Estela sem Deus

Estela sem Deus Jeferson Tenório




Resenhas - Estela sem Deus


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barbaranicolle 03/01/2023

"O abandono era a única forma de me proteger."
Estela é cercada de abandonos. Divino, paternal, do mundo. Visceral, dolorido e doloroso.

Tenório e sua escrita que emociona. Sempre
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M. S. Rossetti 20/03/2023

Literatura Brasileira Contemporânea
Depois de "O avesso da pele", a impressão foi a de que nenhum outro livro do autor superaria as minhas expectativas.
Aconteceu o inverso, uma vez que a trama de "Estela sem Deus" prendeu minha atenção do início ao fim.
Com premissa semelhante a "O acontecimento" de Annie Ernaux, o romance narra a trajetória de uma adolescente em idade escolar com o sonho de tornar-se filósofa. No entanto, como acontece não somente com meninas negras e suburbanas, mas também com jovens mulheres em geral, ocorre o previsível em um relacionamento amoroso entre homem e mulher.
O desfecho surpreende pelo realismo e pela ousadia do autor em mostrar (como no romance citado da vencedora do Nobel de Literatura em 2022), que a condução da história das mulheres está em suas próprias mãos, muito além de convenções sociais e religiosas.
Vida longa ao ganhador de Melhor Romance do Prêmio Jabuti 2021!
Sel 20/03/2023minha estante
Maravilhosa resenha


M. S. Rossetti 20/03/2023minha estante
Obrigado ?


Lipe 21/03/2023minha estante
Bom saber que vale a pena, pois eu também me dizia que seria impossível chegar no nivel de O Avesso. Deu mais vontade de ler agora!


M. S. Rossetti 21/03/2023minha estante
Esse escritor é mesmo um dos melhores que temos atualmente no Brasil.




sosodecampos 14/01/2024

Jóia da literatura brasileira
Jeferson é sempre tão necessário! eu amo a escrita dele, li "o avesso da pele" em 2022 e me apaixonei pelo autor. ele escreve com tanta sabedoria e suavidade, mas ao mesmo tempo ele encontra profundidades maiores. eu amo ?
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Lívia 22/02/2024

Doloroso
Sou apaixonada pela escrita de Tenório! A forma como ele escolhe cada palavra minuciosamente faz com que a leitura fique extremamente imersiva, mesmo para mim, totalmente distante da realidade de Estela, mulher preta e pobre, que tinha o abandono como liberdade, o que pra nós é um aprisionamento.
A história de Estela e sua família, a forma como ela se descobre e se desvencilha das religiões, sua relação com os rapazes, tudo narrado muito bem a fim de despertar compaixão dessa situação de milhares de brasileiros.
Um ponto que me fez refletir muito, foi quando ela fala ?acho que pensar nos salvava da vida? e me fez refletir como eu vivo em uma situação tão privilegiada, com condições de vida tão boa, que quando tenho pensamentos intrusivos já automaticamente me reprimo e penso em não pensar, só viver minha vida, mas no caso dela e de milhares de pessoas, só pensar salva, idealizar uma vida diferente da sua, onde eles podem viajar e sair da realidade. Em palavras eu talvez não tenha conseguido dar tanto sentido, mas dentro de mim, isso foi muito profundo.
Senti que algumas partes podiam ser melhor exploradas, como sua ligação com o candomblé e com sua mãe também, mas mesmo assim gostei demais, achei que Tenório foi como sempre genial!
O final, como praxe do autor, é impactante!
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Faluz 01/08/2022

ESTELA SEM DEUS - Jeferson Tenório
" E talvez a felicidade fosse só isso: saber administrar a tristeza."

Palavras simples para determinar um estado de alma numa convivência tão pobre em alimentos para o corpo e para a mente. Escrita que traduz momentos tão vívidos e difíceis para tantas pessoas em nossa sociedade.
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Claudio 26/03/2023

Pra pensar e sentir
Estela é uma menina. Ainda assim é confrontada com questões de gente grande, como violência, religião, raça, gênero, em todos os casos de forma muito dura.
A história começa em Porto Alegre e passa para o Rio de Janeiro, assim como Estela transita sobre todas as questões que mexem com ela e todos os problemas que lhe acometem, desde um pai ausente, até intervenções em seu próprio corpo, da mãe preta que segura as pontas até o preconceito religioso e racial.
Mais uma leitura dura do Jeferson Tenório, que faz pensar e sentir, como a menina Estela, que só queria ser filósofa.
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Julia 26/04/2024

