A Odisseia de Penélope

A Odisseia de Penélope Margaret Atwood




Resenhas - A Odisséia de Penélope


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Leila de Carvalho e Gonçalves 17/04/2020

As Doze Escravas Enforcadas
Lançado em 2005 nos Estados Unidos e Brasil, Penelopiad no original ou A Odisseia De Penélope acaba de receber uma edição digital pela Editora Rocco. Com apenas 120 páginas, a novela gira em torno de questões não respondidas na Odisseia, de Homero.

Tendo como fulcro complicações relacionadas as divisões de classe e gênero, o comando da narrativa fica a cargo tanto de Penélope, nos salões do Hades, assim como de um coro formado por suas doze escravas enforcadas sem razão aparente por ocasião do retorno de Odisseu à Ítaca.

O resultado desafia a glorificação do ardiloso Herói e até mesmo ousa ferir a irrepreensível reputação de sua esposa, sempre reativa as atitudes Odisseu. Em linhas gerais, o leitor está diante de uma releitura pós-moderna da sequência da Ilíada, estruturada por diferentes estilos narrativos, poéticos e dramáticos. Como exemplos, há desde uma aula de antropologia, um julgamento e uma pastoral.

Concomitantemente, Atwood também emprega diferentes técnicas, como a comédia, escolhida para amenizar o conteúdo trágico da história, além da sátira e o anacronismo que redimensionam o desfecho extravagante, inesperado e improvável que comum ao teatro grego é conhecido pelo termo latino ?Deus ex machina?.

Em linhas gerais, A Odisseia de Penelope aborda intrigas palacianas e confrontos familiares tensionados pela presença de uma horda de pretendentes à mão da rainha que oneram a prosperidade de Ítaca e colocam em risco a posição de Telêmaco, filho único e herdeiro ao trono. Por sinal, ela não exige prévia leitura da Odisseia de Homero, a escritora coloca o leitor a par das informações indispensáveis, conforme a história se desenrola.

Enfim, a narrativa pode não agradar a todos, ao oferecer um final em aberto e propor uma versão mundana e prosaica da saga. Entretanto, há de se reconhecer o mérito do estratagema empregado por Atwood: dar voz a personagens silenciadas. Ele é muito interessante e indubitavelmente a literatura tem muito a oferecer sob essa perspectiva.
Karamaru 17/04/2020minha estante
Adoro suas resenhas!


Leila de Carvalho e Gonçalves 17/04/2020minha estante
Grata. Fico muito feliz, pois as faço com muito carinho. Abraços!


Karamaru 18/04/2020minha estante
É perceptível ? Abraços!




Cris.Aguiar 22/08/2023

Okey.
Então....

é um livro curtinho em que a Atwood baseada em várias versões da história de Odisseu e Penélope, utiliza a heroína e suas 12 escravas como voz para uma manifestação feminista... algo já da identidade da autora.
Eu achei um pouco monótono e também um pouco forçado porque ela traz Penélope lá do Hades para o século XXI ... enfim, foi interessante, mas não foi Uau.

Leia por curiosidade.
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Bianca 24/03/2023

Consegui apreciar e me envolver ainda mais por ter lido ?Circe?, de Madeline Miller, há pouquíssimo tempo.
Uma brilhante (para se dizer o mínimo) releitura da história (ou mito) de Penélope.
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Paty 04/04/2014

Livro esquecido assim que fechado, não vai remexer o seu interior, desestruturar nem para o bem nem para o mal.
Sthephanie.Schulz 24/07/2018minha estante
undefined


Bruno 05/04/2020minha estante
Moça, eu fiquei até deprimido quando li...
Gostei. ?




anjú 12/10/2023

A penelopéia
Bom, comprei esse livro pois estava com um preço muito bom e eu nunca tinha lido nada produzido pela margaret atwood. por se tratar do que seria uma releitura da odisseia pelo ponto de vista da penélope, me interessei. mas o livro não funcionou para mim.

