A Promessa & A Pane

A Promessa & A Pane Friedrich Dürrenmatt




Resenhas - A Promessa & A Pane


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Fran Aquino 05/05/2024

Li sem saber
Ambas histórias são boas, achei que teriam ligações (peguei pra ler sem ler nada sobre) mas não há conexão, embora eu achei que tivesse semelhança entre os dois contos.
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Gustavo 08/03/2024

Uma literatura desconhecida, que tem seus pontos ainda frágeis
A promessa começa com um ritmo interessante, com personagens medianamente complexos, e que desenvolve uma trama interessante, entretanto, o final ficou muito a desejar. A sensação é que o autor se perdeu no final do livro para poder concretizar de uma forma decente.
Agora, A pane fica muito a desejar. Uma narrativa cansativa, verborrágica muitas vezes, que sai do nada e vai a lugar algum. Se o objetivo era fazer alguma reflexão, o autor não cumpriu com o desejado, ou pelo menos, eu fiquei sem entender nada.
Uso excessivo de palavras para descrever sensações que ficam "sobrando" no texto.
Poderia ser mais objetivo em alguns pontos e trazer uma narrativa mais leve.
Leitura amarrada e longe de ser um dos preferidos.
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cherry_motth 03/01/2024

Extremamente maçante
Ambos os contos tem uma narrativa de altos e baixos: começam de uma maneira confusa, ganham um bom ritmo e depois voltam a serem cansativos, com passagens desnecessárias e personagens irritantes. Esperava muito mais desse livro e sai decepcionada.
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Caroline Vital 24/10/2023

Lido em 2018
Muito legal. A pane é sensacional, poderia ter sido escrito por Kafka. A promessa é instigante, real, irônico. Achei genial.
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Andrea Janaina 18/07/2023

Surpreendente e nada clichê
Quem me acompanha por aqui viu alguns meses atrás que encontrei esse livro em uma estantezinha de circulação de livros dentro de um clube.
Trouxe para ler e finalmente chegou o dia dele rsrsrsrs? E me surpreendeu!!!!

Foi uma excelente leitura, fluida e que prende.

Eu não conhecia esse autor, ele é suíço, gostei do enredo e da escrita e das duas histórias.

A primeira é um romance policial: A Promessa, um investigador que observa o sofrimento dos pais de uma garotinha que foi assassinada e promete a eles que resolverá a qualquer custo esse mistério, mas esse ?qualquer custo? acaba comprometendo totalmente a vida particular dele.

O segundo texto: Pane, originalmente, foi escrito para ser uma novela de rádio. O carro do personagem principal, Traps, sofre uma pane em uma cidade muito pequena, que só tem um mecânico e ele opta em passar a noite naquele cidade. Acaba se hospedando na casa de um juíz aposentado que o convida para ?brincar? de julgamento com os colegas aposentados: advogado e promotor, onde ele tem que confessar um crime. Traps, avisa que nunca cometeu crime algum, mas abre a sua vida e seus segredos de como foi promovido.
O autor vai trazendo reflexões sobre a moral, ética e o comportamento sobre as relações humanas.

Vale muito a pena a leitura!
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Joao.Pedro 29/06/2023

Curto e direto ao ponto
Eu adoro histórias de detetive e mistério e esse livro foi uma agradável surpresa, pois no meu ponto de vista o livro é mais sobre os personagens do que o misterio em si principalmente no A Pane.
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Pandora 17/06/2023

Friedrich Dürrenmatt (1921-1990) foi um escritor e pintor suíço de língua alemã, que passeava com facilidade entre vários gêneros, de peças de teatro e roteiros de cinema a tratados filosóficos e políticos, passando por contos, romances e narrativas autobiográficas.

Este livro reúne duas histórias incríveis, que ao tratar de culpa e moral de maneira crítica e original, nos leva a reflexões sobre a humanidade.

A PROMESSA

“Para pescar, é preciso conhecer principalmente duas coisas: o local e a isca.” - pág. 106

A promessa é narrada por um escritor, a partir de uma história contada por doutor H., um ex-comandante de polícia do cantão de Zurique, com quem ele havia pegado carona após uma palestra. Na ocasião, após criticar a forma como eram feitas as narrativas policiais ficcionais, muito longe da realidade, o policial havia lhe falado sobre uma série de crimes que haviam abalado tanto seu companheiro de trabalho, a ponto de provocar sua derrocada.

Este companheiro, o investigador Matthäi, havia feito uma promessa aos pais de uma menina morta, de que ele descobriria quem fora seu assassino; esta promessa se torna o mote de sua vida. Usando métodos pouco ortodoxos para chegar ao criminoso, o desenrolar nos mostra que por mais experiência, lógica e método que um investigador profissional possua, há imprevisibilidades e dificuldades que nem sempre permitem que se chegue a uma resolução satisfatória, como acontece na maioria dos romances do gênero.

Dürrenmatt escreveu A promessa após perceber que um roteiro cinematográfico que acabara de finalizar à época era uma história de detetive previsível demais. Ao criticar essa previsibilidade de manual, mas ao menos tempo contar sobre uma investigação, o escritor acabou criando uma narrativa densa, instigante e envolvente até a última página.

