Resenhas - A Odisséia de Penélope

Luis.Henrique 02/06/2024

Uma bela e renovada visão das histórias de Penélope e Helena. Um novo ponto de vista, dentro de uma bela liberdade política, sempre nos dá novas possibilidades e perspectivas.

Jules 27/05/2024

Não gostei?mas a culpa não foi do livro
A personagem principal é muito carismática, eu gostei muito do humor ácido dela e da ironia. A escrita é leve apesar de ter pontos pesados. A história contada pelo ponto de vista da Penélope e o coro ficou muito interessante. Li esse livro porque era a leitura do mês de maio de um clube do livro que participo, mas se não fosse por isso, eu não teria lido, não tem muito haver com o que costumo ler normalmente e acho que com certeza se eu tivesse um conhecimento prévio sobre a Odisseia de Homero, eu teria gostado e entendido o livro muito melhor.Meus conhecimentos são muito básicos sobre mitologia, mas para que curte com certeza vai amar.

Dri 18/05/2024

Perfeito. Margaret Atwood reconta o mito de Penélope, esposa de Odisseu, com altas doses de feminismo e crítica social. Quero ler a Odisséia, que com certeza retrata Penélope de forma muito menos lisonjeira do que na versão de Atwood. Recomendo muito.

Jackie 24/04/2024

Uma leitura que flui naturalmente por ser um tema interessante.
Eu esperava um pouco mais do livro, esperava uma história com mais aventuras e empoderamento feminino.

Amanda Dias 19/04/2024

Foi uma boa leitura. Me prendeu bastante no decorrer dos capítulos. Mas eu realmente esperava mais da Penélope, mais imposição ou pelo menos algumas queixas para com Odisseu. Ele fez o que quis, sumiu por 20 anos, matou, provavelmente traiu, ordenou a morte das escravas que já tinham sofrido bastante, etc. Então nessa versão eu esperava uma personalidade feminina mais forte é até mesmo mais representatividade. Mas aí a Penélope nem menciona as escravas, omite sua insatisfação, talvez para evitar ter o mesmo fim.
Helena é vista como a causadora da conturbação. Ela pode ser cheia de si e imprudente, mas ela não é, nem de longe, pior que Odisseu. Cadê a sororidade?
Fiquei almejando ver Odisseu contra a parede e não acho que houve, de fato, um confronto, até porque Penélope para de contar sobre sua história em vida assim que o "herói destemido" volta a se aventurar pelo mundo.

Léo 14/04/2024

Sobre: A odisseia de Penélope;
"E agora seguimos
Você, o encontramos
Agora, o assombramos
Chamamos você uuu
Muito espertas para assustar
Muito espertas para assustar
Para assustar

As escravas ganham penas e voam como corujas."
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Li esse livro após Circe, e foi muito interessante.
Acompanhar todos os pensamentos póstumos de Penélope, sobre sua vida e onde vivia, é diferente.

A personagem narra toda sua vida após a saída de Odisseu e tudo que teve de suportar; todas suas qualidades, artimanhas, façanhas e muito mais são expressas ao leitor.
Em algumas horas, a leitura parece massante (achei isso quando a autora fazia questão de criar um paralelo com a época do livro e a nossa atual época), mas é muito bom.
Um livro rápido, suave e facil de ler e entender.

Novamente, para os amantes de cultura grega, é um prato cheio.

Sara 09/04/2024

Timing errado
Li esse livro depois de cerca de dez anos que li a Odisseia de Homero e posso dizer que a experiência não foi como eu imagino que deveria ser.

A história em si é boa mas é rodeada pela "Odisseia" e, se você não lembra completamente da história, assim como eu, algumas coisas vão perder o sentido e vão te fazer ficar a deriva.

O ideal seria ler a odisseia e depois passar para essa leitura.

Janaina.Aggens 31/03/2024

Bom livro
Livro curtinho, gostoso de ler. Deu vontade de conhecer mais sobre as histórias que são tratadas. Leva a gente a pensar como seriam as histórias que conhecemos hoje se fossem contadas pelo ponto de vista das mulheres.

Léo 29/03/2024

Ótima leitura
Visão diferente e com toques atuais sobre um grande clássico. Analisado do ponto de vista feminino. Vale a leitura

George Luiz 09/03/2024

Uma releitura de um clássico. A autora investe na obra o que Penélope viveria se tivesse a sua voz colocada no palco. O livro é uma releitura da "Odisseia", de Homero, quando Odisseu foi para a guerra e deixou sua rainha sozinha por 20 anos. Um livro de pura reflexão sobre o que a rainha fez por todos aqueles anos.