atwood faz um apanhado da odisseia e introduz penélope, narrando como suas memórias póstumas, sua versão da história. apesar da leitura ser curta e rápida, achei demasiadamente chata! se a autora queria tirar o rótulo de bom exemplo e boa esposa da penélope, acabei o livro constatando que ela era isso e muito mais. se o intuito era engrandece-la como protagonista feminina dentro da mitologia grega, atwood falhou perdidamente. tornou a penélope chata, uma velha fantasma extremamente rancorosa e culpada, junto com o marido, pela morte das 12 escravas. além do anacronismo incomodo e da falta ou até presunçosa presença de um suposto discurso feminista (liberal) em cima da personagem, por atribuir a culpa do que aconteceu com a sua vida - além de espumar inveja- à sua prima helena.

os únicos pontos interessantes do livro é quando se fala sobre a infância de penélope e o coro das 12 escravas, no mais a capa dessa edição da rocco é muito bonita e cheia de significado com a história dos primeiros anos de vida da personagem.
anna.franceschini 12/10/2023minha estante
aiii queria tanto ler esse livro... fiquei desanimada agr


anjú 13/10/2023minha estante
de verdade eu não recomendo a leitura mas se quiser arriscar talvez quem saiba você tenha outra perspectiva c:




Léo 29/03/2024

Ótima leitura
Visão diferente e com toques atuais sobre um grande clássico. Analisado do ponto de vista feminino. Vale a leitura
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arislover 06/06/2021

eterna solidão.
Levei aproximadamente duas horas para terminar pois é uma história muito legal e leve, as coisas acontecem rápido e você fica curioso para ver como foi a vida da Penelope.
Como pode ter ficado óbvio é uma história da mitologia grega, assunto pelo qual sou obcecada, a Penelope é prima da Helena e esposa de Odisseu, ela falava várias vezes durante o livro sobre como ela não é bonita mas é inteligente (e extremamente fiel pois ficou décadas sozinha sem qualquer notícia do seu marido), admiro ela por ter conseguido cuidar de um reino sozinha sem qualquer experiência.

Algumas frases que eu gostei:

?Queria finais felizes naquela época, e os finais felizes são alcançados quando mantemos certas portas trancadas e dormimos na hora da confusão.?

?mas a inteligência é uma virtude que o homem aprecia na esposa desde que ela esteja longe dele.? (a minha favorita ?)

?Só os tolos, afirmava, se gabavam do quanto conseguiam beber.?
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Dai Solyom 18/02/2024

Escrava do tempo
Eu nunca li a ODISSEIA, porém após esta apresentação da incrível Margaret Atwood me surgiu uma curiosidade.

Nessa obra nós vemos os mesmos fatos, porém apresentados pela perspectiva de Penélope.

Moralidade, certo e errado. O que define lealdade?

Claramente ainda temos que evoluir como sociedade, pois um homem que se relaciona com diversas mulheres é considerado um garanhão, já a mulher que tem a mesma atitude é vista como 🤬 #$%!& .
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Anninha 09/06/2021

Gostei de como a autora trouxe a mitologia para nosso tempo.
Vale muito a pena ler e já estou atrás de outros.
Aqui a história é contada do ponto de vista feminino da mitologia grega. Penélope e as escravas.
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Nathy215 19/05/2021

Recomendo muito!
Que livro!
Amei a escrita, da vontade de devorar de uma só vez.
Nunca tinha me interessado pela Odisseia de Homero, mas li um pouco sobre antes de iniciar a leitura da de Penélope e me ajudou muito a compreender os acontecimentos.
Cada vez mais me apaixono por histórias contadas por mulheres, que sempre tiveram muito a dizer, mas nunca tiveram voz.
O coro das escravas é de doer o coração, destaquei várias passagens machistas que parecem absurdas, mas ainda estão presentes no nosso dia a dia.
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Lilian 10/05/2021

Versão feminina
O livro é a versão de Penélope da vida descrita na Odisseia. Não é só a visão feminina, mas também feminista.
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ThalitaSantos. 03/09/2020

A narrativa do livro é feita do ponto de vista de Penélope sobre as aventuras de Odisseu por Troia e seu regresso a Itaca, no qual conta dos seus sentimentos enquanto o esperava. A autora faz os leitores terem uma outra visão da Odisseia,na qual Penélope, descrita na obra de Homero como uma personagem fiel,que aguardou durante 20 anos o retorno do marido, tecendo todos os dias e desfazendo de noite uma mortalha para seu sogro.Também nos mostra uma nova visão da famosa Helena de Tróia, dessa vez pelos olhos de sua prima. É uma leitura bem curtinha,mas muito detalhada.

Nota: 4?

#margaretatwood
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