Parque industrial

Parque industrial Pagu




Resenhas - Parque Industrial


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Felipe 26/04/2013

Literatura E Revolução
Ninguém nunca perdoará Pagu por ter trazido a superfície a parte maldita da sociedade, os humilhados e ofendidos ontologicamente negados pelos donos do capital. Ninguém nunca perdoará Pagu por ter atualizado na literatura brasileira a tradição dos cortiços, dessa vez com uma roupagem de literatura modernista. Ninguém nunca perdoará Pagu por ser mulher e aos 21 anos de idade escrever um livro inquietante e nada lisonjeiro sobre o mundo subterrâneo do luxo burguês de uma cidade como São Paulo, industrializada e vertiginosa. Ninguém nunca perdoará Pagu por ter feito um livro em que o elemento estético nunca está ausente e que pulsa de uma lírica riquíssima em suas ressonâncias. Ninguém nunca perdoará Pagu e é por isso que seu livro não é comentado, discutido e decifrado nas grandes teias da internet - é claro, os leitores estão ocupados demais com os narradores norte-americanos.

O livro de Pagu continuará incomodando os leitores satisfeitos em seu ninho, continuará deslocando e desconfortando. Imagine Aluísio Azevedo encontrando a vanguarda europeia e o marxismo: eis Parque Industrial. “Sem forma revolucionária não há arte revolucionária” – gritou Maiakóvski e parece que Patrícia Galvão ouviu. Essa mulher com vida fascinante, que conviveu com os modernistas brasileiros, os surrealistas franceses e entrevistou Freud em um navio rumo à China. Parque Industrial permanecerá como uma pérola de nossa literatura, como resposta do romance de 30 para a terrível condição dos trabalhadores de uma Metrópole.

Hoje podemos olhar para o romance com estranheza, já que vivemos em uma época relativamente segura no campo do trabalho, já que as empregadas finalmente conseguiram sair do sistema escravocrata das patroas loucas, mas devemos sempre lembrar que chegar até o ponto em que estamos foi uma subida terribilíssima e acredito que o pequeno romance de Pagu seja um documento e retrato potente dessa subida. O que dói mais é conferir nos diálogos dos abastados o mesmo tipo de pensamento que poderíamos ouvir hoje da classe média: o ódio irracional ao Brasil (o chic europeu ainda está na moda) e a falta de olhar para um povo oprimido e escandalizado pelas diferenças sociais gritantes. Parque Industrial permanecerá, doa a quem doer.
Erika 18/12/2014minha estante
Ninguém perdoará Pagu!
Bela resenha!


Bruno Oliveira 15/06/2015minha estante
Ficou bonita a resenha, mas o livro é tão caricato... Acho que não vale isso tudo não; nem metade.


Danilo 25/09/2017minha estante
O Bruno Oliveira disse tudo. Muito exagero nessa resenha.




sosodecampos 01/02/2024

Leitura obrigatória, obrigada ?
Achei um livro bom pra quem quer refletir e etc, tem seus pontos positivos e negativos. aborda bem o tema principal e é o primeiro romance proletário que eu li, além de ser uma leitura obrigatória da UFSC 2025, é uma obra que eu recomendo pra quem quer ler sobre política e entender melhor o tipo de pensamento que o livro traz, além da luta das classes tanto da burguesia quanto dos pobres e proletários. um livro que nos faz entender a grandiosidade dele, após a leitura.
Eduarda.Segatti 01/02/2024minha estante
vi tanta gente reclamando da ufsc cobrar esse mas afff adorei


sosodecampos 02/02/2024minha estante
não achei ruim, é um livro que combina com a UFSC. mas não é um livro empolgante como por exemplo torto arado (li em 2020 e caiu pelo 2° ano consecutivo




joaoggur 28/11/2023

Disformia de fatos; cacofonia de ideais.
A famosa ?mais macho que muito homem? (ou como Zélia Duncan e Rita Lee a referem-se), a Pagu, é uma célebre figura do Modernismo; os desocupados de plantão sabem de seus casos com Oswald de Andrade, mesmo ela sempre tendo sido marcada por seu misto de beleza e intelectualidade.

Independentemente de sua vasta cultura política/ideologica, seu primeiro romance ?Parque Industrial? é pobre, maçante e, ouso dizer, bem confuso. Nao sei se devido a sua imaturidade como escritora (bem provável), ou uma tentativa falhada de dar uma áurea popular ao escrito, mas nada do que li me fisgou. As personagens são caricatas, e muitas vezes o comportamento transgressor é posto quase como uma lei do início da década de 1930; neste mundo, todos fogem das regras postas pelo sistema. (O ideário das personagens é certíssimo; a falha é a forçação de barra ao fazer-nos crer que aquilo era realidade, de que realmente haveria uma coalização de mulheres fugindo dos padrões da época. Infelizmente, a alienação sempre nos consumiu).

