Resenhas - Memórias Póstumas de Brás Cubas

AleBertulino 28/05/2024

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Reler "Memórias Póstumas de Brás Cubas" depois de tantos anos foi uma experiência única. A genialidade de Machado de Assis ao criar o personagem Brás Cubas é inegável. A maneira como Brás Cubas tenta convencer o leitor de que está sempre certo é magistral. Suas paixões, medos e amizades são retratados de forma brilhante, compondo as memórias de um defunto nada convencional. Esta obra, o primeiro livro de Machado no realismo, é uma verdadeira obra de arte. Viva Machado de Assis!

me.thami 28/05/2024

?Um bom livro?
Estamos tão acostumados a ler fics e histórias fantasias, que quando começamos um livro clássico, a leitura se torna difícil?
Quase desisti no começo, mas finalmente terminei.

Leo 28/05/2024

Essa obra é diferenciada. A conversa de Machado com o leitor, ou melhor, do falecido Brás conosco é muito divertida. Por não haver uma quarta parede bem definida, a gente se sente um pouco cúmplice das atitudes dos personagens e essa sensação de estar na história é interessante.
O aparecimento de outros personagens já conhecidos em outras obras é também muito legal. Mas o que está por trás desses encontros me parece que é sempre o autor querendo provar suas teorias de quem se dá bem, mal, tudo ao mesmo tempo e ao contrário.
Tire suas próprias conclusões.

Thaís 28/05/2024

Clássico
Já estava pra ler a uns anos e no geral gostei
Foi bom ler alguma coisa que desafia (em português)
Muitos adjetivos aleatórios
Teve algumas partes que boiei, mas no geral achei interessante
Clássico né

Amanda 28/05/2024

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Memórias Póstumas de Brás Cubas traz uma história muito interessante! O fato de a narração ser feita por um defunto é algo incomum, que pra mim tornou a leitura da obra uma experiência única. O tamanho dos capítulos e o formato de diálogo com o leitor também deixaram a leitura bem fluida. Além disso, devo comentar que a ironia machadiana é simplesmente genial!

Essa foi a primeira vez que eu peguei um livro do Machado de Assis para ler por livre e espontânea vontade e gostei bastante da experiência. Depois de anos relutante em ler clássicos, finalmente entendi que eles só foram introduzidos cedo demais na minha vida e agora sim eu consigo apreciar essas obras devidamente.

É o terceiro livro da Antofágica que eu leio e é a terceira vez que me surpreendo positivamente com a edição. As notas ao longo dos capítulos auxiliam muito na compreensão, os textos complementares no final são ótimos e as ilustrações de Cândido Portinari foram a cereja do bolo. Recomendo demais!

Space_girl 28/05/2024

"Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria."


Uma leitura maravilhosa, Machado de Assis é genial.

Drika.Zimmermann 28/05/2024

Aos vermes etc etc etc... Melancolia! ????
Já estava com a leitura em andamento quando o livro viralizou a partir de um vídeo de uma influencer americana, deixando Memórias Póstumas de Brás Cubas em 2? lugar de vendas na Amazon.

Estava na lista de leitura graças ao clube dedo de prosa, foi a leitura de Maio!

Li esse livro pela primeira vez na adolescência, para aula de literatura, lembro de ter assistido ao filme no cinema na mesma época.

Foi bom demais reler tantos anos depois. Machado de Assis é sensacional. Um livro publicado em 1881! Relendo algumas coisas causam um pouco de desconforto, o que era muito natural na época.

Acompanhar um defunto contando sobre a sua vida foi revolucionário na época, mas até hoje é incrível e já impacta na primeira página! (Aos vermes etc etc etc...)

Meu livro favorito de Machado ainda é Dom Casmurro, mas Brás Cubas vem logo em seguida (agora as partes com Quincas Borba ???).

mauuagouro 27/05/2024

Pior que ele era consciente de tudo
Quando uma pessoa inegavelmente babaca morre, geralmente há uma tentativa da família, amigos, sociedade no geral de tornar os atos que a pessoa cometeu em vida em atos inconscientes, sem a intenção de fazer o mal, para amenizar o caráter péssimo e fazer o cara ser lembrado de maneira menos pior. Mas o que vemos nesta obra é Machado esmagando essa visão; com a franqueza do personagem Brás Cubas, narrando a própria vida pomposa e miserável, que no máximo, numa pequena tentativa de alívio de consciência, faz analogias bizarras para justificar opiniões e atitudes despresíveis que ele toma ao longo da sua trajetória.

As pessoas entravam e saíam de sua vida e ele continuava inabalável, ele tem consciência disso, mas para além de inabalável, ele continuava vazio.
Ele nunca se importou em ser uma pessoa boa ou ruim, mas com a idade começou a ter medo de morrer miserável, e tentou burlar esse sentimento com algumas ambições e projetos rasos.

Além de escancarar a podridão narrada pelo próprio canalha do Brás, Machado também escancara a podridão da burguesia brasileira, que vive de aparências e para aparências, apenas parasitando; esse cenário triste e nojento de puro suco de Brasil infelizmente não mudou muita coisa até hoje. Nessa boa aparência também reside um conforto inabalável, esse conforto (privilégio na sua essência mais pura) gera e é gerado por pessoas sem empatia nenhuma, nenhuma comoção, nem por dor e nem por amor, o máximo que Brás sente por alguns personagens é apego.

Ele é tão carente de sentir algo mais profundo que mesmo sabendo os nomes de todos os grandes filósofos, com grande bagagem intelectual por ter estudado nos lugares mais caros, sabendo falar de maneira requintada etc, ele adota a primeira "filosofia" que vê pela frente, com o Quincas Borba; facilmente capturado pelo sentimento de exclusividade, de algo novo, diferente (que de diferente não tem nada) e superior (típico da burguesia), talvez na esperança de ser lembrado como um projeto de Platão e Sócrates.

