Ella 24/04/2024
As vezes, o filme consegue ser melhor
?Haviam sido 11 meses, 44 semanas e cerca de 3.080 horas de trabalho para entender ? de uma vez por todas ? que se metamorfosear na imagem de Miranda Priestly provavelmente não era uma boa ideia.?
Andrea é uma personagem tão inteligente que às vezes se torna burra, perdida entre a ambição pela carreira da sua vida e o afeto que tem pela sua família, seja de sangue ou não. Quando contratada por Miranda, tenta aos poucos se adequar e toma atitudes muitas vezes egoistas, embora eu não posso julgar ela por todas. E só percebe no fim o erro que cometeu e que não valia a pena sacrificar sua vida exterior por um trabalho que lhe forneceria uma vida melhor muito mais rápido que o imaginado.
Embora tenha enfrentado grande parte das páginas como se fossem um livro de exatas, ignorando cada personagem irritante no puro ódio para descobrir o que ia acontecer, o livro é uma boa crítica da época ao capitalismo e à indústria da moda, fora as referências precisas a esse mundo comandado pela elite.
Não tenho muito o que falar, apenas que o filme tirou diamante de pedra comum e que a atuação das atrizes no filme salvou as personagens de serem tão anti carisma. Nunca pensei que sentiria mais empatia pela Emily. Novamente, entendo as motivações da Andrea, mas o descaso com a melhor amiga e ao namorado aqui foi sem igual. O efeito Miranda é o pior que um empregado pode ter.