Às vezes penso que Deus não tem memória. Deus tem lampejos.
Quando me lembrei da minha mãe. quando fiz um esforço
enxergar cada detalhe do seu rosto compreendi com assombro algo importante: que Deus estava mais próximo do que eu imaginava: Deus estava espalhado em algumas mulheres que conheci. Deus não era homem. Deus sempre foi mulher. Seria mais honesto pensar dessa forma. Suportar a vida como elas fizeram, dar conta de tudo era sobre-humano. Tive uma dor no peito que me trouxe outra revelação: a de que Deus era, na verdade, a minha mãe limpando o chão na casa das madames. Deus era a minha mãe tendo de sustentar a casa sozinha porque meu pai nos esquecera. Deus era a minha tia cuidando do tio Jairo com derrame. Deus era a Melissa querendo voar pela janela, Deus era a minha madrinha Jurema suportando o Padilha. Deus éramos nós sendo violentadas. Deus era eu carregando um filho morto no ventre.
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Toni 16/03/2023

Leituras de 2022 | Time de Leitores da @companhiadasletras

Estela sem Deus [2018]
Jeferson Tenório (RJ, 1977-)
Cia. das Letras, 2022, 182 p.

Publicado originalmente em 2018 pela Editora Zouk e agora reeditado pela Cia. das Letras, “Estela sem Deus” é o segundo romance de Jeferson Tenório, vencedor do prêmio Jabuti na categoria “Romance literário” com “O avesso da pele”. Narrado em primeira pessoa pela personagem que empresta seu nome ao título, trata-se de um romance de formação feito de muitos deslocamentos, não apenas aqueles espaciais mais evidentes (uma mudança de Porto Alegre para o Rio de Janeiro no final da década de 1980), como também afetivos e religiosos. Gênero, raça e classe determinam os trânsitos e articulam as violências que cerceiam a experiência de Estela, que mesmo assim não desiste de seu sonho de se tornar uma filósofa.

Em muitos sentidos, essa busca da protagonista é uma busca pela liberdade de questionar o mundo e elaborar, a contrapelo, alternativas simbólicas à crueldade e à alienação. Deus, no texto de Tenório, é não só a divindidade maiúscula indevassável, mas também uma alteridade que carece de aprendizados tanto quanto Estela, que o elabora à medida que ela mesma se remenda e reconstrói, num aclaramento recíproco e dialógico: “Deus estava mais próximo do que eu imaginava. Deus estava espalhado em algumas mulheres que conheci.”

Furtando-se ao papel que a desigualdade social e o racismo estrutural lhe reservam, Estela desafia o destino que observa na própria mãe, para quem “talvez a felicidade fosse só isso: saber administrar a tristeza.” Com uma prosa que mimetiza a postura da jovem filósofa, inquiridora e enternecida, triste porém nunca derrotada, Tenório nos entrega um romance em cujo cerne ”dororidade” e “esperança” galvanizam uma constelação de lutas contra as muitas frentes de desamparo (institucional, social, histórico). Um romance que caminha livre como sua protagonista, certo de que a literatura não muda sozinha a realidade, mas pode ao menos oferecer a Deus o nosso perdão.

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Marina 21/05/2023

Estela me conquistou. Acompanhar seu crescimento e desafios diários é arrebatador. Quanta sabedoria os questionamentos dessa menina trazem... Está entre os meus livros preferidos.
"E talvez a felicidade fosse só isso: saber administrar a tristeza."
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thais.paneto 23/03/2023

Bom
A história prende, mas o final não surpreende.
Devorei o livro em poucos dias e sinto que valeu a leitura.
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Andréa 05/03/2024

Estela sem Deus
Leitura muito fluída, poética que trata de assuntos pesados como racismo, pobreza, violência. É um livro que nos deixa pensando na história por muito tempo após fecharmos o livro.
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Luciana 10/09/2022

Aqui Estela vai narrando acontecimentos da sua infância e acompanhamos seu crescimento físico e principalme sua compreensão diante das situações vividas e pelas quais está vivendo.
Um livro que vai doendo aos pouquinhos, acumulando tristezas, até que se chega a um entendimento maravilhoso do que é Deus.
Estela é milhares de crianças, adolescentes e mulheres brasileiras.
E Tenório é incrível por ser tão sincero e gentil com todas elas.
Thi Acrisio 11/09/2022minha estante
??????????????




Nadia 29/09/2023

Maravilhoso!
Livro maravilhoso, com escrita tão fluída e poderosa que me tocou profundamente.
Os dramas da vida de Estela são descritos com tanta sensibilidade que conseguimos identificar a trajetória de muitas Estelas que nos deparamos durante a vida, Estelas que sofrem com o abandono e as dores da vida, mas que principalmente sabem onde não devem ficar.
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@limakarla 08/02/2023

?Deus era a minha mãe tendo de sustentar a casa sozinha porque meu pai nos esquecera.?

Sou apaixonada pelo livro anterior do autor e foi muito gostoso ler esse daqui também, trazendo novas discussões, problematicas e inquietações, mas sempre com a temática do racismo presente, nos fazendo questionar tudo ao nosso redor. História linda.
Emerson Meira 08/02/2023minha estante
Muito bom Karla! Me instigou ?




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