Adaptações: A primeira adaptação de A promessa foi Es geschah am hellichten Tag/El cebo, filme de 1958, dirigido por Ladislao Vajda e estrelado por Heinz Rühmann. A Itália produziu um filme para a TV em 1979, La promessa, e a Hungria fez uma adaptação em 1990 chamada Szürkület.
O filme The cold light of day, de 1996, dos Países Baixos, dirigido por Rudolf Van Den Berg e protagonizado por Richard E. Grant, está disponível atualmente no YouTube.
Há uma adaptação para o cinema com opiniões bem divididas no Filmow: The Pledge, de 2001, dirigida por Sean Penn e protagonizada por Jack Nicholson.

A PANE

“Neste mundo de inocentes com culpa e de culpados sem culpa, o destino saiu de cena e em seu lugar entrou o acaso.” - parte da fala do ator Oswaldo Mendes numa das montagens teatrais de A pane.

A pane é dividida em duas partes: a primeira é uma reflexão sobre a escrita; a segunda uma narrativa deliciosamente tragicômica que tem início quando o carro de Alfredo Traps, uma espécie de chefe dos caixeiros-viajantes de uma firma têxtil, sofre uma pane perto de uma cidadezinha onde ele tem que pernoitar. Como o único hotel da cidade está lotado por causa de uma convenção, ele é abrigado na casa de um velho juiz aposentado que costuma acolher visitantes.

Convidado para jantar com o anfitrião e seus amigos - todos senhores idosos e aposentados de profissões ligadas à Lei -, Traps é convidado a participar de um jogo habitual entre os amigos: a recriação de um tribunal, onde eles encenam suas antigas profissões. Melhor não saber mais nada sobre essa genial cena e para onde ela se encaminha. Só posso pedir: leiam!

Amei este final, mas li que o próprio Dürrenmatt apresentou versões alternativas em adaptações do livro para outras expressões artísticas, o que demonstra que o jogo do livro, assim como o jogo da vida, sempre admite várias possibilidades.

Adaptações: Há bastantes adaptações de A pane tanto para o teatro, como para o cinema e a TV, algumas bem próximas da história original, outras só levemente baseadas. Entre elas:
Die Panne, filme para a TV de 1951, dirigido por Fritz Umgelter, protagonizado por Peter Ahrweller;
La più bella serata della mia vita, filme de 1972 dirigido por Ettore Scola, protagonizado por Alberto Sordi;
Anusandhan, filme de 2021, dirigido por Kamaleshwar Mukherjee, protagonizado por Saswata Chatterjee.
A pane, peça dirigida por Malú Bazán e traduzida por Diego Viana, com Antonio Petrin, Cesar Baccan, Heitor Goldflus, Marcelo Ullmann, Oswaldo Mendes e Roberto Ascar, está em cartaz atualmente (2023), em curta temporada, no teatro Itália, em São Paulo.

Fontes: Wikipédia e Revista da TAG.
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estefani_estima 12/06/2023

Os dois livros são muito bons, não são nada do q eu esperava

O primeiro é sobre um caso quase sem solução do assassinato de várias meninas e um policial q praticamente perdeu a vida tentando resolver

O segundo retrata sobre um vendedor viajante que teve que pernoitar em uma cidade na casa de um juíz, lá ele participa de uma simulação de tribunal. Ele entra uma pessoa normal e sem crimes e sai acreditando q realmente tinha sido o assassino de alguém (o tanto que essa história é louca não tá escrito). O final é o mais inesperado possível e até agora eu não acredito.

Enfim, os livros são incríveis para abrir a mente e pensar mais sobre justiça e como ela se aplica.
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ToniBooks 09/06/2023

Um mestre de obras literárias
O suíço Friederich Dürrematt nos brinda com duas histórias: "A promessa" e "A pane". A primeira, um antirromance policial, leva-nos por caminhos cheios de bifurcações; quando menos se espera, o óbvio se apresenta com uma roupagem surpreendente. Já a segunda história, é uma novela tão cômica quanto original, sem dispensar um ápice de explodir a cabeça.

Excelente autor: sutil e cirúrgico quando se trata de capturar a nossa atenção.
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Anderson 01/06/2023

Um volume com duas excelentes histórias. Dürrenmatt consegue aliar dois estilos que talvez pouco se conectem, o que dificilmente consegue ser alcançado por uma grande quantidade de escritores. Em "A promessa", ao mesmo tempo em que nos entrega um enredo instigante, que nos prende a atenção, ao melhor estilo do gênero policial, a história é densa em sua proposta narrativa, tanto no que diz respeito à linguagem (considerando que se trate de uma boa tradução), quanto nas abordagens temáticas, na escavação do psicológico dos personagens, dos debates sobre os valores morais.
"A pane" também caminha nesse sentido. É um texto menor em tamanho, mas nos provoca uma tensão enorme à medida que vamos percebendo (ou pensando que vamos percebendo) qual será o destino do protagonista. O final pode nos surpreender, mas é o desfecho perfeito para as pretensões narrativas de Dürrenmatt.
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Rafael 29/04/2023

