dalgliesh que, nas horas vagas publica seus livros de poesia. Achei interessante como em alguns momentos ela foca a narrativa no pensamento de todos os suspeitos.
O crime acontece numa clínica psiquiátrica e a vítima é a gerente administrativa. Faltou um pouco de ritmo, vai sendo mantido o mistério e de repente começa a se descobrir tudo. Mesmo assim a autora soube surpreender por um detalhe que achei bem peculiar e até certo ponto ousado. Claro que não é possível comentar sem entregar tudo. Descubra você :)

site: https://www.youtube.com/watch?v=zQNIZLTRGws

mariioliva 12/09/2012

Livro: Mente Assassina ( A Mind to Murder)
Livro: Mente Assassina ( A Mind to Murder)
Autor: P. D. James
Editora: Abril Cultural
Ano: 1963
Número de Páginas: 201

“Em algum lugar uma mulher estava gritando. Era um barulho horrível, alto, contínuo e completamente animalesco. Seu efeito sobre o dr. Steiner foi estranhamente desagradável. (...)
(Dr. Steiner) _Não, francamente, assim não dá! Onde anda a senhorita Bolam? Será que não tem ninguém nesta clínica para supervisionar as coisas?(...)
Os gritos da moça estavam se transformando em vagidos, mas seu corpo inteiro trepidava e ela estava mortalmente pálida.
_Qual é o problema?, Perguntou o dr. Steiner, ríspido. O que ela está sentindo?(...)
(Jennifer Priddy) _É Miss Bolam. Ela está morta. Alguém a matou. Está na sala do arquivo no subsolo. Foi assassinada. Eu a encontrei. Enid foi assassinada!”

Não, não é Agatha Christie. Parece, mas é outra célebre escritora britânica, a Phillys Dorothy James, reconhecida como uma das escritoras que mais influenciaram o gênero literário do romance de mistério, sendo especialmente notável a forma como caracteriza as suas personagens e a sua habilidade em construir atmosferas plenas de detalhes. Em Mente Assassina, James narra mais uma dos curiosos casos do inspetor da Scotland Yard, Adam Dalgliesh, dessa vez um estranho homicídio numa clínica psiquiátrica.

“Um misterioso telefonema e Enid Bolam, administradora da clínica Steen, desce ao subsolo para ser assassinada. Adam Dalgliesh, poeta e inspetor da Scotland Yard, é solicitado para investigar o crime. Ele logo descobre que cada um dos funcionários da clínica tinha motivos de sobra para matar Enid Bolam.” Fundada no meio das duas guerras mundiais, a Clínica Steen recebe pacientes psiquiátricos ambulatoriais de boa situação financeira para tratamentos psicoterápicos e analíticos, atividades de arte-terapia, aplicações de eletrochoque e sessões com LSD destinadas a liberar as inibições mais arraigadas de alguns deles.

A noite caiu. Médicos e empregados concluem as tarefas do dia. Um grito animalesco sobe do subsolo, atravessa salas e corredores e interrompe as reflexões do paciente do Dr. Steiner sobre as razões do colapso de seu terceiro casamento. A jovem Jennifer Priddy acabara de encontrar, na sala dos arquivos, o corpo da gerente administrativa caído sobre dezenas de pastas com anotações médicas sobre antigos pacientes. É verdade que a Miss Bolam irritava as pessoas. Nada grave, só falta de jogo de cintura, diziam todos. Mas aquele assassinato brutal, com detalhes grotescos, parecia resultar de um ódio muito profundo. Sobrou para Dalgliesh descobrir o verdadeiro culpado, dono de uma mente assassina, fria e calculista, capaz de cometer tamanha atrocidade.

O livro é muito bom. Em alguns momentos fica chatinho, mas nada que atrapalhe muito. Não é o melhor de P. D. James, mas com certeza é maravilhoso. Nesse início de carreira, seus livros ainda não são muito densos, mas os mistérios são curiosos, os personagens bem caracterizados, a trama bem tecida e as soluções realistas. Quem é fã de seus livros, é mais um que recomendo ler! Boa leitura!


Para mais resenhas literárias, acesse www.amadoslivros.blogpot.com

Lili Machado 24/04/2012

Neste livro aprendemos um pouco sobre a vida de Dalgliesh.
Quando o diretor administrativo da Clínica Psiquiátrica Steen é encontrado assassinado, o agora Superintendente Adam Dalgliesh, da Scotland Yard, é chamado para investigar.
Dalgliesh deve analisar as ansiedades e desejos secretos dos pacientes e da equipe da clínica, para determinar quais de seus conflitos não-resolvidos resultaram em morte.
Neste livro aprendemos um pouco sobre a vida de Dalgliesh e seus sentimentos para com sua ex-esposa.
Nesse início de carreira, seus livros ainda não são muito densos, mas os mistérios são curiosos, os personagens bem caracterizados, a trama bem urdida e as soluções realistas.