Infelizmente, não posso recomendar.
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Antony.Trindade 01/06/2020

Uma mulher, comunista, escrevendo sobre a rotina dos proletariados da cidade de São Paulo na década de 30. Imaginem...
Livro raríssimo, muito bom!
Ela mostra como a linguagem acadêmica não é a mesma dos trabalhadores das fábricas, onde eles apenas "ouviram falar" sobre a luta de classes e sobre o capitalismo, sem ter o conhecimento do que realmente essas coisas significam.
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Mari 14/07/2022

Não gostei, desgostei
Li esse livro para faculdade. Por ser curto -- e por estar um dia antes da prova, cuja leitura obrigatória era ele - eu o devorei em um dia. A escrita é "mal feita" e bem desordenada. Parece um vômito de pensamentos, que ao ser lido de uma vez pode causar confusão. Os parágrafos são difíceis de entender onde acaba e onde termina.

Mas, quando nos afastamos da obra, entendemos a magnitude da Pagu.
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Bruno236 25/08/2023

Um importante documento social, histórico e literário.
Marcado por uma forte escrita realista, a obra busca denunciar as injustiças, hipocrisias e crimes praticados pela burguesia Paulista, Brasileira e Mundial.

Não segue muitas normas de gênero,
Parece poesia ou verso.

Tem que ter estômago pra ler.
As violências sofridas pelo proletariado do mundo não são poucas e não são fáceis de ler.
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Adriano.Soares 16/11/2020

Eternamente Pagu
Livro incrível, sucinto, a leitura flui e é rápida. Muitos dizem pejorativamente que Parque Industrial é um mero livro ''panfletário'', afinal de contas, ela se colocou a escrever e tensionar as narrativas dominantes dos que glamorizavam o luxo, das riqueza e dos ''grandes'' homens. Pagu também fala dos luxos e das riquezas, mas lembra que é nessa mesma cidade de riqueza (para poucos) que existe uma enorme massa humana que é explorada, humilhada, vivendo nas margens e na extrema pobreza, sem direito ao voto, ao lazer, a moradia e alimentação, enquanto uns poucos enriquecem a custas de muito sangue e suor dos trabalhadores e trabalhadoras.
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Thammy 01/02/2022

A revolução é proletária!
Esse é um livro marxista em sua essência e muito idealista. Apesar de ser ingênuo e iludido (sejamos francos) em muitos aspectos, não, isso não é necessariamente ruim. Pagu foi uma mulher muito inteligente e esse livro é uma soma de sua vivência na luta proletária, sua observação do cotidiano e do seu sonho socialista/comunista, seu ideal para um país mais justo.

Pagu foi uma mulher audaciosa, à frente do seu tempo, que se posicionava fortemente em prol dos direitos dos trabalhadores. Esse livro deixa claro, de maneira objetiva e em capítulos curtos, o quanto o reconhecimento da força e da luta do proletariado são importantes para fazer justiça e levar um país ao desenvolvimento. Pagu, nesse livro, clama para que as pessoas enxerguem e entendam a realidade que as cerca e estejam ao lado de quem troca sua exaustiva e mal remunerada força de trabalho por migalhas de uma burguesia elitista, egoísta e, em geral, burra.

Além disso, essa também é uma obra que traz pontos interessantes a serem refletidos como a misoginia, os preconceitos raciais e sexuais e, embora tenha sido escrita lá nos anos 30, traz nas entrelinhas muito do Brasil de hoje. Parece que quase nada mudou de lá para cá. Outro ponto interessante, na minha visão: esse é um livro que tem o poder de reacender a chama pela verdadeira luta em prol do social. Em tempos de eleição, devo frisar, isso é fundamental. Afinal, vivemos em tempos obscuros e votar a favor do social, do igualitário, do justo, no meu entender, é o que vai salvar o Brasil.

Leiam!
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Bruno Oliveira 15/06/2015

Literatura e militância
Há uma maneira popular de se falar da obra de Patrícia Galvão que consiste em se evitar falar da obra de Patrícia Galvão e apenas ressaltar o folclore em torno da autora, ficando subentendido que aquilo que ela escreveu foi tão rico quanto aquilo que viveu.

Particularmente, considero que isso rebaixa a obra por colocar seu valor fora de si, deixando intocado qualquer mérito próprio que ela possa ter, e foi pensando nisso que planejei esta resenha: pretendo me contrapôr a essa análise que parte das circunstâncias da obra para julgar seu valor, e analisar Parque industrial a partir dos méritos próprios à literatura que ela apresenta.