A genialidade de um suíço
Esta obra chegou até mim por ter sido indicada por Cristóvão Tezza para a TAG. Não fosse assim e, certamente, eu não teria a oportunidade de conhecer algo tão maravilhoso quanto este livro. Segundo o bordão atribuído ao autor da obra "uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado". Pois é exatamente essa uma das características dos contos que compõem o livro. Em ambos somos surpreendidos com as reviravoltas que ocorrem nas narrativas e nos levam para caminhos não imaginados ao iniciarmos a leitura. Mas não é só isso. Há um árduo trabalho do autor em descortinar a psiquê humana das personagens e somos convidados a refletir sobre as fragilidades inerentes à condição humana. Cristóvão Tezza admitiu que após ler o livro chegou à conclusão de que essa era a obra que ele gostaria de ter escrito dada a potência do texto, em todos os sentidos. Eu compartilho de tal sentimento, ainda que tenha pensado em um desfecho, a meu sentir, mais interessante para "A promessa". Mesmo assim, vale a pena ler cada linha dessa magnífica obra.
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Alan.Oliveira 18/04/2023

A promessa

É uma história muito boa.
Ela começa fria, mas logo após as 20 primeiras páginas fica frenética de um jeito diferente. Não tem muita ação, e a história é parada, ainda assim da uma sensação de vertigem, de urgência... o final é surpreendente.

______________________

A pane

Uma certeira crítica ao sistema judiciário e a ideia de juiz ideal. Mesmo tendo sido escrita em meados do século XX e em um contexto de outro país, é muito válido para nossa realidade no Brasil. Recomendo.
Franciele 20/04/2023minha estante
??????




gabriela tintin 24/02/2023

Isso não é um romance policial.
A promessa.

muito bem construído, pensado e narrado, te faz entrar na história da melhor maneira possível, você entende motivações, cria suposições, julga os personagens mas sabe que não há uma grande descoberta por vir justamente por não ser uma romance policial e sim uma história policial (coisas que nunca pensei que poderiam ser tão diferentes). matthai tinha uma promessa e um sonho, mas o acaso tinha outros planos.

a pane.

bem curtinho e bom de ler, as ultimas paginas achei um pouco enroladas, mas acredito que fosse para criar o clima de bebedeira que se formou entre os personagens. o final me surpreendeu bastante, muito bom.
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Robson 08/02/2023

Acaso: aquilo que acontece sem motivo aparente
Dürrenmatt é uma surpresa magnífica para mim. Que coisa incrível é a escrita dessas duas novelas, que riqueza. A gente fica atônito durante, ao fim e depois da leitura, tentando esmiuçar as intenções do autor com essas duas obras.

"A promessa" é uma história policial totalmente diferente do que estamos acostumados. Uma sátira às soluções "sem pontas soltas" dos crimes em que o bandido é apanhado depois de uma extensa investigação lógica. Não, aqui temos um crime hediondo, temos também um ótimo investigador, mas também temos o acaso e a força da realidade que tornam os acontecimentos quase que absurdos.

Matthäi, o investigador, para sair de uma situação embaraçosa, promete (pela sua salvação eterna) aos pais da vítima que vai capturar o responsável pelo crime. A partir dessa promessa a realidade de sua vida bem encaminhada lentamente se transforma.

Em "A pane" acompanhamos Alfredo Traps numa situação corriqueira: após um dia de trabalho enquanto voltava para casa seu carro pifou. O conserto vai demorar pelos menos até a manhã seguinte e, como já está um tanto tarde pra voltar pra casa pelo transporte público, o homem decide ficar pela cidadezinha próxima mesmo. Sua intenção era viver uma aventura, se divertir por aí, mas por fim acaba sendo convidado a ficar na casa de um idoso e participar do jantar que, curiosamente, o ancião dará para uns amigos (também idosos) de longa data nesta mesma noite.

Durante o jantar, um jogo de simular um tribunal é proposto pelo anfitrião e seus amigos ao nosso querido Alfredo. Aqui Dürrenmatt nos causa de novo o estranhamento sobre toda a situação, você começa a ter dúvidas da seriedade do que está acontecendo no jogo, pois, Alfredo é o réu. Há um ar cômico que normalmente não se vê num julgamento sério e o desabrochar de um crime que parecia não existir.

O desfecho das duas obras é inesperado. Não vou esquecer tão cedo esses personagens, tão assombrado positivamente fiquei com a escrita de Dürrenmatt.
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Bruno Bomfim 27/11/2022

Duas narrativas que prendem do início ao fim
Em A Promessa a atmosfera de tensão está na história, já em A Pane a atmosfera do tensão fica na cabeça do leitor.
A metaficção policial de A Promessa bem como o suspense de A Pane não nos apresentam personagens cativantes. A ausência de personagens que garantem uma identificação com o leitor poderia ser um problema para a trama, no entanto esta característica garante um distanciamento por parte do leitor que o coloca num papel de espectador, onde o interesse principal de quem lê a obra não é necessariamente no sucesso/insucesso de um determinado personagem, e sim saber, desesperadamente, como a história vai terminar.
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