barbietheking 01/03/2024

O justo pelo justo
Amei! Na verdade, estou contrariada até agora com o final, mas amei esse livro com todo meu coração (talvez até por ter me deixado nesse estado). Finalmente podemos ouvir a voz da Penélope, que vai além da esposa fiel e modesta que conhecemos na Odisseia onde, apesar de ser muito inteligente e sagaz em seus planos, também passa o poema inteiro em um lugar extremamente passivo onde suas principais atividades são chorar e dormir o sono dos deuses. Em "A Odisseia de Penélope", a vemos no seu melhor e no seu pior, continuando como a esposa devota em boa parte da narrativa, mas ganhando agora um tom mais ácido e mais maduro (afinal, a Penélope-narradora já viveu uma vida inteira e agora pode olhar para trás com outros olhos). A melhor parte desse livro, no entanto, nem é essa, mas são as escravas: as doze escravas que, em Odisseia, são enforcadas por terem "desonrado seu senhor" e se envolvido com os pretendentes. Aqui, elas compõem o coro, muito similar do que temos nas tragédias antigas, e permanecem a assombrar a narrativa de forma literal e figurativa. E não é a toa que elas cumpram esse papel típico de uma tragédia quando elas de fato viveram uma. Especialmente neste livro, esses assassinatos se tornam ainda mais pesados porque o sangue se divide nas mãos tanto de Odisseu quanto de Penélope. Afinal, é por culpa dela que as escravas tiveram o fim que tiveram aqui.
Esse livro é impecável em suas críticas, principalmente a dualidade de tratamentos tanto por causa de gênero quanto por causa da classe social. O primeiro já é intrínseco a própria Odisseia, onde temos a narração de Odisseu dormindo com duas deusas (apesar de também ser controverso) enquanto de Penélope é esperado que ela tenha se mantido fiel, mesmo que não soubesse sequer se voltaria a ver o marido. Em Odisseia de Penélope, a crítica relacionada às classes sociais é o destaque. Temos Penélope na maior parte da obra narrando as suas dificuldades enquanto mulher (que de fato eram um problema), em contraposto ao que as escravas descreviam da sua própria vida. Enquanto Penélope tenta sobreviver como uma esposa, uma nobre, uma rainha, as escravas tentam sobreviver a própria servidão, que é imposta por pessoas da classe de Penélope. Ambas sofrem por serem mulheres em uma sociedade patriarcal, mas um dos lados tem privilégios que o outro jamais alcançará. Penélope sofre sua opressão no conforto de seu Palácio, enquanto as escravas são duplamente oprimidas por serem mulheres e por estarem em um nível social inferior. Isso é exacerbado no fato de Penélope sequer falar para Odisseu que era a pedido dela que as escravas agiram daquela forma, afinal ela tem a possibilidade de se retirar da confusão. Elas, porém, pagam com a vida por terem feito como a "patroa" mandou.
Não é a toa que o livro termina como termina. O penúltimo coro das escravas é o julgamento de Odisseu pelo que fez a elas e, para a surpresa de zero pessoas, ele está prestes a ser absolvido (bem como na vida real). Quando o sistema falha com elas, que a justiça seja feita então com as próprias mãos. E assim elas não apenas invocam as Eríneas em sua defesa, mas elas próprias se tornam as Eríneas que perseguirão Odisseu até mesmo após a morte.
Aí, enfim, esse livro é perfeito. A história de Penélope é tudo e todas as camadas adicionadas a essa narrativa tornam essa uma obra rica e atemporal. Exemplo perfeito de recepção dos clássicos e uma releitura impactante de um poema que já é impactante por si só.

Corvina0606 27/02/2024

Eu esperava um livro muito mais teórico (não acadêmico, mas mais sério). A autora recontou toda a Odisseia, só que pela lente da Penélope. Então quem leu A Odisseia, já sabia de tudo aquilo, nada foi novidade. E se a autora queria dar outra imagem para a personagem, para mim, ficou parecendo que a Penélope entrou num poço e esperou mesmo 20 anos pelo Odisseu sem fazer mais nada.
Como eu disse, esperava algo mais teórico, a autora até comenta algumas fontes que ela usou e tal. Mas não vi nada disso, só um capítulo de três páginas falando dessa possibilidade do culto à uma deusa e a Penélope ser a Suprema Sacerdotisa, mas foram só três páginas.
Não é um livro teórico-feminista, é só uma recontagem pelos olhos da Penélope.
Não posso desdenhar 100% do livro, com certeza. Marquei muitos trechos fortes e críticos. Comentários ácidos sobre a sociedade da época e da situação feminina, comentários da própria Penélope, que conta sua história dos Campos dos Afósdelos.
Os capítulos mais interessantes foram os das 12 escravas mortas por Odisseu, esses foram bem legais, até alguns contados em verso.

Dai Solyom 18/02/2024

Escrava do tempo
Eu nunca li a ODISSEIA, porém após esta apresentação da incrível Margaret Atwood me surgiu uma curiosidade.

Nessa obra nós vemos os mesmos fatos, porém apresentados pela perspectiva de Penélope.

Moralidade, certo e errado. O que define lealdade?

Claramente ainda temos que evoluir como sociedade, pois um homem que se relaciona com diversas mulheres é considerado um garanhão, já a mulher que tem a mesma atitude é vista como 🤬 #$%!& .

nini 12/02/2024

?
Um livro rapidinho que atissou demais minha curiosidade pela escrita da autora, então me aguardem lendo o conto da aia a qualquer instante.

Bela 30/01/2024

É interessante zinho. Leitura fácil, você mas não se perde na história mas eu recomendaria para alguém que está muito interessado no assunto ou que gosta muito de ler e não sabe o que ler agora e não quer nada complicado. Não me envolvi com a história, não sei se realmente foi a história ou o meu momento de vida. De toda forma, não é um livro que eu vou buscar novamente em outro momento. Já tá bom ?