Brás Cubas foi um grande vazio recheado de frustrações!

Resenha boba minha na tentativa de enaltecer o Machado. Com certeza um dos livros mais importantes da minha vida!?

thedarkprince 27/05/2024

Memórias póstumas de Brás Cubas
Passei um tempo sem pegar esse livro pra ler... por vários motivos, que não importam... Só o que importa é dizer que esse livro é IMPECÁVEL, INCRÍVEL, SENSACIONAL... não há palavras pra descrever. sinceramente, que livro maravilhoso!!!

Aelin13 27/05/2024

...
Fico me perguntando como eu não li antes. Muito bom, e por mais que fale com os acontecimentos da época, ainda assim em alguns coisas consegue ser atemporal. E forma como o autor fala com o leitor é muito sensacional.

Uma Vida em Cada Livro 27/05/2024

? ? ? ? ?
Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma obra prima.
Perfeito!
Fantástico!
Sempre que releio é como se fosse a primeira vez.
Brás Cubas vive sua vida inútil por 64 anos. Não deixa legado nem herdeiros, não fez carreira nem foi destaque em nada. Ao morrer decide contar sua trajetória de vida, seus amores e suas frustrações.
Uma obra muito engraçada.
Uma crítica social brilhante.

marci 27/05/2024

Um romance proibido, para a época e pouco aceito nos tempos atuais. Bras conta a sua vida, como foi viver no RJ naquela periodo, onde os negros deixaram de ser escravos, onde ainda havia muito semelhanca sobre o reinado, mesmo sendo tempos em que havia ministros.
Um livro filosófico, para ficar refletindo sobre as empreitadas da vida, penso que devo reeler a obra...
Sobre a vida de Brás, sempre foi uma pessoa rica, não tinha a obrigação de ter uma função, poderia ser o que quisesse escolheu ser bacharel, e ocupar a sua vida ao seu bel prazer..
Minha visão, na visão dele ele não foi nada, não foi pai, não foi marido e não foi ministro!

ju caruso 27/05/2024

Brás Cubas
Como demorei tanto tempo para me entregar à grandeza de Machado de Assis? Um livro divertido, mas com tantas camadas de densidade social..

Me pegou, me amarrei..

Gabi 26/05/2024

O que falar de um clássico?
Só Deus sabe o quanto eu demorei para ler meu primeiro clássico. Mas tenho que confessar que só li por pura e espontânea pressão do vestibular, porém sinto que só precisava de um empurrãozinho para começar essa jornada incrível (sim, eu estou muito grata pela lista de obras do vestibular).
Sobre minha experiência com o livro, demorei bastante para pegar no tranco, tanto que lia de 3% em 3% depois passei para 5% até a reta final que li 20% eu um dia só. Fiquei surpresa com essa demora, porque normalmente, minha média de páginas é de 500 por dia, mas eu entendi que isso se deu, pois eu estava acostumada a ler aquelas baixarias que denominamos carinhosamente de "dark romance", não estou rebaixando nenhum dos gêneros, porém vamos concordar que uma enredo que a gente fica aguardando a mocinha ser morta pelo seu par romântico, nos prende bem mais do que ler a narrativa com palavras complexas de um cara totalmente pessimista. Mas com o tempo, você vai pegando gosto e em alguns momentos até se identifica com o personagem.
Sobre o autor, sou extremamente suspeita a falar do Machado, pois minha professora de literatura ama esse cara, até por esse motivo que estava tão ansiosa para ler. Ah, lembro bem que na verdade na verdade só realmente comecei a ler depois que vi essa frase: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. Temos que concordar que Machado escreve com maestria cada palavra, sempre fazendo uma conexão absurda sobre tudo, seja no próprio texto ou no mundo que o cerca, além de implementar citações sobre estudiosos, mitos e filósofos, ponto no qual, ele ganhou mais espaço no meu coração, sua genialidade me encanta.
Sobre a obra em si, o que mais me desperta é ver que o homem sempre foi humano, suas questões sociais e como o mundo o ver e vice e versa. Sei que pode parecer meio aleatório, mas consigo fazer uma comparação genuína com o Whindersson Nunes e o Machado de Assis, vejo que os dois reparam no mundo com meticulosidade e colocam esses aspectos em suas obras, para que o público se sinta conectado. Pois Brás Cubas mesmo tendo vivido em 1800, retrata a maioria da população atual, pois assuntos e características do homem, andam juntamente a ele.
O personagem principal é apresentado como alguém pessimista, sem anseios, ambições, objetivos e relações afetivas verdadeiras. E só nos últimos 5% ele luta por um lugar no mundo, uma relação e uma filosofia de vida, mas agora já está tarde, porque a morte bate em sua porta. Vejo aqui, como o autor expôs uma lição para nós, lição essa que me tocou imensamente e me fez ter um "clic", pois vi que não vale a pena passar uma vida inteira sem ter sonhos e objetivos, porque no final, provavelmente, morreremos querendo algo que nem tentamos conquistar.

Laranja.Mousse 26/05/2024

Um clássico é um clássico
A crítica positiva de uma leitora estrangeira sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas influenciou muita gente a ler a obra (ou reler, como foi o meu caso). E que bom foi poder revisitar esse livro com um olhar mais maduro.

Brás Cubas (o defunto-autor) é o típico boy lixo que a gente vê por aí, além de ser um burguês muito estimado apesar de ser um completo inútil. Acho interessante ver como certos comportamentos humanos permanecem iguais mais de um século depois.

Amo a ironia e o humor do texto. A maneira não-linear com que os fatos são contados é instigante sem ser confusa. E o livro está recheado de frases icônicas! Um clássico é um clássico!