Como método de exposição dessa análise decidi brincar um pouco com o marxismo da autora e escrevi este texto na forma de um confrontamento dialético de ideias. Apresentarei sucessivamente as virtudes do livro (Por Pagu) e seus problemas (Contra Pagu), por fim, terminarei com uma síntese de tudo (Sintetizando Pagu).


Por Pagu.

Parque industrial é literatura militante, sendo assim, é fácil banalizar o livro: basta endossar ou rejeitar previamente a proposta política defendida pela autora. Podemos endossar o ponto de vista apresentado na obra e ignorarmos seus problemas por gostarmos daquilo que ela diz, ou podemos ressaltar nossas discordâncias políticas com esse ponto de vista até inviabilizar nossa experiência estética com a obra. Há leituras banais pró e contra Pagu, contudo, caso queiramos ser justos com ela, em vez de julgarmos seu livro pelas opiniões prévias que temos quanto à sua militância ou mesmo quanto ao que seja literatura, devemos considerar com cuidado (porém sem qualquer condescendência) os critérios estéticos que ela nos oferece para avaliá-lo. Pensando assim, que poderemos dizer dessa obra política que é Parque industrial?


Contra Pagu.

Uma das coisas mais importantes talvez seja que sua mistura entre literatura e política não é harmônica. A narradora (ou narrador, escolham o gênero que preferirem) não conduz o leitor através de personagens e circunstâncias para fazê-lo ponderar sobre algumas das causas da pobreza, da alienação e da exploração no “capitalismo paulista” enquanto tece uma história que tenha valor por si mesma, na verdade, ela deseja que o leitor conclua determinadas coisas a respeito dessa conjuntura política e usa personagens e circunstâncias como recurso de convencimento. Em função disso, os acontecimentos do livro são apenas receptáculos de uma mensagem política, inexistindo qualquer espaço para dúvida ou sutileza – quiçá nem literatura – entre o leitor e essa mensagem. As imagens são simplesmente arremessadas contra ele como se fossem tijolos, sem nenhuma inteligência, esperando demovê-lo de suas posições políticas.


Por Pagu.

A despeito desse desequilíbrio, o livro contém alguns méritos interessantes no tocante à narrativa, a começar pela utilização de personagens que não são propriamente indivíduos. Cada novo nome a que somos apresentados é uma espécie de tipo social (a empregada assediada, o sindicalista vendido, etc.) que tem importância na medida em que representa o contexto e os acontecimentos do parque industrial. Os personagens não expressam identidade pessoais, mas uma circunstância político-social da qual fazem parte, sendo essa circunstância – de exploração, sindicalismo, partidarismo – e não esses personagens a verdadeira protagonista do livro. Em se tratando da condição da mulher pobre no parque industrial paulista, por exemplo, isso funciona muito bem.


Contra Pagu.

Ainda a propósito da narrativa, duas vozes a constituem: aquela da narradora que nomeia os personagens e, com alguma liberdade, diz quem eles são e como vão; e aquela dos próprios personagens que, seja em monólogos ou mesmo em conversas uns com os outros, estão constantemente se referindo a si mesmos e dizendo quem são e como vão. Uma vez que inexistem grandes conflitos entre uma voz e outra, aquilo que a narradora diz dos personagens é, no mais das vezes, aquilo que eles mesmos pensam sobre si, com efeito, os personagens são, quase sempre, meros representantes do ponto de vista da narradora, dando ao romance uma única perspectiva. Além disso, esse nivelamento das vozes impede que as descrições da narradora sejam complexas, posto que os próprios personagens também não são complexos. A exemplo disso, os adjetivos que aparecem correntemente no livro para caraterizar os exploradores dos operários – “vendidos”, “burgueses”, “madames” – não são conceitos emergentes da rica tradição marxista a qual Pagu é filiada, mas simplórios vitupérios oriundos das trincheiras da extrema-esquerda. Tanto a narradora quanto os personagens se expressam nesses termos toscos e isso faz com que, por parte deles, tenhamos que ler explicações políticas pobres vinda de personagens pobres, e, por parte dela, com que vejamos cenas ridículas criadas por sua penúria conceitual. O leitor de Parque industrial se deparará constantemente com imagens que pretendem estabelecer contrastes político-sociais e, todavia, levam antes ao riso que à compreensão da sociedade brasileira: o patrão explorador e cruel, o empregado honesto e sofredor, a madame fútil, a moça que terá que abortar sua criança por falta de dinheiro, e outras que permeiam o livro todo. Na ausência de uma boa caracterização do quadro sociológico paulista, resta à narradora apelar para imagens caricatas a fim de converter o leitor ao seu ideal político, sendo que mesmo os detalhes mais singelos acabam virando outdoors dessa militância – um pobre não pode apenas vestir um macacão, por exemplo, ele precisa vestir um macacão roto que foi remendado várias vezes por sua pobre mãe, uma triste costureira que trabalhou por toda a vida sem conquistar nada e que hoje está quase cega; de igual modo, um rico não bebe champagne meramente, ele bebe champagne feito “das lágrimas” daqueles que foram exauridos no processo de produção da garrafa. Pode parecer exagerado colocar as coisas assim, mas tais imagens estão mesmo no livro e nem são as piores dele. A obra está repleta de artificialidades como essas, todas bastante cômicas, e, é claro, bastante problemáticas para um livro que pretende abordar os problemas sociais de uma época.


Sintetizando Pagu.

Pessoalmente, considero muitíssimo interessantes os livros que colocam circunstâncias como protagonistas (O cortiço, de Aluízio Azevedo, ou a trilogia Fundação, de Isaac Asimov, por exemplo), uma vez que eles sempre requerem adequações originais na narrativa para melhor expressar essa circunstância, todavia, confio que qualquer leitor o qual não tenha um veredito prévio sobre Parque industrial concluirá facilmente o mesmo que eu a respeito desse livro: que se trata de uma obra pobre feita por uma autora limitada. Por mais que exista uma tentativa de adaptar a narrativa ao discurso político, a pobreza desse discurso acaba sendo transmitida à narrativa e impede que ela seja rica ou complexa, com isso, Parque industrial se torna apenas uma tentativa de divulgação e embelezamento de uma perspectiva política limitada, sendo criticável como política e irrelevante como literatura. Com a maior das concessões alguém poderia dizer que Parque industrial possui certo valor histórico, no entanto, qualquer registro do passado poderá ter valor como fonte histórica dependendo da perspectiva do historiador, porém, só alguns permanecem como registros de boa literatura – não é esse o caso.

site: https://aoinvesdoinverso.wordpress.com/
Luci Eclipsada 30/01/2022minha estante
Acabei de ler esse livro e tive o mesmo pensamento sintetizado pela sua resenha.




calic3 02/11/2022

"Então quem é que endireita? Nós, os trabalhadores!"

que mulher e que obra! Infelizmente ainda tão real para a classe trabalhadora
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Maria 10/08/2022

Um livro muito forte, um dos mais interessantes romances modernistas. Traz a luta do proletariado à tona.
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Sthefany148 14/10/2021

Materialismo-feminista e a luta de classes
Pagu; um nome tão emblemático para a militância brasileira, foi a primeira mulher presa política e escreveu tal romance com apenas 21. Parque industrial conta a história de imigrantes do bairro do bras, principalmente mulheres, as quais o cenário caotica e muito REAL modela suas vidas e as focalizam na luta marxista contra a exploração do proletariado. Uma leitura crua, fragmentada e fulcral na formação da militância atual (vulgo eu com meus miseros 18 vejo nesse livro muito doque de fato nao vivi mas ainda busco lutar contra)
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Vitoria 07/08/2022

Sob medida
Nada em Parque Industrial sobra: a narrativa curta parece sob medida para transmitir a mensagem que Pagu se propôs.

Retrato da situação das mulheres proletárias. Ao contrário do naturalismo que antecedeu a obra, aqui as marginais (as que estão à margem) são vistas como humanas, como resultado de uma engrenagem perversa que em nada se aproxima da genética.

Uma obra vanguardista, que abraça o modernismo na forma e o romance engajado de 30 no conteúdo. Um panfleto comunista à época surpreendeu o próprio PCB pela audácia. Alguns trechos ainda hoje soam ousados.
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Isa | @isatosta.pdf 01/05/2020

Incrível
Junto com o fim de abril veio o fim desse livro maravilhoso, uma das melhores leituras de literatura brasileira que já tive. Parque Industrial foi escrito por Patrícia Galvão, a Pagu, em 1932, sendo publicado em 1933 por Oswald de Andrade, companheiro de Pagu nas artes e na militância. Completamente inspirado pelo movimento modernista, Parque Industrial narra diversos cenários do operariado urbano do bairro do Brás, em São Paulo. Em especial, são retratadas as mulheres operárias, seus desafios no duro contexto dos anos 1930, o enfrentamento diário nas fábricas, nas ruas e nos quartos dos cortiços. Momentos da "esfera privada" se publicizam em cortes de um núcleo da história a outro, personagens se cruzam e se confundem num emaranhado de proletárias que lutam por uma vida além da que lhes foram dadas. É um romance extremamente difícil de se encontrar, mas a quem interessar, vale cada momento.
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